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• Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, impregnado de
subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia... (Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal).
• Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma
notícia de jornal, uma bula de medicamento. (Denotação, Claro, Objetivo, Informativo). O objetivo do texto é passar
conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma ideia. Exemplos de textos explicativos são
os encontrados em manuais de instruções.
• Informativo: Tem a função de informar o leitor a respeito de algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de
revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa do singular.
• Descrição: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe
de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais
abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa
“criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a
que o texto se refere.
• Narração: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar,
envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade.
O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis,
como o “Chapeuzinho Vermelho” ou a “Bela Adormecida”, até as picantes piadas do cotidiano. Dissertação: Dissertar
é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo
dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de
conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
• Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto
de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica
seu comportamento, temos um texto dissertativo -argumentativo. Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de
solicitação, deliberação informal, discurso de defesa e acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou
assinados, editorial.
• Exposição: Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). Estrutura
básica; ideia principal; desenvolvimento; conclusão. Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos científicos,
exposições etc. Injunção: Indica como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo
imperativo. Há também o uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais.
• Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como
pausas e retomadas.
• Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são
feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter
declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para
a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das
informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da
entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a
pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer
informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou
manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por
exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a
afetar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que
considera positivo na instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a
confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as
respostas ou perdendo a objetividade. As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o
ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, parêntese e as vezes colchetes, que servem para dar ao leitor
maior informações que ele supostamente desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a
atenção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da
página. Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo
principal da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A
fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma
frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da
entrevista são chamadas de “olho”.
• Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é
o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. Mas não é só
isso. Lendo esse texto, você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de sua redação e terá
exemplos. Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-brasileira corresponde à definição de crônica
como “narração histórica”. É a “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de Caminha”, na qual são narrados ao
rei português, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses
passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. Para começar,
uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando
as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos
atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a
Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...) (Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora
Ática, 1994)
Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A
crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que
acontecem, a crônica os analisa, dá lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por
outro ângulo, singular. O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A
preocupação com esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do
modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.
Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a
observação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas
em livro, para garantir sua durabilidade no tempo.
Interpretação de Texto
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou
ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os conceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta
operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. Ler é uma atividade muito mais complexa do que a
simples interpretação dos símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido,
comparando-o e incorporando -o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo mantenha um comportamento ativo
diante da leitura.
Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para a compreensão do material lido, senão tudo cairá no
esquecimento ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até que tenhamos condições cognitivas para utilizar. De uma
forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas até termos condições de aproveitar totalmente o assunto lido. Essas
etapas ou níveis são cumulativas e vão sendo adquiridas pela vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura.
• O Primeiro Nível é elementar e diz respeito ao período de alfabetização. Ler é uma capacidade cerebral muito
sofisticada e requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a gramática, a semântica, é preciso que
tenhamos um bom domínio da língua.
• O Segundo Nível é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funções específicas: primeiro, prevenir para que a
leitura posterior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de escolher qual material leremos,
efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impressão sobre o livro. É a leitura que comumente
desenvolvemos “nas livrarias”. Nela, por meio do salteio de partes, respondem basicamente às seguintes perguntas:
- Por que ler este livro?
Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar de imparcialidade quanto ao ponto de
vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se você se propuser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico,
rejeitando-o antes de conhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito baixo.
Ler é armazenar informações; desenvolver; ampliar horizontes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever melhor;
relacionar-se melhor com o outro.
Pré-Leitura
- Dados Bibliográficos
Vícios de Leitura
Por acaso você tem o hábito de ler movimentando a cabeça? Ou quem sabe, acompanhando com o dedo? Talvez vocalizando
baixinho... Você não percebe, mas esses movimentos são alguns dos tantos que prejudicam a leitura. Esses movimentos são
conhecidos como vícios de linguagem.
• Movimentar a cabeça: procure perceber se você não está movimentando a cabeça enquanto lê. Este movimento, ao
final de pouco tempo, gera muito cansaço além de não causar nenhum efeito positivo. Durante a leitura apenas
movimentamos os olhos.
• Regressar no texto, durante a leitura: pessoas que têm dificuldade de memorizar um assunto, que não
compreendem algumas expressões ou palavras tendem a voltar na sua leitura. Este movimento apenas incrementa a
falta de memória, pois secciona a linha de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normalmente é
elucidado no decorrer da leitura. Procure sempre manter uma sequência e não fique “indo e vindo” no livro. O assunto
pode se tornar um bicho de sete cabeças!
• Ler palavra por palavra: para escrever usamos muitas palavras que apenas servem como adereços. Procure ler o
conjunto e perceber o seu significado.
• Sub-vocalização: é o ato de repetir mentalmente a palavra. Isto só será corrigido quando conseguirmos ultrapassar a
marca de 250 palavras por minuto.
• Usar apoios: algumas pessoas têm o hábito de acompanhar a leitura com réguas, apontando ou utilizando um objeto
que salta “linha a linha”. O movimento dos olhos é muito mais rápido quando é livre do que quando o fazemos guiado
por qualquer objeto.
