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Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2012 I Série – N.

º 8

ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA


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ß­­»³¾´»·¿ Ò¿½·±²¿´ prática desses actos; das entidades pertencentes ou controla-


das, directa ou indirectamente, por essas pessoas; bem como
Lei n.º 1/12:
os activos de pessoas ou entidades agindo em seu nome,
incluindo fundos e outros activos derivados ou gerados por
bens pertencentes ou controlados, directa ou indirectamente,
por essas pessoas ou pessoas e/ou entidades associadas.
ßÍÍÛÓÞÔÛ×ß ÒßÝ×ÑÒßÔ Adicionalmente, devem ser tomadas medidas para
-
nómicos sejam colocados à disposição de pessoas, grupos ou
Lei n.º 1/12
de 12 de Janeiro entidades designadas e medidas que visem proibir serviços
Nos termos do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas, a tais pessoas, grupos e entidades.
o Conselho de Segurança das Nações Unidas pode adoptar Para além do Conselho de Segurança das Nações Unidas,
medidas restritivas (ou sanções) de forma a manter ou a res- outras organizações internacionais podem impor medidas
taurar a paz e a segurança internacional, sem envolver o uso com vista à paz e segurança internacionais, através de actos
- internacionais.
plo, utilizadas no combate ao terrorismo. A presente lei destina-se, igualmente, a dotar a ordem
- jurídica nacional de um regime sancionatório adequado
tivas, que são desenvolvidas para se dirigirem a pessoas, que permita punir situações de incumprimento das sanções
impostas pelas normas jurídicas internacionais emitidas pelo
acções ou comportamentos censuráveis. Enquanto Estado- Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
-Membro da Organização das Nações Unidas, a República A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
de Angola toma as medidas necessárias com vista ao nos termos das alíneas b) do artigo 161.º, e a alínea e) do
cumprimento das disposições previstas nas Resoluções, artigo 164.º e alínea d) do artigo 166.º da Constituição da
nomeadamente as Resoluções do Conselho de Segurança República de Angola, a seguinte:
das Nações Unidas n.º 1267 (S/RES/1267 (1999) e n.º 1373
(S/RES/1373 (2001).
De acordo com a Resolução do Conselho de Segurança LEI SOBRE A DESIGNAÇÃO E EXECUÇÃO
das Nações Unidas n.º 1267, os Estados-Membros das DE ACTOS JURÍDICOS INTERNACIONAIS
Nações Unidas devem adoptar medidas que permitam a
aplicação das sanções às pessoas e entidades/organizações CAPÍTULO I
constantes na Lista de Sanções das Nações Unidas, incluindo Disposições Gerais
ARTIGO 1.º
Nos termos da Resolução do Conselho de Segurança das
(Objecto)
Nações Unidas n.º 1373, todos os Estados-Membros das
Nações Unidas devem implementar um sistema que permita 1. A presente lei estabelece a autoridade para a designa-
- ção de Estados, pessoas, grupos e entidades, assim como o
ceiros ou recursos económicos das pessoas que cometam ou
tentem cometer actos terroristas, participem ou facilitem a -
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prir com qualquer acto internacional relativo à manutenção nicação, infra-estruturas, instalações de
da paz e segurança, tais como as Resoluções do Conselho serviços públicos ou destinadas ao abasteci-
de Segurança das Nações Unidas, bem como para prote- mento e satisfação de necessidades vitais da
população;
Angola. v. investigação e desenvolvimento de armas bio-
2. A presente lei estabelece igualmente o mecanismo
lógicas ou químicas;
para o congelamento administrativo de fundos ou recursos
vi. actos que impliquem o emprego de energia
económicos pertencentes, possuídos ou detidos, directa ou
indirectamente, individualmente ou em conjunto, por: nuclear, armas de fogo, biológicas ou quí-
a) pessoas, grupos e entidades designadas pelo
Comité de Sanções das Nações Unidas con- meios incendiários de qualquer natureza,
forme a Resolução do Conselho de Segurança encomendas ou cartas armadilhadas.
das Nações Unidas n.º 1267, mediante a lista c) «Apoio logístico-militar e serviços de natureza
actualizada pelo referido Comité de Sanções; militar», qualquer tipo de fornecimento ou dis-
b) Estados, pessoas, grupos e entidades designadas ponibilização, directa ou indirecta, de pessoal ou
de acordo com o artigo 6.º da presente lei, em material destinados à formação e treino milita-
cumprimento de actos internacionais, tais como res, assim como a serviços de apoio técnico ou
as Resoluções do Conselho de Segurança das empresarial, bem como assistência tecnológica,
Nações Unidas. relativos ao design, desenvolvimento, investi-
3. A presente lei tem ainda por objecto estabelecer um gação, fabrico, produção, utilização, reparação,
regime penal, pelo incumprimento de medidas restritivas manutenção ou armazenamento de qualquer tipo
impostas pela presente lei.
ARTIGO 2.º
d) «Armamento ou equipamento conexo», armas de

Para efeitos do disposto na presente lei, considera-se:


os tipos, incluindo veículos militares de circu-
a) «Acto internacional», decisões, resoluções ou
lação terrestre, aérea ou marítima, tecnologias,
qualquer outro instrumento de direito interna-
meios de produção, componentes, instalações e
cional emanado por um órgão internacional
competente e que contenha normas cujo cumpri- sistemas de apoio usados no fabrico, produção,
mento a República de Angola esteja vinculada reparação, manutenção, utilização, armazena-
por Tratado, Convenção ou instrumentos legais mento, investigação ou desenvolvimento de
similares; qualquer tipo de arma ou equipamento abran-
b) «Actos terroristas», actos ligados ao terrorismo,
que contêm: e) «Assistência técnica», qualquer tipo de apoio
i. actos contra a vida, a integridade física ou a técnico relativo a reparações, desenvolvimento,
liberdade das pessoas; fabrico, montagem, teste, manutenção, ou qual-
ii. actos contra a segurança dos transportes e res- quer outro tipo de serviço técnico, incluindo
pectivas infra-estruturas e das comunicações, instrução, aconselhamento, formação, transmis-
- são do conhecimento ou serviços de consultoria,
fónicas, de rádio ou de televisão; incluindo assistência verbal;
iii. actos dolosos de perigo comum, através f) «Autoridade competente», entidade da administra-
- ção Central do Estado, a indicar pelo Titular do

-
desmoronamento de obra ou construção, con- buídas pela presente lei;
taminação de alimentos e águas destinadas g) «Autoridade de revisão competente», entidade da
a consumo humano ou difusão de doença, administração Central do Estado, a indicar pelo
praga, planta ou animal nocivos;
iv. actos que destruam ou que impossibilitem o -
- são de recursos a si atribuídas pela presente lei;
h) «Congelamento de fundos», acções destinadas
ou parcialmente, meios ou vias de comu- a impedir qualquer movimento, transferência,
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alteração, utilização ou operação de fundos, sus- colectiva, grupo ou entidade ou garantir tais
ceptível de provocar uma alteração do respectivo responsabilidades.
volume, montante, localização, propriedade, k) «Fundos», quaisquer instrumentos, recursos ou
posse, natureza, destino, ou qualquer outra -
alteração que possa permitir a sua utilização, mente da sua natureza, da forma que revistam
incluindo a gestão de carteiras de valores mobi- e da sua titulação, bem como quaisquer transac-
liários; ções sobre os mesmos realizadas, tais como:
i) «Congelamento de recursos económicos», acções i. -
destinadas a impedir a respectiva utilização para reos ou incorpóreos, tangíveis ou intangíveis,
a obtenção de fundos, bens ou serviços por qual- móveis ou imóveis, adquiridos por qualquer
quer meio, nomeadamente, a venda, a locação meio, de origem legítima ou ilegítima, os
ou a hipoteca; documentos ou instrumentos jurídicos sob
j) «Controlo de uma pessoa colectiva, grupo ou enti- qualquer forma, incluindo a forma electró-
dade nica ou a digital que demonstrem o direito de
i. - propriedade ou um interesse sobre tais bens,
ria dos membros do órgão de administração, designadamente, créditos bancários, cheques
de viagem, cheques bancários, ordens de
colectiva, grupo ou entidade; pagamento, acções, títulos de crédito, obri-
ii. -
gações, saques bancários e letras de crédito;
cício do respectivo direito de voto, uma
ii. quaisquer juros, dividendos, proveitos ou
maioria dos membros dos órgãos de admi-
valores que acresçam ou sejam gerados pelos
fundos ou outros activos designados no ponto
uma pessoa colectiva, grupo ou entidade, a
i) da presente alínea.
l) «Lista», lista de Estados, pessoas, grupos e enti-
dades designadas pela autoridade competente de
iii. controlar por si só, com base num acordo
acordo com o disposto no artigo 6.º da presente
com outros accionistas ou membros de uma
lei;
pessoa colectiva, grupo ou entidade, a maio-
m) «Medidas restritivas», medidas de natureza
ria dos direitos de voto dos accionistas ou
membros dessa pessoa colectiva, grupo ou
-
entidade;
cáveis a jurisdições, pessoas ou entidades com
iv. -
o propósito de combater o terrorismo e manter
derante sobre uma pessoa colectiva, grupo ou
ou restaurar a paz e a segurança internacional,
entidade, com base num contrato com essa
pessoa colectiva, grupo ou entidade ou com assim como a segurança nacional;
base numa disposição prevista no respectivo n) «Organização internacional», organização, reser-
acto constitutivo ou nos respectivos estatu- vada a Estados, de que a República de Angola
tos, sempre que a legislação que regula essa seja membro;
pessoa colectiva, grupo ou entidade assim o o) «Organização terrorista», grupo, organização ou
permita; associação de duas ou mais pessoas que, actu-
v.
- quaisquer meios, directa ou indirectamente, a
rido no ponto iv), sem dele ser detentor; prática de crimes de terrorismo;
vi. ter o direito de utilizar a totalidade ou parte p) «Órgão internacional competente», órgão de uma
dos activos de uma pessoa colectiva, grupo organização internacional que seja competente
ou entidade; nos termos do respectivo tratado constitutivo
vii. gerir os negócios de uma pessoa colectiva, para adoptar normas tendo como destinatários as
partes desse tratado constitutivo ou um comité
publicando as suas contas consolidadas; ou uma comissão de um órgão internacional
viii. partilhar conjunta ou solidariamente as res- competente, por esse órgão estabelecido, para
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Conselho de Segurança das Nações Unidas e os destruir, de alterar ou de subverter o funciona-


