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Portugalglobal

Pense global pense Portugal

Basílio Horta
entrevista ao Presidente
da aicep Portugal Global 04
Empresas
casos de sucesso 16
QREN
novos sistemas
de incentivos 28
Singapura
mercado para descobrir 32
Abril 2008 // www.portugalglobal.pt
Abril 2008 // www.portugalglobal.pt

sumário
Basílio Horta // 04
Em entrevista, o presidente da aicep Portugal Global fala da missão da
Agência, da sua estruturação, actividade e projectos para o futuro. Neste
dossier fique a também a conhecer os administradores que acompanham
Basílio Horta na gestão da aicep Portugal Global e as áreas de actuação
das empresas participadas pela Agência: a aicep Capital Global e a aicep
Global Parques.

Empresas // 16
EDIGMA.COM, Crioestaminal, FRULACT, COBA, Martifer, Efacec, Grupo Lena
e Eurocer são empresas de sucesso que dão cartas fora e dentro do país.

Prémio Empreendedor do ano 2007 // 26


A Martifer foi a grande vencedora desta distinção atribuída pela Ernst&Young.
Os prémios International Entrepreneur of the Year e Social Entrepeneur of the
Year foram para a Logoplaste. A Alert foi distinguida com o título de Emerging
Entrepreneur of the Year.

Apoios às empresas // 28
Os sistemas de incentivos criados no âmbito do QREN são alguns dos apoios
que a aicep Portugal Global disponibiliza às empresas para a sua actividade
exportadora e de internacionalização.

Mercado // 32
Singapura é um mercado com uma economia de sucesso, sendo conside-
rado o “el dorado” do sudeste asiático. A Euronavy e a Qimonda são al-
gumas das empresas presentes naquele país, onde a aicep Portugal Global
abriu recentemente um Centro de Negócios.

Comércio // 41
GATT/OMC celebra 60 anos.

Para além dos negócios // 42


Pelas ruas de Dublin.

Notícias // 43

Análise de risco por país - COSEC // 44

Feiras // 48

Bookmarks // 50
EDITORIAL

Revista Portugalglobal
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa
Tel.: 217 909 500
Fax: 217 909 578

Propriedade
aicep Portugal Global
NIFiscal 506 320 120

Comissão Executiva
Basílio Horta (Presidente), José Abreu Aguiar,
José Vital Morgado, Renato Homem,

e-Portugalglobal
Rui Boavista Marques

Directora
Ana de Carvalho
a.carvalho@portugalglobal.pt

Redacção Nasce hoje a primeira revista digital em o consumo de combustíveis no trans-


