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“Quando uma grande barragem é construída, jusante, aguas que correm abaixo da
nascente do rio, perde grande parte de espécies de peixes que são importantes para a
população ribeirinha. Aquelas comunidades terão que conviver com a diminuição de
sua atividade de pesca ao longo de 15 ou 20 anos, por exemplo, e esses prejuízos
econômicos e sociais não têm sido incorporados no custo desses projetos”, disse o
professor Emilio Moran, professor visitante da pós-graduação em Ambiente e
Sociedade do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp, o
pesquisador coordena um projeto, apoiado pela FAPESP na modalidade São Paulo
Excellence Chair (SPEC), em que estuda os impactos sociais e ambientais da usina
hidrelétrica de Belo Monte, próxima à cidade de Altamira, no Pará.
A Bacia do Alto rio Paraguai, onde está o Pantanal, tem hoje dezenas de PCHs
(Pequenas Centrais Hidrelétricas) em operação e a previsão é de que outras 99 serão
instaladas nos próximos anos. A Ecoa tem estudado o tema e a conclusão é que o
barramento trará efeitos ambientais, sociais e econômicos negativos de grande
monta para o Pantanal, sendo o mais visível deles o impedimento da migração de
peixes para a reprodução. Tendo em conta que a pesca é a atividade que mais gera
trabalho e renda, pode-se deduzir os efeitos econômicos e sociais advindos das
represas.