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Seleção de Pessoal, Currículo e Emprego – Competências essenciais do Líder 2.

Por Eduardo Varela

Realizamos sistematicamente através da Factor9 (www.factor9.com.br), a seleção de líderes


de equipe para atuar em empresas de grande porte. Sempre surge como questão principal a
pergunta: “... afinal, quais as competências do líder do novo tempo? Quais as habilidades
fundamentais do Líder ?”

O tema é fascinante ! Neste artigo, gostaria de exercitar uma reflexão sobre as


competências essenciais do Líder, sob olhar atencioso dos quatro pilares de influência: “Do
líder (de si mesmo), do Colaborador, do Cliente do Acionista”.

Perdoe-me... mas vou tomar a liberdade e definir “Colaborador” como o subordinado direto e
principal receptor das competências e habilidades do nosso Líder.

No papel de “Cliente” ou “Consumidor”, está o protagonista principal, o beneficiário direto


dos serviços ou produtos da organização onde atua a Equipe (Líder + Colaborador)... a
quem cabe a função de juiz e decisor principal da ação “se tem valor agregado eu compro!”

Na função de “Acionista”, faremos a fusão dos papeis do “Chefe” Direto do Líder e


propriamente do Acionista que investe seu capital na organização com o objetivo de gerar
produtos e serviços de valor para o Cliente e que em empresa de menor porte, é o mesmo
personagem.

Finalmente, devemos pousar o olhar para dentro de nós mesmos ( o Líder ), avaliando nossas
necessidades, interesses, perspectivas e expectativas pessoais e profissionais que gerencia
colaboradores, satisfaz Clientes e Acionistas, movimenta o ciclo Cliente-Fornecedor, através
de sua liderança voltada para o resultado.

Apresentações feitas!

Mas afinal, o que quer Você e o que desejam o Colaborador, o Cliente e o Acionista? Antes
de partir para definições e conceitos, gostaria de salientar que estas competências foram
analisadas sob o ponto de vista das empresas contratantes e dos colaboradores
entrevistados e que frequentemente nos brindam com percepções e afirmações perspicazes
sobre como reflete o pensamento e as ações dos seus atuais líderes.

As empresas, de forma mais técnica, definem mais claramente as competências que desejam
visualizar em seu futuro colaborador. Considere que, uma empresa ao optar por buscar no
mercado líderes experientes, assume uma incômoda ineficiência no seu plano interno de
carreira. Esta atitude heróica, precisa ser justificada com a contratação de líderes com
competências muito evidenciadas. Se houvesse tempo e recursos para desenvolvê-las,
estas optariam pelo desenvolvimento interno dos talentos, mas isto é material para outra
reflexão...

Mas afinal, o termo correto é HABILIDADE ou COMPETÊNCIA? Antes de continuarmos, vamos


nos apropriar dos estudos de Asendorpf, Jens B. (2004) Psychologie der Persönlichkeit. Berlin:
que caracteriza competências ou habilidades, como os traços de personalidade que permitem
ao indivíduo atingir determinada realização ou desempenho. A habilidade não deve, no
entanto, ser confundida com o desempenho em si, que pode variar com a motivação. O
termo competência deve ser diferenciada do termo talento. Talento é um termo da psicologia
do senso comum que traz consigo muitas pressuposições - por exemplo, de que talento se
tem desde o nascimento e não pode ser modificado pelo aprendizado - que não são
aceitáveis em um construto científico.

Bom, apresentações e considerações feitas, apresento ao amigo leitor, as habilidades que


estatisticamente mais estiveram presentes na visão de nossos protagonistas, o Colaborador e
o Acionista. O Cliente.... ora, fica na arquibancada esperando ser surpreendido pela aplicação
eficaz destas competências... ou vai para o concorrente e para simplificar o conceito e sem
criar polêmicas, numa livre interpretação, vou chamar de “competência”, as habilidades
desenvolvidas com eficiência. Sob este ponto de vista, as 8 habilidades essenciais do Líder
2.0 são:

Empreendedor – Para conquistar resultados. É um instrumento para qualificar indivíduos


que detém uma forma especial, inovadora de se dedicar às atividades da organização,
principalmente na geração de riquezas e na transformação de conhecimentos e bens em
novos produtos.

Flexível – para ouvir, refletir idéias, mudar comportamentos e pontos de vista, isto é,
comunicar-se positivamente. É a capacidade do líder para adaptar-se a alterações, novas
demandas e solicitações do seu cargo.

Dinâmico – para assimilar e aplicar novas técnicas de abordagem - Ação com vitalidade,
energia e vigor. É a capacidade do líder para fazer as coisas acontecerem, isto é, liderar
equipes para a entrega de resultados.

Criativo – para desenvolver alternativas de decisão e soluções - Criatividade é o processo de


tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia;
identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências.

Atualizado – para acompanhar os avanços e fugir da obsolescência, investir na sua


empregabilidade atual e futura – Significa ter acesso às melhores práticas do mercado e criar
seu próprio senso crítico para avaliar e aplicar técnicas de execução de tarefas voltadas para
o resultado. Desenvolver-se, estudar, discutir, refletir, ampliar seus horizontes, ouvir e
compartilhar valores e resultados com outros líderes.

Decidido – para enfrentar desafios e assumir riscos – Errar é um dos caminhos para o
aprendizado, porém, poucas organizações valorizam verdadeiramente o erro. O líder deve
dominar as melhores práticas de seu segmento, atualizando-se em busca de formas mais
criativas de conduzir sua equipe para a superação das expectativas.

Técnico – para promover ações do “como fazer” – Ter a capacidade de transmitir técnicas de
execução de forma objetiva e com comunicação clara (coaching), preparando seus
comandados para atingir melhores resultados a cada ciclo.

Atitude – Das várias definições a respeito sem a pretensão de encerrar o assunto, aglutinei
as opiniões que mais se identificam com o objetivo desta reflexão sobre empregabilidade do
líder nas organizações – Atitude é agir, realizar, romper barreiras, ultrapassar desafios,
comportamento positivo frente aos desafios, enfim, direcionar sua equipe para o resultado
esperado, satisfazendo as contínuas e por vezes implacáveis demandas de cada um dos três
pilares de influência do Líder 2.0.

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O que você pensa a respeito? Mande-nos seus comentários!

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