Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
II
Índice
Índice de ilustrações .................................................................................................................. VII
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 10
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
2. O Espaço ......................................................................................................................... 15
VIII. TOPOGRAFIA............................................................................................................ 71
1. Nivelamento .................................................................................................................... 71
1. Conceito .......................................................................................................................... 75
REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 79
VII
Índice de ilustrações
Índice de Tabelas
Índice de Quadros
APRESENTAÇÃO
I. INTRODUÇÃO
A história dos mapas confunde-se com a história da humanidade, por isso, torna-se uma
temática inesgotável, bastante ampla e complexa. Desde épocas bastante remotas, o homem vem
utilizando-se da confecção de mapas como meio de armazenamento de conhecimentos sobre a
superfície terrestre, tendo como finalidade principal administrar e racionalizar o uso do Espaço
Geográfico envolvente. Tais documentos foram sendo concebidos em função da disponibilidade
de recursos e níveis de desenvolvimento técnico até que atingiram o nível que hoje se conhece
por Cartografia.
Os mapas que hoje dispomo-nos são grátis e de fácil obtenção e confecção. Em tempos
passados eram guardados em segredo e aqueles que ousassem revela-los expunham-se a torture
ou a morte, pois estes eram mais importantes que qualquer punhado de ouro ou prata, afinal eles
indicavam o caminho até eles no pequeno mundo conhecido antigamente. Tal como refere
Thralls (1967:18), os marinheiros de Tiro tinham que ocultar suas rotas comerciais do
Mediterrâneo; os Árabes, suas fontes de Gengibre, Cânfora, Goma-laca e Seda; aos Espanhóis
cabia esconder o Ouro saqueado do Novo Mundo e os Holandeses zelavam pelo seu Monopólio
das especiarias das Índias Orientais.
O vocábulo CARTOGRAFIA
Por isso ao tratarmos da história da cartografia, devemos ter o cuidado de evitar transmitir
apenas uma visão ocidentalizada, isto é, o Eurocentrismo, pois pecamos ao reconhecimento da
grande diversidade das formas de representação do Espaço no mosaico universal de culturas.
Afinal, cada sociedade, reflectindo determinados aspectos culturais, tem ou teve alguma forma de
perceber e de produzir imagens especiais, visto que, é contínua nos mapas a representação de
formas de saber.
A ser assim, é sempre necessário chamar a atenção para a necessidade de reflectir sobre o
facto de cada cultura possuir determinadas concepções do Espaço e do tempo, as quais não
podem ser menosprezadas ou julgadas Eurocentricamente. Até porque “classificar o ramo da
Cartografia quanto ao seu produto final, não tem sido matéria de conclusão unânime. Esta
classificação está mais ligada ao desenvolvimento da Cartografia em determinados países do que
a um conceito universalmente aceite. De um modo geral não são classificados quanto à escala,
formato ou representação cartográfica, mas sim ao conteúdo temático” (IBG, 1998:113).
Importância da Cartografia
De acordo com o IBG define-se a forma da Terra como geóide, que tem uma superfície
irregular e, portanto, não corresponde a uma esfera. Mais precisamente, o geóide é uma superfície
equipotencial do campo da gravidade, ou seja, sobre essa superfície o potencial do campo da
gravidade é constante, coincidindo, portanto, com uma superfície de equilíbrio de massas d’água.
2. O Espaço
A geografia é a ciência que estuda a organização do Espaço terrestre, quer nos aspectos
visíveis, quer nas suas componentes invisíveis. Por isso, o seu objecto de estudo é o Espaço
geográfico.
Espaço Económico
As técnicas são quase tão antigas quanto a humanidade. A agricultura surgiu a cerca de 10
mil anos (historicamente se localiza no Neolítico), com o plantio do Trigo e da Cevada. Muito
antes do início da era cristã.
Mas apenas do final do século XVIII, com a Revolução Industrial, a capacidade produtiva
humana tornou-se suficiente para transformar profundamente a superfície terrestre.
Os meios Técnico-científico-informacionais
A partir de 1945, durante três décadas, a economia mundial continuou organizada sobre o
complexo de tecnologias baseados no Petróleo, na Electricidade e na Indústria Química. Mas, a
partir da década de 1970, esboçou-se um novo Ciclo de Inovações, que veio a ser conhecido
como Revolução Tecnocientífica e Informacional.
