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Relatório Parcial
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EDITAL / PROGRAMA
PIBIC ( x ) PIBIC-AF ( ) PIBIC-MS ( ) PIBITI ( ) VOLUNTÁRIO ( )
ESTUDANTE IC
(Digitar nome completo, sem abreviações).
ORIENTADOR
(Digitar nome completo, sem abreviações).
Salvador
Fevereiro /2020
Foi realizado, pela técnica responsável pelo laboratório, treinamento em normas de biossegurança
e boas práticas em um laboratório de neurociências. O treinamento capacitou os estudantes de
iniciação científica à utilização de equipamentos de rotina do laboratório (e.g. pHmetro, balança,
centrífuga) e ao uso adequado da sala de cultura de células. fluxo estéril, a fim de que todos os
experimentos aconteçam com o melhor desempenho possível.
Para garantir melhor desenvolvimento e crescimento destas células, o meio de cultura foi trocado
a cada dois dias durante quinze dias. Ao fim desse período, as células foram lavadas três vezes com
PBS e incubadas com tripsina ( EDTA) por aproximadamente cinco minutos. A incubação garante a
melhor atividade enzimática da tripsina. Em seguida, foi adicionado soro suplementado com 10 %
de SFB, que inativa a ação da enzima. As células foram centrifugadas e ressuspendidas em meio
para então serem plaqueadas e incubadas em atmosfera umidificada com 5% de CO2 a 37 ° C por 8
dias, quando os tratamentos foram realizados.
A proliferação e morfologia glial serve como indicativo para determinar o comportamento destas
células frente à indução de uma neuroinflamação por lipopolissacarídeo (LPS), que condiz com os
quadros de doenças neurodegenerativas. Além de expressar a reação destas células aos
tratamentos com mifepristona (RU) e agathisflavona (FAB) durante o processo inflamatório.
Para o experimento, os grupos foram divididos em: 1) Controle (DMSO); 2) RU a 1µM; 3) FAB a
1µM; 4) LPS a 1µM ; 5) FAB + RU; ; 6) LPS+FAB; 7) LPS + RU; 8) LPS+ FAB + RU.
As células foram incubadas por 72h com meio DMEM sem suplementação de soro fetal bovino
(SFB), contendo os respectivos tratamentos para cada grupo (retratados anteriormente). Após
incubação, as células foram fixadas com paraformaldeído 4% (PFA 4%) em temperatura ambiente
por 20 min e preparadas para imunocitoquímica (descrito em materiais e métodos).
O tratamento com LPS, lipopolissacarídeo que promove resposta inflamatória neste modelo,
aumentou o número de núcleos BrdU+, em relação ao controle. Em contrapartida, esta condição
foi atenuada na presença da agathisflavona e/ou mifepristona. (LPS+FAB+RU ou LPS+RU).
Já quanto a expressão de GFAP, medida por meio da intensidade relativa de fluorescência, não
houve aumento após tratamento com agathisflavona, em relação ao controle. Todavia, há um
aumento significativo quando o FAB foi administrado juntamente a mifepristona (FAB+RU). A
administração de LPS levou a um aumento na expressão de GFAP, que não se mostrou afetada
diante da agathisflavona (LPS+FAB) e/ou mifepristona (LPS+FAB+RU ou LPS+RU).
4. DISCUSSÃO SUCINTA
Neste estudo, foi visto um considerável aumento na expressão da proteína ácida fibrilar glial
(GFAP, do inglês, glial fibrillary acidic protein) quando administrado LPS , bem como na associação
de mifepristona e agathisflavona. Resultado este que não se repete na aplicação de
agathisflavona em conjunto com LPS e/ou mifepristona. Por outro lado, a positividade dos núcleos
Os receptores de glicocorticóide (GR) são proteínas citoplasmáticas que contêm em sua estrutura
domínios comuns a outros membros da superfamília de receptores nucleares (Wright et al, 1993).
