Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Basílio Horta
entrevista ao Presidente
da aicep Portugal Global 04
Empresas
casos de sucesso 16
QREN
novos sistemas
de incentivos 28
Singapura
mercado para descobrir 32
Abril 2008 // www.portugalglobal.pt
Abril 2008 // www.portugalglobal.pt
sumário
Basílio Horta // 04
Em entrevista, o presidente da aicep Portugal Global fala da missão da
Agência, da sua estruturação, actividade e projectos para o futuro. Neste
dossier fique a também a conhecer os administradores que acompanham
Basílio Horta na gestão da aicep Portugal Global e as áreas de actuação
das empresas participadas pela Agência: a aicep Capital Global e a aicep
Global Parques.
Empresas // 16
EDIGMA.COM, Crioestaminal, FRULACT, COBA, Martifer, Efacec, Grupo Lena
e Eurocer são empresas de sucesso que dão cartas fora e dentro do país.
Apoios às empresas // 28
Os sistemas de incentivos criados no âmbito do QREN são alguns dos apoios
que a aicep Portugal Global disponibiliza às empresas para a sua actividade
exportadora e de internacionalização.
Mercado // 32
Singapura é um mercado com uma economia de sucesso, sendo conside-
rado o “el dorado” do sudeste asiático. A Euronavy e a Qimonda são al-
gumas das empresas presentes naquele país, onde a aicep Portugal Global
abriu recentemente um Centro de Negócios.
Comércio // 41
GATT/OMC celebra 60 anos.
Notícias // 43
Feiras // 48
Bookmarks // 50
EDITORIAL
Revista Portugalglobal
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa
Tel.: 217 909 500
Fax: 217 909 578
Propriedade
aicep Portugal Global
NIFiscal 506 320 120
Comissão Executiva
Basílio Horta (Presidente), José Abreu Aguiar,
José Vital Morgado, Renato Homem,
e-Portugalglobal
Rui Boavista Marques
Directora
Ana de Carvalho
a.carvalho@portugalglobal.pt
2 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE
“PORTUGAL ESTÁ
MAIS COMPETITIVO”
Quatro meses depois da fusão entre o ex-ICEP e a ex-API, a aicep
Portugal Global, a nova Agência para o Investimento e Comércio
Externo de Portugal, mostra-se optimista e confiante pela voz de
Basílio Horta, o seu Presidente. Portugal tem melhorado na sua
preparação para enfrentar a conjuntura económica mundial e deu
passos significativos para atrair investimento estrangeiro. A Agência
consolidou a Rede Externa, implementou instrumentos de apoio
à internacionalização das PME, redefiniu mercados estratégicos e
agilizou a diplomacia económica.
4 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE
Que balanço faz da fusão ICEP/API e da criação o contacto privilegiado das PME com a Agência. Com este
da AICEP? objectivo, temos uma reforma em curso que tem que ver
Tive a oportunidade de liderar a fusão das duas entidades, justamente com a optimização desta articulação.
cujas sinergias são essenciais ao desenvolvimento económi-
co do nosso país. Até agora conseguimos que esta fusão se A reestruturação está praticamente concluída. Quan-
tenha feito sem sobressaltos de maior, num clima de com- to a si, que tem a visão de conjunto como Presidente
promisso com os objectivos da nova Agência por parte de da Agência, o que é que falta?
todos aqueles que aqui trabalham. Confesso que já estava
familiarizado com o bom trabalho da ex-API, mas devo real- Eu desejo que cada colaborador nesta casa se sinta útil inte-
çar que tive o prazer de descobrir e de agora poder contar grado e seguro. E esse objectivo ainda não foi inteiramente
com a alta qualidade de muitos dos trabalhadores do ex- atingido. Portanto, só ficarei satisfeito quando isso acontecer.
ICEP, que agora prosseguem um excelente trabalho no seio
da Agência, quer aqui em Portugal, quer na Rede Externa. Nesta nova estratégia, que importância têm os novos
Por isso, em todos os aspectos, sejam eles operacionais, fun- mercados, onde até agora não tínhamos representa-
cionais ou orçamentais, o balanço é claramente positivo. ção e onde se vive uma fase de grande crescimento
económico, como a Índia e Singapura?
A ex-API dispunha de representantes nos mercados Os mercados mais importantes, para nós, são todos aqueles
externos para apoiar a atracção de IDE? onde se encontram empresas portuguesas. Porém, não nos
Não tinha. Esta é uma das vantagens desta fusão. O âmbito podemos eximir a ter uma opinião sobre os mercados estra-
funcional da ex-API é o grande investimento, igual ou superior tégicos, estabelecida na base de um critério de experiência
a 25 milhões de euros ou apresentado por empresas que têm e de selectividade. E foi com este critério que identificámos
um volume de negócios superior a 75 milhões de euros. Mas três tipos de mercados: 1) os mercados âncora – Espanha,
em termos de angariação, a ex-API não tinha rede externa. França, Inglaterra, Alemanha –, que são essenciais para
manter o ritmo de crescimento das nossas exportações e do
nosso investimento; 2) mercados de expansão – Brasil, An-
Que papel deve desempenhar no apoio à internacio- gola, EUA – que são mercados com grandes possibilidades
nalização das nossas PME? e que têm sido explorados de forma insuficiente; 3) os mer-
Este é um aspecto fundamental do nosso trabalho. A or- cados emergentes, nos quais se incluem a Índia, Singapura,
ganização da Agência foi feita com base em dois grandes países do Golfo, China e o Magrebe.
grupos de negócio. O primeiro, constituído pelas grandes
empresas e pelos grandes projectos e, o segundo, pelas
PME e pelo apoio à sua internacionalização. Tudo o que tem Conseguimos que esta fusão se tenha feito
que ver com a política das PME, no dar-lhes “músculo” no sem sobressaltos de maior, num clima de
âmbito nacional, o IAPMEI tem competências próprias, mas compromisso com os objectivos da nova
quando estas se querem internacionalizar, aí entramos nós,
Agência. Desejo que cada colaborador nesta
ajudando-as a integrarem-se no mercado global. O nosso
trabalho com as PME, no que se refere à sua internacionali- casa se sinta útil, integrado e seguro
zação, é uma prioridade da economia portuguesa.
Portugalglobal // Abril 08 // 5
DESTAQUE
tar na Índia, porque esta já é, e vai continuar a ser, uma das da e a Inglaterra. Estamos num mundo altamente globalizado
maiores economias do mundo. e competitivo e Portugal não pode deixar de estar presente
nas grandes batalhas do mercado. Temos que apresentar pro-
jectos e ofertas antes e melhor que outros países.
A actual flexibilidade da Rede Externa permite uma
melhor adaptação à realidade dos mercados?
A Rede foi pensada como estrutura ágil e flexível. Um Cen- A figura e o papel dos embaixadores são fundamen-
tro de Negócios se não tiver resultados pode passar a Es- tais nesta estratégia de negócios?
critório. Se o Escritório tiver bons resultados pode passar a Sim, pelo prestígio que está associado ao embaixador no
Centro de Negócios. Fazemos anualmente a monitorização país em que está acreditado. Quanto maior for esse prestí-
deste processo através dos resultados dos Centros de Negó- gio, maior a sua capacidade de bem promover e vender os
cios. Se os objectivos não forem atingidos, temos de saber projectos nacionais.
porquê e corrigir o que tem de ser corrigido.