Horizonte – compreende ao Espaço que a vista abrange. Este Parte da Terra ou do céu
que está no limite visível de um plano circular em cujo centro está o observador.
observador e menor quando esta for, podendo ser obtida por Elevação Suportada, ou por
Suspensão. Este pode ter influências em função da quantidade de partículas presentes na
atmosfera (gases, poeiras, vapor de água, etc.) e luminosidade.
Simbologia - Estudo a respeito dos símbolos. O símbolo é Objecto Material que serve
para representar qualquer coisa imaterial: O leão é o símbolo da coragem. 2. Figura ou sinal que,
nas moedas antigas, indica a oficina monetária. 3. Divisa, emblema, figura, marca, sinal que
representa qualquer coisa. 4. Em Psicologia é Imagem que representa e encerra a significação de
tendências inconscientes.
Abobada - Tudo o que tenha forma de Teto arqueado; Estrutura côncava e arqueada
interiormente e convexa e arredondada exteriormente.
Esfera – Refere-se ao Corpo cujos pontos são equidistantes do próprio centro, ex.: Globo
terrestre; Conjunto de círculos com que os astrónomos representam as relações e movimentos dos
corpos do sistema planetário. Pode também ser conotada a competência ou a Área de actividade.
Esfera Celeste – A Esfera Celeste é uma esfera imaginária com um raio gigantesco,
centralizada na Terra. Ou seja, a Esfera Celeste é uma esfera imaginária, com um raio imenso,
concêntrica com a Terra. Todos os objectos visíveis no céu podem ser então representados como
projecções nessa esfera.
Eixo – É uma Linha recta, real ou fictícia, que passa pelo centro de um corpo e em torno
da qual esse corpo executa movimento de rotação, também pode ser definido como sendo o
Órgão central de quaisquer movimentos reais ou figurados.
Durante muito tempo julgou-se que o Sol girava em torno da Terra, e que esta era fixa.
Apenas no séc. XVI provou-se que este era apenas o que aparentava ser, por isso temos as
seguintes teorias:
Constelação - Grupo de Estrelas fixas vizinhas, que apresentam uma determinada figura
convencional, ou seja, grupo de Estrelas próximas que unidas por linhas imaginárias aparentam
formar figuras diversas (Homem, Navio, Monte, etc.)
Declinação geográfica – é o ângulo formado pela diferença das duas direcções: do Norte
Magnético e Geográfico.
20
1. Representação da realidade
- Naturais: São os elementos existentes na natureza como os rios, mares, lagos, montanhas,
serras, etc.
- Artificiais: São os elementos criados pelo Homem como: represas, estradas, pontes,
edificações, etc.
Mapas corográficos – São mapas que representam uma região, ou país. Exemplo, o mapa
de África, da África Austral, de Moçambique, de Manica, etc.
Topografia – É a descrição minuciosa de uma região. Mas esta é uma questão que é
tratada mais minunciosamente mais adiante no capítulo VI referente a RepresentaçãoTopografica.
1.1.Convenções cartográficas
como convenções cartográficas. Os símbolos foram escolhidos de forma a conter um certo grau
mapa por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. Tal convicção tem por base a semiologia
gráfica.
Por isso, Archela (2001) refere que a construção do mapa pelo sistema monossêmico
exige a aplicação correta das variáveis visuais em cada questão transcrita visualmente. Assim,
para representar informações, é importante observar cuidadosamente as propriedades
significativas das variáveis visuais, que serão utilizadas para transcrever a informação da
linguagem escrita para a gráfica. Além disso, devemos cuidar também, dos demais componentes
da informação – os chamados externos: título, subtítulo, escala, orientação, legenda, fonte e data
dos dados. Eles deverão ser escritos de modo a favorecer a compreensão imediata do mapa,
evitando qualquer ambiguidade. Pois, conhecê-los é fundamental mesmo quando utilizamos
programas convencionais para tratamentos de dados (Microsoft Excel, por exemplo). Sendo por
isso, que as características originais da semiologia gráfica discretamente permanecem na
cartografia contemporânea a meio a diversas correntes propostas por teóricos de diferentes países.
24
Por Traço
-Representação plana;
-Área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político-
administrativos;
-Representação plana;
-Limites das folhas constituído por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de
direcções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes.
Por Imagem
Os elementos de um mapa são itens necessários para a sua correcta leitura e interpretação.
