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1 - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS.

• Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, impregnado de
subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia... (Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal).
• Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma
notícia de jornal, uma bula de medicamento. (Denotação, Claro, Objetivo, Informativo). O objetivo do texto é passar
conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma ideia. Exemplos de textos explicativos são
os encontrados em manuais de instruções.
• Informativo: Tem a função de informar o leitor a respeito de algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de
revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa do singular.
• Descrição: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe
de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais
abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa
“criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a
que o texto se refere.
• Narração: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar,
envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade.
O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis,
como o “Chapeuzinho Vermelho” ou a “Bela Adormecida”, até as picantes piadas do cotidiano. Dissertação: Dissertar
é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo
dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de
conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
• Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto
de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica
seu comportamento, temos um texto dissertativo -argumentativo. Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de
solicitação, deliberação informal, discurso de defesa e acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou
assinados, editorial.
• Exposição: Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). Estrutura
básica; ideia principal; desenvolvimento; conclusão. Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos científicos,
exposições etc. Injunção: Indica como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo
imperativo. Há também o uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais.
• Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como
pausas e retomadas.
• Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são
feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter
declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para
a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das
informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da
entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a
pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer
informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou
manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por
exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a
afetar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que
considera positivo na instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a
confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as
respostas ou perdendo a objetividade. As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o
ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, parêntese e as vezes colchetes, que servem para dar ao leitor
maior informações que ele supostamente desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a
atenção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da
página. Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo
principal da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A
fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma
frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da
entrevista são chamadas de “olho”.
• Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é
o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. Mas não é só
isso. Lendo esse texto, você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de sua redação e terá
exemplos. Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-brasileira corresponde à definição de crônica
como “narração histórica”. É a “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de Caminha”, na qual são narrados ao
rei português, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses
passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. Para começar,
uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:

O nascimento da crônica

“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando
as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos
atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a
Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...) (Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora
Ática, 1994)

Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A
crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que
acontecem, a crônica os analisa, dá lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por
outro ângulo, singular. O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A
preocupação com esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do
modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.

Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a
observação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas
em livro, para garantir sua durabilidade no tempo.

Interpretação de Texto

O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou
ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os conceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta
operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. Ler é uma atividade muito mais complexa do que a
simples interpretação dos símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido,
comparando-o e incorporando -o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo mantenha um comportamento ativo
diante da leitura.

Os diferentes níveis de leitura

Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para a compreensão do material lido, senão tudo cairá no
esquecimento ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até que tenhamos condições cognitivas para utilizar. De uma
forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas até termos condições de aproveitar totalmente o assunto lido. Essas
etapas ou níveis são cumulativas e vão sendo adquiridas pela vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura.

• O Primeiro Nível é elementar e diz respeito ao período de alfabetização. Ler é uma capacidade cerebral muito
sofisticada e requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a gramática, a semântica, é preciso que
tenhamos um bom domínio da língua.
• O Segundo Nível é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funções específicas: primeiro, prevenir para que a
leitura posterior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de escolher qual material leremos,
efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impressão sobre o livro. É a leitura que comumente
desenvolvemos “nas livrarias”. Nela, por meio do salteio de partes, respondem basicamente às seguintes perguntas:
- Por que ler este livro?

- Será uma leitura útil?

- Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?

Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar de imparcialidade quanto ao ponto de
vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se você se propuser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico,
rejeitando-o antes de conhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito baixo.
Ler é armazenar informações; desenvolver; ampliar horizontes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever melhor;
relacionar-se melhor com o outro.

Pré-Leitura

-Nome do livro Autor

- Dados Bibliográficos

Vícios de Leitura

Por acaso você tem o hábito de ler movimentando a cabeça? Ou quem sabe, acompanhando com o dedo? Talvez vocalizando
baixinho... Você não percebe, mas esses movimentos são alguns dos tantos que prejudicam a leitura. Esses movimentos são
conhecidos como vícios de linguagem.

• Movimentar a cabeça: procure perceber se você não está movimentando a cabeça enquanto lê. Este movimento, ao
final de pouco tempo, gera muito cansaço além de não causar nenhum efeito positivo. Durante a leitura apenas
movimentamos os olhos.
• Regressar no texto, durante a leitura: pessoas que têm dificuldade de memorizar um assunto, que não
compreendem algumas expressões ou palavras tendem a voltar na sua leitura. Este movimento apenas incrementa a
falta de memória, pois secciona a linha de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normalmente é
elucidado no decorrer da leitura. Procure sempre manter uma sequência e não fique “indo e vindo” no livro. O assunto
pode se tornar um bicho de sete cabeças!
• Ler palavra por palavra: para escrever usamos muitas palavras que apenas servem como adereços. Procure ler o
conjunto e perceber o seu significado.
• Sub-vocalização: é o ato de repetir mentalmente a palavra. Isto só será corrigido quando conseguirmos ultrapassar a
marca de 250 palavras por minuto.
• Usar apoios: algumas pessoas têm o hábito de acompanhar a leitura com réguas, apontando ou utilizando um objeto
que salta “linha a linha”. O movimento dos olhos é muito mais rápido quando é livre do que quando o fazemos guiado
por qualquer objeto.

Como ler e interpretar uma charge

Interpretar cartuns, charges ou quadrinhos exigem três habilidades: observação, conhecimento do assunto e vocabulário
adequado. A primeira permite que o leitor “veja” todos os ícones presentes - e dono da situação - dê início à descrição
minuciosa, mas que prioriza as relevâncias. A segunda requer um leitor “antenado” com o noticiário mais recente, caso
contrário não será possível estabelecer sentidos para o que vê. A terceira encerra o ciclo, pois, sem dar nome ao que vê, o leitor
não faz a tradução da imagem.

Desse modo, interpretar charges - ou qualquer outra forma de expressão visual – exige procedimentos lógicos, atenção aos
detalhes e uma preocupação rigorosa em associar imagens aos fatos.

Benett. Folha de São Paulo, 15/02/2010

Charges são desenhos humorísticos que se utilizam da ironia e do sarcasmo para a constituição de uma crítica a uma situação
social ou política vigente, e contra a qual se pretende – ou ao menos se pretendia, na origem desse fenômeno artístico, na
Inglaterra do século XIX – fazer uma oposição. Diferente do cartoon, arte também surgida na Inglaterra e que pretendia
parodiar situações do cotidiano da sociedade, constituindo assim uma crítica dos costumes que ultrapassa os limites do tempo e
projeta-se como crítica de época, a charge é caracterizada especificamente por ser uma crônica, ou seja, narra ou satiriza um
fato acontecido em determinado momento, e que perderá sua carga humorística ao ser desvencilhada do contexto temporal no
qual está inserida. Todavia, a palavra cartunista acabou designando, na nossa linguagem cotidiana, a categoria de artistas que
produz esse tipo de desenho humorístico (charges ou cartoons)

Na verdade, quatro passos básicos para uma boa interpretação político-ideológica de uma charge. Afinal, se a corrida eleitoral
para a Presidência da República já começou, não vai mal dar uma boa olhada nas charges publicadas em cada jornal, impresso
ou eletrônico, para ver o que se passa na cabeça dos donos da grande mídia sobre esse momento ímpar no processo
democrático nacional…

Passo 1: Procure saber do que a charge está tratando: A charge geralmente está relacionada, por meio do uso de
ANALOGIAS, a uma notícia ou fato político, econômico, social ou cultural. Portanto, a primeira tarefa de um “analista de
charges” será compreender a qual fato ou notícia a charge em questão está relacionada.

Passo 2: Entenda os elementos contidos na charge: Numa charge de crítica política ou econômica, sempre há um protagonista
e um antagonista da situação – ou seja, um personagem alvejado pela crítica do chargista e outro que faz a vez de porta-voz da
crítica do chargista. Não necessariamente o antagonista aparece na cena… O próprio cenário da charge, uma nota de rodapé ou
a própria situação na qual o protagonista está inserido pode fazer a vez de antagonista. Já nas charges de caráter social ou
cultural, geralmente não há protagonistas e antagonistas, mas elementos do fato ou da notícia que são caricaturizados – isto é,
retratados humoristicamente – com vistas a trazer força à notícia representada na charge. No caso das charges de crítica
econômica e política, a identificação dos papéis de protagonista e antagonista da situação é fundamental para o próximo passo
na interpretação desta charge.