seus respectivos Comités de Sanções; mento das instituições do Estado previstas na
q) «Posse de uma pessoa colectiva, grupo ou Constituição da República de Angola, force as
entidade», a detenção de 50%, ou mais, das autoridades angolanas a praticar determinados
participações sociais de uma pessoa colectiva, actos, a abster-se de os praticar ou a tolerar que
grupo ou entidade ou a posse de uma participa- sejam praticados, ou ainda, intimidar certas
ção maioritária nos mesmos; pessoas, grupos de pessoas ou a população em
r) «Produtos ou mercadorias», bens de qualquer geral, mediante actos terroristas.
natureza, designadamente, produtos, mercado- ARTIGO 3.º
(Princípio da unidade)
rias, materiais, veículos de circulação terrestre,
marítima ou aérea, equipamentos de qualquer 1. As disposições dos actos internacionais aplicáveis e as
tipo e peças, ainda que sobresselentes; da presente lei são tidas em conjunto como um único diploma
s) «Recursos económicos», os activos de qualquer a partir da data da publicação no Diário da República do
natureza, tangíveis ou intangíveis móveis ou acto internacional aplicável em que se encontram inseridas e
imóveis, real ou potencial, que não sejam fun- enquanto esse acto vincular internacionalmente a República
de Angola.
2. Qualquer remissão da presente lei ou para a presente
utilizados para obter fundos, bens ou serviços,
lei constitui simultaneamente uma referência ao acto ou
tais como:
actos internacionais aplicáveis.
i. terrenos, edifícios ou outros imóveis;
ARTIGO 4.º
ii. equipamentos, incluindo computadores,
(Âmbito de aplicação)
software de computadores; ferramentas e
outras máquinas; 1. A presente lei aplica-se:
iii. equipamento de escritório, acessórios e a) a pessoas singulares que se encontrem na Repú-
blica de Angola ou a pessoas colectivas com
iv. navios, aviões e veículos motores; sede ou direcção efectiva em território angolano
v. inventários de bens; ou a centros de interesses colectivos sem perso-
vi. obras de arte, pedras preciosas, jóias ou ouro; nalidade jurídica;
vii. mercadorias, incluindo petróleo, minerais e b) a qualquer pessoa colectiva, grupo ou entidade,
madeira; registada ou constituída de acordo com a legis-
viii. armamento e materiais relacionados, incluindo lação angolana;
todos os itens mencionados no embargo c) a qualquer pessoa colectiva, grupo ou entidade
às armas, no parágrafo 2 (c) da Resolução que mantenha relações comerciais com pessoas
n.º 1390 (2002); singulares ou colectivas, públicas ou privadas
ix. patentes, marcas registadas, direitos de autor, situadas na República de Angola.
nomes comerciais, franchise, goodwill e ARTIGO 5.º
outras formas de propriedade intelectual; (Nulidade dos actos)
x. alojamento de sites ou serviços relacionados; e Os actos praticados em violação das medidas restritivas
xi. Qualquer outro tipo de bem, tangível ou referidas no artigo 1.º são nulos.
intangível, real ou potencial.
t) «Responsável nacional CAPÍTULO II
Designação
relações internacionais, no âmbito das compe- SECÇÃO I
tências a si delegadas; Processo de Designação Nacional
u) «Serviços», serviços de qualquer natureza, com ARTIGO 6.º
(Autoridade de designação)
prestados a qualquer título, incluindo, serviços 1. Com a intenção de aplicar medidas restritivas,
de transporte terrestre, de navegação marítima incluindo medidas de congelamento administrativo, tal como
ou interior ou aérea, de apoio técnico ou tecno- -
lógico, empresarial e de manutenção; tente pode designar, através de regulamentação, um Estado,
v) «Terrorismo», facto ilícito praticado por qualquer uma pessoa, grupo ou entidade nas seguintes circunstâncias:
pessoa que, por quaisquer meios, directa ou a) quando pessoas, grupos ou entidades estiverem
indirectamente, com intenção de prejudicar a envolvidos em crimes de terrorismo, nos termos
integridade ou a independência nacional, de do disposto no artigo 8.º da presente lei;
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b) quando tal seja requerido por acto internacional f) data e local de nascimento;
relativo à manutenção da paz e segurança, tais g) nacionalidade;
como as Resoluções do Conselho de Segurança h) endereço;
das Nações Unidas; e i) número do bilhete de identidade ou do passaporte;
c) quando for necessário à protecção da segurança j) motivo pelo qual a pessoa é designada; e
nacional. k) outra informação tida como relevante.
2. A autoridade competente ao designar um Estado, pes- 2. Na regulamentação referida relativa à decisão da
soa, grupo ou entidade com base no número anterior, deve designação, deve ser incluída a seguinte informação de iden-

decisão de designação, o seguinte: do artigo 6.°:


a) o motivo da designação; e a) denominação completa;
b) b) principais actividades;
Estado, pessoa, grupo ou entidade designada. c) local em que se encontra registada a sede;
ARTIGO 7.º d) data e número do registo;
(Decisão de designação)
e) motivo pelo qual o grupo ou a entidade é desig-
A decisão de designação de um Estado, uma pessoa, nada;
grupo ou entidade, referida no artigo anterior, deve ser f) natureza do negócio; e
tomada após parecer conjunto dos Ministros do Interior, g) outra informação tida como relevante.
ARTIGO 10.º
Governador do Banco Nacional de Angola, no âmbito das (Duração)

A regulamentação referida no artigo 6.º permanece em


-
vigor até à data da sua revogação.
mento do terrorismo.
SECÇÃO II
ARTIGO 8.º Remoção de Pessoas, Grupos ou Entidades Designadas da Lista
(Designação com o propósito de prevenção do terrorismo)
Para efeitos da designação referida na alínea a) do artigo ARTIGO 11.º
(Pedido de remoção)
6.º, são consideradas como associadas a crimes de terro-
rismo as seguintes pessoas, grupos ou entidades: 1. Qualquer Estado, pessoa, grupo ou entidade designada
a) pessoas singulares que cometam ou tentem cometer de acordo com o artigo 6.º da presente lei pode requerer à
qualquer acto terrorista, ou que nele participem autoridade competente, por escrito e de forma devidamente
ou facilitem a prática de tal acto; fundamentada, a sua remoção da lista de Estados, pessoas,
b) pessoas colectivas, grupos ou entidades que come- grupos e entidades designadas.
tam ou tentem cometer qualquer acto terrorista, 2 A autoridade competente está autorizada a proceder à
ou que nele participem ou facilitem a prática de revisão e a tomar a decisão relativa ao pedido de remoção,
tal acto; realizado nos termos do número anterior, salvo nos casos
c) pessoas colectivas, grupos ou entidades na posse em que um acto internacional determine de forma contrária.
ou sob o controlo de uma ou mais pessoas sin- 3. Caso a autoridade competente esteja autorizada a
gulares ou colectivas, entidades ou organismos decidir nos termos do número anterior, após a recepção do
referidos nas alíneas a) e b); ou pedido por escrito, deve remeter à autoridade de revisão
d) pessoas singulares ou colectivas, grupos ou entida-
des que actuem em nome ou sob as instruções de
motivos razoáveis para recomendar à autoridade competente
uma ou mais pessoas singulares ou colectivas,
que o requerente referido no n.º 1 do presente artigo seja
grupos ou entidades referidos nas alíneas a) e b).
removido da lista.
ARTIGO 9.º
4. A autoridade de revisão competente emite as recomen-
dações e remete à autoridade competente, que deve tomar
1. Na regulamentação relativa à decisão da designação,
a decisão relativa ao pedido, previsto no n.º 1 do presente
relativa à pessoa designada nos termos do artigo 6.º artigo, no prazo de sessenta dias a contar da recepção do
a) apelido; referido pedido.
b) apelido de solteiro, caso aplicável; 5. Se a autoridade competente não tomar qualquer deci-
c) nome; são no prazo de sessenta dias, de acordo com o previsto no
d) outros nomes por que o indivíduo é conhecido; n.º 3 do presente artigo, nem prorrogar o prazo de decisão
e) por um período de tempo determinado, informando o reque-
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rente da referida prorrogação, o pedido de remoção da lista SECÇÃO III