Os mapas representam um importante meio de comunicação, por isso, estes devem dispor de
caracteres que possibilitem a sua correcta leitura e interpretação de forma fácil desde a
localização e detalhes do Espaço, ou locais do Espaço. São eles:
O TITULO
Este indica o tema ou o assunto, bem como informações gerais como a localidade, o
tempo (época, em casos de mapas históricos ou com precisão temporária necessária) alem de
qualquer outro tipo de informação que possa vir a ser relevante a compreensão daquilo que se
trata da representação.
A LEGENDA
A ORIENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
Esta indica os pontos cardeais necessários para que o leitor tenha uma correcta noção da
posição relativa indicada no mapa. Geralmente apresenta-se uma seta apontando para o Norte
(N), mas também pode ser indicado por uma Rosa-dos-ventos.
27
Os pontos cardeais
Provem do cardeal que significa Principal. Por isso, pontos cardeais, diz-se sobretudo dos
quatro pontos do horizonte: Norte, Sul, Leste e Oeste, para distingui-los dos intermediários. As
linhas que os unem designam-se por Rumo ou Direcções. Se traçarmos as bissectrizes dos
ângulos que eles formam, obtemos novos quatro Rumos e Pontos, chamados Pontos Colaterais
(N.E, N.O, S.E, S.O). E se traçarmos as bissectrizes dos ângulos que eles formam, obtemos
novos oito Rumos e Pontos, chamados de Pontos Intermédios (N.N.E, N.N.O, S.S.E, S.S.O,
E.N.E, E.S.E, O.S.O, O.N.O).
A ESCALA
Escala Gráfica – baseia-se num gráfico, representado por um seguimento de recta onde
se indicam as distâncias reais por meio de variação da cor ou do padrão na graduação da recta.
PROJECÇÃO CARTOGRÁFICA
Quanto ao método
Geométricas Baseiam-se em princípios geométricos projectivos. Podem ser obtidos pela intersecção, sobre
a superfície de projecção, do feixe de rectas que passa por pontos da superfície de referência
partindo de um centro perspectivo (ponto de vista).
Analíticas Baseiam-se em formulação matemática obtida com o objectivo de se atender condições
(características) previamente estabelecidas (é o caso da maior parte das projecções existentes).
Quanto à superfície de projecção
Planas ou Este tipo de superfície pode assumir três posições básicas em relação a superfície de
AZIMUTAIS referência: polar, equatorial e oblíqua (ou horizontal).
Cónicas A superfície de projecção é o cone, ela pode ser desenvolvida em um plano sem que haja
distorções, e funciona como superfície auxiliar na obtenção de uma representação. A sua
posição em relação à superfície de referência pode ser: normal, transversal e oblíqua (ou
horizontal).
Cilíndricas A superfície de projecção que utiliza o cilindro pode ser desenvolvida em um plano e suas
possíveis posições em relação a superfície de referência podem ser: equatorial, transversal e
oblíqua (ou horizontal).
Poli- Caracterizam-se pelo emprego de mais do que uma superfície de projecção (do mesmo tipo)
superficiais para aumentar o contacto com a superfície de referência e, portanto, diminuir as deformações
(plano-poliédrica; cone-polifónica; cilindro-policilíndrica).
Quanto às propriedades
29
Equidistantes As que não apresentam deformações lineares para algumas linhas em especial, isto é, os
comprimentos são representados em escala uniforme.
Conformes Representam sem deformação, todos os ângulos em torno de quaisquer pontos, e decorrentes
dessa propriedade, não deformam pequenas regiões.
Equivalentes Não alterarem as áreas. Seja qual for a porção representada num mapa, ela conserva a mesma
relação com a área de todo o mapa.
Afiláticas São projecções em que as áreas, os ângulos e os comprimentos não são conservados.
Quanto ao tipo de contacto entre as superfícies de projecção e referências
Tangentes Quando a superfície de projecção é tangente à de referência (plano- um ponto; cone e cilindro-
uma linha).
Secantes Quando a superfície de projecção secciona a superfície de referência (plano- uma linha; cone-
duas linhas desiguais; cilindro- duas linhas iguais).
Fonte: Comissário, C.E.A. (2017).
A fotografia aérea é uma das técnicas utilizadas para o levantamento de dados sobre uma
determinada superfície, de forma minuciosa. Esta é uma técnica que permite, a comparação
periódica e morfoestrutural para fins de estudo evolutivo ou comparativo de determinadas áreas.