Cristina Cardoso Portugal dedicada à temática do inves- porte para as celuloses, e das revistas
cristina.cardoso@portugalglobal.pt
timento nacional e estrangeiro e ao co- desde das gráficas onde são impressas
José Escobar
jose.escobar@portugalglobal.pt
mércio internacional. A revista digital
Vitor Quelhas Portugalglobal é um projecto inovador
A Portugalglobal é a
vitorquel@portugalglobal.pt da aicep Portugal Global que pretende
levar aos seus leitores informação sobre primeira revista digital em
Colaboram neste número casos de sucesso, no mercado global, Portugal sobre investimento
Carlos Moura, José Vital Morgado, Lina Melo, Maria
de grandes empresas portuguesas e e comércio internacional,
Margarida Matos.
de PME, informação actualizada sobre uma inovação que ao
mercados prioritários para as nossas eliminar o papel contribui
Fotografia e ilustração
empresas, artigos de opinião sobre
aicep Global Parques, Fáilte Ireland, IFEMA para a melhoria da
(Feira de Madrid), Messe Frankfurt Exhibition GmbH temas de negócios internacionais e
(Jean-Luc Valentin), Rodrigo Marques, também informação sobre a actividade sustentabilidade ambiental.
Singapore Tourism Board.
promocional da nossa agência.
até aos quiosques onde são distribuí-
Publicidade
revista@portugalglobal.pt
A grande inovação da revista Portugal- das aos seus leitores.
global é que vai chegar aos seus leitores
Secretariado
através de meios digitais, o que consti- Uma sondagem recentemente realiza-
Helena Sampaio tui a nossa diferenciação relativamente da pela consultora americana Harrison
helena.sampaio@portugalglobal.pt às revistas impressas. A revista digital Group e pela empresa Zinio, líder mundial
Portugalglobal apresenta, portanto, na publicação de revistas digitais, con-
Assinaturas as seguintes vantagens: (1) uma entre- cluiu que 80 por cento dos leitores estão
REGISTE-SE AQUI ga imediata aos seus leitores onde quer muito satisfeitos com esta nova experiên-
que eles se encontrem, desde que pos- cia de lerem uma revista digital. Outra
Projecto gráfico
sam aceder ao seu correio electrónico; conclusão deste inquérito é a de que os
aicep Portugal Global / Imagem
(2) a possibilidade de arquivar de forma leitores prestam mais atenção às inser-
digital os diversos números da revista; ções publicitárias neste meio do que nas
Paginação e programação
Rodrigo Marques (3) a capacidade de poder ler a revista revistas impressas, uma vez que através
rodrigo.marques@portugalglobal.pt a qualquer momento e em qualquer lu- de um clique num link podem visitar os
gar, on-line ou off-line, e; (4) mostrar sites das empresas anunciantes. A equi-
ERC: Registo nº 125362 uma preocupação pela conservação do pa responsável pela produção da revista
meio ambiente. Só nos Estados Unidos, Portugalglobal agradece a confiança de
o processo de produção das revistas todas as empresas que confiam e apoiam
impressas que existem em circulação, o nosso projecto e compromete-se a en-
emite anualmente para a atmosfera vidar todos os esforços para conseguir a
As opiniões expressas nos artigos publicados são da res-
ponsabilidade dos seus autores e não necessariamente
um volume de CO2 idêntico ao emiti- total satisfação dos nossos leitores.
da revista Portugalglobal ou da aicep Portugal Global. do pela circulação anual de 12 milhões
A aceitação de publicidade pela revista Portugalglobal de veículos. A crescente produção de
não implica qualquer compromisso por parte desta publicações digitais evita a destruição JOSÉ VITAL MORGADO
com os produtos/serviços visados. de árvores para a produção de papel e Administrador

2 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE

Basílio Horta, Presidente da AICEP

“PORTUGAL ESTÁ
MAIS COMPETITIVO”
Quatro meses depois da fusão entre o ex-ICEP e a ex-API, a aicep
Portugal Global, a nova Agência para o Investimento e Comércio
Externo de Portugal, mostra-se optimista e confiante pela voz de
Basílio Horta, o seu Presidente. Portugal tem melhorado na sua
preparação para enfrentar a conjuntura económica mundial e deu
passos significativos para atrair investimento estrangeiro. A Agência
consolidou a Rede Externa, implementou instrumentos de apoio
à internacionalização das PME, redefiniu mercados estratégicos e
agilizou a diplomacia económica.
4 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE

Que balanço faz da fusão ICEP/API e da criação o contacto privilegiado das PME com a Agência. Com este
da AICEP? objectivo, temos uma reforma em curso que tem que ver
Tive a oportunidade de liderar a fusão das duas entidades, justamente com a optimização desta articulação.
cujas sinergias são essenciais ao desenvolvimento económi-
co do nosso país. Até agora conseguimos que esta fusão se A reestruturação está praticamente concluída. Quan-
tenha feito sem sobressaltos de maior, num clima de com- to a si, que tem a visão de conjunto como Presidente
promisso com os objectivos da nova Agência por parte de da Agência, o que é que falta?
todos aqueles que aqui trabalham. Confesso que já estava
familiarizado com o bom trabalho da ex-API, mas devo real- Eu desejo que cada colaborador nesta casa se sinta útil inte-
çar que tive o prazer de descobrir e de agora poder contar grado e seguro. E esse objectivo ainda não foi inteiramente
com a alta qualidade de muitos dos trabalhadores do ex- atingido. Portanto, só ficarei satisfeito quando isso acontecer.
ICEP, que agora prosseguem um excelente trabalho no seio
da Agência, quer aqui em Portugal, quer na Rede Externa. Nesta nova estratégia, que importância têm os novos
Por isso, em todos os aspectos, sejam eles operacionais, fun- mercados, onde até agora não tínhamos representa-
cionais ou orçamentais, o balanço é claramente positivo. ção e onde se vive uma fase de grande crescimento
económico, como a Índia e Singapura?
A ex-API dispunha de representantes nos mercados Os mercados mais importantes, para nós, são todos aqueles
externos para apoiar a atracção de IDE? onde se encontram empresas portuguesas. Porém, não nos
Não tinha. Esta é uma das vantagens desta fusão. O âmbito podemos eximir a ter uma opinião sobre os mercados estra-
funcional da ex-API é o grande investimento, igual ou superior tégicos, estabelecida na base de um critério de experiência
a 25 milhões de euros ou apresentado por empresas que têm e de selectividade. E foi com este critério que identificámos
um volume de negócios superior a 75 milhões de euros. Mas três tipos de mercados: 1) os mercados âncora – Espanha,
em termos de angariação, a ex-API não tinha rede externa. França, Inglaterra, Alemanha –, que são essenciais para
manter o ritmo de crescimento das nossas exportações e do
nosso investimento; 2) mercados de expansão – Brasil, An-
Que papel deve desempenhar no apoio à internacio- gola, EUA – que são mercados com grandes possibilidades
nalização das nossas PME? e que têm sido explorados de forma insuficiente; 3) os mer-
Este é um aspecto fundamental do nosso trabalho. A or- cados emergentes, nos quais se incluem a Índia, Singapura,
ganização da Agência foi feita com base em dois grandes países do Golfo, China e o Magrebe.
grupos de negócio. O primeiro, constituído pelas grandes
empresas e pelos grandes projectos e, o segundo, pelas
PME e pelo apoio à sua internacionalização. Tudo o que tem Conseguimos que esta fusão se tenha feito
que ver com a política das PME, no dar-lhes “músculo” no sem sobressaltos de maior, num clima de
âmbito nacional, o IAPMEI tem competências próprias, mas compromisso com os objectivos da nova
quando estas se querem internacionalizar, aí entramos nós,
Agência. Desejo que cada colaborador nesta
ajudando-as a integrarem-se no mercado global. O nosso
trabalho com as PME, no que se refere à sua internacionali- casa se sinta útil, integrado e seguro
zação, é uma prioridade da economia portuguesa.

Foi este o critério que pautou a Rede Externa?


Quem vai avaliar os resultados deste apoio? Não podemos estar da mesma forma em todos os mercados.
Antes de mais, os contribuintes e, claro, os empresários que A principal razão da profunda reforma da Rede Externa é que
contam com o nosso apoio. Daí a grande importância que nós temos que diversificar mercados. Continuamos muito
tem o sector comercial das PME. Criámos a figura do Gestor dependentes da União Europeia, sobretudo de países como a
de Cliente, que tem como função acompanhar as empresas França, Espanha, Inglaterra e Alemanha. Estes mercados, em
e que deste modo estabelece o elo de ligação entre estas e a conjunto com os Estados Unidos da América, representam
Agência. O trabalho de cada um deles é essencial, tanto mais mais de 70 por cento das exportações portuguesas.
que são vistos como a imagem, o rosto visível da aicep Portu-
gal Global. Espero que desta aproximação entre o Gestor de
Cliente e as empresas resulte uma maior proximidade entre a Tradicionalmente eram esses os mercados para onde
Agência e as PME que se querem internacionalizar. era mais fácil exportar.
Mas em tempo de globalização, temos que diversificar os
riscos e capitalizar as oportunidades. Quando falamos em
De que forma se vai articular a função do Gestor de
Singapura, não é pelo mercado em si, mas porque é uma
Cliente com os vários serviços da Agência?
plataforma por onde passam os interesses e os investimen-
A articulação deve ser feita através do Gestor de Cliente tos do Médio Oriente, do Japão e da China. Grande parte
em relação a todos os serviços da Agência, mesmo com a do que acontece de economicamente importante nesses
Rede Externa. O Gestor de Cliente deve ser encarado como países passa por Singapura. E não podemos abdicar de es-

