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Júlia de Holanda
juliadeholanda@filosofiacapital.org
Marcos Viana
marquimcei@yahoo.com.br
Brasília-DF
2007
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Júlia de Holanda1
juliadeholanda@filosofiacapital.org
Marcos Viana2
marquimcei@yahoo.com.br
Resumo
Esta pesquisa apresenta a visão indígena e seu olhar crítico para a legislação brasileira. Como
é possível observar no decorrer da nossa história, tem surgido Ativistas Nativos3. Ou seja, as
brasileira. Tornando presente na consciência humana as vozes e os gritos dos Índios do Brasil,
e quiçá, do Mundo.
Arileia, Davi, Iglesio, Yonana, Michele, foram estes jovens que pertencem à
comunidade Pataxó Hãhãhãe os autores desta declaração, que informa a sociedade brasileira
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Holoterapeuta, Professora de Filosofia, dos cursos de Pós-Graduação do SIEL – Sistema Integrado de Educação
e Editora Executiva da Revista Filosofia Capital.
2
Ativista da Causa Indígena do Piauí é Professor Pedagogo formado pela UnB e Orientador da Fundação
Educacional do DF.
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Referência dos autores, para indicar personalidades indígenas que atuam efetivamente em favor da própria
causa.
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maio de 2006, o líder indígena Marcos Terena5 disse à Rádio ONU6 que a questão da posse da
Terena também disse que as entidades que lidam com a causa indígena precisam se
Outro registro importante "Grito do Xingu" é uma carta também escrita por jovens
lideranças indígenas desta vez do Parque Indígena do Xingu, na qual informa a sociedade
brasileira o quanto a comunidade indígena vem sendo ameaçada por uma política
Nós, povo Indígena do Xingu, vimos por meio deste, manifestar toda nossa
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Fonte: http://www.indiosonline.org.br.
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Cacique da Tribo dos Terena.
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Site da Rádio ONU http://radio.un.org/por/index.asp
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Em face desta situação que tende a piorar com o modelo defendido pelo Governo
Governo brasileiro nos últimos anos continua surpreendendo negativamente. Haja vista, o
uma Carta Aberta ao Governo e à Sociedade Civil da Resistência Indígena Continental – Ano
513º.
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Organização Internacional do Trabalho – OIT – agência especializada que integra o sistema das Nações
Unidas, viu-se compelida a rever a sua convenção sobre populações indígenas, que datava de 1957 e era
largamente criticada por acolher disposições ultrapassadas, em especial dirigidas à assimilação dos índios pelas
sociedades nacionais, em total descompasso com a evolução da mentalidade acerca dos seus direitos a nível
internacional.
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Fonte: http://www.artes.com/sys/artista.php?op=manif&artid=34&npage=3.
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2. Atendimento permanente do Poder Público para prover nas rotinas, nas exceções e nas
destas;
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Assinam de acordo:
Miryám Hess - MsC em Energia pela USP/ Promotora Legal Popular - Conselheira da Reserva da Biosfera do
Cinturão Verde - GT Agenda 21-Metropolitana Paulista.
Heitor Laso Gonçalves - Terra Atlântica Mov. Sócio- Ecoambiental.
Cacique Marcos Tupã - Aldeia Krukutu - Nação Guarani Nhandeva - Representante Guarani na Comissão
Estadual Indígena.
José Oliveira Ribas - Comissão Pró-Servir de São Paulo - GT Agenda 21-Metropolitana Paulista.
Soraia A, Zanzine - Coordenadora Cultural CECI - Jaraguá - Prefeitura Municipal de S. Paulo.
Cacique José Fernandes Soares - Guyrapepó. - Tekoa Pyaú - Aldeia Jaraguá - Guarani Nhandeva
Josefa Soares da Silva Rodrigues Indígena. - GT Agenda 21-Metropolitana Paulista
Líder Indígena Evandro Tupã Mirim - Tekoa Pyaú - Aldeia Jaraguá - Representante Guarani na Comissão
Estadual Indígena.
Cacique Timóteo Werá - Tenondé Porã - Aldeia da Barragem - Guarani Nhandeva.
Chico Canindé - Indígena Teatrólogo: Teatro das Águas. - GT da Agenda 21-Metropolitana Paulista.
Aninha Pecci - Consultora da ONG "Ação Cultural Indígena Pankararu", São Paulo.
Cacique Dimas J. Nascimento (Pankararú) - Aldeia Pankararú, São Paulo.
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científico se necessário;
5. Direito sobre a criação, manejo e abate de animais da Fauna Nativa local mantidos
11. Resgate e apoio à arquitetura indígena nas comunidades. Soolicitamos Plano Piloto na
12. Fomento para espetáculos artísticos sobre a História Indigenista, Culturas Milenares,
Modelo que poderá ser implantado em todo o país e continente Latino Americano;
invasores lusos;
Global;
17. Inclusão na Agenda das Políticas Públicas para a Juventude a questão juvenil indígena;
22. Isenção de tributos (municipal, estadual, federal) que estejam incidindo sobre terras,
potenciais hídricos;
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tributos.
26. Alterar o Estatuto do Índio de modo a garantir a vida de índias e índios em situações
especiais, tais como: grupos e indivíduos que vivem em favelas localizadas nas áreas
urbanas e periurbanas.
27. Tipificar a "evangelização" de índias e índios que mantém suas crenças religiosas e
Não faltam Ativistas dedicados em torno das causas indígenas. Mas é lamentável a
omissão e o descaso que o Governo brasileiro dispensa aos Povos Indígenas. Mas, nem tudo
está perdido! Foi aprovada no último dia 13 a Declaração Universal dos Direitos dos Povos
Indígenas.
culturais.
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, no dia 13 de setembro
de 2007, a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas. Este instrumento internacional
Declaração que a esta se torna agora um importante instrumento na luta dos povos indígenas
indígenas e os recursos que existirem nestes. Além disso, a ONU recomenda que nenhuma
ação deve ocorrer em terras indígenas sem consentimento prévio e informado dos povos. Que
mesma maneira que todos os países da América do Sul, à exceção da Colômbia, que se
absteve. O mais importante é que partir de agora, segundo o CIMI, a Declaração deve ser
ser consideradas na discussão do Estatuto dos Povos Indígenas, cuja tramitação encontra-se
paralisada na Mesa da Câmara dos Deputados há 12 anos e nove meses. A Declaração sobre
os Direitos dos Povos Indígenas também pode, a partir de sua aprovação, ser usada pelo Poder
mesmo tempo é vivida com muita simplicidade. As comunidades cumprem suas obrigações
combinação de resistência e flexibilidade que nossos Nativos nos mostram que a cultura a sua
cultura nunca ficou estagnada no tempo. E de outra forma, sempre demonstrou uma
de 2007, às 22h22min.