Na fotografia aérea são utilizados vários sistemas de detecção remota, como o radar, o
sonar e os infravermelhos. Mas, sua eficiência depende da capacidade analítica, do conhecimento
sobre a área observada pelo observador e instrumentos a sua disposição para o seu tratamento.
1.5.Cartas e Mapas
MAPA GERAL
MAPA CADASTRAL
As escalas mais usuais na representação cadastral são: 1:1.000, 1:2.000, 1:5.000, 1:10.000
e 1:15.000.
CARTA TOPOGRÁFICA
CARTA GEOGRÁFICA
São elaboradas na Escala 1:500.000 e menores, como por exemplo a Carta Internacional
do Mundo ao Milionésimo (CIM).
CARTA ESPECIAL
São as Cartas, Mapas ou Plantas para grandes grupos de usuários muito distintos entre si,
e cada um deles, concebido para atender a uma determinada faixa técnica ou científica. São
documentos muito específicos e sumamente técnicos que se destinam à representação de fatos,
dados ou fenómenos típicos, tendo assim, que se cingir rigidamente aos métodos e objectivos do
assunto ou actividade a que está ligado. Por exemplo: Cartas Náuticas, Aeronáuticas, para fins
militares, Mapa Magnético, Astronómico, Meteorológico e outros.
áreas litorânea características topográficas e náuticas, a fim de que ofereça a máxima utilidade em
operações militares, sobretudo no que se refere a operações anfíbias.
1.5.1.2.Mapeamento temático
1. Coordenadas Geográficas
Conceitos fundamentais
imaginário da Esfera Terrestre, equidistante de ambos os pólos. Este divide por igual a Terra em
dois hemisférios: Norte e Sul.
Meridiano
Paralelos
Em linha gerais os paralelos nos indicam a latitude, que é a distância, em graus, da linha
do Equador até o paralelo de um de- terminado lugar. Os valores da latitude variam de 0º (linha
do Equador) a 90º (polos), devendo ser indicada também a posição: no hemisfério sul (S) ou no
hemisfério norte (N).
36
Ilustração 3. Rede geografica: Paralelos e Meridianos
Fonte:http://ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/mapas_pdf/mundo_034_divisao_conti
Plano de referência
Y1
Quadrante Quadrante
A X1 Quadrante Quadrante
Fusos do Sistema
se navega, como se conduzem guerras, e até os mapas (que se julgavam rigorosos) de cidades tão
cartografadas nos últimos séculos como Paris ou Nova Iorque. O seu funcionamento é quase uma
síntese da ciência e engenharia modernas: baseia-se num sistema de satélites (engenharia
aeroespacial) que emitem sinais de rádio (engenharia de telecomunicações), cujo tempo de
propagação é medido por relógios atómicos (Mecânica Quântica) tão precisos que requerem
correcções devidas à dilatação do tempo (Teoria da Relatividade), sendo o cálculo da posição
realizado em tempo real por um aparelho que cabe na palma da mão (engenharia de
computadores).
A ideia básica do GPS é muito simples: existe uma frota (“constelação” na terminologia
do GPS) de satélites em órbita ao redor da Terra, que conhecem as suas órbitas com enorme
exactidão, e transportam a bordo relógios atómicos muito precisos. Periodicamente, um sinal de
rádio é emitido por cada satélite, no qual este indica a hora exacta que marca o seu relógio, bem
como a sua posição nesse preciso instante. Este sistema utiliza, no total, 24 satélites para
assegurar uma cobertura global.
medição do movimento de falhas geológicas durante tremores de terra; deu ainda origem a
actividades recreativas completamente novas, como o popular jogo geocaching.
Contudo, esses valores vêm afectados de efeitos da velocidade da Terra e dos satélites,
sendo que os três aspectos principais são: Velocidade (dilatação do tempo); Potencial
gravitacional (Faz com que o relógio transportado se adiante em relação a um outro na Terra) e
Efeito Sagnac (em função da trajectória e direcção escolhidas, faz com que o relógio transportado
se adiante ou se atrase em relação a um outro na Terra)
6. Erros – atrasos e diferenças causadas por barreiras naturais, como por exemplo
Atrasos na Troposfera e Ionosfera: erros devido ao atraso do sinal ao atravessar as camadas da
atmosfera terrestre.