Processo de Designação Internacional
considera-se tacitamente deferido.
6. No prazo de sessenta dias, a contar da recepção da ARTIGO 15.º
decisão referida no número anterior, o requerente pode (Lista do Comité de Sanções das Nações Unidas)

recorrer ao tribunal competente para revisão da decisão. 1. As pessoas, grupos ou entidades constantes da Lista
7. Caso a autoridade competente não esteja autorizada do Comité de Sanções das Nações Unidas, conforme a
a tomar a decisão de remoção do requerente da lista, deve Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas
n.º 1267, são designadas pelo referido Comité de Sanções.
encaminhar o processo para o responsável nacional pela
2. A lista referida no número anterior é elaborada, revista,
submissão dos pedidos internacionais ao órgão internacio-
actualizada e publicada pelo Comité de Sanções mencionado
nal competente, dentro de quinze dias após a recepção do
no número anterior, de acordo com os respectivos critérios
pedido. de designação e de revisão, não necessitando de ser publi-
8. A autoridade competente deve informar tempestiva- cada em Diário da República.
mente ao requerente, referido no n.º 1 do presente artigo, SECÇÃO IV
de qualquer decisão tomada de acordo com os números Cooperação Internacional
anteriores. ARTIGO 16.º
9. A pessoa, grupo ou entidade designada de acordo com (Pedidos internacionais)
o artigo 6.º não pode realizar um outro pedido nos termos A autoridade competente deve ter em consideração
- acções e pedidos realizados por outros países relativamente
ção material nas circunstâncias do caso, após a submissão à designação de pessoas, grupos ou entidades e correspon-
do último pedido. dente aplicação de medidas restritivas e decidir se medidas
semelhantes são aplicáveis na República de Angola, no
ARTIGO 12.º
(Revisão da lista) âmbito da presente lei.
1. A autoridade competente deve, no mínimo, proceder CAPÍTULO III
anualmente à revisão da lista de Estados, pessoas, grupos e Medidas Restritivas
SECÇÃO I
que os critérios de designação referidos no artigo 6.º já não Congelamento Administrativo
se encontram preenchidos pelo Estado, pela pessoa, grupo
ARTIGO 17.º
ou entidade constantes da lista por si elaborada, (Obrigação de congelamento)
2. Os Estados, pessoas, grupos ou entidades designa- 1. Devem ser congelados de forma imediata e sem qual-
das devem ser removidos da lista, caso o acto internacional quer aviso prévio, todos os fundos ou recursos económicos
pertencentes, possuídos ou detidos, directa ou indirecta-
aplicável. mente, individualmente ou em conjunto, por:
3. Caso a designação nacional seja baseada numa desig- a) pessoas, grupos e entidades designadas pelo
nação efectuada pelo órgão competente das Nações Unidas, Comité de Sanções das Nações Unidas, con-
a revisão da autoridade compete - forme a Resolução do Conselho de Segurança
car se a designação se mantém aplicável. das Nações Unidas n.º 1267, conforme a lista
ARTIGO 13.º
actualizada pelo referido Comité de Sanções,
(Parecer em caso de remoção da lista) bem como por pessoas, grupos ou entidades
Caso a autoridade competente esteja autorizada, nos agindo em seu nome; e
termos dos artigos 11.º e 12. a tomar a decisão de remoção b) pessoas, grupos e entidades designadas na lista,
da lista de um Estado, pessoa, grupo ou entidade, a referida ao abrigo do artigo 6.º da presente lei, quando
aplicável.
decisão apenas deve ser tomada pela autoridade competente
2. A obrigação de congelamento referida no número ante-
após parecer das entidades previstas no artigo 7.º
ARTIGO 14.º
por fundos ou recursos económicos que sejam propriedade
(Decisão de remoção)
de pessoas, grupos ou entidades designadas, ou que por eles
A decisão de remover um Estado, uma pessoa, grupo sejam detidos ou estejam na sua posse.
ou entidade da lista de Estados, pessoas, grupos e entida-
ARTIGO 18.º
des designadas, após a revisão mencionada nos artigos 11.º (Disponibilização de fundos ou recursos económicos)
e 12.º, é efectuada mediante regulamentação publicada em É proibido colocar à disposição fundos ou recursos
Diário da República, revogando a decisão de designação -
tomada nos termos do artigo 6.º da presente lei. tamente, em benefício de:
I SÉRIE — N.º 8 — DE 12 DE JANEIRO DE 2012 147

a) pessoas, grupos e entidades designadas pelo de Angola, de acordo com a legislação processual penal
Comité de Sanções das Nações Unidas, con- aplicável.
forme a Resolução do Conselho de Segurança ARTIGO 22.º
das Nações Unidas n.º 1267 mediante a lista (Créditos relativos a contas congeladas)

actualizada pelo referido Comité de Sanções; e


b) pessoas, grupos e entidades designadas na lista, 18.º, relativas às pessoas, grupos ou entidades designadas,
ao abrigo do artigo 6.° da presente lei, quando não se consideram incumpridas caso uma pessoa ou enti-
aplicável. dade detenha um crédito sobre uma conta congelada e o
ARTIGO 19.º realize, nas seguintes situações:
(Procedimentos)
a) quaisquer juros ou outros ganhos em dívida sobre
- as contas congeladas; e
gos 17.º e 18.º a pessoas, grupos ou entidades designadas, no b) pagamentos em dívida nos termos de contratos,
âmbito do processo de designação nacional, deve ter lugar acordos ou obrigações estabelecidas anterior-
simultaneamente com a publicação da decisão de designar
mente ao congelamento dos activos.
uma pessoa, grupo e entidade pela autoridade competente,
2. Não obstante a proibição prevista no artigo 18.º,
de acordo com o artigo 6.º da presente lei.
relativa à colocação de fundos ou recursos económicos à
2. Em caso de designação de pessoa, grupo e entidade
pelo Comité de Sanções das Nações Unidas, nos termos da disposição de pessoas, grupos ou entidades designadas, a
Resolução do Conselho de Segurança n.º 1267 (1999), não instituição relevante na posse dos fundos congelados pode
é necessária a publicação da lista elaborada pelo referido creditar uma conta congelada quando receber fundos trans-
- feridos para essa conta.
tendo o nome ou denominação social dos sujeitos referidos ARTIGO 23.º
no número anterior.
3. As autoridades de supervisão devem emitir a regu- 1. Não obstante o disposto nos artigos 17.º e 18.º, a auto-
lação adequada relativamente aos procedimentos de ridade
congelamento, de acordo com o presente capítulo, impondo modo a garantir que as necessidades básicas de uma pessoa,
às entidades supervisionadas a obrigação de desenvolverem grupo ou entidade designada sejam satisfeitas, tais como as
procedimentos e implementarem mecanismos que permitam despesas básicas e necessárias para o pagamento de certos
a aplicação imediata das obrigações previstas nos artigos 17.º tipos de comissões, as despesas ou encargos com serviços,
e 18.º.
ARTIGO 20.º
2. O pedido de isenção que permite o uso de fundos
(Procedimentos de descongelamento em relação a pessoas, grupos e
entidades não designadas) ou recursos económicos congelados deve ser efectuado
No caso de serem aplicadas as medidas restritivas pre- pela pessoa, grupo ou entidade designada pela autoridade
vistas nos artigos 17.º e 18.º da presente lei a pessoas, grupos competente.
ou entidades que não sejam pessoas, grupos ou entidades 3. Se o pedido de isenção não for concedido, a autori-
designadas, tendo sido os fundos ou recursos económi- dade competente deve apresentar, à parte requerente, uma
cos erradamente congelados, em virtude de terem nomes e fundamentação escrita relativamente ao motivo da recusa.
designações iguais ou semelhantes, as medidas restritivas 4. Os requisitos e procedimentos respeitantes à realiza-
devem ser retiradas com a maior brevidade possível, após ção do pedido de isenção devem ser regulamentados pela
autoridade competente.
ARTIGO 21.º 5. A concessão de isenções deve ser consistente, transpa-
(Propriedade dos fundos e recursos económicos congelados)
rente, razoável e proporcional, de modo a garantir que:
1. Os fundos ou recursos económicos congelados de
a) -
acordo com o previsto no artigo 17.º permanecem na proprie-
provada, seja para despesas básicas, despesas
dade das pessoas, grupos ou entidades que detinham direitos
sobre os mesmos, aquando do congelamento, podendo con-
base em outras razões fundamentadas;
outras entidades indicadas por tais pessoas, grupos ou enti- b) os riscos de desvio dos pagamentos autorizados
dades designadas, que os administravam anteriormente ao
início da acção de congelamento. -
2. Os fundos ou recursos económicos congelados dades terroristas, são reduzidos; e
podem ser subsequentemente apreendidos pela República c)
148 DIÁRIO DA REPÚBLICA

6. Se o pedido para isenção estiver relacionado com uma que permitam a aplicação imediata das medidas restritivas
pessoa, grupo ou entidade designada de acordo com actos previstas no artigo 24.º da presente lei.
internacionais, incluindo as Resoluções da Organização das ARTIGO 26.º
Nações Unidas, quaisquer condições previstas nos referidos (Procedimentos em relação a Estados, pessoas, grupos

actos internacionais devem ser tidas em consideração pela e entidades não designadas)

autoridade competente. No caso das medidas restritivas serem aplicadas a


SECÇÃO II Estados, pessoas, grupos ou entidades que não correspon-
Outras Medidas Restritivas dem aos Estados, pessoas, grupos ou entidades designadas,
ARTIGO 24.º
mas que, têm nomes e designações iguais ou semelhantes, as
(Aplicação de outras medidas restritivas) medidas restritivas devem ser retiradas com a maior brevi-

da presente lei, devem ser aplicadas a Estados, pessoas, gru- SECÇÃO III
Isenção
pos ou entidades, em conformidade com a regulamentação
estabelecida nos termos do artigo 6.º da presente lei. ARTIGO 27.º
2. Adicionalmente às medidas de congelamento adminis- (Pedidos de isenção)