Decorreu recentemente o Fórum dos Embaixadores. Os mercados importantes, para nós, são
Que balanço faz da reunião? todos aqueles onde se encontram empresas
Foi a primeira vez que tivemos uma reunião conjunta entre portuguesas
os embaixadores e os nossos responsáveis pelos Centros de
Negócios, porque anteriormente o Fórum era só para embai-
xadores. Estabeleceu-se facilmente o diálogo e este é o cami- Quais as participadas da aicep Portugal Global?
nho a seguir. Não pretendemos levar os nossos representantes Temos a aicep Capital Global – Sociedade de Capital de Ris-
para a diplomacia mas trazer a diplomacia para a nossa área, co e a aicep Global Parques. Esta gere os parques de Sines,
que são os negócios de interesse nacional. Embaixadores e Setúbal, Oeiras e outros. No âmbito da aicep Global Parques
representantes da Agência vão trabalhar em conjunto para estão a ser criadas duas novas estruturas que visam o refor-
promover a imagem do país, as exportações nacionais e cap- ço de soluções globais para a localização empresarial, con-
tar novos investimentos. Têm que nos informar sobre as opor- substanciadas na Global Force e na Global Find. Esta tem
tunidades que existem nos respectivos mercados e produzir como missão a identificação, em todo o país, de terrenos
informação em tempo útil. Hoje competimos não apenas com que estejam licenciados para a instalação de indústrias, as-
países de mão-de-obra barata, mas com países como a Irlan- sim como saber que empresas estão ali localizadas, quais as
6 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE
Portugalglobal // Abril 08 // 7
DESTAQUE
8 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE
mas que ponha em causa valores ambientais essenciais, não Foi celebrado recentemente um protocolo entre a
é um bom projecto. Por outro lado, um projecto muito bom, Agência e o Turismo de Portugal. De que modo se vai
que não ponha em causa princípios essenciais mas que fi- operacionalizar este protocolo em termos de Rede
que sujeito a uma interpretação excessivamente radical dos Externa?
Este protocolo corrige algumas lacunas que se verificaram
em anos anteriores, nomeadamente na gestão de recursos
Não pretendemos levar os nossos financeiros e humanos. Nesta medida, introduziu critérios
representantes para a diplomacia mas trazer de transparência e rigor no nosso relacionamento. Há um
a diplomacia par a nossa área, que são os princípio que norteou estas conversações: a representação
externa do Estado português – a Rede Externa - é só uma.
negócios de interesse nacional.
Nós prestamos serviços e somos pagos pelos serviços que
prestamos. Por isso temos que prestar serviços de excelên-
cia. Também ao Turismo.
valores ambientais, pode igualmente ser chumbado, mas
neste caso é-o pelas piores razões. Para nós é importante
que os projectos contribuam para um crescimento econó- Pode fazer um balanço do Programa Inov Contacto,
mico harmonioso e tenham um impacto socialmente favo- que este ano celebra o seu décimo aniversário?
rável, criando rendimento e emprego qualificado e estável. A importância fundamental do Inov Contacto consiste no
Umas das apostas da e Macau (MIF), que constituem os prin- gal Global representa uma alteração do
cipais certames multisectoriais, com di- modelo anteriormente vigente: no ac-
Agência, sob a forma mensão internacional. Tendo também tual modelo, não há projectos comuns
de um novo modelo de presente a forte componente institu- entre a Agência e as Associações. A
actuação, são as feiras cional destes eventos, a aicep Portugal razão principal para este novo modelo
Global considera fundamental uma li- prende-se com o nosso entendimen-
internacionais de interesse
derança da Agência, em representação to de que, se a aicep Portugal Global
nacional. Segundo Basílio do Estado Português, na coordenação fosse parte interessada nos projectos,
Horta, um dos objectivos da participação nacional nestes certa- nunca poderia ser cabalmente enti-
destas feiras é a promoção mes, assegurando uma forte compo- dade auditora dos mesmos. A nossa
nente de imagem país e um enfoque intervenção, em concreto nestes pro-
e a maior visibilidade das particular em sectores demonstrativos jectos associativos, passa em primeiro
empresas tecnológicas das capacidades tecnológicas e de ino- lugar pela avaliação e compatibilização
portuguesas nos mercados vação da economia portuguesa. Por dos mesmos com a estratégia de inter-
outro lado, existe uma lógica subja- nacionalização definida pela Agência,
prioritários. cente ao Plano de Promoção Externa pelo acompanhamento na execução
da Agência de cobertura de falhas de das acções, em particular pela nossa
mercado, designadamente no que diz Rede Externa, e finalmente pela sua
Quais são as linhas estratégicas que respeito à biotecnologia e às tecnolo- fiscalização e controlo, única garantia
presidem à nossa intervenção no gias de informação, sectores que não possível de uma correcta aplicação dos
domínio das feiras internacionais? estão cobertos nos projectos colectivos dinheiros públicos nestes projectos.
Assentam em duas lógicas fundamen- propostos pelas Associações Empresa- Por este motivo, existirá uma verten-
tais. Em primeiro lugar, a participação riais e que já avaliámos no âmbito do te de auditoria interna aos projectos,
portuguesa em Feiras de interesse novo Quadro Comunitário de Apoio. ainda em fase de acompanhamento,
nacional, terá a liderança e coorde- bem como uma vertente de auditoria
nação da aicep Portugal Global tendo feita por uma empresa de auditoria
Qual a intervenção da Agência em independente da Agência e de cujo re-
em conta o seu interesse estratégico.
relação aos projectos colectivos das sultado fica dependente o pagamento
Essas feiras têm como palco a Argélia
Associações Empresariais? final dos apoios.
(FIA), Angola (FILDA), onde Portugal é
país convidado, Moçambique (FACIM) A presente intervenção da aicep Portu-
Portugalglobal // Abril 08 // 9
DESTAQUE
facto de poder proporcionar estágios internacionais a jovens Portugal é dos países que tem sofrido menos. O investimen-
recém licenciados, colocando-os em contacto com o exte- to português no estrangeiro cresceu, em termos líquidos,
rior e com novas experiências profissionais e culturais, nos cerca de 85 por cento em 2007, tendo atingido o valor de
termos de uma formação qualificada. Por outro lado, gosta-
va que o Programa tivesse uma valência de formação destes
jovens para a nossa Rede Externa, de modo a familiarizá-los A importância fundamental do Inov Contacto
com a economia global. O Governo está empenhado em
consiste no facto de poder proporcionar
desenvolver o programa aumentando significativamente o
número de formandos.
estágios internacionais a jovens recém
licenciados, colocando-os em contacto com
novas experiências profissionais e culturais
Como vê o fenómeno da globalização, na medida em
que é um desafio mas também uma oportunidade
para as nossas empresas?
5.100 milhões de euros. No mesmo ano, o fluxo bruto de
A mundialização é, por si só, um desafio para todos os seus investimento directo estrangeiro acumulado no nosso país
protagonistas, não apenas para Portugal. Está em curso e é ascendeu a 28.827 milhões de euros, um acréscimo de 4,1
uma realidade que não podemos mudar. A globalização é, por cento face a 2006. Em termos líquidos atingiu-se em
2007 o valor de 3.689 milhões de euros, ainda altamente
positivo.
É importante que os projectos de
investimento contribuam para um Que objectivos e que balanço final gostaria de ver al-
crescimento económico harmonioso e tenham cançados como Presidente da aicep Portugal Global?
um impacto socialmente favorável, criando No dia em que cessar as actuais funções, gostava de sair
rendimento e emprego qualificado e estável com a consciência tranquila. Mas estou consciente de que
nada depende só de nós e este factor não se pode quantifi-
car numa lógica de gestão. O que podemos fazer é o melhor
simultaneamente, um desafio e uma oportunidade. Deve- que sabemos, cumprindo o nosso dever como organização,
mos aproveitar as oportunidades e responder aos desafios. o que significa servir a economia portuguesa e as empresas
Apesar de tudo, em termos de deslocalizações na Europa, enquanto motores de desenvolvimento de Portugal.