40
1. Conceito de SIG
2. Disposição das partes ou dos elementos de um todo, coordenadas entre si, e que
funcionam como estrutura organizada (“AURÉLIO”).
O SIG é:
2.2.Evolução do SIG
3.1.Componentes de um SIG
NB: Estes três componentes necessitam estar balanceados para o sistema funcionar
satisfatoriamente.
43
3.2.Sensoriamento remoto
área ou fenómeno localizado na Terra, sem que haja contacto físico com o mesmo. As
informações podem ser obtidas através de radiação electromagnética, gerada por fontes naturais
(sensor passivo), como o Sol, a atmosfera ou por fontes artificiais (sensor activo), como o radar.
São apresentadas na forma de imagens, sendo mais utilizadas, actualmente, aquelas captadas por
Aronoff (1993) estabelece que SIG´s são sistemas computadorizados que permitem o
manuseio de dados georreferenciados por meio de 4 módulos de capacidades. Que são:
1. Entrada de Dados;
2. Gerenciamento de Dados (Armazenamento e Recuperação);
3. Manipulação e Analise de Dados;
4. Saída (geração de produtos).
A partir dos modelos faz-se o Planeamento que é uma função ou serviço de preparação
do trabalho. “ O processamento de informações geográficas, no processamento de planeamento,
INICIA (a necessidade/problema é do Mundo Real) e TERMINA (a solução é posta ao Mundo
Real) com o Mundo Real” (ARANOFF, 1993).
ENTES E ATRIBUTOS
4.1.Banco de Dados
Um mapa pode ser consultado para formar um banco de dados e um banco de dados
pode ser consultado para formar um mapa. Por isso existem dois tipos de bancos de dados:
GEOGRÁFICOS (de ENTES) e de ATRIBUTOS.
45
Conforme destaca a figura abaixo, os dados geográficos são agrupados em duas grandes
classes ou modelos de representação, que também denomina-se ESTRUTURA DE
ARMAZENAMENTO ou FORMATO de Dados Espaciais Digitais, são comummente
diferenciados em dois tipos: Vectorial e Matricial (Raster).
Fonte: https://docs.ufpr.br/~firk/pessoal/Carto_Digital/BED3.pdf
Nesta classe as entidades podem ser apresentadas na forma de pontos, linhas (arcos e
demais elementos lineares) e polígonos (áreas). Conforme a figura abaixo.
Fonte: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/03/dados-geograficos-2-550x353.jpg
Sendo assim, os Pontos são utilizados para representar, por exemplo, a localização de
crimes ou ocorrências de doenças. Linhas têm aplicação na representação de redes de esgoto,
traçado de rios e semelhantes. Polígonos podem representar desde lotes de uma quadra até
continentes.
Com respeito aos polígonos é digno de nota observar que estes dividem o plano em duas
regiões: o interior, que em geral inclui a fronteira do polígono fechado e o exterior.
A Estrutura Raster (celular, matricial ou grade) é uma das formas mais simples de
organizar dados espaciais, consiste num arranjo, geralmente regular, de células (pixels), as quais
representam o mundo real.
47
Fonte: https://docs.ufpr.br/~firk/pessoal/Carto_Digital/BED3.pdf
Pelo fato de que o valor ou código de uma célula representar todas as feições dentro de
uma grade, este não mantém correctos o tamanho, a forma ou a localização, para feições
49
individuais. O rio, por exemplo, de fato é mais estreito do que uma célula, mas somente uma
célula inteira pode ser codificada como rio, assim, o rio aparece mais largo do que realmente é.
Também se deve notar, a mudança na forma do rio, que se torna mais geométrica do que sinuosa
(curvada) devido a sua representação por células quadradas. Outras feições são generalizadas.
Fonte: https://docs.ufpr.br/~firk/pessoal/Carto_Digital/BED3.pdf
Arc/Info;
51
ArcView/ArcGIS;
Mge – Geomedia;
TNT mips;
Spring;
Idrisi.
52
1. Convenções cartográficas
1. Cartas Topográficas
A localização espacial de feições pode ser definida tanto no espaço bidimensional (X,Y),
como no espaço tridimensional (X,Y,Z). Por isso, são considerados como elementos principais da
topografia, a altimetria e a planimetria (DELAZARI et al. 2004:9).