Interpretar cartuns, charges ou quadrinhos exigem três habilidades: observação, conhecimento do assunto e vocabulário
adequado. A primeira permite que o leitor “veja” todos os ícones presentes - e dono da situação - dê início à descrição
minuciosa, mas que prioriza as relevâncias. A segunda requer um leitor “antenado” com o noticiário mais recente, caso
contrário não será possível estabelecer sentidos para o que vê. A terceira encerra o ciclo, pois, sem dar nome ao que vê, o leitor
não faz a tradução da imagem.
Desse modo, interpretar charges - ou qualquer outra forma de expressão visual – exige procedimentos lógicos, atenção aos
detalhes e uma preocupação rigorosa em associar imagens aos fatos.
Charges são desenhos humorísticos que se utilizam da ironia e do sarcasmo para a constituição de uma crítica a uma situação
social ou política vigente, e contra a qual se pretende – ou ao menos se pretendia, na origem desse fenômeno artístico, na
Inglaterra do século XIX – fazer uma oposição. Diferente do cartoon, arte também surgida na Inglaterra e que pretendia
parodiar situações do cotidiano da sociedade, constituindo assim uma crítica dos costumes que ultrapassa os limites do tempo e
projeta-se como crítica de época, a charge é caracterizada especificamente por ser uma crônica, ou seja, narra ou satiriza um
fato acontecido em determinado momento, e que perderá sua carga humorística ao ser desvencilhada do contexto temporal no
qual está inserida. Todavia, a palavra cartunista acabou designando, na nossa linguagem cotidiana, a categoria de artistas que
produz esse tipo de desenho humorístico (charges ou cartoons)
Na verdade, quatro passos básicos para uma boa interpretação político-ideológica de uma charge. Afinal, se a corrida eleitoral
para a Presidência da República já começou, não vai mal dar uma boa olhada nas charges publicadas em cada jornal, impresso
ou eletrônico, para ver o que se passa na cabeça dos donos da grande mídia sobre esse momento ímpar no processo
democrático nacional…
Passo 1: Procure saber do que a charge está tratando: A charge geralmente está relacionada, por meio do uso de
ANALOGIAS, a uma notícia ou fato político, econômico, social ou cultural. Portanto, a primeira tarefa de um “analista de
charges” será compreender a qual fato ou notícia a charge em questão está relacionada.
Passo 2: Entenda os elementos contidos na charge: Numa charge de crítica política ou econômica, sempre há um protagonista
e um antagonista da situação – ou seja, um personagem alvejado pela crítica do chargista e outro que faz a vez de porta-voz da
crítica do chargista. Não necessariamente o antagonista aparece na cena… O próprio cenário da charge, uma nota de rodapé ou
a própria situação na qual o protagonista está inserido pode fazer a vez de antagonista. Já nas charges de caráter social ou
cultural, geralmente não há protagonistas e antagonistas, mas elementos do fato ou da notícia que são caricaturizados – isto é,
retratados humoristicamente – com vistas a trazer força à notícia representada na charge. No caso das charges de crítica
econômica e política, a identificação dos papéis de protagonista e antagonista da situação é fundamental para o próximo passo
na interpretação desta charge.
Passo 3: Identifique a linha editorial do veículo de comunicação: Não é novidade para nenhum de nós que a imparcialidade da
informação é uma mera ilusão, da qual nos convenceram de tanto repetir. Não existe imparcialidade nem nas ciências, quanto
mais na imprensa! E por mais que a manipulação da notícia seja um ato moralmente execrável, a parcialidade na informação
noticiada pelos meios de comunicação não apenas é inevitável, como também pode vir a ser benéfica no que tange ao processo
da constituição de posicionamentos críticos e ideológicos no debate democrático. Reafirmando aquele lugar-comum, mas
válido, do dramaturgo Nelson Rodrigues (do qual eu nunca encontrei a citação, confesso), “toda unanimidade é burra”. Por
isso, é preciso compreender e identificar a linha editorial do veículo de comunicação no qual a charge foi publicada, pois esta
revela a ideologia que inspira o foco de parcialidade que este dá às suas notícias.
Passo 4: Compreenda qual o posicionamento ideológico frente ao fato, do qual a charge quer te convencer: Assim como a
notícia vem, como já foi comentado, carregada de parcialidade ideológica, a charge não está longe de ser um meio propício de
comunicação de um ponto de vista. E com um detalhe a mais: a charge convence! Por seu efeito humorístico, a crítica proposta
pela charge permanece enraizada por tempo indeterminado em nossa imaginação e, por decorrência, como vários autores da
consagrada psicologia da imagem já demonstraram, nos processos inconscientes que podem influenciar as decisões e escolhas
que julgamos serem estritamente voluntárias. Compreender a mensagem ideológica da qual é composta uma charge acaba
tendo a função de tornar conscientes estes processos, fazendo com que nossa decisão seja fundamentada numa decisão mais
racional e posicionada, e ao mesmo tempo menos ingênua e caricata da situação. Aí, sim, a charge poderá auxiliar na
formulação clara e cônscia de um posicionamento perante os fatos e notícias apresentados por esses meios de comunicação!
• O TEXTO NARRATIVO
Sabemos que o longo de nossa vida estamos sempre relatando algo que nos ocorreu ou aconteceu com outros, pois nosso
dia a dia é feito de acontecimentos que necessitamos contar/relatar. Seja na forma escrita ou na oralidade, esta é a mais antiga
das tipologias, vem desde os tempos das cavernas quando o homem registrava seus momentos através dos desenhos nas
paredes e chega aos dias de hoje com textos exemplares publicados na literatura.