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DESTAQUE

tar na Índia, porque esta já é, e vai continuar a ser, uma das da e a Inglaterra. Estamos num mundo altamente globalizado
maiores economias do mundo. e competitivo e Portugal não pode deixar de estar presente
nas grandes batalhas do mercado. Temos que apresentar pro-
jectos e ofertas antes e melhor que outros países.
A actual flexibilidade da Rede Externa permite uma
melhor adaptação à realidade dos mercados?
A Rede foi pensada como estrutura ágil e flexível. Um Cen- A figura e o papel dos embaixadores são fundamen-
tro de Negócios se não tiver resultados pode passar a Es- tais nesta estratégia de negócios?
critório. Se o Escritório tiver bons resultados pode passar a Sim, pelo prestígio que está associado ao embaixador no
Centro de Negócios. Fazemos anualmente a monitorização país em que está acreditado. Quanto maior for esse prestí-
deste processo através dos resultados dos Centros de Negó- gio, maior a sua capacidade de bem promover e vender os
cios. Se os objectivos não forem atingidos, temos de saber projectos nacionais.
porquê e corrigir o que tem de ser corrigido.

Decorreu recentemente o Fórum dos Embaixadores. Os mercados importantes, para nós, são
Que balanço faz da reunião? todos aqueles onde se encontram empresas
Foi a primeira vez que tivemos uma reunião conjunta entre portuguesas
os embaixadores e os nossos responsáveis pelos Centros de
Negócios, porque anteriormente o Fórum era só para embai-
xadores. Estabeleceu-se facilmente o diálogo e este é o cami- Quais as participadas da aicep Portugal Global?
nho a seguir. Não pretendemos levar os nossos representantes Temos a aicep Capital Global – Sociedade de Capital de Ris-
para a diplomacia mas trazer a diplomacia para a nossa área, co e a aicep Global Parques. Esta gere os parques de Sines,
que são os negócios de interesse nacional. Embaixadores e Setúbal, Oeiras e outros. No âmbito da aicep Global Parques
representantes da Agência vão trabalhar em conjunto para estão a ser criadas duas novas estruturas que visam o refor-
promover a imagem do país, as exportações nacionais e cap- ço de soluções globais para a localização empresarial, con-
tar novos investimentos. Têm que nos informar sobre as opor- substanciadas na Global Force e na Global Find. Esta tem
tunidades que existem nos respectivos mercados e produzir como missão a identificação, em todo o país, de terrenos
informação em tempo útil. Hoje competimos não apenas com que estejam licenciados para a instalação de indústrias, as-
países de mão-de-obra barata, mas com países como a Irlan- sim como saber que empresas estão ali localizadas, quais as

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DESTAQUE

freu com o alargamento. Há 10 ou 15 anos não tínhamos


competidores, dispunhamos de mão-de-obra abundante e
barata, com formação reduzida, e por isso atraíamos inves-
timento de baixa e média tecnologia. Hoje este modelo de
desenvolvimento está definitivamente ultrapassado, o que
constitui um excelente sinal.