10 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE
Portugalglobal // Abril 08 // 11
DESTAQUE
12 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE
da ou pública, desenvolvendo, quando Península de Setúbal) e o Albiz Global viços e utilities necessárias à actividade
necessário, parcerias com sociedades Parques (Parque Empresarial de Albar- empresarial, estando vocacionado para
gestoras de parques empresariais, de raque, concelho de Sintra). acolher pequenas e médias empresas
áreas de localização empresarial, de zo- industriais e de serviços.
nas de apoio logístico, de tecnopólos e A Zils Global Parques, é uma localiza-
parques de ciência e tecnologia e com ção com clara vocação atlântica, de fá-
outras sociedades cujas actividades cil acesso e próximo do Porto Marítimo
contribuam para a criação de espaços de Sines. A Zils dispõe de áreas voca- aicep
excelentes de localização. cionadas para actividades industriais, Global Parques
logísticas e de serviços, contando já
R. Artilharia Um, nº 79 – 7º,
Com imagem e posicionamento re- com empresas como a Galp, a EDP, a 1250-038 Lisboa
centemente renovados, a aicep Glo- Sonae Indústria, a Cimpor e a Repsol, Tel: +351 213 827 750
bal Parques apresenta também novos empregando cerca de 3.000 trabalha- Fax: +351 213 860 900
globalparques@globalparques.pt
serviços e áreas de actividade, visando dores. Para este parque estão previstos
o reforço do apoio na definição de so- investimentos da ordem dos três mil www.globalparques.pt
Portugalglobal // Abril 08 // 13
DESTAQUE
REDE
ÁFRICA DO SUL / Joanesburgo CABO VERDE / Praia
DA AICEP
ÁUSTRIA / Viena / Pequim
Copenhaga
Berlim
Haia
Bruxelas
Dublin
Londres
Paris
Milão
Toronto
Barcelona
Nova Iorque
Madrid
S. Francisco
Argel
Rabat
Praia
Cidade do México
São Paulo
Santiago do Chile
Buenos Aires
Centro de Negócios
Escritórios
Representações
14 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE
Helsínquia
Oslo
Estocolmo
Zurique Moscovo
Varsóvia
Praga
Budapeste
Viena
Bucareste
Pequim
Ancara
Tunes Seul
Tóquio
Telavive
Xangai
Nova Deli
Dubai
Macau
Singapura
Luanda
Maputo
Joanesburgo
Portugalglobal // Abril 08 // 15
EMPRESAS
Frulact
CRESCE NO MUNDO
Sustentar a sua internacionalização e posicionar-se entre os maiores ‘players’
europeus das agro-alimentares frutícolas são objectivos que a FRULACT quer atingir
num futuro próximo. Os preparados de fruta desta empresa originária da Maia
chegam hoje a vários mercados europeus, com destaque para França e Espanha, mas
também ao Norte de África e Médio Oriente.
Nasceu na Maia em 1987 e é hoje uma um dos cinco principais players euro- sumo são também objectivos estratégi-
exportadora de sucesso de preparados à peus da sua actividade e é reconhecida cos da FRULACT.
base de fruta, com uma facturação da pelo mercado como sendo o challen-
ordem dos 40 milhões de euros em 2007 ger. “Os nossos clientes, com marcas A inovação é um dos factores críticos
e crescimentos médios anuais de 20 por mundiais e locais – Danone, Nestlè, de sucesso da empresa, a par de outros
cento. Desde o início a exportação foi o Yoplait, Senoble, Pascual, Lactalis-Pre- como o relacionamento comercial, serviço
seu principal objectivo, que consolidou sident, Novandie, Emmi, Iparlat, Lacto- ao cliente e qualidade. A FRULACT tem
com uma estratégia de internacionaliza- gal, Unilever –, reconhecem-nos como hoje cerca de dezena e meia de técnicos
ção pautada pela focalização nos requi- parceiros na inovação”, afirma. afectos ao desenvolvimento e cinco à in-
sitos de cada mercado e cliente, onde as vestigação, na sua maioria jovens licencia-
competências de marketing, inovação e As maiores quotas de mercado da em- dos, estando alguns deles envolvidos em
logísticas são determinantes. presa passam por Espanha e França, em- simultâneo em programas de pós-gradu-
bora a FRULACT seja líder em quase to- ação, mestrados e doutoramentos.
A FRULACT está presente industrial- dos os mercados que trabalha. O suces-
Em 2005, a Câmara de Comércio Luso-
mente com seis fábricas em quatro so dos seus produtos nestes mercados
Francesa atribuiu-lhe o Óscar da Expor-
países – Portugal (3), França, Marrocos passa, segundo aquele responsável, pelo
tação, o que, na opinião do presidente
e Argélia –, para servir os mercados eu- “serviço ao cliente de alta performance
do grupo, representa o reconhecimen-
ropeus (Portugal, Espanha, França, Lu- e pela capacidade de traduzir a inovação
to público e a forte aposta no mercado
xemburgo, Suíça), do Norte de África em ‘value for money’ dos clientes. Flexi-
francês efectuada pela FRULACT. Mais
(Marrocos, Argélia e Tunísia) e do Médio bilidade e resposta rápida em termos in-
recentemente foi distinguida com o
Oriente (Líbia, Egipto, Arábia Saudita, dustriais são também factores de atracti-
Prémio PME Inovação COTEC BPI.
Emirados Árabes Unidos, Irão e Israel). A vidade e retenção de clientes”.
empresa prevê atingir 50 milhões de eu- Com fábricas na Maia, na Covilhã, em
ros em vendas consolidadas em 2009. Consolidar a sua posição no mercado Vichy (França), em Larache (Marrocos),
europeu no seu core business, instalar- e em Akbou (Argélia), e uma capaci-
De acordo com João Miranda, presi- se no mercado de Leste e penetrar em dade de produção instalada de 60 mil
dente da empresa, a FRULACT é hoje certos segmentos do mercado de con- toneladas, a FRULACT tem na indústria
de preparados de fruta para lacticínios,
pastelaria industrial, gelados e bebidas
a sua principal actividade. O grupo
emprega mais de 250 pessoas directa-
mente e envolve mais de 700 postos de
trabalho indirectos, número que pode
ultrapassar o milhar em fases de gran-
de actividade cíclica sazonal.
Frulact
Rua do Outeiro, 589
4475-150 Gemunde, Maia - Portugal
Tel. 229 287 910
Fax. 229 287 919
www.frulact.pt
16 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS
Crioestaminal
SANGUE NOVO
Criada por profissionais e empresas da área da saúde em 2003, a Crioestaminal foi
a primeira empresa em Portugal a oferecer aos pais a possibilidade de isolarem
e criopreservarem as células estaminais do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos.
Hoje, com uma posição líder no mercado ibérico, aposta na criação e diversificação
de serviços e nos projectos de investigação e desenvolvimento (ID).
da Universidade de Coimbra/Biocant e
com o Instituto Superior Técnico. Com
o objectivo de estimular a investigação
de qualidade neste sector, a Crioestami-
nal, juntamente com a Associação Viver
a Ciência, lançou em 2005 a primeira
edição do Prémio Crioestaminal de In-
vestigação em Biomedicina.
Portugalglobal // Abril 08 // 17
EMPRESAS
COBA
CONSULTORIA ESTRATÉGICA
Desde a sua fundação, em 1962, a COBA tem mantido um forte crescimento na sua
área de actividade, tendo conseguido nos últimos anos um volume de negócios
estável, na ordem dos 20 milhões de euros, 35 por cento do qual obtido no exterior,
em mercados como a Argélia e Angola.
18 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS
EDIGMA.COM
TOUCHING THE FUTURE
Espanha, Austrália e Estados Unidos são alguns dos mercados de aposta da
EDIGMA.COM, uma tecnológica portuguesa que viu o seu negócio crescer em média
225 por cento nos últimos dois anos. O principal desafio da empresa é manter a
inovação constante nos seus produtos.
Um conhecido filme de Steven Spiel- interactivos e aplicações de Internet. A COM para o futuro é manter a inovação
berg (Minority Report) previa que em pesquisa e o desenvolvimento que su- constante na empresa, “criando novos
2054 a espécie humana usaria displays portam a criação de novas tecnologias produtos disruptivos, fruto de pesquisa
transparentes interactivos dispensando e produtos interactivos inovadores, com interna e da ligação a Institutos dedica-
os tradicionais teclados e ratos. Numa a marca DISPLAX™ – Interactive Syste- dos à Investigação e Desenvolvimento
antecipação ao futuro, a EDIGMA.COM ms, estão concentrados no FutureLab desde que estes acrescentem mais valias
– Gestão de Projectos Digitais, SA, lan- – Research Center da empresa. ao nosso negócio e à criação concreta de
çou, em 2004, o DISPLAX™ – Interactive produtos”, revela o mesmo responsável.