Passo 3: Identifique a linha editorial do veículo de comunicação: Não é novidade para nenhum de nós que a imparcialidade da
informação é uma mera ilusão, da qual nos convenceram de tanto repetir. Não existe imparcialidade nem nas ciências, quanto
mais na imprensa! E por mais que a manipulação da notícia seja um ato moralmente execrável, a parcialidade na informação
noticiada pelos meios de comunicação não apenas é inevitável, como também pode vir a ser benéfica no que tange ao processo
da constituição de posicionamentos críticos e ideológicos no debate democrático. Reafirmando aquele lugar-comum, mas
válido, do dramaturgo Nelson Rodrigues (do qual eu nunca encontrei a citação, confesso), “toda unanimidade é burra”. Por
isso, é preciso compreender e identificar a linha editorial do veículo de comunicação no qual a charge foi publicada, pois esta
revela a ideologia que inspira o foco de parcialidade que este dá às suas notícias.

Passo 4: Compreenda qual o posicionamento ideológico frente ao fato, do qual a charge quer te convencer: Assim como a
notícia vem, como já foi comentado, carregada de parcialidade ideológica, a charge não está longe de ser um meio propício de
comunicação de um ponto de vista. E com um detalhe a mais: a charge convence! Por seu efeito humorístico, a crítica proposta
pela charge permanece enraizada por tempo indeterminado em nossa imaginação e, por decorrência, como vários autores da
consagrada psicologia da imagem já demonstraram, nos processos inconscientes que podem influenciar as decisões e escolhas
que julgamos serem estritamente voluntárias. Compreender a mensagem ideológica da qual é composta uma charge acaba
tendo a função de tornar conscientes estes processos, fazendo com que nossa decisão seja fundamentada numa decisão mais
racional e posicionada, e ao mesmo tempo menos ingênua e caricata da situação. Aí, sim, a charge poderá auxiliar na
formulação clara e cônscia de um posicionamento perante os fatos e notícias apresentados por esses meios de comunicação!

2 - Modos de organização do discurso: descritivo, narrativo, argumentativo


Cada tipologia dessa está relacionada a certa estrutura, característica, finalidade, funcionalidade, entre outros fatores, o que a
torna facilmente identificável dentro dos contextos em que é empregada. Pode-se dizer, portanto, que uma tipologia pode
abarcar vários gêneros textuais diferentes, porque eles guardam entre si características comuns relevantes.
Apesar de só uma tipologia ser cobrada na redação sempre (texto dissertativo-argumentativo), é importante compreender que
nas questões objetivas esse assunto é muito frequente. Entre os diversos tipos de texto existentes, os mais comuns nas questões
do ENEM são narrativo, descritivo, dissertativo, injuntivo, preditivo e dialogal. Vamos a eles:

• O TEXTO NARRATIVO
Sabemos que o longo de nossa vida estamos sempre relatando algo que nos ocorreu ou aconteceu com outros, pois nosso
dia a dia é feito de acontecimentos que necessitamos contar/relatar. Seja na forma escrita ou na oralidade, esta é a mais antiga
das tipologias, vem desde os tempos das cavernas quando o homem registrava seus momentos através dos desenhos nas
paredes e chega aos dias de hoje com textos exemplares publicados na literatura.
E COMO RECONHECER ESTE TIPO DE TEXTO (NARRAÇÃO)?
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. O texto se baseia numa sequência de declarações que
utilizam verbos de ação no passado. São apresentadas ações e personagens: o que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
EXEMPLO DE TEXTO NARRATIVO
TRAGÉDIA BRASILEIRA
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa, – prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição
de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura… Dava tudo quanto
ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês
de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato,
Inválidos…
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi
encontra-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
Manuel Bandeira
Enredo? Romance conturbado, que resulta em crime passional.
Personagens? Misael e Maria Elvira.
Espaço? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e vários outros lugares.
Tempo? Duração do relacionamento: três anos.
Sobre a sequência em que se desenvolve a trama:
Plano inicial: a união de Misael, 63 anos, funcionário público, a Maria Elvira, prostituta;
Complicação: a infidelidade de Maria Elvira obriga Misael a buscar nova moradia para o casal;
Clímax: as sucessivas mudanças de residência, provocadas pelo comportamento desregrado de Maria Elvira, acarretam o
descontrole emocional de Misael;
Conclusão/ Desfecho: a polícia encontra Maria Elvira assassinada com seis tiros.
• O TEXTO DESCRITIVO (DESCRIÇÃO)
A intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que está sendo descrito. Podemos
utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
A) A enumeração:
Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma ideia de ausência de ações dentro do
texto.
B) A comparação:
Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que percebemos, podemos utilizar a comparação,
pois este processo de comparação faz com que o leitor associe a imagem do que estamos descrevendo, já que desperta
referências no leitor. Utilizamos comparações do tipo: o objeto tem a cor de …, sua forma é como …, tem um gosto que
lembra …, o cheiro parece com …, etc.
C) Os cinco sentidos:
Percebemos que até mesmo utilizando a comparação para poder descrever, estamos utilizando também os cinco sentidos:
Audição, Visão, Olfato, Paladar, Tato como auxílio para criação desta imagem, proporcionando que o interlocutor visualize em
sua mente o objeto, o local ou a pessoa descrita. Por exemplo: Se você fosse descrever um momento de lazer com seus amigos
numa praia. O que você perceberia na praia utilizando a sua visão (a cor do mar neste dia, a beleza das pessoas à sua volta, o
colorido das roupas dos banhistas) e a sua audição (os sons produzidos pelas pessoas ao redor, por você e pelos seus amigos,
pelos ambulantes). Não somente estes dois, você pode utilizar também os outros sentidos para caracterizar o objeto que você
quer descrever.
E COMO RECONHECER ESTE TIPO DE TEXTO (DESCRIÇÃO):
Descrever é apresentar as características principais de um objeto, lugar ou alguém. Pode ser:
Objetiva:
Predomina a descrição real do objeto, lugar ou pessoa descrita. Neste tipo de descrição não há a interferência da opinião de
quem descreve, há a tendência de se privilegiar o que é visto, em detrimento do sujeito que vê.
Subjetiva:
Aparecem, neste tipo de descrição, as opiniões, sensações e sentimentos de quem descreve pressupondo que haja uma relação
emocional de quem descreve com o que foi descrito.
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO DESCRITIVO
É um retrato verbal
Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
As classes gramaticais mais utilizadas são: substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
Como na narração há a utilização da enumeração e comparação
Presença de verbos de ligação
Os verbos são flexionados no presente ou no pretérito (passado)
Emprego de orações coordenadas justapostas

• DISSERTAÇÃO
Podemos dizer que dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater. Este tipo de texto apresenta a
defesa de uma opinião, de um ponto de vista, predomina a apresentação detalhada de determinados temas e conhecimentos.
Para construção deste tipo de texto há a necessidade de conhecimentos prévios do assunto/tema tratado.
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
Como reconhecer esse tipo de texto (Dissertação argumentativa):
Existe sobreposição da marca de autoria (crítica) em relação à exposição de fatos, evidências. Exemplo: Redação do ENEM.
DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA
Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre determinado assunto, informa e esclarece sem a emissão de qualquer
opinião a respeito, é um texto expositivo.
E como reconhecer esse tipo textual (Dissertação expositiva): Neste tipo de texto são apresentadas informações sobre assuntos
e fatos específicos; expõe ideias; explica; avalia; reflete. Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que haja sua
opinião a respeito. Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do indicativo.
Exemplos: Notícias Jornalísticas
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

• INJUNÇÃO
Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas mais variadas situações, como por exemplo quando adquirimos um
aparelho eletrônico e temos que verificar manual de instruções para o funcionamento, ou quando vamos fazer um bolo
utilizando uma receita, ou ainda quando lemos a bula de um remédio ou a receita médica que nos foi prescrita. Os textos
injuntivos são aqueles textos que nos orientam, nos ditam normas, nos instruem.
E como identificar este tipo de texto (Injunção): Como são textos que expressão ordem, normas, instruções tem como
característica principal a utilização de verbos no imperativo. Pode ser classificado de duas formas:
Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
Prescritivo: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
EXEMPLO DE TEXTO INJUNTIVO
1. Em um liquidificador, adicione os ovos, o açúcar, o fubá, a farinha de trigo, o óleo, o leite e o fermento, depois bata até a
massa ficar lisa e homogênea
2. Despeje a massa em uma forma untada e polvilhada
3. Leve para assar em forno médio 180 °C) preaquecido por 40 minutos

3 - Coerência e progressão temática

O que é coerência textual?

Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que
o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:

"As ruas estão molhadas porque não choveu"

Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da
COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma
incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido
não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.

Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:

1. Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja,
que quebram a lógica.
2. Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste n a repetição de alguma ideia,
utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando hárepetição
excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa
uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente
3. Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si,
acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a
representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao
texto.

Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE TEMÁTICA e a
PROGRESSÃO SEMÂNTICA.

Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando também a
coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.

Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo
significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que
interessa, ao objetivo final da mensagem.

Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo, da frase. Ela
permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA, por sua
vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo
significativo que é o texto.

Vale salientar também que há muito para se estudar sobre coerência e coesão textuais, e que cada um dos conceitos
apresentados acima podem e devem ser melhor investigados para serem melhor compreendidos.

Coesão: referência, substituição, elipse

Coesão refere-se as articulações gramaticais entre palavras de uma mesma oração, com o objetivo de levar clareza e levar o
sentido buscado pelo escritor. A coesão busca a harmonia entre estes termos e é percebida quando existe continuidade dos
fatos expostos.

Coesão por Referência

Ocorre quando determinado elemento textual se refere a outro, substituindo-o. A referência, a princípio, pode ser em
relação a um dado externo (exofórica) ou interno (endoforica) ao texto.

Exofórica.: é aquela que se refere a um elemento fora do texto.


Ex.: A gente era pequena naquele tempo. E aquele era um tempo em que ainda se apregoava nas ruas.

Endofórica.: pode se referir a algo mencionado anteriormente no texto à anáfora ou a algo mencionado posteriormente à
catáfora

Coesão por substituição

Ocorre quando há colocação de um item no lugar de outro ou até de uma oração inteira. Pode ser nominal (feita por meio
de pronomes pessoais, numerais, indefinidos, nomes genéricos como coisa, gente, pessoa) e verbal (o verbo “fazer” é
substituto dos causativos, “ser” é o substituto existencial).

Coesão por elipse

A elipse acontece quando omitimos um termo que já foi apresentado anteriormente e que devido ao contexto criado pela
oração se torna fácil lembrar esta expressão. A elipse é bastante utilizada tanto na linguagem escrita, quanto na oralidade, pois
torna o entendimento do texto mais fácil, apesar da omissão de termos.

Ex.: 01- O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembleia com os
acionistas.
O termo “O diretor” foi omitido na segunda oração, antes do verbo “abriu” e do verbo “começou”.

4 - Uso dos conectivos: classificação e relações de sentido

Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos períodos compostos e também
as preposições, que ligam um vocábulo a outro.

O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando essas orações são independentes umas das outras, chamamos
de período composto por coordenação. Essas orações podem estar justapostas (sem conectivos) ou ligadas por conjunções (=
conectivos).

CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções coordenadas: ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e
não),também, que; e as locuções: mas também, senão também, como também...
Ela estuda e trabalha.

ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que. Também as locuções: no
entanto, não obstante, ainda assim, apesar disso.
Ela estuda, no entanto não trabalha.

ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as locuções ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer...


Ou ela estuda ou trabalha.

CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração anterior): logo, portanto, pois (posposto ao verbo).Também as
locuções: por isso, por conseguinte, pelo que...
Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada.

EXPLICATIVAS (justificam a proposição da oração anterior): que, porque, porquanto...


Vamos estudar, que as provas começam amanhã.

Quando as orações dependem sintaticamente umas das outras, chamamos período composto por subordinação. Esses períodos
compõem-se de uma ou mais orações principais e uma ou mais orações subordinadas.

CONECTIVOS subordinativos são as seguintes conjunções e locuções subordinadas:

CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por
isso que, pois que, já que, visto que...
Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.

COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior),
como...Também as locuções: tão...como, tanto...como, mais...do que, menos...do que, assim como, bem como, que nem...
Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos.
CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal, sem impedir a ação declarada): que, embora, conquanto.
Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que...
Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação.

CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não
ser que, exceto se...
Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação.

Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por que...
É necessário estudar com dedicação,para que se obtenha aprovação.

TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquanto...Também as locuções: antes que, depois que, logo
que, assim que, desde que, sempre que...
Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada.

CONSECUTIVAS (indicam conseqüência): que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de forma
que, de sorte que, de maneira que...
Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família.

5 – CLASSES GRAMATICAIS
O que eu preciso saber sobre o substantivo.
1 - SUBSTANTIVO: Substantivo é a palavra que dá nome às pessoas, animais, lugares, coisas ou seres em geral, e para
concursos as duas classificações mais importantes são:
a) Concreto: É o substantivo que denomina seres de existência real ou imaginaria.
Ex: Deus, cachorro, fantasma, cobra, etc...
b) Abstrato: Denomina qualidade ou sentimento, ação e estado dos seres.
Ex: Paixão, raiva, medo, alegria, colheita, reforma.

Não podemos esquecer que os substantivos abstratos indicam AÇÃO e essa ação poderá ser uma ação passiva ou uma ação ativa.
Ex: As críticas do diretor – Nessa oração a ação é ativa, pois diretor pratica ação de criticar.
Ex: As críticas ao diretor – Nesta oração a ação é passiva, pois o diretor sofre a ação de criticar.
OBS: Esse conceito é muito importante, pois quando é estudado complemento nominal e adjunto adnominal esses conceitos serão
importantes.

Plural do Substantivo Simples que merecem atenção.

Terminou em Emprega-se Exemplos

R ou Z ES AçúcarES, JuizES

AL, EL, OL, UL IS Bananal – Bananais, anel – anéis

VOGAL S Sapo – Sapos, Barriga – Barrigas

S (oxítona) ES Gás – Gases, Lilás – Lilases

S(paroxítona) INVARIÁVEL Lápis – Os lápis, ônibus – Os ônibus

IL (oxítona) IS Canil – Canis, Cantil - Cantis

IL (paroxítona) EIS Fóssil – Fósseis, Réptil – Repteis

M NS Bombom – Bombons – Nuvem – Nuvens


►DICA IMPORTANTE: Diminutivo do Substantivo
- Coloque o substantivo no Plural
- Retire o S do substantivo
- Adicione o “Zinhos”

1. Coração = corações + zinhos = coraçõezinhos


2. Pastel = pastéis + zinhos = pasteizinhos
3. Balão = balões + zinhos = balõezinhos
4. Bar = bares + zinhos = barezinhos

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

Dica 1: Se o substantivo composto apresentar as preposições DE ou SEM, somente o primeiro substantivo vai variar.