1.1.Planimetria
Factores físico-naturais
Factor Descrição
Hidrografia A representação dos elementos hidrográficos é feita, sempre que possível, associando-se esses
elementos, há símbolos que caracterizem a água, tendo sido o azul a cor escolhida para representar
a hidrografia, alagados (mangue, brejo e área sujeita à inundação), etc.
Vegetação A cor verde é universalmente usada para representar a cobertura vegetal do solo. Numa carta
topográfica, por exemplo, as matas e florestas são representadas pelo verde-claro. O cerrado e
Catinga, o verde reticulado, e as culturas permanentes e temporárias, outro tipo de simbologia,
com toque Figurativo
Fonte: Comissário, C.E.A. (2017).
1.2.Altimetria
A altimetria é técnica para medir distâncias e ângulos verticais, que na planta não podem
ser representados. Para ser representado é utilizado a vista lateral, corte e elevação.
A medida que a escala diminui, acontece o mesmo com os detalhes, mas a correspondente
simbologia tende a se tornar mais complexa. Por exemplo, na Carta Internacional do Mundo
ao Milionésimo (CIM), o relevo, além das curvas de nível, é representado por cores
hipsométricas, as quais caracterizam as diversas faixas de altitudes.
O mesmo não ocorre com relação aos oceanos. Estes, além das cotas e curvas batimétricas
(que no modelado terrestre são as curvas de nível), têm a sua profundidade representada por
faixas de cores batimétricas.
56
Fonte: www2.fct.unesp.br/docentes/carto/JoaoFernando
O relevo de uma determinada área pode ser representado das seguintes maneiras: curvas
de nível, perfis topográficos, relevo sombreado, cores hipsométricas, etc.
1.2.1.1.Elementos Altimétricos
As curvas de nível ou isoípsas são linhas que no mapa unem pontos de mesma altitude. A
distância entre as curvas de nível, no traçado geral, indica-nos o grau de declividade que será:
suave (quando as curvas de nível das cotas usadas estiverem distantes entre si) ou acentuada
(quando as curvas de nível estiverem muito próximas umas das outras). Através das curvas de
níveis, também podemos traçar o perfil de relevo.
Assim, estas devem expressar com toda fidelidade o tipo do terreno à ser representado. As
curvas de nível vão indicar se o terreno é plano, ondulado, montanhoso ou se o mesmo é liso,
íngreme ou de declive suave.
e) Regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o
vértice apontando para a nascente;
f) As curvas de nível formam um “M” acima das confluências fluviais (ponto em que dois
rios se encontram);
g) Em geral, as curvas de nível um “U” nas elevações, cuja base aponta para o pé da
elevação.
A rede de drenagem controla a forma geral da topografia do terreno e serve de base para o
traçado das curvas de nível. Desse modo, antes de se efectuar o traçado dessas curvas, deve-se
desenhar todo o sistema de drenagem da região, para que se possa representar as mesmas.
O Rio: Curso d’água natural que desagua em outro rio, lago ou mar. Os rios levam as
águas superficiais, realizando uma função de drenagem, ou seja, escoamento das águas.
Seus cursos estendem-se do ponto mais alto (nascente ou montante) até o ponto mais
baixo (foz ou jusante), que pode corresponder ao nível do mar, de um lago ou de outro rio do qual
é afluente.
O Vale: Forma topográfica constituída e drenada por um curso d’água principal e suas
vertentes.
59
Cabe ressaltar que esses limites não são fixos, deslocando-se em consequência das
mutações sofridas pelo relevo.
O Divisor de Águas: Materializa-se no terreno pela linha que passa pelos pontos mais
elevados do terreno e ao longo do perfil mais alto entre eles, dividindo as águas de um e outro
curso d’água. É definido pela linha de cumeeira que separa as bacias.
O Lago: Depressão do relevo coberta de água, geralmente alimentada por cursos d’água e
mananciais que variam em número, extensão e profundidade.
A Serra: Cadeia de montanhas. Muitas vezes possui um nome geral para todo o conjunto
e nomes locais para alguns trechos.