Window, um produto inovador que pa- A empresa iniciou o seu processo de in- A empresa prepara-se para ter presença
rece ter vindo directamente do filme do ternacionalização em 2004, tendo hoje directa em mercados específicos, como
conhecido realizador norte-americano, já projectos de referência implantados em Madrid ou Nova Iorque, e consolidar a
que permite que qualquer pessoa comu- mercados exigentes e competitivos como sua posição no mercado mundial.
nique com um ecrã transparente e holo- a Austrália, Dubai (EAU), Singapura,
gráfico através do toque de um dedo. Austrália, Brasil, Peru, Itália, Holanda e Os principais produtos da EDIGMA.
COM são o já referido DISPLAX™ – In-
teractive Window, o DISPLAX™ – Inte-
ractive Film (uma película transparente
e autocolante que permite que qual-
quer superfície se possa tornar num
touch screen de grandes dimensões) e
o DISPLAX™ – Interactive Floor (um sis-
tema interactivo que permite que qual-
quer chão se torne numa área de jogo,
de apresentação de informação, ima-
gens, vídeos, entre outras aplicações).
Nas aplicações de Internet, o seu pro-
duto de topo é o Edigma.netBusiness
que permite gerir on-line o negócio e
a comunicação de uma empresa. Vo-
dafone, Microsoft, Deloitte, Benetton,
3M, Sony, Fujitsu, Pepsi e Merck Sharp
Fundada em 2000, a EDIGMA é reconhe- Estados Unidos. “O DISPLAX represen- & Dohme encontram-se entre os clien-
cida no mercado pela sua inovação e pela tou para nós um marco histórico que tes internacionais da EDIGMA.COM.
capacidade de criação de novos produtos nos catapultou para o mercado interna-
interactivos disruptivos, aliando ainda cional, onde estamos com uma fortíssi-
o know-how histórico em tecnologias ma presença, em todos os continentes, displax_interactive
web-based para gestão de conteúdos através de distribuidores e integradores systems
de alto impacto. Desta forma, a empresa locais, que junto dos clientes finais ven-
apresenta uma oferta global ao mercado, dem e instalam os nossos produtos”, Centro de Negócios Empresariais
Parque Ind. Adaúfe , lt. C3
diferenciadora e integrada, apoiando-se afirma Miguel Fonseca, Administrador 4710 - 167 Braga - Portugal
no lema Touching the Future. da EDIGMA.COM. Nos dois últimos anos Tel.: 253 265 506
e EDIGMA tem crescido a uma média de Fax: 253 265 507
displax@displax.com
Com apenas 30 colaboradores, a EDIG- 225 por cento e em 2007 atingiu um
MA.COM centra a sua actividade em volume de negócios de 1,5 milhões de www.edigma.com
www.displax.com
duas grandes áreas de negócio: sistemas euros. O principal desafio da EDIGMA.
20 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS
Grupo Lena
LUCROS RECORDE EM 2008
O Grupo Lena prevê atingir a facturação recorde de 850 milhões de euros em 2008.
Um processo de crescimento contínuo e sustentado em dezenas de empresas,
que operam nos mais amplos e diferentes sectores de actividade.
Portugalglobal // Abril 08 // 21
EMPRESAS
Eurocer
SUCESSO COM PREÇO E QUALIDADE
A Eurocer foi fundada em 1988, no Carregado, para fabricar louça sanitária
para exportação. Hoje é uma das unidades chave no universo Sanitec.
Foi a qualidade da mão-de-obra nacional das peças da Sanitec França, ou seja, jam, sempre com o objectivo de servir
e a excelência das matérias-primas que produz 15 por cento da totalidade das os clientes”.
atraiu o Grupo Francês Lafarge para o peças de louça sanitária vendidas no
nosso país. Poucos anos depois de cria- mercado francês. Mérito incontornável Todas as peças produzidas na fábrica do
da, no início dos anos 90, a Eurocer foi para os 400 colaboradores da empresa Carregado estão assim espalhadas pe-
comprada pelo também francês Grupo los grandes mercados europeus: Fran-
Sanitec e o desafio manteve-se: produ- ça, Inglaterra, Itália, Alemanha, Holan-
zir louça sanitária de alta qualidade, to- da e Polónia, entre outros. É na produ-
talmente destinada à exportação. A este ção centrada em Portugal que o Grupo
propósito, o director-geral da Eurocer, Eric Sanitec vai continuar a apostar, sempre
Jauffret, tem a opinião de que Portugal com o objectivo de ganhar competitivi-
“foi abençoado pelos deuses da fortuna, dade face à forte concorrência. Neste
tem mão-de-obra muito competente, momento, o projecto mais imediato
um know-how único e matérias-primas passa pela aquisição em Portugal de
de eleição para esta indústria”. todos as matérias-primas e serviços ne-
cessários à produção, transformando a
Em tempos de crise, cresce cada vez louça sanitária da Eurocer num produto
mais a importância da Eurocer no uni- 100 por cento português.
verso Sanitec. Com o preço médio de
venda a baixar nos principais mercados a quem o Eric Jauffret tece os mais ras-
e o preço de produção a subir constan- gados elogios: “a Eurocer em seis anos eurocer
temente, a única solução para a Sani- conseguiu atingir a maior produtivida- Quinta do Peixoto, Apartado 47
tec crescer em França é entregar cada de do nosso Grupo com uma qualidade 2584 908 Carregado - Portugal
vez mais produção na fábrica do Carre- invejável, cumprindo sempre os prazos Tel.: 263 858 100
eric.jauffret@eurocer.pt
gado. Hoje, a Eurocer produz metade de entrega, por mais difíceis que se-
22 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS
Efacec
CRESCIMENTO NOS NEGÓCIOS GLOBAIS
É considerada uma empresa portuguesa de referência pelo seu modelo de
crescimento no mercado interno e no exterior. Está presente em mais de 65 países
e o seu volume de negócios ascende a 600 milhões de euros. Para os próximos cinco
anos, a estratégia de crescimento da Efacec passa pela globalização de negócios em
mercados de maior potencial para a empresa.
Portugalglobal // Abril 08 // 23
EMPRESAS
Martifer
LUCROS ATINGEM 342 MILHÕES
A Martifer é líder ibérica na metalomecânica e já tem negócios no imobiliário
e na energia. Nos últimos cinco anos, os proveitos operacionais da empresa
registaram crescimentos médios anuais de 30 por cento.
Desde a sua fundação, em 1990, a em- empresa especializou-se no fabrico de ra de centros comerciais e retail parks,
presa registou 17 anos de crescimento equipamentos e adquiriu um quarto do tanto em Portugal como nos países do
contínuo. As distinções sucedem-se e, capital da REpower, sexta maior fabri- leste europeu, além de outros negócios
no final ano passado, a empresa foi dis- cante mundial de aerogeradores, de- em parques empresariais, plataformas
tinguida com o prémio Organic Grower pois de, aliada aos indianos da Suzlon, logísticas e de armazenagem.
of the Year 2007, que visa distinguir ter lançado uma OPA bem sucedida
as empresas com melhor crescimento sobre aquela empresa alemã. A Martifer faz jus à distinção conferida
orgânico. O prémio foi disputado por pelo Great Place to Work Institute, ao
empresas de todas as dimensões a nível Mas este não é o único investimento no ser considerada uma das dez melhores
mundial. Nos primeiros nove meses de sector da energia que a Martifer tem em empresas para trabalhar em Portugal,
2007, os proveitos operacionais conso- curso. A empresa de Oliveira de Frades como resultado das suas políticas de
lidados da Martifer atingiram os 243 investiu nos biocombustíveis e em par- gestão de recursos humanos, qualida-
milhões de euros, o que significou um ques eólicos, tendo ainda ganho a con- de, inovação e segurança no trabalho.