O paradigma das exportações está a mudar. Vendemos


mais produtos de média e alta tecnologia e menos
produtos com baixa incorporação tecnológica. Qual é
o papel dos grandes investimentos nesta mudança?
O investimento estimulante nesta área é, simultaneamente,
o grande investimento das empresas multinacionais e o das
PMEs tecnológicas nacionais que se estão a afirmar com
assinalável êxito. Nas biotecnologias, nas tecnologias de co-
municação ou no software, já temos pequenas e médias
empresas portuguesas de sucesso. Essas claramente devem
merecer o nosso apoio através dos instrumentos disponí-
veis. É neste contexto que recentes estudos sobre a nossa
atractividade enfatizam a mudança de perfil das exporta-
ções portuguesas.

Quais as perspectivas para a evolução da economia


mundial?
O nosso papel não é fazer análises pessimistas, mas en-
contrar soluções. Em 2008, o maior risco será a rarefacção
do dinheiro, o haver menos e ser mais caro. E mercados
suas actividades, para onde exportam e a que distância se essenciais para as exportações portuguesas poderem ser
encontram infra-estruturas logísticas: rede eléctrica, serviços apanhados na onda da crise e diminuírem a sua procura
públicos, hospitais e outras. Quanto à Global Force, trata-se externa. São dois riscos possíveis. Neste caso seria preciso
de um serviço completo: identifica o terreno, possibilita o propor ao Governo que encare a possibilidade de utilizar
acesso a água, electricidade e esgotos, isto é, trata de tudo políticas sectoriais destinadas a apoiar quem precisa, ou
menos da construção, numa solução chave na mão. seja, política fiscal, financeira e outras, de que o Governo
pode lançar mão se o entender para minorar efeitos even-
tualmente negativos.
Qual a função e importância da aicep Conhecimento
Global?
Faltava à Agência dispor de Conhecimento devidamente
tratado e direccionado para apoiar eficazmente a interna- Criámos a figura do Gestor de Cliente, que tem
cionalização da economia portuguesa. Penso que não há como função acompanhar as empresas e que
nenhuma entidade pública em Portugal que conheça tão deste modo estabelece o elo de ligação entre
bem os mercados como nós. É com esta preciosa informa- estas e a Agência.
ção sobre os mercados que poderemos constituir a aicep
Conhecimento Global, que tem como objectivo transmitir
o conhecimento que a Agência tem dos diversos merca-
Neste contexto, legislação, licenciamento e protecção
dos onde está ou esteve representada. Os destinatários
ambiental são, actualmente, três temas acusados de
desta iniciativa são os quadros e gestores das PME, os
travar o investimento. Quais são os nossos factores de
jovens do Inov Contacto e os diplomatas. A aicep Portugal
atractividade?
Global fará protocolos com Universidades e com o Insti-
tuto Diplomático. O primeiro factor de atractividade é essencialmente a quali-
dade da mão-de-obra portuguesa e não apenas a sua qua-
lificação. Exemplo: a Autoeuropa é de todas as fábricas da
Em termos de conjuntura económica internacional o Volkswagen a que tem a menor taxa de absentismo e a que
que é que mudou para Portugal? ocupa a melhor posição em termos de produtividade. Todas
Tivemos a adesão de novos países à UE. E isso teve um cus- as grandes empresas estrangeiras referem esta realidade:
to apreciável em matéria de oportunidades de investimento organização, assiduidade, produtividade. A qualificação,
e de negócios para Portugal. Fomos o país que mais so- sobretudo em áreas como línguas e aptidões científicas e

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DESTAQUE

tecnológicas, está a aumentar. Temos boas infra-estruturas E quanto à legislação?