1.2.2.3. Equidistância
Só deve haver numa mesma escala, duas alterações quanto à equidistância. A primeira é
quando, numa área predominantemente plana, por exemplo a cidade de QUELIMANE, precisa-se
ressaltar pequenas altitudes, que ali são de grande importância com finalidades específicas
(produção agrícola, urbanização, estradas, valas de drenagem, etc.). Estas são as curvas
auxiliares. No segundo caso, quando o detalhe é muito escarpado, deixa-se de representar uma
curva ou outra porque além de sobrecarregar a área, dificulta a leitura. Neste caso valoriza-se a
equidistância entre as linhas mestras, pois estas naturalmente estarão muito próximas, umas das
outras retratando-se melhor por isso, o acentuado desnível.
Importante:
2. Equidistância não significa a distância de uma curva em relação à outra, e sim a altitude
entre elas, ou seja, o desnível entre as curvas.
61
Nos mapas em escalas pequenas, além das curvas de nível, adoptam-se para facilitar o
conhecimento geral do relevo, faixas de determinadas altitudes em diferentes cores, como o
verde, amarelo, laranja, sépia, rosa e branco.
Fonte: Comissário, C.E.A. (2017). Adaptado de prof. Ruy. Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/334328/
O primeiro passo para o desenho de um perfil é traçar uma linha de corte, na direcção
onde se deseja representa-lo. Em seguida marcam-se em uma tira de papel todas as intersecções
das curvas de nível com a linha básica, as cotas de altitude, os rios, picos e outros pontos
definidos, que serão integralmente a posterior transferido a superfície de um papel milimétrico.
63
Tanto a escala horizontal como a vertical serão escolhidas em função do uso que se fará
do perfil e da possibilidade de representa-lo (tamanho do papel disponível).
A escala vertical deverá ser muito maior que a horizontal, do contrário, as variações ao
longo do perfil dificilmente serão perceptíveis, por outro lado, sendo a escala vertical muito
grande o relevo ficaria demasiadamente exagerado, descaracterizando-o. A relação entre as
escalas horizontal e vertical é conhecida como exagero vertical.
Para uma boa representação do perfil pode-se adoptar para a escala vertical um nº 5 a 10
vezes maior que a escala horizontal.
1. Processo Cartográfico
Por isso, o planeamento de qualquer actividade que de alguma forma se relaciona com o
espaço físico que habitamos requer, inicialmente, o conhecimento deste Espaço. Neste contexto
passa a ser necessário alguma forma de visualização da região da superfície física do planeta,
onde desejamos desenvolver nossa actividade. Para alcançar este objectivo, lançamos mão do
processo cartográfico, que é então, entendido como um conjunto de actos por que se realiza uma
operação cartográfica.
1.1.Planeamento Cartográfico
1.1.1.1.Reambulação
1.1.1.2.Aerotriangulação
1.1.1.3.Restituição
3. Selecção Cartográfica
a) Hidrografia - Inclui todos os detalhes naturais e/ou artificiais, tendo a água como
principal componente.
OBS: Nesta fase de selecção são incluídos os pontos cotados, que serão seleccionados
visando a representação da malha de pontos que representarão a variação de altitude.
4. Processos de Compilação
PROCESSOS DE COMPILAÇÃO
Compilação Processo utilizado quando a documentação básica é composta de cartas cuja escala é
a mesma da base final, assim, a compilação é feita directamente sobre as cartas, sem
Direta necessidade de selecção e redução.
Compilação com Este processo é utilizado quando a documentação básica é composta de cartas cuja
escala é maior que a escala da base final. A documentação básica é reduzida
Redução directamente para a escala da base final do trabalho. As reduções são montadas no
verso da plotagem da projecção e então, são seleccionados os elementos
Fotográfica topográficos. Neste processo o compilador executa simultaneamente a selecção e
compilação. Os elementos são seleccionados sobre uma base em poliéster e depois
reduzidos fotograficamente para a escala final de trabalho.
Fonte: Comissário, C.E.A. (2017).
71
VIII. TOPOGRAFIA
Veras Júnior (2003), define a TOPOGRAFIA como sendo a ciência que tem por
objectivo conhecer, descrever e representar graficamente sobre uma superfície plana, parte da
superfície da terra, desconsiderando a curvatura do planeta terra. Doubek (1989) afirma que a
TOPOGRAFIA tem por objectivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a
representação gráfica de uma Porção da terra sobre uma superfície plana. Espartel (1987) diz que
a topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma
porção limitada da superfície terrestre sem levar em conta a curvatura da esfericidade terrestre.