E COMO RECONHECER ESTE TIPO DE TEXTO (NARRAÇÃO)?
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. O texto se baseia numa sequência de declarações que
utilizam verbos de ação no passado. São apresentadas ações e personagens: o que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
EXEMPLO DE TEXTO NARRATIVO
TRAGÉDIA BRASILEIRA
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa, – prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição
de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura… Dava tudo quanto
ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês
de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato,
Inválidos…
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi
encontra-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
Manuel Bandeira
Enredo? Romance conturbado, que resulta em crime passional.
Personagens? Misael e Maria Elvira.
Espaço? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e vários outros lugares.
Tempo? Duração do relacionamento: três anos.
Sobre a sequência em que se desenvolve a trama:
Plano inicial: a união de Misael, 63 anos, funcionário público, a Maria Elvira, prostituta;
Complicação: a infidelidade de Maria Elvira obriga Misael a buscar nova moradia para o casal;
Clímax: as sucessivas mudanças de residência, provocadas pelo comportamento desregrado de Maria Elvira, acarretam o
descontrole emocional de Misael;
Conclusão/ Desfecho: a polícia encontra Maria Elvira assassinada com seis tiros.
• O TEXTO DESCRITIVO (DESCRIÇÃO)
A intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que está sendo descrito. Podemos
utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
A) A enumeração:
Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma ideia de ausência de ações dentro do
texto.
B) A comparação:
Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que percebemos, podemos utilizar a comparação,
pois este processo de comparação faz com que o leitor associe a imagem do que estamos descrevendo, já que desperta
referências no leitor. Utilizamos comparações do tipo: o objeto tem a cor de …, sua forma é como …, tem um gosto que
lembra …, o cheiro parece com …, etc.
C) Os cinco sentidos:
Percebemos que até mesmo utilizando a comparação para poder descrever, estamos utilizando também os cinco sentidos:
Audição, Visão, Olfato, Paladar, Tato como auxílio para criação desta imagem, proporcionando que o interlocutor visualize em
sua mente o objeto, o local ou a pessoa descrita. Por exemplo: Se você fosse descrever um momento de lazer com seus amigos
numa praia. O que você perceberia na praia utilizando a sua visão (a cor do mar neste dia, a beleza das pessoas à sua volta, o
colorido das roupas dos banhistas) e a sua audição (os sons produzidos pelas pessoas ao redor, por você e pelos seus amigos,
pelos ambulantes). Não somente estes dois, você pode utilizar também os outros sentidos para caracterizar o objeto que você
quer descrever.
E COMO RECONHECER ESTE TIPO DE TEXTO (DESCRIÇÃO):
Descrever é apresentar as características principais de um objeto, lugar ou alguém. Pode ser:
Objetiva:
Predomina a descrição real do objeto, lugar ou pessoa descrita. Neste tipo de descrição não há a interferência da opinião de
quem descreve, há a tendência de se privilegiar o que é visto, em detrimento do sujeito que vê.
Subjetiva:
Aparecem, neste tipo de descrição, as opiniões, sensações e sentimentos de quem descreve pressupondo que haja uma relação
emocional de quem descreve com o que foi descrito.
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO DESCRITIVO
É um retrato verbal
Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
As classes gramaticais mais utilizadas são: substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
Como na narração há a utilização da enumeração e comparação
Presença de verbos de ligação
Os verbos são flexionados no presente ou no pretérito (passado)
Emprego de orações coordenadas justapostas
• DISSERTAÇÃO
Podemos dizer que dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater. Este tipo de texto apresenta a
defesa de uma opinião, de um ponto de vista, predomina a apresentação detalhada de determinados temas e conhecimentos.
Para construção deste tipo de texto há a necessidade de conhecimentos prévios do assunto/tema tratado.
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
Como reconhecer esse tipo de texto (Dissertação argumentativa):
Existe sobreposição da marca de autoria (crítica) em relação à exposição de fatos, evidências. Exemplo: Redação do ENEM.
DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA
Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre determinado assunto, informa e esclarece sem a emissão de qualquer
opinião a respeito, é um texto expositivo.
E como reconhecer esse tipo textual (Dissertação expositiva): Neste tipo de texto são apresentadas informações sobre assuntos
e fatos específicos; expõe ideias; explica; avalia; reflete. Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que haja sua
opinião a respeito. Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do indicativo.
Exemplos: Notícias Jornalísticas
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
• INJUNÇÃO
Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas mais variadas situações, como por exemplo quando adquirimos um
aparelho eletrônico e temos que verificar manual de instruções para o funcionamento, ou quando vamos fazer um bolo
utilizando uma receita, ou ainda quando lemos a bula de um remédio ou a receita médica que nos foi prescrita. Os textos
injuntivos são aqueles textos que nos orientam, nos ditam normas, nos instruem.