-
medidas restritivas podem incluir a interrupção completa ou ções às medidas restritivas previstas no mesmo, qualquer
parcial das relações económicas, dos meios de comunicação Estado, pessoa, grupo ou entidade designada pode, com
- base no referido acto internacional, apresentar junto da
léctricos, ou de outra qualquer espécie, e o rompimento das autoridade competente um pedido de isenção devidamente
relações diplomáticas, nomeadamente: fundamentado.
a) embargos relativos à venda, fornecimento ou 2. O pedido de isenção referido no número anterior deve
ser acompanhado de todos os elementos de informação e
ou restrições no fornecimento de assistência ou documentos de prova necessários, em cada caso concreto,
serviços relacionados com actividades militares,
apoio logístico-militar e serviços de natureza internacional aplicável.
militar;
b) restrição de entrada, permanência ou trânsito de órgão internacional competente, o requerente do pedido de
pessoas ou entidades em território nacional; isenção está obrigado cumulativamente ao preenchimento
c) - dos mesmos numa das línguas que internacionalmente for
mento potencialmente utilizado na repressão
4. A autoridade competente envia o pedido ao responsá-
interna ou agressão contra países estrangeiros;
vel nacional para efeitos de submissão ao órgão internacional
d) restrições relativas ao transporte aéreo e à prestação
de serviços de engenharia e manutenção rela-
-
tivamente a aeronaves que sejam propriedade
cativo dessa decisão de deferimento ou de indeferimento e
de pessoas, grupos ou entidades designadas, ou
-
tenham sido alugadas ou utilizadas por estas ou
tamente o interessado.
em seu nome;
6. A autoridade competente tem competência para deci-
e) - dir acerca dos pedidos de isenção relativos à designação,
nacionais aos quais a República de Angola se quando esta não seja baseada em actos internacionais.
encontre vinculada. 7. Os pedidos de isenção devem ser processados com a
-
os
mos dos n. 1 e 2 do presente artigo a Estados, a pessoas, fundamento em razões humanitárias com carácter urgente,
grupos ou entidades designadas deve ter lugar simultanea- em relação aos procedimentos em curso no seio da autori-
mente com a publicação da decisão de designar uma pessoa, dade competente.
grupo e entidade pela autoridade competente, de acordo com
o artigo 6.º da presente lei. CAPÍTULO IV
Dever de Informação e Cooperação
ARTIGO 25.º
(Regulação) ARTIGO 28.º
(Cooperação)

promover a regulação adequada relativamente ao desenvol- As pessoas singulares e colectivas, outras entidades e
vimento de procedimentos e implementação de mecanismos outros órgãos devem cooperar com a autoridade competente
I SÉRIE — N.º 8 — DE 12 DE JANEIRO DE 2012 149

sigilo, imposta por meios legislativos, regulamentares ou


no âmbito do cumprimento da presente lei. contratuais, nem acarreta qualquer tipo de responsabilidade
ARTIGO 29.º aos prestadores da referida informação.
(Fornecimento de informação)
CAPÍTULO V
1. Sem prejuízo do disposto nas normas relativas a con- Competências e Processo de Fiscalização
ARTIGO 32.º
colectivas, outras entidades e outros órgãos devem:
a) fornecer mediante solicitação da autoridade com-
-
petente, qualquer informação que possa suportar
gações decorrentes da presente lei cabe às entidades da
a decisão de designação, de acordo com o artigo Administração do Estado competentes em razão da matéria
6.º; a que essas obrigações ou medidas respeitem.
b) facultar imediatamente à autoridade competente -
- penho das suas funções, podem solicitar a colaboração de
calização quaisquer informações que possam quaisquer outras entidades públicas ou privadas, nomeada-
facilitar o cumprimento da presente lei, tais mente das autoridades policiais.
como detalhes das contas, montantes con- ARTIGO 33.º

consideradas relevantes; 1. No âmbito das suas competências próprias e das


c) comunicar à autoridade competente e às respectivas competências que lhes são cometidas pela presente lei,
-
que detenham ou controlem fundos ou recursos diatamente e a tomar todas as providências necessárias e
económicos relativamente aos quais têm razões adequadas ao cumprimento do acto internacional aplicável
para acreditar que são propriedade de pessoas,
grupos ou entidades designadas, ou que por eles
sejam detidos ou estejam na sua posse; e competente.
d) facultar à autoridade competente e às respectivas
de emitir instruções e de as comunicar às entidades, públicas
solicitada, qualquer informação disponível ou privadas, que estejam sob a sua orientação, coordenação
relativa aos fundos ou recursos económicos -
pertencentes, na posse ou detidos por pessoas, tos a observar por virtude do acto internacional aplicável
grupos ou entidades designadas, durante um
período de seis meses antes da entrada em vigor
da designação de uma pessoa, grupo ou entidade comunicar à autoridade competente o incumprimento, pelas

2. A informação facultada ou recebida no âmbito do pre- previstas na presente lei.


sente artigo deve ser apenas utilizada ARTIGO 34.º

foi facultada ou recebida.


Nos termos do artigo anterior compete, designadamente:
ARTIGO 30.º
(Cumprimento de boa-fé) a) ao Instituto Nacional da Aviação Civil, negar ou
No cumprimento das obrigações previstas nos artigos
17.º, 18.º e 24.º da presente lei, as acções praticadas de boa- -
-fé e de acordo com os termos da presente lei, não envolvem gabilidade, bem como emitir instruções para que
qualquer tipo de responsabilidade para a pessoa singular ou seja negada a autorização a aeronaves para des-
colectiva, grupo ou entidade que as implemente, para os colarem ou aterrarem na República de Angola
seus directores ou empregados, a não ser que seja provado ou sobrevoarem a República de Angola ou para
que tais acções ocorreram como resultado de negligência. proibir a prestação de serviços de engenharia
ARTIGO 31.º ou de manutenção a essas aeronaves, de acordo
com as medidas restritivas aplicadas nos termos
A prestação de informação de boa fé por pessoas sin- da presente lei;
gulares, pessoas colectivas, entidades e outros órgãos, no b) ao Serviço Nacional das Alfândegas, impedir a
cumprimento das obrigações previstas na presente lei, não
se consubstancia numa violação de qualquer obrigação de com Estados, pessoas, grupos ou entidades
150 DIÁRIO DA REPÚBLICA

designadas, ou que os envolvam, de acordo com ARTIGO 37.º


(Responsabilidade)
as medidas restritivas aplicadas nos termos da
presente lei; 1. Pela prática das transgressões a que se refere o pre-
c) às entidades com competência própria ou delegada sente capítulo podem ser responsabilizadas:
para a concessão de autorização prévia para a a) as pessoas singulares que se encontrem na Repú-
blica de Angola ou por pessoas colectivas com
negar, condicionar ou revogar licenças de opera- sede ou direcção efectiva em território angolano
ou centros de interesses colectivos sem persona-
grupos ou entidades designadas, ou que os lidade jurídica;
envolvam, de acordo com as medidas restritivas b) a quaisquer pessoas colectivas, grupos ou entida-
aplicadas nos termos da presente lei; des, registadas ou constituídas de acordo com a
d) às autoridades policiais, actuar de forma a impedir legislação angolana;
a entrada, permanência ou trânsito através da c) a quaisquer pessoas colectivas, grupos ou entidades
República de Angola das pessoas designadas, que mantenha relações comerciais com pessoas
em relação às quais tenham sido aplicadas medi- singulares ou colectivas, públicas ou privadas
das restritivas relativas à restrição na entrada, situadas na República de Angola.
permanência ou trânsito de pessoas ou entidades 2. As pessoas colectivas são responsáveis pelas infrac-
em território nacional, nos termos da presente
das respectivas funções ou em seu nome ou por sua conta,
pelos titulares dos seus órgãos sociais, mandatários, repre-
ARTIGO 35.º
(Requisitos das comunicações) sentantes, trabalhadores ou quaisquer outros colaboradores
permanentes ou ocasionais.
1. As comunicações a efectuar nos termos do n.º 2 do
artigo 33.º devem conter uma descrição detalhada:
responsabilidade individual dos respectivos agentes.
a) dos actos a omitir ou a praticar;
4. Não obsta à responsabilidade individual dos agentes a
b) das situações que, para assegurar o funcionamento
de serviços essenciais ou por razões humanitá- -
rias ou outras, são susceptíveis de ser isentas da
aplicação das medidas restritivas aplicadas nos tendo aquele actuado no interesse de outrem.
termos da presente lei.
2. É igualmente obrigatório que as comunicações se funde a relação entre o agente individual e a pessoa colec-
incluam a menção de que, independentemente do incumpri- tiva não obstam a que seja aplicado o disposto nos números
mento das obrigações constantes da presente lei constituir a anteriores.
prática de um crime, o desrespeito pelas instruções contidas ARTIGO 38.º
(Negligência)
na comunicação constitui crime de desobediência.
A negligência é sempre punível, sendo, nesse caso, redu-
CAPÍTULO VI
Regime Transgressional
ARTIGO 39.º
ARTIGO 36.º (Cumprimento do dever omitido)
(Aplicação no espaço)
1. Sempre que a transgressão resulte da omissão de um
Seja qual for a nacionalidade do agente, o disposto no dever a aplicação da sanção e o pagamento da multa não dis-
presente capítulo é aplicável a: pensam o infractor do seu cumprimento, se este ainda for
a) factos praticados em território angolano; possível.
b) factos praticados fora do território nacional de 2. O infractor pode ser sujeito à injunção de cumprir o
que sejam responsáveis as entidades referidas dever omitido.
no artigo 4.° da presente lei, actuando por inter- ARTIGO 40.º
médio de sucursais ou em prestação de serviços, (Destino das multas)
bem como as pessoas que, em relação a tais enti-
dades, se encontrem em alguma das situações ou transite em julgado a decisão condenatória o produto das
previstas no n.° 2 do artigo seguinte; multas reverte em:
c) factos praticados a bordo de navios ou aeronaves a) 60% a favor do Estado;
de bandeira angolana, salvo tratado ou conven- b) -
ção internacional em contrário. lização responsável pela instrução do processo.
I SÉRIE — N.º 8 — DE 12 DE JANEIRO DE 2012 151