1. Nivelamento
1.1.Tipos de Nivelamento
ΔHAB=la-lb
72
Quando as distâncias verticais são referidas à superfície média dos mares (NÍVEL
VERDADEIRO) são chamadas de ALTITUDES. Se forem referidas à superfície de nível
arbitrária, acima ou abaixo do N.M.M, são chamadas de COTAS (NÍVEL APARENTE)
INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
Devido aos desníveis acentuados e extensão dos pontos a nivelar, se torna necessário
estacionar o aparelho em mais de uma posição, para se nivelar o local em estudo. Então
decompõe-se o trecho a nivelar em trechos menores e realiza-se uma sucessão de nivelamento
geométrico simples. É aplicável em terrenos ou superfícies muito acidentados, declivosos ou
sinuosos. Exemplo as construções realizadas em Nampula e Manica cidade utilizam-se
maioritariamente deste tipo de nivelamento devido a seu relevo planáltico.
Geralmente nivela-se pontos a cada 20m e também pontos entre os 20 metros desde que
tenham importância na configuração do terreno.
Nas poligonais fechadas começamos o nivelamento pelo ponto inicial e terminamos pelo
mesmo ponto inicial. Em poligonais abertas começa-se o nivelamento pelo ponto inicial, nivela-
se até o ponto final e retorna-se ao ponto inicial, seja nivelando todos os pontos
(RENIVELAMENTO), seja nivelando apenas alguns pontos (CONTRA – NIVELAMENTO).
Aplicação:
Em estradas ao longo do eixo longitudinal;
Em terraplanagem;
Em lavouras de arroz e terraceamento;
Em barragens.
ΔHBA=DinccosZ+hi+ha
1. Conceito
Note que se medirmos directamente o tempo solar, este vai provavelmente ser diferente daquele
que o relógio marca, pois não se usa o tempo local na vida diária, mas o tempo do fuso horário mais
próximo.
O tempo do fuso Horário obtém-se dividindo os 360º da circunferência terrestre por 24,
onde tem-se 15º, que são correspondentes a distância percorrida pelo sol em 1 hora.
“Os Fusos horários podem ser definidos como as zonas delimitadas por dois meridianos
consecutivos da superfície terrestre, cuja HORA LEGAL, por convenção, é a mesma.” (FITZ,
2008). Cada fuso é delimitado por dois meridianos e todas as localidades situadas no seu interior
têm a mesma hora, a chamada de hora legal.
1.1.Hora Legal
Hora legal: é o tempo determinado pela posição do meridiano do lugar, esta corresponde
a hora oficial de um país, geralmente a de sua capital, empregue como referência em documentos.
Por outra esta pode ser entendida como o intervalo de tempo considerado por um país como igual
para um determinado fuso, refere-se a uma zona demarcada, politicamente por uma nação. NO
CASO DE MOÇAMBIQUE, o seu território abrange a dois fusos horários a Sul e centro o fuso é
+2 e a Norte o fuso é +3, contudo a hora legal de Moçambique é de +2 onde se situa a sua capital
política, estando a zona norte sujeita a esse horário desconsiderando aquilo que é a sua hora local.
Os Fusos Horários foram criados no século XIX visando a padronização dos horários em
cada ponto do planeta. Sendo que por isso beneficiado em grande as trocas comerciais e o
transporte entre os países (internacional ou intercontinentais).
76
LEGENDA
Esta divisão, bem caracterizada, define a hora civil em cada ponto da superfície terrestre.
O fuso de Greenwich recebe a denominação de Z ou ZULU, sendo a hora em Greenwich
chamada de hora Zulu. Aos demais fusos são também atribuídas letras do alfabeto. O fuso que
abrange a Linha Internacional de Mudança de Data possui duas designações: a oeste M e a este
Y, correspondendo à data adiantada e atrasada respectivamente.
Para acomodar as divisões políticas, alguns países têm modificado seus fusos, criando
contornos que melhor enquadram as suas necessidades. O mapa seguinte representa as Zonas de
Tempo Mundialmente.
78
REFERÊNCIAS
http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/11204204042012Cartografia_Basica_
Aula_14.pdf>
FÍSICA, 2012;
disponível em <WWW.MESTREDOSCONCURSOS.COM.BR>;
BICÁ, Firoza & ISMAEL, Ismael A. Tempos e Espaços. Livro do Aluno – 6.ª Classe –
Ciências Sociais, Plural Editores & Porto Editora, Maputo, s/d;
80