aumento de 81 por cento em relação a cessão de uma mini-hídrica na Roménia. A aposta na excelência dos recursos
igual período de 2006. Enquanto isso prepara um projecto de humanos é um dos factores críticos no
internacionalização do negócio das ener- sucesso alcançado. Recentemente, dois
Os irmãos Martins conseguiram transfor- gias renováveis para os Estados Unidos, engenheiros do Grupo foram distingui-
mar uma pequena unidade de metalome- Índia e Emirados Árabes Unidos. O nu- dos com o prémio mais importante na
cânica numa empresa cotada com inte- clear é também uma oportunidade para área da investigação, atribuído pela
resses cada vez mais diversificados. Longe a empresa, bem como a energia gerada Ordem dos Engenheiros, no âmbito do
vão os tempos da fundação da empresa, pelo movimento das ondas. Com um in- trabalho desenvolvido na empresa Prio.
em que fabricava estruturas metálicas a vestimento de 250 milhões de euros no A Martifer tem actualmente 1.800 co-
baixo preço. A partir de 1997, com a pro- negócio dos biocombustíveis, a empresa laboradores e está presente em 16 paí-
dução de estruturas para a EXPO’98, a aposta também na comercialização e ins- ses dos cinco continentes.
empresa teve uma estreia de luxo no mer- talação de painéis fotovoltaicos e, atra-
cado de qualidade e nunca mais parou. vés da PRIO, uma das empresa do grupo,
A Torre Vasco da Gama, o complexo de começou a produzir biodiesel a partir do
martifer
chegadas do aeroporto de Lisboa e três cultivo de girassóis, esperando alcançar Zona Industrial, Apartado 17
estádios do Euro 2004 são exemplos de as 100 mil toneladas já no corrente ano. 3684 001 Oliveira de Frades
Tel.: 232 767 700
excelência do agora maior player ibérico Fax: 232 767 750
no sector da metalomecânica. O sucesso da Martifer estendeu-se ago- info@martifer.com
ra ao imobiliário e a empresa de Carlos www.martifer.com
Com a entrada no sector da energia, a e Jorge Martins é promotora e gesto-
24 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS - EMPREENDEDORISMO
26 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS - EMPREENDEDORISMO
ALERT NO TOPO
DO SOFTWARE CLÍNICO
Portugalglobal // Abril 08 // 27
EMPRESAS - APOIOS
AICEP APOIA
AS EMPRESAS
Apoiar as empresas portuguesas nas diversas vertentes da
internacionalização é uma das missões da aicep Portugal Global.
No site da Agência está disponível o Guia do Exportador. No âmbito
do QREN, foram aprovados 25 projectos de internacionalização
num valor superior a 35,5 milhões de euros.
28 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS - APOIOS
Com a sua actividade vocacionada para cam-se os incentivos financeiros dispo- Global gere um fundo de capital de ris-
o negócio internacional, a aicep Portu- nibilizados através do QREN, nomea- co a que as PME podem ter acesso.
gal Global acompanha, em matéria de damente com o Sistema de Incentivos
investimento estrangeiro estruturante, transversal – o SI Qualificação PME Refira-se que no âmbito do QREN fo-
as empresas nacionais e estrangeiras que (Sistema de Incentivos à Qualificação ram já aprovados 25 projectos conjuntos
elegem o nosso País para o desenvolvi- e Internacionalização de PME) que visa envolvendo um total 958 PME e um in-
mento dos seus projectos e, em termos promover a competitividade das PME, vestimento de 35,6 milhões de euros, a
de exportação, as empresas que já têm através do aumento da produtividade, que corresponde um incentivo de 15,4
ou pretendem vir a ter actividade a nível da flexibilidade e da capacidade de milhões de euros. Em causa estão investi-
internacional. Além de apoiar as em- resposta e presença activa das PME no mentos em mais de três dezenas de países
presas que vendem regularmente para mercado global. Cabe à aicep Portugal que poderão proporcionar um aumento
o estrangeiro a consolidar as suas posi- Global analisar tecnicamente os projec- das exportações em 515 milhões de eu-
ções ou diversificar os seus mercados, a tos com investimentos maioritariamen- ros nas fileiras envolvidas (ver caixa).
Agência apoia o arranque da actividade te relacionados com a área da interna-
exportadora de empresas com produto cionalização. É ainda importante referir A aicep Portugal Global presta igualmen-
ou serviço próprio em que seja identifi- que as empresas têm também à sua te um importante apoio às empresas,
cado potencial de internacionalização. disposição a possibilidade de recorrer nomeadamente PME, que já exportam
ao Capital de Risco para fazerem cres- ou que pretendem começar a exportar
No apoio à internacionalização, desta- cer os seus negócios. A aicep Capital através da divulgação de informação,
Portugalglobal // Abril 08 // 29
EMPRESAS - APOIOS
Exportações aumentam
com projectos de internacionalização
Os primeiros 25 projectos de inter-
nacionalização de PME aprovados
no âmbito do QREN envolvem um
total de 958 empresas de vários
sectores de actividade. Envolvidas
estão também as cerca de 25 asso-
ciações que, em conjunto com as
PME, apresentaram a sua candida-
tura aos Sistemas de Incentivos do
QREN, num investimento total de
35,6 milhões de euros e um incenti-
vo de 15,4 milhões de euros.
30 // Abril 08 // Portugalglobal
nação de vários factores entre as quais ampla cobertura geográfica de merca-
se destacam o know-how de natureza dos, a aicep Portugal Global fomenta
prática e a experiência acumulada so- negócios entre empresas, dinamiza par-
bre o funcionamento dos mercados e cerias para projectos conjuntos, identifi-
a realização de acções de promoção ca oportunidades de negócio e fomenta
externa da oferta nacional e o próprio a criação de redes informais de cariz
acompanhamento dos processos de in- internacional, no sentido de facilitar a
ternacionalização das PME. tomada de decisões de internacionaliza-
ção e proporcionar um ambiente favo-
Através da sua Rede Externa, com uma rável à realização de negócios.
O mercado de Singapura – e muitos Ainda assim, Singapura é o el dorado distintas (77 por cento de chineses, 14
outros do sudeste asiático – é ainda da região, país do primeiríssimo mundo, por cento de malaios e 8 por cento de
praticamente desconhecido das em- rodeado por outros países com níveis de indianos. O restante um por cento é
presas e dos empresários portugueses. desenvolvimento muito inferiores (ape- composto por estrangeiros de diferen-
A distância física, a existência de um sar das tentativas e de muito trabalho tes origens), tornando-a um ponto de
país muito recente (é independente contacto com a China, Malásia e Índia.
desde a década de 60) e a pouca tradi- Esta estrutura populacional levou tam-
“Singapura é hoje um dos
ção de negócios nesta região faz com bém a que em Singapura existam qua-
que Singapura surja aos empresários mais atractivos mercados tro línguas oficiais – chinês, malaio, ta-
portugueses como algo longínquo e do mundo, com uma mil e inglês –, sendo esta última a que
sem oportunidades. economia de sucesso.” faz a ligação entre todas as etnias e a
comunidade estrangeira no país, que
Engana-se quem pensa assim. Singapura nesse sentido desenvolvido por alguns já representa cerca de 25 por cento. O
representa hoje um dos mais atractivos deles como a Malásia e o Vietname). governo tem um plano de crescimento
mercados do mundo e, sem dúvida, é populacional (para atingir os 6 milhões)
o mais importante do sudeste asiático. Mas o que faz de Singapura um merca- baseado em profissionais de alto nível,
É um mercado com uma economia de do tão atractivo? além de apostar forte no seu sistema
sucesso, embora muito dependente das de ensino, considerado um dos mais
exportações. Refira-se, aliás, que o país Em primeiro lugar, falemos de algumas sofisticados e avançados do mundo.
sofreu bastante com a recessão global das características deste país. Singapu-
(quebra no sector da tecnologia) em ra é uma ilha com cerca de 692 qui- A segunda economia mais
2001-2003, com a SARS (Síndrome Res- lómetros quadrados e uma população livre do mundo
piratória Aguda Grave) em 2003 e segui- de cerca de 4,5 milhões de habitantes, No que respeita à organização política e
damente com a crise financeira asiática. agregada eficazmente em três etnias estrutura económica, é de salientar que
Portugalglobal // Abril 08 // 33
MERCADO
34 // Abril 08 // Portugalglobal
MERCADO
UM MERCADO DE OPORTUNIDADES
Singapura é um mercado com grandes potencialidades para as
empresas portuguesas, com oportunidades de negócio em vários
sectores de actividade. A Euronavy, a empresa de Setúbal que pinta
a armada dos Estados Unidos, é uma das empresas portuguesas já
presentes naquele mercado. É também para Singapura que a fábrica
portuguesa da alemã Qimonda vende a maior parte da sua produção.