ARTIGO 41.º das obrigações previstas nos artigos 17.º e 18.º


(Responsabilidade pelo pagamento das multas)
da presente lei;
1. As pessoas colectivas respondem solidariamente pelo f)
pagamento das multas e das custas em que sejam conde-
nados os seus dirigentes, mandatários, representantes ou ou indirectamente, a pessoas ou entidades
trabalhadores pela prática de infracções puníveis, nos ter-
localizadas em Estados designados ou para o
mos da presente lei.
uso desses Estados, ou para pessoas, grupos ou
2. Os titulares dos órgãos de administração das pessoas
entidades designadas, em incumprimento da
colectivas que, podendo fazê-lo, não se tenham oposto à prá-
tica da infracção respondem individual e subsidiariamente obrigação prevista no artigo 24.º da presente lei,
pelo pagamento da multa e das custas em que aquelas sejam originários ou não da República de Angola;
condenadas, ainda que as mesmas, à data da condenação, g)
hajam sido dissolvidas ou entrado em liquidação. técnica, serviços de corretagem, apoio logístico-
ARTIGO 42.º -militar ou outros serviços relacionados com
(Transgressões) actividades militares a pessoas ou entidades
Constituem transgressões os seguintes factos ilícitos localizadas em Estados designados ou para o
típicos: uso desses Estados, ou para pessoas, grupos ou
a) entidades designadas, em incumprimento da
fornecimento de produtos e mercadorias ou obrigação prevista no artigo 24.º da presente lei;
prestação de serviços, directa ou indirectamente h) o incumprimento da obrigação prevista no artigo
a pessoas ou entidades localizadas em Estados 24.º da presente lei, para além das situações de
designados ou para o uso desses Estados, ou incumprimento previstas nas alíneas anteriores;
para pessoas, grupos ou entidades designadas, i) a participação, com conhecimento de causa e inten-
originários ou não da República de Angola, em cionalmente, em actividades cujo objectivo ou
incumprimento da obrigação prevista no artigo efeito seja contornar as proibições referidas nas
24.º da presente lei; alíneas anteriores.
b) ARTIGO 43.º
técnica, serviços de corretagem, apoio logístico (Multas)
ou outros serviços relacionados com o forneci- 1. As transgressões previstas no artigo anterior são puní-
mento de produtos e mercadorias ou prestação veis, nos seguintes termos:
de serviços a pessoas ou entidades localizadas a) quando a infracção seja praticada no âmbito da
em Estados designados ou para o uso desses actividade de uma pessoa colectiva:
Estados, ou para pessoas, grupos ou entidades i. com multa de valores, em moeda nacional,
designadas, em incumprimento da obrigação equivalente a USD: 25.000,00 (vinte e cinco
prevista no artigo 24.º da presente lei; mil Dólares dos Estados Unidos da América)
c) a importação, a compra ou por qualquer meio a a 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos
aquisição de produtos e mercadorias ou serviços, mil Dólares dos Estados Unidos da América)
directa ou indirectamente, as pessoas, grupos ou se o agente for uma pessoa colectiva;
entidades designadas ou originários de Estados ii. com multa de valores, em moeda nacional,
designados, em incumprimento da obrigação equivalente a USD 12.500,00, (doze mil e
prevista no artigo 24.º da presente lei; quinhentos mil dólares dos Estados Unidos
d) da América) a 1.250.000,00, (um milhão e
técnica, serviços de corretagem, apoio logístico duzentos e cinquenta mil dólares dos Estados
ou outros serviços relacionados com a aquisição Unidos da América) se o agente for uma pes-
de produtos e mercadorias ou serviços a pessoas, soa singular.
grupos ou entidades designadas ou originários b) quando a infracção seja praticada no âmbito da
de Estados designados, em incumprimento da actividade de uma pessoa singular:
obrigação prevista no artigo 24.º da presente lei; i. com multa de valores, em moeda nacional,
e) a aplicação, investimento, remissão ou colocação equivalente a USD: 5.000,00 (cinco mil
à disposição, directa ou indirectamente, em dólares dos Estados Unidos da América)
benefício de pessoas, grupos ou entidades desig- a 500.000,00 (quinhentos mil dólares dos
nadas, quaisquer fundos ou recursos económicos Estados Unidos da América) se o agente for
uma pessoa colectiva;
152 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ii. com multa de valores, em moeda nacional, ARTIGO 46.º


(Aplicação material)
equivalente a USD: 2.500,00 (dois mil e
quinhentos dólares dos Estados Unidos da
impostas por contrato, acordo, licença ou autorização, de
América) a 250.000,00 ( duzentos e cinquenta
direito interno ou internacional, anteriores à data de adopção
mil dólares dos Estados Unidos da América)
do acto internacional aplicável, que prevejam ou permitam
se o agente for uma pessoa singular.
a prática daqueles factos, não afasta a responsabilidade cri-
2. Aplicam-se subsidiariamente as regras previstas na minal do agente.
legislação sobre o combate ao branqueamento de capitais 2. A punibilidade dos factos incriminados na presente lei
- não afasta a responsabilidade civil, disciplinar ou outra que
ção do procedimento transgressional e das multas e sanções ao caso caiba, sem prejuízo de norma penal aplicável que
acessórias. puna o facto com pena mais elevada.
ARTIGO 44.º ARTIGO 47.º
(Sanções acessórias) (Não punibilidade)

Conjuntamente com as multas, podem ser aplicadas ao Não é punível a prática de factos previstos pela presente
responsável por quaisquer das transgressões previstas no
artigo 42.º da presente lei, as seguintes sanções acessórias, por parte do órgão internacional competente ou, caso o acto
em função da gravidade da infracção e da culpa do agente:
a) advertência, por apenas uma vez; outro órgão ou entidade competente.
b) inibição, por um período de três meses a três anos, ARTIGO 48.º
(Tentativa)

- Nos crimes previstos pela presente lei, a tentativa é


lização em pessoas colectivas abrangidas pela punível.
presente lei, quando o infractor seja membro ARTIGO 49.º
(Procedimento criminal)

1. O procedimento criminal pelos crimes previstos na


legal ou voluntária da pessoa colectiva;
c) 2. O prazo de prescrição do procedimento criminal dos
da actividade a que as transgressões respeitam crimes previstos na presente lei é de dez anos.
- ARTIGO 50.º
(Actuação em nome de outrem)
zação em pessoas colectivas a que se refere a
alínea anterior; 1. É punível quem age em representação legal ou volun-
d) tária de outrem, mesmo quando o respectivo tipo de crime
infractor, num jornal diário de difusão nacional.
a) determinados elementos pessoais e estes só se veri-
CAPÍTULO VII
Disposições Penais b) que o agente pratique o facto no seu próprio inte-
SECÇÃO I resse e o representante actue no interesse do
Disposições Comuns representado.
ARTIGO 45.º -
(Aplicação no tempo) damento à representação não impede a aplicação do número
1. O não cumprimento dos artigos 17.º, 18.º e 24.º da pre- anterior.
sente lei apenas é punível após a publicação em Diário da 3. O representado responde solidariamente, de harmonia
República da regulamentação prevista no artigo 6.º, da qual com a lei civil, pelo pagamento das multas, indemnizações e
conste a decisão de designação, e na medida em que tais fac- outras prestações em que for condenado o agente dos crimes
tos sejam também objecto de medida restritiva aplicada nos previstos na presente lei, nos termos dos números anteriores.
termos da presente lei. ARTIGO 51.º
2. O não cumprimento dos artigos 17.º, 18.º e 24.º da (Responsabilidade penal das pessoas colectivas)
presente lei, praticado após a publicação a que se refere o 1. As pessoas colectivas ou sociedades, ainda que irre-
número anterior e durante o período em que o acto inter- gularmente constituídas, e as meras associações de facto são
responsáveis pelos crimes previstos na presente lei, quando
internacional competente adoptar um novo acto que adie, cometidos pelos seus membros, trabalhadores ou prestadores
suspenda ou ponha termo a uma medida restritiva baseada de serviços, representantes ou mandatários ou por titulares
num acto internacional. dos seus órgãos, agindo em seu nome e no seu interesse.
I SÉRIE — N.º 8 — DE 12 DE JANEIRO DE 2012 153