Eles possuem o cortisol como ligante natural e podem atuar como fatores de transcrição,
alterando a expressão dos genes alvo em resposta a um sinal específico de um ligante(Anti et al,
2008). Sua ativação pode induzir a síntese de proteínas anti-inflamatórias, como lipocortina-1 e
IkB, que concede a este receptor uma importante propriedade anti- inflamatória. O RU 486,
também conhecido como mifepristona, é um antagonista da progesterona e possui alta afinidade
pelo receptor de glicocorticóide. Sua administração permite visualizar a influência do GR inativado
em tratamentos com outras substâncias, como o flavonoide agathisflavona. Neste estudo, a
presença de Ru juntamente com a agathisflavona não levou a um aumento significativo da
intensidade relativa de GFAP, o que sugere uma atuação da agathisflavona não mediada pelo GR.
Além disso, foi possível observar um aumento tanto da expressão de GFAP, quanto nos núcleos
BRUD+ quando administrado LPS, sugerindo uma relação direta entre o lipopolissacarídeo e a
neuroinflamação. Por outro lado, a expressão de GFAP e proliferação não retratam com mais
clareza o perfil inflamatório deste experimento. Para melhor identificar se o perfil tende mais para
pró- inflamatório ou antiinflamatório, é necessário realizar testes com citocinas e fatores destas
culturas, para então analisar quais tipos são liberadas durante os tratamentos.
SANTOS, Cleonice C. et al. Aminochrome induces microglia and astrocyte activation. Toxicology in
Vitro, v. 42, p. 54-60, 2017.
DOS SANTOS SOUZA, Cleide et al. Agathisflavone, a flavonoid derived from Poincianella
pyramidalis (Tul.), enhances neuronal population and protects against glutamate excitotoxicity.
NeuroToxicology, v. 65, p. 85-97, 2018.
SILVA, A. R. et al. The flavonoid rutin induces astrocyte and microglia activation and regulates TNF-
alpha and NO release in primary glial cell cultures. Cell Biol Toxicol, v. 24, p.75–86, 2008.
SANTOS, B. L. et al. Antiproliferative, proapoptotic and morphogenic effects of the flavonoid rutin
on human glioblastoma cells. Food Chemistry, v. 127, p. 404–411,2011.
WRIGHT, AP et al. Structure and function of the glucocorticoid receptor. J Steroid Biochem Mol
Biol. v. 47, p.11-9, 1993.
ANDRADE, A.W.L; MACHADO, K.L; MACHADO, K.L et al. In vitro antioxidant properties of the
biflavonoid agathisflavone. Chemistry Central Journal. v. 12, 2018.
● Preparo de aminocrono
Para a técnica do western Blot, foi preciso dosar as proteínas presentes na amostra através do
método de Lowry utilizando um kit de reagentes para análise de proteínas. Para análise por imuno
transferência, foram carregadas 20 µg de proteínas em um empilhamento descontínuo de gel de
SDS-poliacrilamida 4% e 8%. A eletroforese foi realizada a 200 V por 45 min.Em seguida, as
proteínas foram então transferidas para uma membrana de fluoreto de polivinilideno (PVDF), a
100V por 1h. As proteínas de cargas iguais foram confirmadas por coloração de membranas com
Ponceau Red. As membranas de PVDF foram encaminhadas para o bloqueio por 1 h à temperatura
ambiente em 20 mM de TBS (pH 7,5) contendo 0,05% de Tween 20 (TBS-T) e 5% de leite em pó
desnatado. Após bloqueio, as membranas foram incubadas com o o anticorpo GFAP diluído em
TBS-T contendo 1% de leite desnatado em pó por 1 h. Posteriormente, houve a incubação com o
anticorpo secundário, também diluído em TBS-T. As bandas imunorreativas foram visualizadas
usando o kit de substrato conjugado com AP (Bio-Rad, Hercules, CA) de acordo com as instruções
do fabricante. A quantificação foi obtida por densitometria de varredura e a análise foi feita com o
ImageJ 1.33u.
● Preparo de soluções
- Meio DMEM
- Meio DMEM F12
- Tampão salino fosfato (PBS)