E como identificar este tipo de texto (Injunção): Como são textos que expressão ordem, normas, instruções tem como
característica principal a utilização de verbos no imperativo. Pode ser classificado de duas formas:
Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
Prescritivo: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
EXEMPLO DE TEXTO INJUNTIVO
1. Em um liquidificador, adicione os ovos, o açúcar, o fubá, a farinha de trigo, o óleo, o leite e o fermento, depois bata até a
massa ficar lisa e homogênea
2. Despeje a massa em uma forma untada e polvilhada
3. Leve para assar em forno médio 180 °C) preaquecido por 40 minutos
Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que
o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:
Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da
COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma
incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido
não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.
1. Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja,
que quebram a lógica.
2. Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste n a repetição de alguma ideia,
utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando hárepetição
excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa
uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente
3. Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si,
acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a
representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao
texto.
Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE TEMÁTICA e a
PROGRESSÃO SEMÂNTICA.
Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando também a
coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.
Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo
significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que
interessa, ao objetivo final da mensagem.
Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo, da frase. Ela
permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA, por sua
vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo
significativo que é o texto.
Vale salientar também que há muito para se estudar sobre coerência e coesão textuais, e que cada um dos conceitos
apresentados acima podem e devem ser melhor investigados para serem melhor compreendidos.
Coesão refere-se as articulações gramaticais entre palavras de uma mesma oração, com o objetivo de levar clareza e levar o
sentido buscado pelo escritor. A coesão busca a harmonia entre estes termos e é percebida quando existe continuidade dos
fatos expostos.
Ocorre quando determinado elemento textual se refere a outro, substituindo-o. A referência, a princípio, pode ser em
relação a um dado externo (exofórica) ou interno (endoforica) ao texto.
Endofórica.: pode se referir a algo mencionado anteriormente no texto à anáfora ou a algo mencionado posteriormente à
catáfora
Ocorre quando há colocação de um item no lugar de outro ou até de uma oração inteira. Pode ser nominal (feita por meio
de pronomes pessoais, numerais, indefinidos, nomes genéricos como coisa, gente, pessoa) e verbal (o verbo “fazer” é
substituto dos causativos, “ser” é o substituto existencial).
A elipse acontece quando omitimos um termo que já foi apresentado anteriormente e que devido ao contexto criado pela
oração se torna fácil lembrar esta expressão. A elipse é bastante utilizada tanto na linguagem escrita, quanto na oralidade, pois
torna o entendimento do texto mais fácil, apesar da omissão de termos.
Ex.: 01- O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembleia com os
acionistas.
O termo “O diretor” foi omitido na segunda oração, antes do verbo “abriu” e do verbo “começou”.
Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos períodos compostos e também
as preposições, que ligam um vocábulo a outro.
O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando essas orações são independentes umas das outras, chamamos
de período composto por coordenação. Essas orações podem estar justapostas (sem conectivos) ou ligadas por conjunções (=
conectivos).
CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções coordenadas: ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e
não),também, que; e as locuções: mas também, senão também, como também...
Ela estuda e trabalha.
ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que. Também as locuções: no
entanto, não obstante, ainda assim, apesar disso.
Ela estuda, no entanto não trabalha.
CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração anterior): logo, portanto, pois (posposto ao verbo).Também as
locuções: por isso, por conseguinte, pelo que...
Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada.
Quando as orações dependem sintaticamente umas das outras, chamamos período composto por subordinação. Esses períodos
compõem-se de uma ou mais orações principais e uma ou mais orações subordinadas.
CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por
isso que, pois que, já que, visto que...
Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.
COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior),
como...Também as locuções: tão...como, tanto...como, mais...do que, menos...do que, assim como, bem como, que nem...
Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos.
CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal, sem impedir a ação declarada): que, embora, conquanto.
Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que...
Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação.
CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não
ser que, exceto se...
Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação.
Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por que...
É necessário estudar com dedicação,para que se obtenha aprovação.
TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquanto...Também as locuções: antes que, depois que, logo
que, assim que, desde que, sempre que...
Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada.
CONSECUTIVAS (indicam conseqüência): que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de forma
que, de sorte que, de maneira que...
Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família.
5 – CLASSES GRAMATICAIS
O que eu preciso saber sobre o substantivo.
1 - SUBSTANTIVO: Substantivo é a palavra que dá nome às pessoas, animais, lugares, coisas ou seres em geral, e para
concursos as duas classificações mais importantes são:
a) Concreto: É o substantivo que denomina seres de existência real ou imaginaria.
Ex: Deus, cachorro, fantasma, cobra, etc...
b) Abstrato: Denomina qualidade ou sentimento, ação e estado dos seres.
Ex: Paixão, raiva, medo, alegria, colheita, reforma.
Não podemos esquecer que os substantivos abstratos indicam AÇÃO e essa ação poderá ser uma ação passiva ou uma ação ativa.
Ex: As críticas do diretor – Nessa oração a ação é ativa, pois diretor pratica ação de criticar.
Ex: As críticas ao diretor – Nesta oração a ação é passiva, pois o diretor sofre a ação de criticar.
OBS: Esse conceito é muito importante, pois quando é estudado complemento nominal e adjunto adnominal esses conceitos serão
importantes.
R ou Z ES AçúcarES, JuizES
Dica 1: Se o substantivo composto apresentar as preposições DE ou SEM, somente o primeiro substantivo vai variar.