2. As penas acessórias podem ser aplicadas


relação entre o agente e a entidade colectiva não obsta a que cumulativamente.
seja aplicado o disposto no número anterior. 3. Não obsta à aplicação das penas acessórias previstas
nas alíneas c) a f) do n.º 1 do presente artigo a transmissão
ou a cedência de direitos de qualquer natureza relaciona-
direito.
4. A responsabilidade das entidades referidas no n.º 1 do depois da instauração do procedimento criminal ou depois
-
respectivo agente, sendo aplicável, com as necessárias adap- rio se encontrar de boa fé.
tações, o n.º 3 do artigo anterior. 4. A pena de dissolução só é decretada quando os
ARTIGO 52.º membros, sócios, associados, titulares dos órgãos ou repre-
(Penas principais aplicáveis às pessoas colectivas) sentantes da entidade colectiva tenham tido a intenção de,
1. Pelos crimes previstos na presente lei é aplicável às por meio dela, praticar os crimes previstos na presente lei
entidades referidas no artigo anterior a pena principal de ou quando a sua prática reiterada mostre que a entidade em
- causa está a ser utilizada para esse efeito ou houver fundado
sacção efectuada e não superior ao dobro do montante da receio de que possa continuar a ser utilizada para a prática de
mesma transacção. factos da mesma espécie, quer pelos seus membros, quer por
2. Se a pena for aplicada a uma entidade não dotada
de personalidade jurídica, responde por ela o património 5. A cessação da relação jurídico-laboral que ocorra em
virtude da aplicação da pena de encerramento do estabeleci-
um dos sócios ou associados, em regime de solidariedade. mento ou de dissolução judicial considera-se, para todos os
- efeitos, como sendo rescisão sem justa causa.
6. Para efeitos do n.º 3 do presente artigo entende-se por
moeda nacional a USD: 5.000,00, (cinco mil dólares dos boa fé a ignorância desculpável de que os bens, direitos,
Estados Unidos da América) e USD: 2.500.000,00 (dois valores ou vantagens adquiridas se relacionavam com acti-
milhões e quinhentos mil dólares dos Estados Unidos da vidades ilícitas.
América) e entre USD: 2.500,00, (dois mil e quinhentos dóla- SECÇÃO II
res dos Estados Unidos da América) e USD: 1.500.000,00, Dos Crimes em Especial
(um milhão e quinhentos mil dólares dos Estados Unidos da
ARTIGO 54.º
América), consoante seja aplicada, respectivamente, à enti- (Proibição de fornecimento de produtos e mercadorias
e prestação de serviços)
natureza.
ARTIGO 53.º
qualquer meio fornecer produtos e mercadorias ou prestar
(Penas acessórias)
serviços, directa ou indirectamente, a pessoas ou entida-
1. Quem for condenado por crime previsto na presente des localizadas em Estados designados ou para o uso desses
lei pode, atenta a concreta gravidade do facto, ser sujeito às
Estados, ou para pessoas, grupos ou entidades designadas,
penas acessórias de:
originários ou não da República de Angola, em incumpri-
a) publicação da decisão condenatória em jornal de mento da obrigação prevista no artigo 24.º da presente lei, é
punido com a pena de prisão até 3 anos, se pena mais grave
b) - lhe não couber por força de outra disposição legal.
vidades, por um período de 1 a 10 anos; 2. Incorre na mesma pena referida no número anterior,
c) privação do direito de participar em ajustes direc-
tos, consultas restritas ou concursos públicos, serviços de corretagem, apoio logístico ou outros serviços
por um período de 1 a 10 anos; relacionados com o fornecimento de produtos e mercadorias
d) proibição de contactar com determinadas pessoas, ou prestação de serviços a pessoas ou entidades localiza-
por um período de 1 a 5 anos; das em Estados designados ou para o uso desses Estados, ou
e) para pessoas, grupos ou entidades designadas, em incumpri-
Angola, quando estrangeiro, por um período de mento da obrigação prevista no artigo 24.º da presente lei.
1 a 5 anos; 3. Quem participar, com conhecimento de causa e inten-
f) encerramento temporário de estabelecimento, até 5 cionalmente, em actividades cujo objectivo ou efeito seja
anos; contornar as proibições referidas nos n.os 1 e 2 do presente
g) artigo é punido com pena de prisão de 6 meses a 3 anos ou
h) dissolução judicial. pena de multa até 300 dias.
154 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. A negligência é punida com pena de prisão até 6 meses -


ou com pena de multa até 180 dias. ceiros ou assistência técnica, serviços de corretagem, apoio
ARTIGO 55.º logístico ou outros serviços relacionados com actividades
(Proibição de aquisição de produtos ou mercadorias ou serviços)
militares a pessoas ou entidades localizadas em Estados
1. Quem intencionalmente importar, comprar ou por designados ou para o uso desses Estados, ou para pessoas,
qualquer meio adquirir produtos e mercadorias ou serviços,
grupos ou entidades designadas, em incumprimento da obri-
directa ou indirectamente, a pessoas, grupos ou entidades
gação prevista no artigo 24.º da presente lei.
designadas ou originários de Estados designados, em incum-
3. Quem participar, com conhecimento de causa e inten-
primento da obrigação prevista no artigo 24.º da presente lei,
cionalmente, em actividades cujo objectivo ou efeito seja
é punido com a pena de prisão até 3 anos, se pena mais grave
lhe não couber por força de outra disposição legal. contornar as proibições referidas nos n.os 1 e 2 do presente
- artigo é punido com pena de prisão de 1 a 3 anos, ou pena de
ceiros ou assistência técnica, serviços de corretagem, apoio multa até 600 dias.
logístico ou outros serviços relacionados com a aquisição 4. A negligência é punida com pena de prisão até 2 anos
de produtos e mercadorias ou serviços a pessoas, grupos ou ou com pena de multa até 300 dias.
entidades designadas ou originários de Estados designados, ARTIGO 58.º
(Não cumprimento de outras medidas restritivas)
em incumprimento da obrigação prevista no artigo 24.º da
presente lei. 1. Quem intencionalmente incumprir a obrigação pre-
3. Quem participar, com conhecimento de causa e inten- vista no artigo 24.º da presente lei, quando não aplicável o
cionalmente, em actividades cujo objectivo ou efeito seja disposto nos artigos 54.º a 57.º da presente lei, é punido com
contornar as proibições referidas nos n.os 1 e 2 do presente pena de prisão de 1 a 3 anos, ou pena de multa até 600 dias,
artigo é punido com pena de prisão de 6 meses a 3 anos ou de acordo com a disposição violada e se pena mais grave lhe
pena de multa até 300 dias. não couber por força de outra disposição legal.
4. A negligência é punida com pena de prisão até 6 meses 2. Quem participar, com conhecimento de causa e inten-
ou com pena de multa até 180 dias. cionalmente, em actividades cujo objectivo ou efeito seja
ARTIGO 56.º contornar as proibições referidas no n.º 1 do presente artigo
(Aplicação ou disponibilização de fundos) é punido com pena de prisão de até 1 ano ou pena de multa
1. Quem intencionalmente aplicar, investir, remeter ou até 300 dias.
colocar à disposição, directa ou indirectamente, em benefí- 3. A negligência é punida com pena de prisão até 6 meses
cio de pessoas, grupos ou entidades designadas, quaisquer ou com pena de multa até 180 dias.
ARTIGO 59.º
em incumprimento das obrigações previstas nos artigos 17.º (Promoção da prática de factos ilícitos)
e 18.º da presente lei, é punido com a pena de prisão de 1 a 1. Quem desenvolver actividades que promovam ou
5 anos e multa até 600 dias.
tenham por objectivo promover, directa ou indirectamente,
2. Quem participar, com conhecimento de causa e inten-
a prática de factos previstos e punidos nos artigos anteriores
cionalmente, em actividades cujo objectivo ou efeito seja
contornar as proibições referidas no n.º 1 do presente artigo é punido com a pena cominada no respectivo tipo de crime.
é punido com pena de prisão de 1 a 3 anos, ou pena de multa 2. Quem desenvolver actividades que promovam ou
até 600 dias. tenham por objectivo promover ou desenvolver, directa ou
3. A negligência é punida com pena de prisão até 1 ano indirectamente, a economia de um Estado, pessoa, grupo
ou com pena de multa até 300 dias. ou entidade designadas, nomeadamente as que promovam
ARTIGO 57.º
(Fornecimento de armamento ou equipamento conexo e prestação de em incumprimento da obrigação prevista no artigo 24.º da
apoio logístico-militar ou de serviços de natureza militar)
presente lei, é punido com a pena estatuída no respectivo
tipo de crime.
ou indirectamente, a pessoas ou entidades localizadas em ARTIGO 60.º
(Procedimentos cautelares de extensão do âmbito material desta lei)
Estados designados ou para o uso desses Estados, ou para
pessoas, grupos ou entidades designadas, originários ou não Em processo-crime relativo aos factos determinan-
da República de Angola, em incumprimento da obrigação tes da
prevista no artigo 24.º da presente lei, é punido com a pena que o arguido esteja com tais factos relacionado, pode, o
de prisão de 2 a 8 anos, se pena mais grave lhe não couber Ministério Público, requerer o arresto preventivo dos res-
por força de outra disposição legal.
I SÉRIE — N.º 8 — DE 12 DE JANEIRO DE 2012 155