1. Pé-de-moleque = pés-de-moleque
2. Mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça
3. Pão-de-ló = pães-de-ló
Dica 2: Sempre que na palavra composta for formada por substantivos, adjetivos e numerais, os dois termos irão para
o plural.
Ex: Primeiro (numeral)-ministro (substantivo) = primeiros ministros
Ex: Gentil (Adjetivo) – homem (substantivo) = gentis – homens
Ex: Cachorro (substantivo) – quente (adjetivo) = cachorros – quentes
Ex: Couve (substantivo)- flor (substantivo) = Couves – flores
IMPORTANTE: Nas construções de Substantivo + Substantivo,quando o segundo substantivo indicar semelhança ou
função, apenas o primeiro substantivo vai para o plural.
Ex: Peixe – Boi (peixe que tem semelhança de um boi) = peixes – boi.
Ex: Navio – escola (navio que tem função de escola) = navios- escola
Dica 3: Verbo + substantivo: Apenas o Substantivo vai para o plural
Ex: Guarda (verbo) – Roupa (substantivo) = Guarda – Roupas
Obs: Quando a palavra Guardar indicar profissão, será um substantivo, assim os dois irão para o plural.
Ex: Guarda (substantivo) – civil (substantivo) = guardas – civis
Dica 4: Palavras Repetidas: Apenas a segunda vai para o plural.
Ex: Reco – Reco = Reco – Recos
ADJETIVO:
O que eu preciso saber sobre o adjetivo para concursos.
São palavras que caracterizam os objetos e seres, expressando qualidade, aparência ou modo de ser.
Obs: O Adjetivo tem função de ADJUNTO ADNOMINAL.

Mais cobrado pela UERR: Grau do Adjetivo


Comparativo
a) Superioridade ( Mais + adjetivo do que ou que)
Ex: Minha Cidade é mais populosa do que a sua
Ex: Minha Cidade é mais populosa que a sua
b) Inferioridade (Menos + adjetivo do que ou que)
Ex: Seus livros são menos cuidados do que os meus
Ex: Seus livros são menos cuidados que os meus
c) Igualdade (tão +adjetivo+quanto ou tão +adjetivo +como)
Ex: Esta casa é tão bonita quanto a sua
Ex: Meu objetivo é tirar uma nota tão alta como em português
Superlativos
Relativo
a) Superioridade: ( O mais + adjetivo + de)
Ex: Ele é o mais inteligente de todos.
b) Inferioridade: ( O menos + adjetivo + de)
Ex: Ele é o menos feio da turma

Absoluto
a) Analítico: (Advérbio + adjetivo)
Ex: Ela é muito bonita
b) Sintético: Adjetivo + terminações ÍSSIMO, ÉRRIMO
Ex: A onça é um animal bravíssimo

Locução Adjetiva Apresentam:

a) Preposição + substantivo
b) Equivalem a um substantivo

1. Festa de criança = festa infantil


2. Corpo de aluno = corpo discente
3. Corpo de professor = corpo docente
4. Dor de estômago = dor estomacal
5. Homem sem coragem = homem medroso
6. Ave da noite = ave noturna
7. Microfone de ouvido = microfone auricular

ARTIGO:
O que eu preciso saber sobre artigo para concursos
É a palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los e podem ser classificados em:
a) Definidos: O, A, OS, AS
b) Indefinidos: UM, UMAS, UNS e UMAS.

Obs: O Artigo tem função de ADJUNTO ADNOMINAL.


Observações sobre o Artigo:
Obs 1 –Não se usa artigo antes dos nomes de Cidades, a menos que venham determinadas por adjetivos ou locuções adjetivas.
Ex: Irei a São Paulo ( a – preposição)
Ex: Irei à São Paulo das belas praças ( determinei São Paulo e agora haverá a (preposição) + a (artigo).
Obs 2 - Substantivação (ou Nominalização), portanto, é um termo linguístico que significa a ação de utilizar como
substantivo uma outra unidade lexical ou gramatical, que usualmente não se classifica como tal. Geralmente quando
vem acompanhada de artigos.

Exemplos:

1 - O infeliz chegou (infeliz – substantivo, pois foi substantivado pelo artigo)


2. Diga um não para ele. (não – substantivo, pois foi substantivado pelo artigo)
3. Vimos o burro cair. (burro – substantivo, pois foi substantivado pelo artigo)
4. O cantar dele é bonito.(cantar – substantivo, pois foi substantivado pelo artigo)
5. Os três chegaram. (três – substantivo, pois foi substantivado pelo artigo)
Obs 3 – O pronome relativo CUJO não aceita artigo depois dele.

Ex: Esta é a mulher cujos os olhos são bonitos (errado)

Ex: Esta é a mulher cujos olhos são bonitos (correto)

ADVÉRBIO: O que eu preciso saber sobre Advérbio

É classe gramatical que modifica o sentido de um VERBO, ADJETIVO e de ADVÉRBIO, indicando circunstâncias de:
a) Afirmação: sim, certamente, realmente.
b) De Dúvida: Talvez, acaso, porventura, provavelmente.
c) De intensidade: muito, bastante, mais, menos, excessivamente.
d) De Lugar: Abaixo, aqui, ali, acolá, onde.
e) De Modo: bem, mal, depressa, como, pior.
f) Negação: Absolutamente, não.
g) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem.
h) assunto: sobre, acerca de.
i) causa: de fome, por causa de
j) companhia: com, na companhia de
k) concessão: mesmo que, apesar de, embora
l) condição: sem, com
m) finalidade: para, com o fim de,
n) conformidade: de acordo com, conforme

PRONOMES
O que eu preciso saber de pronomes

Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o substantivo, indicando sua
posição em relação às pessoas do discurso ou situando-o no espaço e no tempo. Quando ele representa o substantivo, dizemos
que se trata do pronome substantivo.

Ex.: Nós fomos aprovados no concurso.

Quando ele vem acompanhado do substantivo, restringindo a extensão de seu significado, dizemos que se trata do pronome
adjetivo.

Ex.: Este apartamento é antigo.

Há seis espécies de pronomes, a saber:

PESSOAIS - indicam as pessoas do discurso. (CASO RETO)

- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas

OBSERVAÇÕES: Os pronomes pessoais do caso reto exercem a função de sujeito e nunca de complemento de verbo.

OBLIQUOS – ÁTONOS : São os mais importantes para Concursos

O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:


- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes

►Os pronomes oblíquos átonos o, a, os e as, quando precedidos de verbos que terminam em - R, -S, -Z, assumem a forma lo,
la, los, las.
Ex: amar + a = amá-la;
Ex: quis + o = qui-lo;
Ex: fiz + o = fi-lo.

►Dica: Após os verbos MDF (mandar, deixar e fazer) não podemos usar os pronomes pessoais do caso reto e sim os
pronomes oblíquos átonos.

Ex: Deixa eu fazer o trabalho (Errado)


Ex: Deixe-me fazer o trabalho (correto)
Ex: Mande ela sair daqui (errado)
Ex: Mande-a sair daqui (correto)

►Os pronomes oblíquos átonos o, a, os e as, quando precedidos de verbos que terminam em - M, -ÃO, ÕE, assumem a forma
no, na, nos, nas.
Ex.: entregam + os = entregam-nos,
Ex: dão + os = dão-nos.

►Os pronomes oblíquos podem funcionar como sujeito no infinitivo, quando se usam os verbos: deixar, fazer, mandar,
ouvir, sentir e ver.
Ex.: Mandaram-me sair (E não: Mandaram eu sair).

MACETE: Uso do LHE ou LHES – Esses pronomes têm função de objeto indireto.

► Verbos Terminados em R, L ou Z – LHE – Função de Objeto indireto

Ex: Vou obedecer ao policial: Vou obedecer – lhe


Ex: Diz para ele a verdade: Diz-lhe a verdade

Dica: Você deverá empregar o LHE, quando substituir as preposições à, para e a.

►Verbos Terminados em M ou ~ - Lhe – Função de Objeto Indireto

Ex: Perdoem à mulher: Perdoem-lhe

►Os pronomes ME, TE,SE, NOS, VOS podem exercer a função de objeto direito ou objeto indireto, mas como saber se ele
será objeto direto ou indireto, olha só o
Bizu:

●Objeto Direto – Troque o pronome por: O menino


●Objeto Indireto – Troque o pronome por: AO Menino

Ex: Eu te disse tudo – Eu disse o menino tudo ou Eu disse ao menino tudo, qual das opções ficou com mais lógica, isso mesmo
a segunda oração. (Nessa oração o TE tem função de objeto indireto).
Ex: Eu te amo – Trocando: Eu amo o menino ou Eu amo ao menino, qual das duas orações ficou com mais lógica, isso mesmo
a primeira oração, logo TE tem a função de objeto direto.