Portugalglobal // Abril 08 // 35
Centro de Negócios de Singapura (cortesia do Singapore Tourism Board)
RELAÇÕES ECONÓMICAS
BILATERAIS
A evolução das trocas comerciais entre de apenas 17,9 por cento (taxa média) pura registaram um acréscimo de 3,7
Portugal e Singapura tem permitido um das importações. por cento, enquanto as importações
saldo comercial favorável a Portugal, cresceram a um ritmo mais acelerado
com as exportações a cresceram 58,8 No entanto, nos primeiros onze meses de 22,8 por cento, mantendo-se um
por cento, em termos médios, no pe- de 2007, face ao período homólogo, as saldo comercial excedentário para o
ríodo 2002-2006, contra um aumento exportações portuguesas para Singa- nosso país.
36 // Abril 08 // Portugalglobal
MERCADO
Em 2006, um total de 204 empresas (62,3 por cento em 2006), instrumen- alguns períodos excelentes a serem
portuguesas exportaram para Singapu- tos de óptica e precisão (15,7 por cen- ofuscados por outros menos bons. Em
ra, sendo 377 as empresas que impor- to), produtos químicos (6,6 por cento) 2004, devido ao aumento das exporta-
taram desse país no mesmo ano. e plásticos e borracha (3,3 por cento). ções, bem como ao excelente desem-
penho do consumo interno, a econo-
A estrutura das exportações portugue- Uma economia segura mia cresceu 8,8 por cento para no ano
sas para Singapura, em 2006, está con- Singapura é actualmente uma econo- seguinte diminuir para 6,6 por cento,
centrada num grupo de produtos, as mia altamente industrializada, baseada fruto dum consumo privado mais mo-
máquinas e aparelhos, que atingiram na indústria transformadora (27,6 por derado e de uma ligeira contracção do
cerca de 92,7 por cento do total das cento do PIB em 2006) e nos serviços, investimento.
vendas portuguesas para este merca- principalmente no comércio por gros-
do. Uma análise mais detalhada por so e a retalho (15,1 por cento do PIB Já em 2006, o PIB registou um cresci-
grupos de produtos permite, porém, em 2006), serviços comerciais (11 por mento de 7,9 por cento, impulsionado
destacar o peso dos circuitos integra- cento), transportes e comunicações pelo aumento do investimento privado
dos e micro conjuntos electrónicos, que (8,9 por cento) e serviços financeiros e pelas exportações de bens e serviços,
representaram 82,7 por cento do total (11 por cento). Apenas a seguir vem a estimando-se uma ligeira desacele-
exportado, e as partes e acessórios construção (3,3 por cento) e as utilities ração do crescimento económico em
para máquinas e aparelhos de escri- (1,7 por cento). As indústrias de refi- 2007, que não deverá ter ultrapassado
tório com 10,8 por cento. Seguem-se nação de petróleo e química são igual- 7,5 por cento.
os combustíveis minerais com 1,5 por mente importantes, principalmente a
cento, os veículos e outro material de farmacêutica, que emergiu nos últimos Para 2008 e 2009, esperam-se taxas
transporte e os produtos químicos, am- anos, enquanto que a agricultura e a de crescimento do PIB mais reduzidas,
bos com 0,9 por cento do total vendido indústria extractiva detêm uma impor- respectivamente de 4,9 por cento e
àquele mercado. tância económica mínima. 4,7 por cento, devido essencialmente
ao abrandamento da economia nor-
Quanto às importações, Portugal com- O seu desempenho económico tem te-americana assim como da procura
pra a Singapura máquinas e aparelhos sido algo errático desde 2000, com interna.
Portugalglobal // Abril 08 // 37
MERCADO
Sabia que …
SINGAPURA
38 // Abril 08 // Portugalglobal
MERCADO
A região asiática é uma aposta forte da como leitores de MP3, telemóveis, câ- rir que o ano fiscal da Qimonda se inicia
Qimonda AG, que tem ganho crescen- maras fotográficas digitais ou conso- a 1 de Outubro de um ano e termina a
te importância no sector da micro-elec- las de jogos. Esta unidade portuguesa 30 de Setembro do ano seguinte.
trónica, sendo considerada por diversos conta hoje com uma equipa de mais de
agentes do mercado como a “fábrica 2.000 colaboradores qualificados. A Qimonda AG (cotada na Bolsa de
do mundo dos produtos electrónicos”. Nova Iorque) é uma multinacional líder
Fonte da empresa explicou à Portugal Situada em Vila do Conde desde 1996, na produção de semicondutores, pos-
Global que a estratégia da Qimonda então sob a designação Siemens Semi- suindo um vasto portfolio em memó-
Portugal está alinhada com a da casa- condutores, a Qimonda Portugal (criada rias DRAM. A empresa emprega actual-
mãe, na Alemanha, sendo Singapura em Maio de 2006, a partir da Infineon mente 13.500 colaboradores em todo
“um destino natural da esmagadora Technologies) destina 100 por cento da o mundo, em cinco unidades de fabrico
maioria da sua produção, já que é aí sua produção à exportação. Foi o maior em três continentes e em seis laborató-
que se situa o centro de distribuição da exportador a nível nacional no primeiro rios de Investigação e Desenvolvimen-
empresa para o sudeste asiático”. semestre de 2007 e é o segundo maior to, tendo gerado um volume global de
investimento estrangeiro em Portugal. vendas de 3,61 mil milhões de euros
A Qimonda Portugal é actualmente a durante o seu ano fiscal de 2007.
maior fábrica europeia de montagem Tendo em consideração que a produção
e teste de produtos de memórias, per- da Qimonda Portugal é na sua totali-
tencendo à multinacional Qimonda AG, dade para exportação, ganha especial
com sede na Alemanha. A produção de relevância o facto de a Ásia ter repre-
qimonda
semicondutores tem uma enorme va- sentado 76 por cento desse volume. No Av. 1º de Maio, 801
riedade de aplicações, através de tecno- ano fiscal transacto, a Qimonda Portu- 4485-629 Vila do Conde - Portugal
Tel.: 252 246 000
logia de baixo consumo e alto rendi- gal registou um crescimento de 12,4 Fax: 252 246 001
mento, nomeadamente de memórias por cento relativamente ao ano fiscal qpt@qimonda.pt
DRAM, e é destinada a computadores, anterior, com um valor total de vendas www.qimonda.com
servidores e outros terminais digitais, de 1,437 mil milhões de euros. De refe-
Portugalglobal // Abril 08 // 39
MERCADO
A empresa portuguesa que pinta a arma- tecnologia desta empresa portuguesa ço geograficamente muito pequeno,
da norte-americana tem em Singapura se concentra naquele mercado. permitindo promover os seus produtos
um mercado natural, onde está presente com recursos em termos de vendas, dis-
desde 2002. Graças à oportunidade con- Nos últimos anos, Singapura apostou tribuição e apoio técnico mais racionali-
juntural iniciada nesse ano, ao grande fortemente no desenvolvimento da zados”, explicou a mesma fonte. Tudo
mercado existente em Singapura e à ca- sua indústria naval, escolhendo nichos isto num “ambiente de negócios notável
pacidade dos estaleiros locais de evoluí- específicos de maior valor acrescenta- pela clareza e segurança das regras”,
rem para se adaptarem a novas tecnolo- do como a construção de plataformas além de uma menor carga fiscal.