ARTIGO 61.º
(Prevenção e repressão)
Publique-se.
Na prevenção e repressão das infracções previstas na
presente lei aplicam-se as disposições especiais relativas ao O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

CAPÍTULO VIII
Disposições Finais e Transitórias ANEXO I
Resolução n.º 1267 (1999)
ARTIGO 62.º
(Medidas de execução)
Adoptada pelo Conselho de Segurança
na sua 4051.ª sessão, em 15 de Outubro de 1999
O Conselho de Segurança;
no âmbito das respectivas áreas de actuação. -
ARTIGO 63.º
cular, as resoluções 1189 (1998), de 13 de Agosto de 1998,
(Direito aplicável) 1193 (1998), de 28 de Agosto de 1998 e 1214 (1998), de 8
1. Aos crimes previstos nesta lei são aplicáveis, subsidia- de Dezembro de 1998, assim como as declarações do seu
riamente, o Código Penal e demais legislação penal avulsa, Presidente relativamente à situação no Afeganistão;
o Código de Processo Penal e legislação complementar. -
2. Aos actos administrativos previstos nesta lei são nia, a independência, a integridade territorial e a unidade
aplicáveis: nacional do Afeganistão, assim como o seu respeito pelo
a) as Normas sobre o Procedimento e Actividade Admi- património cultural e histórico do país;
nistrativa, contidas no Decreto-Lei n.º 16-A/95, Reiterando a sua profunda preocupação pela continu-
de 15 de Dezembro; ação das violações do direito internacional humanitário e
b) o Regulamento do Processo Contencioso Adminis- dos direitos humanos, em particular a discriminação con-
tra as mulheres e as crianças, assim como pelo considerável
trativo, previsto no Decreto-Lei n.º 4-A/96,
aumento da produção ilícita de ópio, e sublinhando que a
de 5 de Abril.
ocupação do Consulado Geral da República Islâmica do Irão
ARTIGO 64.º
(Anexos)
pelos talibãs e o assassinato de diplomatas iranianos e de um
jornalista em Mazar-e-Sharif constituem violações patentes
Para efeitos do disposto nos artigos 1.º e 3.º, são publi-
das normas internacionais em vigor;
Recordando as convenções internacionais pertinentes
a) Resolução n.º 1267 (1999), adoptada pelo Conse-
contra o terrorismo e, em particular, a obrigação das partes
lho de Segurança na sua 4051.ª sessão, em 15 de
os terroristas;
b) Resolução n.º 1373 (2001), adoptada pelo Conse- Condenando energicamente o uso persistente do territó-
lho de Segurança na sua 4385.ª sessão, em 28 de rio afegão, especialmente em zonas controladas pelos talibãs,
para dar refúgio e treino a terroristas e planear actos de terro-
ARTIGO 65.º
(Regulamentação)
terrorismo internacional é essencial para a manutenção da
A presente lei deve ser regulamentada no prazo de cento paz e da segurança internacionais;
e vinte dias, contados a partir da data da sua entrada em Lamentando o facto de que os talibãs continuem a pro-
vigor. porcionar refúgio seguro a Osama Bin Laden e permitindo
ARTIGO 66.º que ele e os seus associados dirijam uma rede de acampa-
(Dúvidas e omissões) mentos de treino de terroristas em território controlado pelos
As dúvidas e as omissões resultantes da interpretação e talibãs e utilizem o Afeganistão como base par patrocinar
da aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia operações terroristas internacionais;
Nacional. Tomando nota do auto de acusação de Osama Bin Laden
ARTIGO 67.º e seus associados pelos Estados Unidos da América, entre
(Entrada em vigor)

A presente lei entra em vigor à data da sua publicação. deste país em Nairobi (Quénia) e Dar-es-Salam (Tanzânia)
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, em 7 de Agosto de 1998 e por atentar contra a vida de cida-
aos 29 de Novembro de 2011. dãos norte-americanos fora dos Estados Unidos, bem como
O Presidente da Assembleia Nacional, António Paulo da petição dos estados Unidos da América aos talibãs de que
Kassoma. os entreguem para julgamento (S/1999/1021);
156 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Tendo determinado que o facto de que as autoridades seus nacionais ou qualquer outra pessoa no seu
talibãs não tenham respondido aos requerimentos do pará- território aos talibãs ou em benefício destes ou
grafo 13 da resolução 1214 (1998) constitui uma ameaça de qualquer empresa propriedade dos talibãs ou
para a paz e a segurança internacionais;
Destacando a sua determinação em fazer respeitar as os que possam ser autorizados pelo Comité
suas resoluções; numa base casuística por razões de necessidades
Actuando nos termos do Capítulo VII da Carta das humanitárias.
Nações Unidas; 5. Insta todos os Estados a cooperar com esforços para
1. Insiste em que a facção afegã conhecida pelo nome cumprir o disposto no parágrafo 2 supra e a considerarem
de Talibã, que também se auto-denomina como Emirato novas medidas contra Osama Bin Laden e os seus associados;
Islâmico do Afeganistão, cumpra quanto antes as anteriores 6. Decide estabelecer, em conformidade com o artigo 28.º
- do seu regulamento provisório, um comité do Conselho de
cionar refúgio e treino a terroristas internacionais e às suas Segurança composto por todos os membros do Conselho,
que realize as seguintes tarefas e informe o Conselho sobre
o território que controla não albergue instalações e acam- o seu trabalho, comunicando a este as suas observações e
pamentos de terroristas, nem sirva de para a preparação ou recomendações:
organização de actos terroristas contra outros Estados ou a) Recolher mais informação junto de todos os Esta-
seus cidadãos e colabore nos esforços destinados a submeter dos sobre as medidas que estes tenham adoptado
à justiça as pessoas acusadas de crimes de terrorismo;
no parágrafo 4 supra;
Osama Bin Laden às autoridades competentes de um país
b) Considerar a informação relativa à violação das
onde tenha sido objecto de acusação ou às autoridades com-
medidas previstas no parágrafo 4 supra que os
petentes de um país a quem tenha de ser devolvido ou às
Estados tragam ao seu conhecimento e reco-
autoridades competentes de um país onde tenha sido detido
mendar a adopção das medidas adequadas para
e perseguido criminalmente;
o efeito;
3. Decide que em 14 de Novembro de 1999 todos os
c) Apresentar relatórios periódicos ao Conselho sobre
Estados apliquem as medidas previstas no parágrafo 4 infra,
os efeitos, incluídos os de carácter humanitário,
a não ser que o Conselho tenha determinado previamente,
das medidas impostas pelo parágrafo 4 supra;
com base num relatório do Secretário-Geral, que os talibãs
d) Apresentar relatórios periódicos ao Conselho
cumpriram a obrigação estipulada no parágrafo 2 supra;
sobre a informação que lhe tenha chegado sobre
4. Decide além disso que, para dar cumprimento ao pará-
o possível incumprimento das medidas previs-
grafo 2 supra, todos os Estados:
a) Não concederão autorização de descolar ou aterrar
que possível as pessoas ou entidades que foram
no seu território a qualquer aeronave que seja
propriedade dos talibãs, ou tenha sido alugada referidas como estando implicadas no referido
ou utilizada por eles ou por sua conta, de acordo incumprimento;
com a designação do Comité criado nos termos e) Designar as aeronaves e fundos e outros recursos

tiver sido previamente aprovado por razões de de facilitar o cumprimento das medidas referidas
necessidade humanitária, incluindo o cumpri- naquele parágrafo;
mento de uma obrigação religiosa com o Hajj; f)
b) das medidas previstas no parágrafo 4 supra, tal
incluindo os fundos derivados ou produzidos como previsto no referido parágrafo, e decidir
por bens que sejam propriedade dos talibãs ou
que estejam sob o seu controlo directo ou indi- relativamente aos pagamentos efectuados pela
recto, ou de qualquer outra empresa propriedade Associação de Transporte Aéreo Internacional à
ou sob o controlo dos talibãs, como designada autoridade aeronáutica do Afeganistão por conta
pelo Comité criado nos termos do parágrafo 6 de companhias aéreas internacionais relativa-
infra, e assegurarão que nem os referidos fundos
g) -
assim designado seja disponibilizado pelos dade com o disposto no parágrafo 9 infra;
I SÉRIE — N.º 8 — DE 12 DE JANEIRO DE 2012 157