Não esquece que os pronomes: O,A, OS e AS tem a função de OBJETO DIRETO.

OBLÍQUOS – TÔNICOS

O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:


- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

A Diferença entre os pronomes EU e MIM

Pronome de primeira pessoa EU:


● Entre preposição e verbo no infinitivo (obs: Não pode ocorrer adjetivo antes da preposição.
● Função de Sujeito de Verbo

Ex: Traga o copo para eu beber

Pronome de primeira pessoa MIM.


● Entre preposição e verbo no infinitivo (antes da preposição deverá ocorrer um adjetivo).
Ex: É fácil para mim falar de você.

●Sempre após preposições


● Final de Frase
● Função de Complemento Verbal ou Complemento Nominal.

► Muito Cuidado:

ERRADO CORRETO
Entre eu e ela Entre mim e ela
Entre ela e eu Entre ela e mim
Entre você e eu Entre você e mim
Entre eu e você Entre mim e você
Entre eu e Tu Entre mim e ti

► Atenção: Os pronomes oblíquos tônicos que apresentam a vogal “i” sempre vem como preposição: MIM, TI, SI

Emprego de CONOSCO / CONVOSCO / COM NÓS / COM VÓS

Utilizam-se as formas com nós / com vós antes de pronomes relativos (que), numerais, palavras de reforço: todos,
ambos, mesmos, próprios.
Ex.: Marlene saiu com nós dois; Foi com nós mesmos ao cinema
Ex: Ela foi conosco; Ela foi com nós todos

Nos demais casos, utilizam-se as formas conosco / convosco.


Ex.: Marlene saiu conosco;

Ex: Ela falou convosco

Emprego dos pronomes SE, SI e CONSIGO - utilizados somente quando reflexivos.

Ex: Rafael cortou-se;


Ex: José é muito egoísta. Só pensa em si mesmo;
Ex: O examinador trouxe as provas consigo.

POSSESSIVOS

Referem-se às pessoas do discurso: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa,
vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.

DEMONSTRATIVOS

Referem-se à posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo, no espaço ou no próprio discurso.

1a pessoa - este(s), esta(s), isto


2a pessoa - esse(s), essa(s), isso
3a pessoa - aquele(a), aqueles(as), aquilo

EMPREGO

Pronome: ESTE

ESTA em relação a coisa – indica que a coisa está próxima de quem fala ou escreve.
Ex.: Esta caneta é minha;

ESTA no texto: Referem-se ao que ainda vai ser dito ou escrito.


Ex.: Ainda relembro estas palavras: “é pentacampeão”.
ESTA indica tempo presente: Neste ato irei fazer regime

Pronome: ESSE

ESSE:
- pessoa - indica proximidade da pessoa a quem se fala ou se escreve.
Ex.: Esse relógio que tens atrasa muito;

- Refere-se ao que já foi dito ou escrito.


Ex.: O advérbio e a preposição são palavras invariáveis - essas duas classes gramaticais não têm flexão.

Pronome: AQUELE

pessoa - referência a seres que se encontram longe do falante e do ouvinte. Ex.: Aquele relógio que ele tem atrasa muito.

OBSERVAÇÕES:
A. Os pronomes o(s), a(s) serão demonstrativos quando puderem ser substituídos por isto, isso, aquilo ou aquele.
Ex: Não se pode ignorar tudo o (aquilo) que foi declarado;
Ex: A (aquela) que responder com exatidão, ganhará o prêmio.

B. Quando houver a enumeração de dois elementos e, à frente, quiser retomá-lo, posteriormente você poderá usar
ESTE (para o ultimo termo dito) e aquele (para o primeiro termo dito)

Exemplo: Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade foram dois expoentes da literatura brasileira. Este na
poesia; aquele, nos romances. (Este: Drummond; aquele: Machado)

RELATIVOS - referem-se a um termo anterior, denominado antecedente.´

► O que você deve saber sobre o pronome relativo “QUE”:


●usado em relação a coisas ou pessoas

Ex: Este é o livro que você está lendo;


Ex: A pessoa que lhe apresentei venceu o concurso de poesia);

►O que você deve saber sobre o pronome relativo “QUEM”


●refere-se apenas a pessoas e aparece sempre preposicionado
Ex: Esta é a garota a quem ele amava;

► O que você deve saber sobre o pronome relativo “CUJO”


● indica posse e coisa possuída, vem entre dois substantivos, concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere
●não admitindo artigo após o pronome “cujo”.
● Não aceita crase
● Tem a função de adjunto adnominal

Ex: Este é o escritor cuja obra li na íntegra;


Obs: O Pronome cujo sempre concorda com a coisa possuída.

► ONDE – O que você deve saber sobre o pronome relativo “ONDE”


●equivale a em que ou no(a) qual, empregado para indicar lugar (Onde você mora?);
● ONDE – sem movimento
●AONDE – com movimento
● Função de Adjunto Adverbial

EX: Pedro esta é a Cidade aonde irei. ( observe que o verbo ir vai pedir a preposição A, sendo que a preposição deverá ficar
antes do pronome RELATIVO.

►O QUAL, A QUAL, OS QUAIS e AS QUAIS: Estes pronomes fazem relação lugar, coisas e pessoas.

- Presta atenção aqui, pois esses caras gostam de colocar esses pronomes com CRASE, precisa ficar atento a regência
do verbo que vai aparecer após esses pronomes.

Ex: Esta é a pessoa a qual você brigou.


Ex: Está é a casal na qual resido.
OBS: Quando após pronomes relativos aparecer um verbo que tem complemento com preposição a preposição
obrigatoriamente deverá ficar antes do pronome relativo.

Ex: Esta é a pessoa a que me referi (verbo referir em sua regência exige a preposição e você pode observar que a preposição
ficou antes do pronome relativo QUE.

6 - VERBO

O que eu preciso saber sobre Verbo para concursos

É palavra que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno natural, situando essas ocorrências no tempo.

Apenas para viabilizar o estudo de análise sintática, vamos fazer uma diferenciação entre verbos de significação e
verbos de ligação.

⬧Verbos de significação: são todos aqueles que trazem em si próprios alguma mensagem, alguma ação, algum fenômeno.

Ex.: - Choveu muito. (indica que um fenômeno ocorreu)

Ex:- O Juiz condenou o réu. (ação de condenar alguém)

Ex: - Vanessa chorou pouco pelo marido. (indica que alguém chorou por outrem)

Ex: - Jesus nasceu. (indica a conduta de alguém)

⬧Verbos de ligação: são aqueles que não trazem em si qualquer significado, ou os que não indicam qualquer conduta ou
fenômeno. Tais verbos se prestam apenas para unir um estado ou qualidade a um outro termo. Esse estado ou qualidade
pode ser representado por um adjetivo, substantivo ou particípio. Sua função é apenas ligar um termo a outro.

O verbo de ligação, por excelência, é o verbo ser.

Ex.:João é homem. (substantivo)

Ex: João é feio. (adjetivo)

Porém, pode haver uma infinidade de verbos que são acidentalmente de ligação como, estar, ficar, permanecer, tornar-
se, virar, continuar, aparentar, andar, viver. Tais verbos exigem atenção, pois somente quanto tiverem a função e o sentido do
verbo ser é que serão de ligação.

Os principais verbos de ligação são:

SER= O carro é novo.


ESTAR= João está feliz.
PARECER= Joice parece cansada.
PERMANECER= A moça permanece aflita.
FICAR= Nicole ficou triste.
CONTINUAR= Diana continua feliz.
ANDAR= Cláudia anda nervosa.

Ficar atento que sempre que ocorrer um verbo de ligação, fazendo a relação de um Estado ou qualidade ao sujeito,
teremos um predicativo do sujeito.