1. Pé-de-moleque = pés-de-moleque
2. Mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça
3. Pão-de-ló = pães-de-ló
Dica 2: Sempre que na palavra composta for formada por substantivos, adjetivos e numerais, os dois termos irão para
o plural.
Ex: Primeiro (numeral)-ministro (substantivo) = primeiros ministros
Ex: Gentil (Adjetivo) – homem (substantivo) = gentis – homens
Ex: Cachorro (substantivo) – quente (adjetivo) = cachorros – quentes
Ex: Couve (substantivo)- flor (substantivo) = Couves – flores
IMPORTANTE: Nas construções de Substantivo + Substantivo,quando o segundo substantivo indicar semelhança ou
função, apenas o primeiro substantivo vai para o plural.
Ex: Peixe – Boi (peixe que tem semelhança de um boi) = peixes – boi.
Ex: Navio – escola (navio que tem função de escola) = navios- escola
Dica 3: Verbo + substantivo: Apenas o Substantivo vai para o plural
Ex: Guarda (verbo) – Roupa (substantivo) = Guarda – Roupas
Obs: Quando a palavra Guardar indicar profissão, será um substantivo, assim os dois irão para o plural.
Ex: Guarda (substantivo) – civil (substantivo) = guardas – civis
Dica 4: Palavras Repetidas: Apenas a segunda vai para o plural.
Ex: Reco – Reco = Reco – Recos
ADJETIVO:
O que eu preciso saber sobre o adjetivo para concursos.
São palavras que caracterizam os objetos e seres, expressando qualidade, aparência ou modo de ser.
Obs: O Adjetivo tem função de ADJUNTO ADNOMINAL.
Absoluto
a) Analítico: (Advérbio + adjetivo)
Ex: Ela é muito bonita
b) Sintético: Adjetivo + terminações ÍSSIMO, ÉRRIMO
Ex: A onça é um animal bravíssimo
a) Preposição + substantivo
b) Equivalem a um substantivo
ARTIGO:
O que eu preciso saber sobre artigo para concursos
É a palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los e podem ser classificados em:
a) Definidos: O, A, OS, AS
b) Indefinidos: UM, UMAS, UNS e UMAS.
Exemplos:
É classe gramatical que modifica o sentido de um VERBO, ADJETIVO e de ADVÉRBIO, indicando circunstâncias de:
a) Afirmação: sim, certamente, realmente.
b) De Dúvida: Talvez, acaso, porventura, provavelmente.
c) De intensidade: muito, bastante, mais, menos, excessivamente.
d) De Lugar: Abaixo, aqui, ali, acolá, onde.
e) De Modo: bem, mal, depressa, como, pior.
f) Negação: Absolutamente, não.
g) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem.
h) assunto: sobre, acerca de.
i) causa: de fome, por causa de
j) companhia: com, na companhia de
k) concessão: mesmo que, apesar de, embora
l) condição: sem, com
m) finalidade: para, com o fim de,
n) conformidade: de acordo com, conforme
PRONOMES
O que eu preciso saber de pronomes
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o substantivo, indicando sua
posição em relação às pessoas do discurso ou situando-o no espaço e no tempo. Quando ele representa o substantivo, dizemos
que se trata do pronome substantivo.
Quando ele vem acompanhado do substantivo, restringindo a extensão de seu significado, dizemos que se trata do pronome
adjetivo.
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
OBSERVAÇÕES: Os pronomes pessoais do caso reto exercem a função de sujeito e nunca de complemento de verbo.
►Os pronomes oblíquos átonos o, a, os e as, quando precedidos de verbos que terminam em - R, -S, -Z, assumem a forma lo,
la, los, las.
Ex: amar + a = amá-la;
Ex: quis + o = qui-lo;
Ex: fiz + o = fi-lo.
►Dica: Após os verbos MDF (mandar, deixar e fazer) não podemos usar os pronomes pessoais do caso reto e sim os
pronomes oblíquos átonos.
►Os pronomes oblíquos átonos o, a, os e as, quando precedidos de verbos que terminam em - M, -ÃO, ÕE, assumem a forma
no, na, nos, nas.
Ex.: entregam + os = entregam-nos,
Ex: dão + os = dão-nos.
►Os pronomes oblíquos podem funcionar como sujeito no infinitivo, quando se usam os verbos: deixar, fazer, mandar,
ouvir, sentir e ver.
Ex.: Mandaram-me sair (E não: Mandaram eu sair).
MACETE: Uso do LHE ou LHES – Esses pronomes têm função de objeto indireto.
►Os pronomes ME, TE,SE, NOS, VOS podem exercer a função de objeto direito ou objeto indireto, mas como saber se ele
será objeto direto ou indireto, olha só o
Bizu:
Ex: Eu te disse tudo – Eu disse o menino tudo ou Eu disse ao menino tudo, qual das opções ficou com mais lógica, isso mesmo
a segunda oração. (Nessa oração o TE tem função de objeto indireto).
Ex: Eu te amo – Trocando: Eu amo o menino ou Eu amo ao menino, qual das duas orações ficou com mais lógica, isso mesmo
a primeira oração, logo TE tem a função de objeto direto.