7. Insta todos os Estados a que actuem estritamente em ANEXO II


conformidade com as disposições da presente resolução, Resolução n.º 1373 (2001)
Adoptada pelo Conselho de Segurança
obrigações impostas por força de um acordo internacional na sua 4385.ª sessão, em 28 de Setembro de 2001
ou de um contrato assinado ou de qualquer licença ou auto- O Conselho de Segurança;
rização concedida antes da data da entrada em vigor das
medidas previstas no parágrafo 4 supra; Outubro e 1368 (2001), de 12 de Setembro de 2001;
8. Insta todos os Estados a instaurar procedimentos cri- -
minais a todas as pessoas ou entidades que estejam sob a sua voca dos ataques terroristas ocorridos em Nova Iorque,
jurisdição e que violem as medidas previstas no parágrafo 4 Washington, D.C. e na Pensilvânia, em 11 de Setembro de
supra e a que apliquem as sanções adequadas; 2001, e manifestando a sua determinação de prevenir todos
9. Insta todos os Estados a cooperarem plenamente com os actos desse tipo;
o Comité criado nos termos do parágrafo 6 supra no desem-
actos de terrorismo internacional, constituem uma ameaça à
penho das suas atribuições, proporcionando inclusivamente
paz e segurança internacionais;
a informação que possa ser requerida pelo Comité, em con-
-
formidade com a presente resolução;
dual ou colectiva, reconhecido pela Carta das Nações Unidas
10. Solicita a todos os Estados que apresentem um rela-
tório ao Comité criado nos termos do parágrafo 6 supra, nos
30 dias seguintes à entrada em vigor das medidas previs- meios, em conformidade com a Carta das Nações Unidas,
tas no parágrafo 4 supra, sobre as providências que tenham as ameaças à paz e segurança internacionais que os actos de
adoptado para a aplicação efectiva das medidas previstas no terrorismo representam;
parágrafo 4 supra; Profundamente preocupado pelo acréscimo, em várias
11. Solicita ao Secretário-Geral que faculte toda a assis- regiões do mundo, de actos de terrorismo motivados pela
tência necessária ao Comité criado nos termos do parágrafo
6 supra e que, para esse efeito, sejam adoptadas na Secretaria Instando os Estados a trabalharem urgentemente em
todas as disposições necessárias; conjunto para prevenir e reprimir os actos de terrorismo,
12. Solicita ao Comité criado nos termos do parágrafo 6 nomeadamente através do aumento da cooperação e do
supra, que realize a necessária concertação, com base nas pleno cumprimento das convenções internacionais respei-
recomendações da Secretaria, com as organizações interna- tantes ao terrorismo;
cionais competentes, os Estados vizinhos e outros Estados e Reconhecendo a necessidade de os Estados comple-
mentarem a cooperação internacional através da adopção
as partes interessadas, tendo em vista melhorar a supervisão
de medidas adicionais para prevenir e reprimir nos seus
do cumprimento das medidas previstas no parágrafo 4 supra;
13. Solicita à Secretaria que apresente ao Comité criado
preparação de quaisquer actos de terrorismo;
nos termos do parágrafo 6 supra, para consideração deste, a
informação transmitida pelos governos e as fontes públicas Geral na sua declaração de Outubro de 1970 (Resolução
de informação sobre possíveis violações das medidas previs- 2625 (XXV) e que o Conselho de Segurança reiterou na sua
tas no parágrafo 4 supra; Resolução 1189 (1998), de 13 de Agosto de 1998, a saber,
14. Decide que dará por terminadas todas as medidas que cada Estado tem o dever de se abster de organizar, ins-
previstas no parágrafo 4 supra quando o Secretário-Geral
informar o Conselho de Segurança que os talibãs cumpriram Estado ou de permitir actividades organizadas no seu territó-
a obrigação estipulada no parágrafo 2 supra; rio com vista à prática desses actos;
Agindo ao abrigo do Capítulo VII da Carta das Nações
adopção de novas medidas, em conformidade com as suas Unidas;
responsabilidades nos termos Carta das Nações Unidas, com 1. Decide que todos os Estados:
o objectivo de alcançar o cumprimento integral da presente a)
resolução; terrorismo;
16. Decide continuar a ocupar-se activamente desta b)
questão. voluntárias, pelos seus nacionais ou nos seus
158 DIÁRIO DA REPÚBLICA

territórios, por quaisquer meios, directa ou zem os seus respectivos territórios para cometer
indirectamente, de fundos com a intenção de tais actos contra outros Estados ou contra os
que sejam utilizados, ou com o conhecimento de seus cidadãos;
que irão ser utilizados, para a prática de actos de e) Assegurem que todas as pessoas que participam
terrorismo;
c) Congelem sem demora os fundos e demais activos na prática de actos de terrorismo ou que prestam
apoio a esses actos sejam presentes à justiça e
que cometam, ou tentem cometer, actos de ter- que assegurem que, adicionalmente a outras
rorismo, neles participem ou os facilitem; das medidas de repressão que possam ser adoptadas
entidades que sejam propriedade dessas pessoas em relação a essas pessoas, tais actos de terro-
ou que estejam sob o seu controlo directo ou
indirecto; e das pessoas e entidades que actuem pela lei e regulamentação interna e que a pena
em nome ou sob instruções dessas pessoas e imposta corresponda devidamente à gravidade
entidades, incluindo os fundos gerados ou deri- desses actos de terrorismo;
vados de bens que sejam propriedade ou que f) Prestem, mutuamente, a maior assistência possível
estejam sob o controlo, directo ou indirecto,
quanto às investigações e procedimentos penais
dessas pessoas e das pessoas ou entidades com
elas associadas;
de terrorismo, incluindo a assistência quanto à
d) Proíbam aos seus nacionais e a todas as pessoas
obtenção de elementos de prova que estejam
ou entidades que se encontrem nos seus terri-
na sua posse e que sejam necessárias para esses
tórios que coloquem quaisquer fundos, activos
procedimentos;
g) Impeçam a circulação de terroristas ou de grupos

ou indirectamente, à disposição das pessoas


fronteiras e de controlos relativos à emissão de
que cometam, ou tentem cometer actos de ter-
documentos de identidade e de viagem, bem
rorismo, neles participem ou os facilitem, das
como mediante a adopção de medidas para
entidades que sejam propriedade dessas pessoas
-
ou que estejam sob o seu controlo directo ou
zação fraudulenta de documentos de identidade
indirecto e das pessoas e entidades que actuem
e de viagem.
em nome ou sob instruções dessas pessoas.
2. Decide igualmente que todos os Estados:
a)
a) Se abstenham de proporcionar qualquer tipo de
apoio, activo ou passivo, às entidades e pessoas de informações operacionais, especialmente em
implicadas em actos de terrorismo, nomeada- relação às actividades ou movimentos de terro-
mente, reprimindo o recrutamento de membros ristas ou das redes de terroristas, aos documentos
de grupos terroristas e pondo termo ao forneci-
mento de armas aos terroristas; -
b) Adoptem as medidas necessárias para impedir que sos, à utilização de tecnologias de informação
sejam cometidos actos de terrorismo, nomeada- pelos grupos terroristas e à ameaça que constitui
mente, que assegurem o alerta rápido a outros a posse de armas de destruição em massa por
Estados através da troca de informações; parte de grupos terroristas;
c) b) Trocar informações em conformidade com o
planeiam, apoiam ou praticam actos de terro- direito internacional e interno e a cooperar a
rismo ou que proporcionam refúgio aos seus nível administrativo e judicial para impedir a
autores; prática de actos de terrorismo;
d) c) Cooperar, especialmente através de acordos e
facilitam ou praticam actos de terrorismo utili- arranjos bilaterais e multilaterais, para impedir e
159

reprimir os ataques terroristas e adoptar medidas necessidade de promover a coordenação de esforços a nível
contra os autores desses actos; nacional, sub-regional, regional e internacional para refor-
d) Tornarem-se partes logo que possível das conven-
ções e protocolos internacionais relativos ao segurança internacional.
terrorismo, incluindo a Convenção Internacional 5. Declara que os actos, métodos e práticas terroristas
para a Repressão do Financiamento do Terro-
rismo, de 9 de Dezembro de 1999;
e) Aumentar a cooperação e cumprir plenamente as
planeá-los ou incitar à sua prática é igualmente contrário aos
convenções e protocolos internacionais relativos
ao terrorismo e as Resoluções do Conselho de
6. Decide estabelecer, em conformidade com o artigo 28.º
Segurança 1269 (1999) e 1368 (2001);
do seu Regulamento Interno Provisório, um Comité do
f) A adoptar, em conformidade com as disposições
Conselho de Segurança, composto por todos os membros do
pertinentes do direito nacional e internacional,
Conselho, para controlar o cumprimento da presente reso-
incluindo as normas internacionais relativas aos
lução com a ajuda dos peritos que considere adequados e
direitos humanos, as medidas adequadas para
se assegurar, antes da concessão do estatuto de
refugiado, que o requerente do estatuto de refu- mais tardar 90 dias após a data de adopção da presente reso-
giado não planeou, nem facilitou a prática de lução e, posteriormente, consoante o calendário a propor
actos de terrorismo nem dela participou; pelo Comité, as medidas adoptadas para dar cumprimento
g) A assegurar, em conformidade com o direito inter- a esta resolução.
nacional, que o estatuto de refugiado não seja -
abusivamente utilizado pelos autores de actos de sente um programa de trabalho no prazo de 30 dias a contar
terrorismo, nem pelos que planeiam ou facilitam da data de adopção desta resolução e, em consulta com o
tais actos e que não seja reconhecida a reivindi- Secretário Geral, pondere qual o apoio de que necessitará.
cação de motivos políticos como fundamento de 8. Manifesta a sua determinação de adoptar todas as
medidas necessárias para assegurar o pleno cumprimento da
terroristas. presente resolução em conformidade com as suas responsa-
- bilidades nos termos da Carta.
tentes entre o terrorismo internacional e a criminalidade 9. Decide continuar a ocupar-se desta questão.
organizada transnacional, as drogas ilícitas, o branquea-
O Presidente da Assembleia Nacional, António Paulo
ilícita de materiais nucleares, químicos, biológicos e outros Kassoma.
materiais potencialmente letais e, a esse respeito, sublinha a O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

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