PREDICAÇÃO VERBAL:
O verbo, quanto à predicação, pode ser classificado em:

- Transitivo: é o verbo considerado de sentido incompleto, que exige complemento que lhe integre o sentido. Esse pode ou não
vir revelado na oração.

Dica: Em verbos transitivos a ação começa em um termo passa pelo verbo e termina em outro termo, ou seja, a ação
não termina no verbo.

Ex: João Comeu o bolo (observe que ação começa em João, passa pelo verbo comer e terminar em bolo, então teremos um
verbo transitivo, pois ação transita pelo verbo e termina em outro termo).

- Transitivo direto: é aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou objeto
direto preposicionado).

Ex: O aluno comprou os livros (objeto direto) que desejava.

O exemplo traz um verbo transitivo direto, pois o verbo comprar exige complemento para inteirar seu sentido. Quando
se compra, compra-se obrigatoriamente algo.Devemos observar ainda que o complemento não é introduzido por nenhuma
preposição.
- Transitivo indireto: esse vem acompanhado de um objeto com preposição obrigatória (objeto indireto).

Ex.: Os filhos devem obedecer aos pais. (objeto indireto)


transitivo indireto objeto indireto (preposição obrigatória)

O exemplo traz um verbo que requer complemento para integrar seu sentido, pois quem ‘obedece’, obedece, necessariamente,
a alguém ou algo. Esse complemento ligado ao verbo com a intervenção de uma preposição é chamado de ‘objeto indireto’.

- Transitivo direto e indireto: aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição (objeto direto) e de um
objeto com preposição (objeto indireto).

Ex.: O jornal dedicou uma página (objeto direto) ao episódio (objeto indireto).

Ex: Maria ofereceu flores (objeto direto) ao namorado (objeto indireto)

Ex: Pedro preferiu matemática (objeto direto) ao português (objeto indireto)

Revisando: Verbos bi-transitivos são verbos que precisam de dois complementos, sendo que um deles deve ser sem preposição
e o outro com preposição, não podendo os dois serem acompanhados de preposição.

- Intransitivo: é o verbo considerado de sentido completo, que não exige complemento que lhe integre o sentido.

Estes verbos são, em regra, verbos intransitivos: dormir, morrer, nascer, ir, chegar, voltar, comparecer e morar.

Ex.: A criança dorme.

Ex: Saiu da Sala

Ex: Voltaram de Carro

Ex: Meu filho nasceu.

7 - VOZES VERBAIS
Fica ligado nessa porra aqui, pois essa merda cai na prova.

As vozes verbais se subdividem em: voz ativa, voz passiva (sintética / analítica), voz reflexiva e voz recíproca.

1) VOZ ATIVA: o sujeito pratica a ação verbal; é o agente da ação verbal.

Ex:O inimigo sitiou a cidade. → sujeito agente


Ex: O plenário da Câmara dos Deputados votou projetos importantes para o país.

2) VOZ PASSIVA: o sujeito recebe a ação verbal, é o paciente da ação verbal.

Ex: A cidade foi sitiada pelo inimigo. → sujeito paciente

VOZ PASSIVA

1) VOZ PASSIVA ANALÍTICA: é também chamada “desenvolvida”.


 É formada pelos verbos auxiliares ser, estar ou ficar + particípio (-do / -to).
 Só ocorre com VTD ou VTDI.
 Não há objeto direto.

Ex: O soldado foi morto pelo inimigo.

Ex: Vários assaltantes estavam cercados pelo guarda.

— AGENTE DA PASSIVA: é o termo que, na voz passiva analítica, pratica a ação verbal. Normalmente, vem introduzido
pela preposição “por” (pelo, pela, pelos, pelas).

EX: O soldado foi morto pelo inimigo.

EX: Vários assaltantes estavam cercados pelo guarda.

Ex: Os pecadores tinham sido perdoados pelo supremo.

2) VOZ PASSIVA SINTÉTICA: é também chamada “pronominal”.


 Ocorre com VTD + pronome apassivador (SE).
 O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito.
 Não há objeto direto.

Ex: Alugam-se amplos apartamentos na Vieira Souto.

- amplos apartamentos = sujeito simples paciente

- alugam = verbo na 3.ª pessoa do plural

- se = pronome apassivador

Ex: Destruíram-se as casas abandonadas. (sujeito paciente)

Ex: Lavaram-se as roupas sujas (sujeito paciente)

Dica 1 : Como transformar a voz ativa em voz passiva analítica

1 – aumente o verbo ser

2 – O verbo da voz ativa passa para o particípio

3 – acrescentam-se o “por” ou “pelo” após o particípio

4 – O termo que vem antes do verbo vai para o fim e o depois do verbo vai para o início.

Ex: O inimigo matou o guarda

- O guarda foi morto pelo inimigo

Ex: O menino canta a letra

- A letra foi cantada pelo menino


Ex: A enchente inundou a cidade

- A cidade foi inundada pela enchente

Dica 2: voz ativa para voz passiva analítica na locução verbal ( dois verbos)

1 – aumente o verbo ser, ficando ele entre os verbos

2 – O segundo verbo passa para o particípio

3 – acrescentam-se o “por” ou “pelo” após o particípio

4 – O termo que vem antes do verbo vai para o fim e o depois do verbo vai para o início.

Ex: O menino vai estudar a matéria

Ex: A matéria vai ser estudada pelo menino

Ex: Ele estava falando a verdade

Ex: A verdade estava sendo falada por ele.

Dica 3: Como transforma verbo na voz ativa em voz passiva sintética.

1 – Você elimina o sujeito.

2 – Acrescenta-se a partícula apassivadora “SE”

3 – Concorda o verbo com o novo sujeito (após o SE)

Ex: Ele vendeu a casa

Ex: Vendeu-se a casa

Ex: Os meninos vendem balas

Ex: Vendem-se balas

3) VOZ REFLEXIVA: Quando o sujeito pratica e sofre a ação verbal.

Ex : Maria Cortou-se.

Obs: Os verbos de ligação, transitivos indiretos e intransitivos não aceitam a transposição para a voz passiva, para que ocorra
Voz passiva é obrigatório que exista objeto direto.

MODOS VERBAIS

• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato.


Ex.: Eu gosto de chocolate.

• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.

• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.


Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.

FORMAS NOMINAIS DO VERBO


São formas nominais do verbo: o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO. Falaremos abaixo de cada um
individualmente e de suas particularidades.

1. Infinitivo (amar, fazer, partir, comemorar, por, ser, ir) - esta forma verbal representa o nome do verbo, como nos referimos a
ele, ou seja, sem nenhuma conjugação. Podemos ter verbos da primeira, da segunda e da terceira conjugação, e a terminação
do verbo indicará que ele está na forma nominal:

• terminados em AR - 1ª conjugação
• terminados em ER - 2ª conjugação
• terminados em IR - 3ª conjugação

2. Gerúndio(amando, fazendo, partindo, comemorando, pondo, sendo, indo) - indica uma noção de continuidade da ação
verbal, e costuma ser reconhecida pela terminação -ndo. Pode ser utilizada em qualquer tempo verbal, e em muitos casos vem
acompanhado de um verbo auxiliar.

Exemplos:

• Fazendo tudo com calma conseguiremos concluir ainda hoje.


• Estiveram investigando minha casa estes dias.

3. Particípio (amado, feito, partido, comemorado, posto, sido, ido) - indica uma noção de finalização, conclusão da ação verbal
e possui para a grande maioria dos verbos as terminações ADO, IDO ou TO. Quando está sendo utilizado como um adjetivo,
pode ser flexionado em gênero e número (ADA, ADAS, IDA, IDAS).

Exemplos:

• Ele estava apaixonado pela sua melhor amiga.


• Ela estava apaixonada pelo seu melhor amigo.
• Terminado o julgamento, o réu foi absolvido.
• Eu não teria chegado na hora se não fosse por você.

8 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Em português, quanto à posição do acento tônico, os vocábulos das silabas podem ser:
a) Oxítonos: O acento recai na última silaba
b) Paroxítono: O acento recai na penúltima silaba
c) Proparoxítono: O acento recai na antepenúltima silaba

Regras de Acentuação:

OXÍTONAS: Última silaba é a mais forte.