OBLÍQUOS – TÔNICOS
► Muito Cuidado:
ERRADO CORRETO
Entre eu e ela Entre mim e ela
Entre ela e eu Entre ela e mim
Entre você e eu Entre você e mim
Entre eu e você Entre mim e você
Entre eu e Tu Entre mim e ti
► Atenção: Os pronomes oblíquos tônicos que apresentam a vogal “i” sempre vem como preposição: MIM, TI, SI
Utilizam-se as formas com nós / com vós antes de pronomes relativos (que), numerais, palavras de reforço: todos,
ambos, mesmos, próprios.
Ex.: Marlene saiu com nós dois; Foi com nós mesmos ao cinema
Ex: Ela foi conosco; Ela foi com nós todos
POSSESSIVOS
Referem-se às pessoas do discurso: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa,
vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.
DEMONSTRATIVOS
Referem-se à posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo, no espaço ou no próprio discurso.
EMPREGO
Pronome: ESTE
ESTA em relação a coisa – indica que a coisa está próxima de quem fala ou escreve.
Ex.: Esta caneta é minha;
Pronome: ESSE
ESSE:
- pessoa - indica proximidade da pessoa a quem se fala ou se escreve.
Ex.: Esse relógio que tens atrasa muito;
Pronome: AQUELE
pessoa - referência a seres que se encontram longe do falante e do ouvinte. Ex.: Aquele relógio que ele tem atrasa muito.
OBSERVAÇÕES:
A. Os pronomes o(s), a(s) serão demonstrativos quando puderem ser substituídos por isto, isso, aquilo ou aquele.
Ex: Não se pode ignorar tudo o (aquilo) que foi declarado;
Ex: A (aquela) que responder com exatidão, ganhará o prêmio.
B. Quando houver a enumeração de dois elementos e, à frente, quiser retomá-lo, posteriormente você poderá usar
ESTE (para o ultimo termo dito) e aquele (para o primeiro termo dito)
Exemplo: Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade foram dois expoentes da literatura brasileira. Este na
poesia; aquele, nos romances. (Este: Drummond; aquele: Machado)
EX: Pedro esta é a Cidade aonde irei. ( observe que o verbo ir vai pedir a preposição A, sendo que a preposição deverá ficar
antes do pronome RELATIVO.
►O QUAL, A QUAL, OS QUAIS e AS QUAIS: Estes pronomes fazem relação lugar, coisas e pessoas.
- Presta atenção aqui, pois esses caras gostam de colocar esses pronomes com CRASE, precisa ficar atento a regência
do verbo que vai aparecer após esses pronomes.
Ex: Esta é a pessoa a que me referi (verbo referir em sua regência exige a preposição e você pode observar que a preposição
ficou antes do pronome relativo QUE.
6 - VERBO
É palavra que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno natural, situando essas ocorrências no tempo.
Apenas para viabilizar o estudo de análise sintática, vamos fazer uma diferenciação entre verbos de significação e
verbos de ligação.
⬧Verbos de significação: são todos aqueles que trazem em si próprios alguma mensagem, alguma ação, algum fenômeno.
Ex: - Vanessa chorou pouco pelo marido. (indica que alguém chorou por outrem)
⬧Verbos de ligação: são aqueles que não trazem em si qualquer significado, ou os que não indicam qualquer conduta ou
fenômeno. Tais verbos se prestam apenas para unir um estado ou qualidade a um outro termo. Esse estado ou qualidade
pode ser representado por um adjetivo, substantivo ou particípio. Sua função é apenas ligar um termo a outro.
Porém, pode haver uma infinidade de verbos que são acidentalmente de ligação como, estar, ficar, permanecer, tornar-
se, virar, continuar, aparentar, andar, viver. Tais verbos exigem atenção, pois somente quanto tiverem a função e o sentido do
verbo ser é que serão de ligação.
Ficar atento que sempre que ocorrer um verbo de ligação, fazendo a relação de um Estado ou qualidade ao sujeito,
teremos um predicativo do sujeito.
PREDICAÇÃO VERBAL:
O verbo, quanto à predicação, pode ser classificado em:
- Transitivo: é o verbo considerado de sentido incompleto, que exige complemento que lhe integre o sentido. Esse pode ou não
vir revelado na oração.
Dica: Em verbos transitivos a ação começa em um termo passa pelo verbo e termina em outro termo, ou seja, a ação
não termina no verbo.
Ex: João Comeu o bolo (observe que ação começa em João, passa pelo verbo comer e terminar em bolo, então teremos um
verbo transitivo, pois ação transita pelo verbo e termina em outro termo).
- Transitivo direto: é aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou objeto
direto preposicionado).
O exemplo traz um verbo transitivo direto, pois o verbo comprar exige complemento para inteirar seu sentido. Quando
se compra, compra-se obrigatoriamente algo.Devemos observar ainda que o complemento não é introduzido por nenhuma
preposição.
- Transitivo indireto: esse vem acompanhado de um objeto com preposição obrigatória (objeto indireto).
O exemplo traz um verbo que requer complemento para integrar seu sentido, pois quem ‘obedece’, obedece, necessariamente,
a alguém ou algo. Esse complemento ligado ao verbo com a intervenção de uma preposição é chamado de ‘objeto indireto’.
- Transitivo direto e indireto: aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição (objeto direto) e de um
objeto com preposição (objeto indireto).
Ex.: O jornal dedicou uma página (objeto direto) ao episódio (objeto indireto).
