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2.4 - Os Recursos Marítimos
2.4 - Os Recursos Marítimos
pt/
Geografia A
2 – Os recursos naturais de que a população dispõe:
usos, limites e potencialidades
2.4 – Os recursos marítimos
2.4.1 – As potencialidades do litoral
O mar é de grande importância para Portugal. Este pode ser utilizado para a pesca,
aquicultura, extração de sal e atividades de lazer e recreio.
Costa de arriba
Onde as rochas têm maior dureza, a costa é de
arriba alta e escarpada ou de arriba baixa. É
sobretudo de arriba baixa e rochosa no litoral
norte, e de arriba alta e escarpada:
da Nazaré à foz do Tejo;
do cabo Espichel à foz do Sado;
do cabo de Sines ao de São Vicente;
no barlavento algarvio;
na Madeira e nos Açores.
Costas de praia
Onde o mar entra em contacto com rochas mais
brandas, a costa é de praia, sobretudo:
entre Espinho e São Pedro de Moel;
no estuário do Tejo;
da foz do Sado ao cabo de Sines;
no sotavento algarvio.
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Uma baía que já foi um golfo – reduziu-se pela acumulação de sedimentos marinhos.
Tômbolo de Peniche
Istmo resultante da acumulação de areias e seixos transportados pelo mar. Os cabos
proporcionam proteção natural aos portos, e, por isso, esses, geralmente, localizam-se
no flanco sul dos cabos.
A plataforma continental
Portugal tem uma plataforma continental estreita. As águas das plataformas
continentais:
são pouco profundas – logo, são bem iluminadas;
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Correntes marítimas
As correntes marítimas favorecem a abundância de pescado, sobretudo as frias (que
transportam mais nutrientes), e as áreas de confluência de uma corrente fria com
uma corrente quente (favorecem a diversidade de espécies e a renovação de stocks).
A corrente quente do Golfo (corrente de Portugal) é pobre em nutrientes – logo,
é desfavorável;
A sudoeste, esta encontra-se com a corrente fria das Canárias, o que é favorável;
Upwelling – ventos fortes do Norte atingem a costa, afastando para o largo as
águas superficiais. Cria-se uma corrente de compensação que provoca a ascensão
das águas profundas no verão.
Frota de pesca
A frota de pesca nacional é a 4ª maior da UE em nº de embarcações e a 6ª em
arqueação bruta e potência motriz.
A frota de pesca tem vindo a decrescer, devido à sua reestruturação, à vulnerabilidade
dos stocks e ao aumento das restrições.
Frota de pesca local
Opera em águas interiores e perto da costa;
Utiliza diversas artes de pesca;
Sai por curtos períodos de tempo;
Captura espécies de maior valor;
Ocupa maior nº de pescadores;
Usa embarcações de pequena dimensão e de madeira.
Frota de pesca costeira
Opera para lá das 6 milhas náuticas;
Usa alguns meios modernos (como o cerco e o arrasto);
Tem maior potência matriz e autonomia de navegação;
Usa embarcações com mais de 9 metros e até 33.
Frota de pesca do largo
Opera para lá das 12 milhas náuticas;
Pode permanecer no mar durante meses;
Utiliza técnicas modernas de deteção e captura;
Está equipada com meios de conservação (navio congelador) e transformação
(navio-fábrica).
Mão de obra
A mão de obra tem continuado a decrescer por abandono da atividade, reforma ou
devido à modernização funcional da frota.
O maior nº de ativos na pesca encontra-se nos Açores, no Norte e no Centro, e a
maior representatividade da pesca no emprego regista-se nos Açores, na Madeira e
no Algarve. Os profissionais de pesca são maioritariamente homens com mais de 45
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As infraestruturas portuárias
Nas áreas portuárias nacionais, tem vindo a ser exercido um esforço de modernização
e monitorização do cumprimento das regras de desembarque, tempo e condições de
permanência e escoamento do pescado, nomeadamente ao nível das lotas. Os apoios
comunitários no âmbito da Política Comum da Pesca têm-se revelado importantes na
modernização da frota e das infraestruturas portuárias, permitindo a sua
modernização. O porto de Matosinhos é o que dispõe de maior nº de equipamentos.
2.4.2.2 – A aquicultura
A aquicultura – cultura de espécies aquáticas em ambientes controlados de água doce
ou de água salobra e marinha – constitui uma forma alternativa de obtenção de
pescado, que ajuda a reduzir a pressão sobre os stocks marinhos, favorecendo a sua
recuperação, além de permitir recuperar espécies em risco de extinção e repovoar os
habitats naturais.
Em Portugal, a aquicultura tem vindo a crescer, e predominam os estabelecimentos
de água salobra e marinha ao longo da costa, sobretudo nas áreas lagunares do
Centro e Algarve. Predomina o regime de produção extensivo, com tendência para o
aumento do regime intensivo e semi-intensivo:
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Salicultura
Em Portugal Continental, ao longo da costa atlântica, sobretudo no sul, existem
condições naturais favoráveis à produção de sal marinho por evaporação solar. Trata-
se de uma atividade com tradição em Portugal, que decresceu com o encerramento de
muitas salinas.
2.4.3.2 – Soluções
A investigação no domínio da gestão dos recursos é um elemento importante
para fazer a avaliação do seu estado, do impacte das tecnologias da pesca e do
ordenamento da pesca litoral;
A implementação de medidas de proteção das espécies, como a definição de
quotas de pesca e de restrições às capturas, deverá contribuir para a estabilização
e renovação dos stocks;
O reforço da capacidade de vigilância da ZEE é fundamental para garantir a
preservação dos recursos marítimos;
A gestão do mar e da orla costeira deve ser feita de forma integrada de acordo
com os diversos instrumentos da sua implementação, de que se destacam os
POOC, o POEM, o PAPVL e a ENGIZC;
A produção de energias renováveis, a partir das ondas e das marés ou dos ventos,
constitui uma das potencialidades do mar e das regiões costeiras que pode ser
mais valorizada;
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O mar, como fonte de recursos, poderá ser mais valorizado através da exploração
de hidrocarbonetos e minerais, bem como do desenvolvimento de atividades
turísticas e desportivas alternativas ao turismo de sol e praia.