Regra Terminação Exemplo

Monossilábicas A, E, O Pó, fé, pá


Palavras A, E, O, EM ou ENS Café, parabéns, porém

►Como isso cai na prova: Fica atento que nas questões de concurso, a banca vai pergunta se todas as palavras são acentuadas
pela mesma regra, não caia nessa pegadinha, pois são todas oxítonas, mas são acentuadas por regras diferentes.
Um exemplo: As palavras cafuné, ipê e fé, são acentuados pela mesma regra.

Resposta a questão está incorreta, pois cafuné e ipê são palavras oxítonas terminadas em e, e fé é uma monossilábica terminada
em é. Precisa ficar atento para este tipo de questão.

►Mais uma dica: As oxítonas terminadas com os ditongos orais ÓI, ÉU e ÉI são acentuados.

Ex: Herói, anéis, céu


Fica atento que palavras como assembleia, ideia, plateia, comeia, não são acentuadas.
PAROXITONAS: Penúltima sílaba é a mais forte.
Levam acento os paroxítonos terminados:

DECORAR ESSA TABELA

Terminação Exemplos

PS Bíceps, fórceps

I(s) Táxi, júri

R Fêmur, caráter

N Cânon, abdômen

à (s) Ímã, órfãs

ÃO (s) Órgão, órfão

U(s) Vírus, Vênus

L Fácil, notável

X Tórax, fênix

Ditongo Família, cárie

UM – UNS Fórum, médiuns

DICA BIZURADA:

LIGA NACIONAL DO RAIO X, PSIU, UMUNS ÃNÃO

Esta frase ajuda decorar as terminações das palavras paroxítonas

PROPAROXÍTONAS: Todas São acentuadas

REGRAS ESPECIAIS:

► – Não são acentuados os encontros vocálicos dobrados.

Ex: Voo, enjoo e perdoo.

►– Levam acento agudo o “i” e “u” quando representarem a segunda vogal do hiato, mas não podem forma silaba com R, L,
M e N ou serem seguidas de NH.

Ex: Gaúcho, Traído, Ruim, Rainha.


► – Verbos monossilábicos terminados em “EM”: Quando no singular não levam, acento, mas quando os mesmos vão para a
terceira pessoa do plural (eles) devem ser acentuados.
Ex: Ele vem (singular)- Eles (vêm) – no plural ele é acentuado.
► – Os verbos crer, dar, ler e ver não levam acento circunflexo na terceira pessoa do plural, mas possuem acento circunflexo
na mesma pessoa do singular:: Devem no singular usar o acento circunflexo e no plural os mesmos repetem o “ee”, não
levando acentuação.
Ex: Ele crê (Singular)- Eles Creem (plural)

9 - CONCORDÂNCIA VERBAL
(Um dos assuntos mais cobrados em prova)
O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito da oração.

1) Sujeito simples
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

2 – SUJEITO COMPOSTO:
a) Sujeito antes do Verbo – Verbo no plural;
Ex: João e Maria comeram o bolo
b) Sujeito após o verbo – Verbo no Singular ou plural
Ex: Sumiu o policial e o bandido
Ex: Sumiram o policial e o bandido.

3 – Após o sujeito palavra com força de resumo: TUDO ou NADA; Verbo no Singular.
Ex: Dinheiro, mulheres e bebidas: Nada o satisfaz

4 – Núcleos em gradação: Verbo no Singular ou plural


Ex: Um olhar, um aperto de mão, um abraço FAZ ou FAZEM dele feliz

5 – Núcleos sinônimos: Verbo no singular ou plural:


Ex: A valentia e a coragem FAZ ou FAZEM dele um herói.

6 – Expressões Mais de e Menos de (numeral) o verbo concorda com o numeral.


Ex: Mais de 20 jogadores chegaram à festa.

7 – Verbo Parecer + infinitivo:


a) Concorda o parecer e não flexiona o infinitivo
Ex: As estrelas parecem brilhar no céu
b) Não flexiona o parecer e concorda o infinitivo
Ex: As estrelas parece brilharem no céu.

8 – Pronome relativo QUE na função de sujeito: O verbo vai concordar com o antecedente do pronome relativo.
Ex: Somos nós que mandamos aqui. (observe que o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo).

9 – Pronome relativo QUEM na função de sujeito : Verbo na terceira pessoa do singular ou concorda com o
antecedente do QUEM.
Ex: Somos nós quem manda aqui. (verbo na pessoa do singular)
Ex: Somos nós quem mandamos aqui (verbo concordando com o antecedente)

10 – Núcleos compostos por verbos no infinitivo.


a) Sem artigo – verbo no singular
Ex: Caminhar e correr faz deles atletas
b) Com artigo – verbo no plural
Ex: O caminhar e o correr fazem deles atletas

11 – Nome próprio.
a) Sem artigo: Verbo no singular
Ex: Minas Gerais é um grande produtor de leite
b) Com artigo: Verbo no plural
Ex: As Minas Gerais são um grande produtor de leite

12 – Núcleos ligados pelas conjunções “OU” e “E”


a) Ideia de exclusão: Verbo no singular
Ex: João e Pedro casará com Maria (observem que não será os dois que irá casar e sim apenas um deles).
b) Ideia de adição: Verbo no plural
Ex: Malaria e Dengue mataram o cão
Bizu: Aqui ocorre uma indefinição, não sabemos quem matou o animal, na duvida as duas doenças e verbo no plural.

13 – Verbo indicando horas: (dar, soar, bater) concordam com o sujeito da oração.
Ex: Deram três horas no relógio da matriz (adjunto adverbial de lugar).
Ex: Deu três horas o relógio da matriz. (sujeito)

14 – Verbo SER:
- Poderá concordar com o sujeito ou predicativo
a) quando o sujeito e o predicativo são nomes de coisas e um deles estiver no singular e o outro no plural, o verbo ficará
indiferente, podendo concordar tanto com o sujeito quanto com o predicativo.
Ex: A velhice seria apenas recordações ou A Velhice seriam apenas recordações.
A) Se o sujeito ou predicativo for pessoa (não coisa) o verbo ser concorda com ele.
Ex: Os filhos doentes eram a sua preocupação (Observe que o verbo SER concordou com filhos – sujeito e não com
preocupação – predicativo).

15– Concordância do Verbo Haver e fazer:

a) Verbo haver no sentido de TEMPO PASSADO, EXISTIR e OCORRER, sempre fica no singular.

Ex: Na escola havia alunos estudiosos (observem que o verbo haver encontra-se no sentido de existir, ficando no singular)

Dica: Mas caso aparecer os VERBOS EXISITIR ou OCORRER, esses verbos têm sujeito, quem não tem sujeito é o verbo
haver nos sentidos de EXISTIR e OCORRER.
Ex: Na escolas existiam alunos estudiosos
Ex: Já ocorrem muitas guerras no passado.

Dica: Nas locuções verbais, o verbo haver IMPESSOAL, transmite sua impessoalidade para os verbos auxiliares.
Ex: Devem haver alunos estudiosos na escola ( errada)
Ex: Deve haver alunos estudiosos na escola (correta)

b) Verbo Fazer: Quando indicar tempo passado é impessoal, ou seja, sempre fica no singular.
Ex: Faz anos que ele partiu
Obs: Nas locuções verbais o verbo FAZER transmite sua impessoalidade para o verbo auxiliar.
Ex: Amanhã deve fazer três meses que ele sumiu.

10 - CONCORDÂNCIA NOMINAL

Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero e
número.
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmente alta.

►A principal concordância nominal é a relação entre o substantivo e o adjetivo.

1 – Substantivos do mesmo gênero + adjetivo


a) Adjetivo concorda com os dois
b) Concorda com o mais próximo
Ex: Na cidade foi inaugurada um cinema e parque NOVO ou NOVOS

►Obs: Adjetivo na função de predicativo, obrigatoriamente fica no plural.