Revisando: Verbos bi-transitivos são verbos que precisam de dois complementos, sendo que um deles deve ser sem preposição
e o outro com preposição, não podendo os dois serem acompanhados de preposição.
- Intransitivo: é o verbo considerado de sentido completo, que não exige complemento que lhe integre o sentido.
Estes verbos são, em regra, verbos intransitivos: dormir, morrer, nascer, ir, chegar, voltar, comparecer e morar.
7 - VOZES VERBAIS
Fica ligado nessa porra aqui, pois essa merda cai na prova.
As vozes verbais se subdividem em: voz ativa, voz passiva (sintética / analítica), voz reflexiva e voz recíproca.
VOZ PASSIVA
— AGENTE DA PASSIVA: é o termo que, na voz passiva analítica, pratica a ação verbal. Normalmente, vem introduzido
pela preposição “por” (pelo, pela, pelos, pelas).
- se = pronome apassivador
4 – O termo que vem antes do verbo vai para o fim e o depois do verbo vai para o início.
Dica 2: voz ativa para voz passiva analítica na locução verbal ( dois verbos)
4 – O termo que vem antes do verbo vai para o fim e o depois do verbo vai para o início.
Ex : Maria Cortou-se.
Obs: Os verbos de ligação, transitivos indiretos e intransitivos não aceitam a transposição para a voz passiva, para que ocorra
Voz passiva é obrigatório que exista objeto direto.
MODOS VERBAIS
• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.
1. Infinitivo (amar, fazer, partir, comemorar, por, ser, ir) - esta forma verbal representa o nome do verbo, como nos referimos a
ele, ou seja, sem nenhuma conjugação. Podemos ter verbos da primeira, da segunda e da terceira conjugação, e a terminação
do verbo indicará que ele está na forma nominal:
• terminados em AR - 1ª conjugação
• terminados em ER - 2ª conjugação
• terminados em IR - 3ª conjugação
2. Gerúndio(amando, fazendo, partindo, comemorando, pondo, sendo, indo) - indica uma noção de continuidade da ação
verbal, e costuma ser reconhecida pela terminação -ndo. Pode ser utilizada em qualquer tempo verbal, e em muitos casos vem
acompanhado de um verbo auxiliar.
Exemplos:
3. Particípio (amado, feito, partido, comemorado, posto, sido, ido) - indica uma noção de finalização, conclusão da ação verbal
e possui para a grande maioria dos verbos as terminações ADO, IDO ou TO. Quando está sendo utilizado como um adjetivo,
pode ser flexionado em gênero e número (ADA, ADAS, IDA, IDAS).
Exemplos:
8 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Em português, quanto à posição do acento tônico, os vocábulos das silabas podem ser:
a) Oxítonos: O acento recai na última silaba
b) Paroxítono: O acento recai na penúltima silaba
c) Proparoxítono: O acento recai na antepenúltima silaba
Regras de Acentuação:
►Como isso cai na prova: Fica atento que nas questões de concurso, a banca vai pergunta se todas as palavras são acentuadas
pela mesma regra, não caia nessa pegadinha, pois são todas oxítonas, mas são acentuadas por regras diferentes.
Um exemplo: As palavras cafuné, ipê e fé, são acentuados pela mesma regra.
Resposta a questão está incorreta, pois cafuné e ipê são palavras oxítonas terminadas em e, e fé é uma monossilábica terminada
em é. Precisa ficar atento para este tipo de questão.
►Mais uma dica: As oxítonas terminadas com os ditongos orais ÓI, ÉU e ÉI são acentuados.
Terminação Exemplos
PS Bíceps, fórceps
R Fêmur, caráter
N Cânon, abdômen
L Fácil, notável
X Tórax, fênix
DICA BIZURADA:
REGRAS ESPECIAIS:
►– Levam acento agudo o “i” e “u” quando representarem a segunda vogal do hiato, mas não podem forma silaba com R, L,
M e N ou serem seguidas de NH.
9 - CONCORDÂNCIA VERBAL
(Um dos assuntos mais cobrados em prova)
O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito da oração.
1) Sujeito simples
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
2 – SUJEITO COMPOSTO:
a) Sujeito antes do Verbo – Verbo no plural;
Ex: João e Maria comeram o bolo
b) Sujeito após o verbo – Verbo no Singular ou plural
Ex: Sumiu o policial e o bandido
Ex: Sumiram o policial e o bandido.
3 – Após o sujeito palavra com força de resumo: TUDO ou NADA; Verbo no Singular.
Ex: Dinheiro, mulheres e bebidas: Nada o satisfaz
8 – Pronome relativo QUE na função de sujeito: O verbo vai concordar com o antecedente do pronome relativo.
Ex: Somos nós que mandamos aqui. (observe que o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo).
9 – Pronome relativo QUEM na função de sujeito : Verbo na terceira pessoa do singular ou concorda com o
antecedente do QUEM.
Ex: Somos nós quem manda aqui. (verbo na pessoa do singular)
Ex: Somos nós quem mandamos aqui (verbo concordando com o antecedente)
11 – Nome próprio.
a) Sem artigo: Verbo no singular
Ex: Minas Gerais é um grande produtor de leite
b) Com artigo: Verbo no plural
Ex: As Minas Gerais são um grande produtor de leite
13 – Verbo indicando horas: (dar, soar, bater) concordam com o sujeito da oração.