gias, a Euronavy apostou decisivamente offshore. Actualmente os estaleiros de
neste país como mercado de eleição. Singapura detêm uma quota maio- O sucesso em Singapura deve-se também
ritária do mercado mundial de nova à capacidade que a Euronavy teve, a partir
Inicialmente presente através de um construção de plataformas offshore e de 2002, de influenciar os métodos usa-
agente comum ao sudeste asiático, a de conversão de navios em platafor- dos nos estaleiros locais, nomeadamente
Euronavy acabou por criar uma sub- mas offshore. Esta actividade é com- a aplicação da hidrodecapagem, exigida
sidiária, a Euronavy Coatings (S) Pte plementada por uma presença muito por alguns clientes dos estaleiros singa-
Ltd., em 2006, hoje controlada por um forte no mercado global de reparação purenses (por exemplo, a brasileira Pe-
parceiro local. Singapura confirma-se naval, graças à localização geográfica trobrás) que já tinham adoptado a tecno-
como um dos principais destinos das de Singapura, na rota de grande parte logia da empresa de Setúbal.
exportações da Euronavy (que exporta da frota mundial de navios mercantes.
95 por cento da sua produção), com
vários novos projectos na fileira do Para a empresa portuguesa, estas são Euronavy
offshore a arrancarem em 2008 utili- condições fortemente apelativas à sua Coatings Pte Ltd
zando tecnologia de tintas portugue- presença na região, nomeadamente,
sa, revelou fonte da empresa. O peso pela “grande concentração de oportuni- 8 Tuas Avenue 12
Singapore 639029
de Singapura nas vendas da Euronavy dades de negócio, graças aos inúmeros Tel.: + 65 6265 7800
chegou a ser mais de 50 por cento em projectos permanentemente em curso Fax: + 65 6863 1737
2005 e 2006, anos em que um eleva- que são potenciais clientes da tecnolo- www.euronavy.net
do número de projectos utilizando a gia Euronavy, a ocorrerem num espa-
40 // Abril 08 // Portugalglobal
COMÉRCIO
Portugalglobal // Abril 08 // 41
para além dos negócios
42 // Abril 08 // Portugalglobal
notícias
Bial na América
ABC Mercados com medicamento
A aicep Portugal Global organiza, em 2008, mais de duas dezenas e meia de acções antiepilético
informativas sobre mercados externos destinadas a PME com produto e serviço
próprios e que se encontram na fase inicial do processo de exportação. As sessões A Bial vai colocar o primeiro medica-
do ABC Mercados vão decorrer no Porto, Aveiro, Braga, Viseu, Leiria e Évora, tendo mento de tecnologia totalmente na-
sido seleccionados mercados-alvo considerados estrategicamente prioritários para cional nos mercados dos Estados Uni-
as PME, pelo seu elevado potencial: Angola, Brasil, Espanha, EUA, Marrocos, Mo- dos e Canadá, um antiepiléptico que
çambique e Rússia. estará disponível já no próximo ano. A
As primeiras sessões estão marcadas para final de Março, no Porto e em Leiria. Para empresa portuguesa assinou um con-
Abril, estão programadas mais quatro sessões – duas no Porto e duas em Aveiro. Os trato com a Sepracor concedendo-lhe
mercados em foco são Brasil, Angola, Espanha e EUA. Com a duração máxima de a licença, em exclusivo, do desenvol-
meio dia, cada iniciativa conta com a presença de um especialista da aicep Portugal vimento e comercialização do medica-
Global e de oradores convidados com experiência no mercado em foco. mento, pelo valor de 120 milhões de
As empresas podem inscrever-se on-line, enviando a respectiva ficha para: euros. Caberá à Sepracor submeter o
comercial.pme.norte@portugalglobal.pt medicamento português à aprovação
(para acções no Porto, Aveiro, Braga e Viseu); e registo pela Food and Drug Adminis-
comercial.pme.sul@portugalglobal.pt traton (FDA), autoridade regulamentar
(Leiria e Évora). norte-americana.
Portugalglobal // Abril 08 // 43
análise de risco - país
44 // Abril 08 // Portugalglobal
análise de risco - país
de destino
Portugalglobal // Abril 08 // 45
tabela classificativa de países
COSEC
Tabela classificativa de países
Para efeitos de Seguro de Crédito à exportação
A Portugalglobal e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Clas- pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento
sificativa de Países com a graduação dos mercados em função e o grupo 7 à maior.
do seu risco de crédito, ou seja, consoante a probabilidade de As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do
cumprimento das suas obrigações externas, a curto, a médio e risco país, da definição das condições de cobertura e das taxas
a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7), corres- de prémio aplicáveis.
Alemanha Arábia Saudita África do Sul Aruba Antilhas Holandesas Albânia Afeganistão Quirguistão
Andorra Barein Argélia Cazaquistão Azerbeijão Angola Argentina Ruanda
Austrália Botswana Bahamas Colômbia Dominicana, Rep. Ant. e Barbuda Belize S. Crist. e Nevis
Áustria Brunei Barbados Croácia Filipinas Arménia Bielorussia S. Tomé e Príncipe
Bélgica Chile Brasil Egipto Guatemala Bangladesh Bolívia Salomão
Canadá China Bulgária El Salvador Indonésia Benin Bósnia e Herzegovina Seicheles
Checa, Rep. Chipre–Z. Grega Costa Rica Fidji Jordânia Butão Burkina Faso Serra Leoa
Coreia do Sul EAUa Dep/ter Austr.b Peru Macedónia Cabo Verde Burundi Sérvia
Dinamarca Estónia Dep/ter Din.c Turquia Maldivas Comores Camarões Síria
Eslováquia Gibraltar Dep/ter Esp.d Uruguai Papua–Nova Guiné Djibouti Campuchea Somália
Eslovénia Koweit Dep/ter EUAe Vietname S. Vic. e Gren. Dominica Cent. Af, Rep. Sudão
Espanha Lituânia Dep/ter Fra.f Santa Lúcia Gabão Chade Suriname
EUA Macau Dep/ter N. Z.g Sri Lanka Gana Congo Tadzequistão
Finlândia Malásia Dep/ter RUh Ucrânia Geórgia Congo, Rep. Dem. Togo
França Malta Hungria Honduras Coreia do Norte Tonga
Grécia México Ilhas Marshall Iemen C. do Marfim Zimbabué
Holanda Oman Índia Irão Cuba
Hong-Kong Polónia Israel Jamaica Equador
Irlanda Qatar Letónia Kiribati Eritreia
Islândia Trind. e Tobago Marrocos Lesoto Etiópia
Itália Maurícias Líbia Gâmbia
Japão Micronésia Mali Grenada
Liechtenstein Namíbia Moçambique Guiana
Luxemburgo Palau Montenegro Guiné Equatorial
Mónaco Panamá Nauru Guiné, Rep. da
Noruega Roménia Nigéria Guiné-Bissau
Nova Zelândia Rússia Paquistão Haiti
Reino Unido Tailândia Paraguai Iraque
São Marino Tunísia Quénia Laos
Singapura Samoa Oc. Líbano
Suécia Senegal Libéria
Suiça Suazilândia Madagáscar
Taiwan Tanzânia Malawi
Vaticano Turquemenistão Mauritânia
Tuvalu Moldávia
Uganda Mongólia
Uzbequistão Myanmar
Vanuatu Nepal
Venezuela Nicarágua
Zâmbia Níger
NOTAS
a) Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah, Um Al Quaiwain e Ajma f) Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, S. Pedro e Miquelon, Polinésia
b) Ilhas Norfolk Francesa, Mayotte, Nova Caledónia, Wallis e Futuna
c) Ilhas Faroe e Gronelândia g) Ilhas Cook e Tokelau, Ilhas Nive
d) Ceuta e Melilha h) Anguilla, Bermudas, Ilhas Virgens, Cayman, Falkland, Pitcairn, Monserrat, Sta.
e) Samoa, Guam, Marianas, Ilhas Virgens e Porto Rico Helena, Ascensão, Tristão da Cunha, Turks e Caicos
46 // Abril 08 // Portugalglobal
feiras
PAPERWORLD 2008
A Paperworld, a maior feira internacional
de Papelaria e Artigos de Escritório, decor-
reu de 23 a 27 de Janeiro em Frankfurt.