►Não esquece que predicativo deve ocorrer o verbo de LIGAÇÃO.
Ex: Na Cidade o colégio e o cinema são NOVOS

2 – Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo


a) Adjetivo concorda com o mais próximo
b) Adjetivo concorda com os dois no masculino
Ex: Na Cidade existem um colégio e uma praça NOVA ou NOVOS

3 – Expressões UM e OUTRO, NUM e OUTRO + substantivo + adjetivo: O Substantivo fica sempre no singular e o
adjetivo no plural
Ex: O aluno fez uma e outra questão fáceis.

4 – Palavra MESMO
a) Pronome: Fica ao lado do substantivo e vai concordar com ele.
Ex: As alunas mesmas fizeram o bolo
b) Advérbio: significa realmente e fica invariável.
Ex: As alunas fizeram mesmo o bolo.
5 – SÓ
a) Se indicar sozinho vai concordar com o substantivo.
Ex: As crianças ficaram sós( concorda com o substantivo criança)
b) Se indicar apenas é advérbio e vai ficar invariável
Ex: Sós os políticos de oposição votaram os projetos

6 – OBRIGADO: Vai concordar com o gênero da pessoa que agradece


Homem: Obrigado
Ex: O rapaz disse obrigado
Mulher: Obrigada
Ex: A moça disse obrigada

7 – Palavra MEIO:
a) Indicando um pouco é invariável;
Ex: Ela ficou um meio doente
b) Indicando metade concorda com o substantivo;
Ex: Ele comeu meia banana

8 – Alerta e Menos: São palavras invariáveis


Ex: Os guardas estão alerta
Ex: A moça ficou menos triste hoje.

9 – Expressões: É bom, É necessário, É proibido


a) Sem artigo ficam invariáveis
Ex: Entrada é proibido
Ex: Cerveja é bom
b) Com artigo concorda com ele.
Ex: A entrada é proibida
Ex: A cerveja é boa

10 – Anexo e em anexo
a) Anexo vai concordar com o substantivo
Ex: As cartas irão anexas
b) Em Anexo: Invariável
Ex: As cartas irão em anexo.

11 – Bastante:
a) Pronome indefinido: Quando indicar MUITOS, MUITAS ou SUFICIENTES, vai concordar com o substantivo.
Ex: Os adolescentes têm bastantes (muitos) amigos
b) Quando indicar MUITO é invariável.
Ex: Os atletas estão bastante (MUITO) cansados.

11 - CRASE
Grave os casos de crase proibidos de forma clara e objetiva.

“a” antes de Exemplo


Verbo no infinitivo Promoção a partir de 500 reais
Masculino Andou a cavalo
Pronomes Referi-me a ela
Plural Iremos a festas
Artigo Indefinido Fiz alusão a uma mulher
Palavras Repetidas Estava face a face
Preposição O evento iniciará após as 22 horas
Nomes próprio feminino completo Referi-me a Maria Augusta da Silva

►Obs: Usa a crase antes de palavras masculinas quando ocorrerem as palavras: moda – estilo- maneira, mesmo que implícito.

Ex: Paulo cortou o cabelo à Ronaldo


Ex: Ele comeu um pão de queijo à mineira.

MACETE: Usa-se crase no “a” quando vier antes das palavras “QUE” ou “DE” e substitui um termo anterior.

Ex: Minha Ideia é igual à de Paula (ideia de Paula)


Ex: Estas blusas são iguais às que compramos (as blusas)

►Crase entre eventos:

De = sem crase

Da = haverá crase

Ex: A loja estará aberta de sábado a domingo

Ex: A loja estará aberta da quinta à sexta

►Crase facultativa

a) nomes próprios femininos

Ex: Fiz alusão a Maria

Ex: Fiz alusão à Maria

b) Após a preposição Até:


Ex: Irei até a praça hoje

Ex: Irei até à praça hoje

c) Pronomes possessivos sua e minha no singular.

Ex: Irei a sua tia hoje.

Ex: Irei à sua tia hoje.

Obs: Se os pronomes possessivos estivem no plural a crase é obrigatória.

Ex: Irei às suas tias hoje. (crase obrigatória)

Obs: Se existir uma palavra implícita a crase é obrigatória.

Ex: Sua ideia é semelhante à minha (implícito ideia)

►Crase antes dos PRONOMES A QUAL e AS QUAIS.

No capitulo de pronome você deve lembrar que sempre após pronomes relativos ocorrer um verbo transitivo indireto a
preposição deverá ficar antes do pronome relativo.

Ex: A loja à qual Paula foi é nova (verbo ir – foi, exige a preposição a)

Ex: Vi a mulher à qual fiz referência (verbo referir exige preposição a)

►As palavras CASA, TERRA e DISTÂNCIA se houver determinante crase haverá:

Ex: Vou à casa de Paula mais tarde (determinou)


Ex: Vou a casa mais tarde ( não determinou)
Ex: Irei à terra natal dos meus avós amanhã (determinou)
Ex: Irei a terra amanhã ( não determinou)
Ex: Ele ficou à distância de 10 metros (determinou)
Ex: Ele ficou a distância

Locuções adverbiais que a crase é obrigatória

Locuções Forma Exemplos


Adverbiais A+ substantivo Às vezes, à tarde, à noite, à direita
Prepositivas A+ substantivo+ de À espera de, à procura de
Conjuntivas A+ substantivo + que À medida que, à proporção que

►CRASE COM PRONOME DEMONSTRATIVO: Aquela, Aquele, Aquilo.

Ex: Referi-me àquele rapaz


Ex: Fiz alusão àquela mulher

Não esqueça que para ocorrer crase o antecedente do pronome relativo deverá exigir a preposição.

►Não esqueça que A (preposição) + AQUELE = ÀQUELE

12 - PONTUAÇÃO
Emprego da Vírgula

1 – Separar termos coordenados.

Ex: Ele vende jornais, livros e papeis

2 – Separar aposto.

Ex: O Tejo, Rio de Portugal, encontra-se poluído


3 – Isolar vocativo

Companheiros, vamos a luta!

4 – Isolar adjuntos adverbiais descolados

- A posição natural do adjunto adverbial é após o verbo e quando o mesmo encontra-se fora dessa posição deverá ficar
isolado.

Ex: No domingo (adjunto adverbial de tempo), Iremos ao futebol.

5– Para separar certas conjunções descoladas

a) adversativas (mas, porém, todavia) : Sua posição natural é no início do período.

Ex: O trabalho é árduo, porém ele não desiste (posição normal)

Ex: O trabalho é árduo; ele, porém, não desiste ( descolada)

b) conclusivas ( logo, por isso, portanto). Sua posição natural é no inicio da oração, mas quando fora dessa posição precisam
ficar isoladas por vírgulas.

Ex: Paguei ao padeiro a divida, portanto não o devo mais nada. (posição natural.

Ex: Paguei ao padeiro a dividida; não, portanto, o devo mais nada. ( deslocada)

6 – Indicar elipse de verbo

Ex: Eu leio livros; você, revistas

Ex: Eu comi bolo; Pedro, bananas.

7 – Separar expressões explicativas: isto é, ou melhor, por exemplo.

Ex: Irei a sua casa amanhã, ou melhor, no fina de semana.

8 – Separar datas

Boa Vista, 18 de novembro de 2017.

9 – Separar orações subordinadas adverbiais, quando a oração subordinada vem antes da oração principal.

Ex: Quando ele chegou, nos partimos.

Ex: Embora morasse longe, foi a pé.

10 – Separar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex: As árvores, que dão frutos, serão salvas.

11 – Orações coordenadas ligadas pela conjunção aditiva E.

a) Sujeitos diferentes é usada a virgula.

Ex: Maria gritou muito e, Pedro fugiu do local (Observem que na primeira oração o sujeito é ELE e na segunda oração o
sujeito é PEDRO).

b) Mesmo sujeito não separa com vírgula

Ex: Ele veio aqui cedo e depois sumiu (mesmo sujeito nas duas orações).

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