Ex: Deram três horas no relógio da matriz (adjunto adverbial de lugar).
Ex: Deu três horas o relógio da matriz. (sujeito)
14 – Verbo SER:
- Poderá concordar com o sujeito ou predicativo
a) quando o sujeito e o predicativo são nomes de coisas e um deles estiver no singular e o outro no plural, o verbo ficará
indiferente, podendo concordar tanto com o sujeito quanto com o predicativo.
Ex: A velhice seria apenas recordações ou A Velhice seriam apenas recordações.
A) Se o sujeito ou predicativo for pessoa (não coisa) o verbo ser concorda com ele.
Ex: Os filhos doentes eram a sua preocupação (Observe que o verbo SER concordou com filhos – sujeito e não com
preocupação – predicativo).
a) Verbo haver no sentido de TEMPO PASSADO, EXISTIR e OCORRER, sempre fica no singular.
Ex: Na escola havia alunos estudiosos (observem que o verbo haver encontra-se no sentido de existir, ficando no singular)
Dica: Mas caso aparecer os VERBOS EXISITIR ou OCORRER, esses verbos têm sujeito, quem não tem sujeito é o verbo
haver nos sentidos de EXISTIR e OCORRER.
Ex: Na escolas existiam alunos estudiosos
Ex: Já ocorrem muitas guerras no passado.
Dica: Nas locuções verbais, o verbo haver IMPESSOAL, transmite sua impessoalidade para os verbos auxiliares.
Ex: Devem haver alunos estudiosos na escola ( errada)
Ex: Deve haver alunos estudiosos na escola (correta)
b) Verbo Fazer: Quando indicar tempo passado é impessoal, ou seja, sempre fica no singular.
Ex: Faz anos que ele partiu
Obs: Nas locuções verbais o verbo FAZER transmite sua impessoalidade para o verbo auxiliar.
Ex: Amanhã deve fazer três meses que ele sumiu.
10 - CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero e
número.
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmente alta.
3 – Expressões UM e OUTRO, NUM e OUTRO + substantivo + adjetivo: O Substantivo fica sempre no singular e o
adjetivo no plural
Ex: O aluno fez uma e outra questão fáceis.
4 – Palavra MESMO
a) Pronome: Fica ao lado do substantivo e vai concordar com ele.
Ex: As alunas mesmas fizeram o bolo
b) Advérbio: significa realmente e fica invariável.
Ex: As alunas fizeram mesmo o bolo.
5 – SÓ
a) Se indicar sozinho vai concordar com o substantivo.
Ex: As crianças ficaram sós( concorda com o substantivo criança)
b) Se indicar apenas é advérbio e vai ficar invariável
Ex: Sós os políticos de oposição votaram os projetos
7 – Palavra MEIO:
a) Indicando um pouco é invariável;
Ex: Ela ficou um meio doente
b) Indicando metade concorda com o substantivo;
Ex: Ele comeu meia banana
10 – Anexo e em anexo
a) Anexo vai concordar com o substantivo
Ex: As cartas irão anexas
b) Em Anexo: Invariável
Ex: As cartas irão em anexo.
11 – Bastante:
a) Pronome indefinido: Quando indicar MUITOS, MUITAS ou SUFICIENTES, vai concordar com o substantivo.
Ex: Os adolescentes têm bastantes (muitos) amigos
b) Quando indicar MUITO é invariável.
Ex: Os atletas estão bastante (MUITO) cansados.
11 - CRASE
Grave os casos de crase proibidos de forma clara e objetiva.
►Obs: Usa a crase antes de palavras masculinas quando ocorrerem as palavras: moda – estilo- maneira, mesmo que implícito.
MACETE: Usa-se crase no “a” quando vier antes das palavras “QUE” ou “DE” e substitui um termo anterior.
De = sem crase
Da = haverá crase
►Crase facultativa
No capitulo de pronome você deve lembrar que sempre após pronomes relativos ocorrer um verbo transitivo indireto a
preposição deverá ficar antes do pronome relativo.
Ex: A loja à qual Paula foi é nova (verbo ir – foi, exige a preposição a)
Não esqueça que para ocorrer crase o antecedente do pronome relativo deverá exigir a preposição.
12 - PONTUAÇÃO
Emprego da Vírgula
2 – Separar aposto.
- A posição natural do adjunto adverbial é após o verbo e quando o mesmo encontra-se fora dessa posição deverá ficar
isolado.
b) conclusivas ( logo, por isso, portanto). Sua posição natural é no inicio da oração, mas quando fora dessa posição precisam
ficar isoladas por vírgulas.
Ex: Paguei ao padeiro a divida, portanto não o devo mais nada. (posição natural.
Ex: Paguei ao padeiro a dividida; não, portanto, o devo mais nada. ( deslocada)
8 – Separar datas
9 – Separar orações subordinadas adverbiais, quando a oração subordinada vem antes da oração principal.
Ex: Maria gritou muito e, Pedro fugiu do local (Observem que na primeira oração o sujeito é ELE e na segunda oração o
sujeito é PEDRO).
Ex: Ele veio aqui cedo e depois sumiu (mesmo sujeito nas duas orações).