Neste certame estiveram presentes nove
empresas portuguesas: Âmbar, Corticeira
Amorim, Arcoimp, Bi-Silque, Cipasa, De-
sicor, Grupo Portucel Soporcel, Kstatio-
nery e Morexpor. Foi na Paperworld, que
visitantes de todo o mundo encontraram
em conjunto toda a variedade de áreas
de tendências, eventos informativos, ce-
rimónias de entrega de prémios e muitas
exposições paralelas.
Desde há vários anos que a revista pro-
fissional britânica OPI tem utilizado esta
Paperworld feira como palco para a entrega dos pré-
mios European Office Products Awards
e, em 2008, distinguiu novamente os
melhores artigos de escritório e papela- Symposium” e o “Imaging Symposium”.
ria. Estes prémios são atribuídos nas ca- Ambos os eventos são organizados por
tegorias de marketing, orientação para o uma empresa de publicações em conjun-
cliente, inovação, preocupação ambien- to com a Messe Frankfurt e são abertos a
tal, lançamento de novos artigos, jovens todos os visitantes da feira. Neles há um
empreendedores e serviços para a indús- programa de palestras sobre problemas
tria e tornam este evento a grande mon- relacionados com os vários segmentos do
tra mundial do sector e o grande ponto sector, tornando-se um espaço de discus-
de encontro para os empresários. são e troca de informação entre colegas.
Outra parte muito conhecida da Pa-
perworld são os simpósios “Creative www.paperworldmessefrankfurt.com
SEMANA INTERNACIONAL
DA MODA MADRID
Foi a grande novidade da última edição programados diversos desfiles espe-
da Semana Internacional de Moda de ciais de várias marcas portuguesas, que
Madrid (SIMM), que decorreu de 15 a apresentaram as suas propostas para o
17 de Fevereiro: Portugal e as suas em- Outono/Inverno 2008/2009. Entre os
presas foram os convidados de honra nomes mais conceituados estiveram
deste certame que se tornou, nos últi- o jovem designer português Ricardo
mos anos, uma referência no mercado Dourado e o internacionalmente reco-
mundial da moda. A moda nacional já nhecido estilista Miguel Vieira. O nos-
Semana Internacional tinha descoberto a SIMM, fazendo dela so país protagonizou esta eleição para
da Moda de Madrid
paragem obrigatória para as suas em- primeiro país convidado não só pela
presas e, nesta edição, as razões para proximidade geográfica mas também,
estar presente foram ainda maiores. Ser e sobretudo, pela afinidade em termos
o primeiro participante convidado pela de interesses comerciais e de laços que
organização a protagonizar o novo pro- unem a Península Ibérica à América
grama “País Convidado” trouxe para as Latina. Portugal e Espanha têm uma
empresas nacionais um grande conjun- história semelhante em termos de liga-
to de vantagens: maior exposição que ção com o outro lado do Atlântico e a
a habitual através de referências espe- SIMM pretendeu, desta forma, reforçar
ciais no programa e nos panfletos dis- essa ligação e contribuir para a interna-
tribuídos nos dias da feira, stands de- cionalização da moda dos países.
vidamente sinalizados e apresentações
especiais da moda portuguesa. Foram www.semanamoda.ifema.es
48 // Abril 08 // Portugalglobal
feiras
FEIRAS SK IFAT
Salão Internacional de Pavimentos Feira Internacional de Técnicas
EM PORTUGAL e Revestimentos Cerâmicos, Ambientais
Espaço Cozinha e Banho Local: Munique
Local: Lisboa Data: 5 a 9 de Maio
ALIMENTAÇÃO Data: 20 a 24 de Maio Organização: Messe Munchen GmbH
Feira Internacional de Alimentação Organização: Associação Industrial newsline@messe-muenchen.de
Local: Porto Portuguesa www.messe-muenchen.de
Data: 7 a 10 de Maio aip@aip.pt
Organização: Exponor www.aip.pt GULF BID
info@exponor.pt
Feira Internacional de Construção,
www.exponor.pt
Decoração e Mobiliário
Local: Bahrein
ALITEC Data: 6 a 8 de Maio
Salão de Equipamentos para a Indústria
Alimentar e Canal Horeca
FEIRAS Organização: Bahrain Covention
and Exhibition Bureau
Local: Porto NO ESTRANGEIRO info@bahrainehibitions.com
Data: 7 a 10 de Maio www.bahrainexhibitions.com
Organização: Exponor
info@exponor.pt FEIRA INTERNACIONAL NATIONAL HARDWARE SHOW
www.exponor.pt DE BUENOS AIRES Local: Las Vegas
Local: Buenos Aires Data: 6 a 8 de Maio
EMBALAGEM Data: 21 de Abril a 2 de Maio Organização: Reed Exhibition Companies
Salão Internacional da Embalagem Organização: Fundacion El Libro inquiry@reedexpo.com
e do Packaging fundacion@el-libro.com.ar www.reedexpo.com
Local: Porto www.el-libro.org.ar
Data: 7 a 10 de Maio PIEDRA
Organização: Exposalão INTEROP LAS VEGAS Feira Internacional da Pedra Natural
info@exposalao.pt Feira de Electrónica e Telecomunicações Local: Madrid
www.exposalao.pt Local: Las Vegas Data: 7 a 10 de Maio
Data: 27 de Abril a 2 de Maio Organização: IFEMA – Feria de Madrid
EXPOFRANCHISE Organização: Media Live International, Inc. iberpiel@ifema.es
Feira de Oportunidades de Negócio marco.pardi@mlii.com www.ifema.es
Local. Lisboa www.interop.com
Data: 9 a 11 de Maio SALON INTERNACIONAL DEL
Organização: IIF – Instituto de Informação COVERINGS AUTOMÓVIL DE MADRID
em Franchising, SA Exposição Internacional de Local: Madrid
info@ife.pt Revestimentos e Pedras Ornamentais Data: 22 de Maio a 1 de Junho
www.infofranchising.pt Local: Orlando Organização: IFEMA – Feria de Madrid
Data: 29 de Abril a 2 de Maio iberpiel@ifema.es
TEKTÓNICA Organização: Coverings – National Trade www.ifema.es
Feira Internacional de Construção Productions, Inc.
e Obras Públicas www.coverings.com DRUPA
Local: Lisboa Feira Internacional de Impressão
Data: 20 a 24 de Maio IDMF e do Papel
Organização: Associação Industrial Feira Internacional de Marketing Directo Local: Dusseldorf
Portuguesa Local: Londres Data: 29 de Maio a 11 de Junho
aip@aip.pt Data: 29 de Abril a 1 de Maio Organização: Messe Dusseldorf GmbH
www.aip.pt Organização: Reed Exhibition Ltd. info@messe-dusseldorf.de
inquiry@reedexpo.co.uk www.messe-dusseldorf.de
SIMAC www.reedexpo.com
Salão Internacional de Materiais,
Máquinas e Equipamentos BORDEAUX
para a Construção Feira Internacional de Bordeaux
Local: Lisboa Local: Bordeus
Data: 20 a 24 de Maio Data: 1 a 12 de Maio
Organização: Associação Industrial Organização: Comité des Expositions
Portuguesa de Bordeaux
aip@aip.pt conforexpo@bordeaux-expo.com
www.aip.pt www.conforexpo.com
Portugalglobal // Abril 08 // 49
bookmarks
NEGÓCIOS À MESA
50 // Abril 08 // Portugalglobal