de acesso como caminhos-de-ferro e auto-estradas, embora Está-se a fazer um esforço para simplificar os procedimen-
a ligação ferroviária Sines-Madrid, que é fundamental, ainda
tos, mas isso não é suficiente. Estamos no bom sentido, mas
não esteja concluída. Sines é o segundo porto da Europa de
o ritmo ainda é demasiado lento em matéria de aprovação
águas profundas, depois de Roterdão, e é uma importante
de certos projectos de interesse nacional, o que não quer di-
plataforma entre a Europa, a África e os Estados Unidos.
zer que ser mais rápido nos procedimentos e licenciamentos
Sines tem um parque industrial, com cerca de dois mil hecta-
signifique desrespeitar as normas ambientais. O conceito da
res, gerido pela nossa participada aicep Global Parques. Com
acessos viários e por caminho-de-ferro a Madrid, Sines será aicep Portugal Global, nesta matéria, é o desenvolvimento
um dos grandes portos que abastecerá a capital espanhola sustentável, que tem três pilares que não podem ser des-
e por extensão a Europa. Não é por acaso que os chineses curados: o económico, o ambiental e o da justiça social.
escolheram Sines como porta de entrada da Europa. Ou seja: um projecto que seja economicamente muito bom,

8 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE

mas que ponha em causa valores ambientais essenciais, não Foi celebrado recentemente um protocolo entre a
é um bom projecto. Por outro lado, um projecto muito bom, Agência e o Turismo de Portugal. De que modo se vai
que não ponha em causa princípios essenciais mas que fi- operacionalizar este protocolo em termos de Rede
que sujeito a uma interpretação excessivamente radical dos Externa?
Este protocolo corrige algumas lacunas que se verificaram
em anos anteriores, nomeadamente na gestão de recursos
Não pretendemos levar os nossos financeiros e humanos. Nesta medida, introduziu critérios
representantes para a diplomacia mas trazer de transparência e rigor no nosso relacionamento. Há um
a diplomacia par a nossa área, que são os princípio que norteou estas conversações: a representação
externa do Estado português – a Rede Externa - é só uma.
negócios de interesse nacional.
Nós prestamos serviços e somos pagos pelos serviços que
prestamos. Por isso temos que prestar serviços de excelên-
cia. Também ao Turismo.
valores ambientais, pode igualmente ser chumbado, mas
neste caso é-o pelas piores razões. Para nós é importante
que os projectos contribuam para um crescimento econó- Pode fazer um balanço do Programa Inov Contacto,
mico harmonioso e tenham um impacto socialmente favo- que este ano celebra o seu décimo aniversário?
rável, criando rendimento e emprego qualificado e estável. A importância fundamental do Inov Contacto consiste no

Aicep Portugal Global leva empresas tecnológicas


a feiras internacionais

Umas das apostas da e Macau (MIF), que constituem os prin- gal Global representa uma alteração do
cipais certames multisectoriais, com di- modelo anteriormente vigente: no ac-
Agência, sob a forma mensão internacional. Tendo também tual modelo, não há projectos comuns
de um novo modelo de presente a forte componente institu- entre a Agência e as Associações. A
actuação, são as feiras cional destes eventos, a aicep Portugal razão principal para este novo modelo
Global considera fundamental uma li- prende-se com o nosso entendimen-
internacionais de interesse
derança da Agência, em representação to de que, se a aicep Portugal Global
nacional. Segundo Basílio do Estado Português, na coordenação fosse parte interessada nos projectos,
Horta, um dos objectivos da participação nacional nestes certa- nunca poderia ser cabalmente enti-
destas feiras é a promoção mes, assegurando uma forte compo- dade auditora dos mesmos. A nossa
nente de imagem país e um enfoque intervenção, em concreto nestes pro-
e a maior visibilidade das particular em sectores demonstrativos jectos associativos, passa em primeiro
empresas tecnológicas das capacidades tecnológicas e de ino- lugar pela avaliação e compatibilização
portuguesas nos mercados vação da economia portuguesa. Por dos mesmos com a estratégia de inter-
outro lado, existe uma lógica subja- nacionalização definida pela Agência,
prioritários. cente ao Plano de Promoção Externa pelo acompanhamento na execução
da Agência de cobertura de falhas de das acções, em particular pela nossa
mercado, designadamente no que diz Rede Externa, e finalmente pela sua
Quais são as linhas estratégicas que respeito à biotecnologia e às tecnolo- fiscalização e controlo, única garantia
presidem à nossa intervenção no gias de informação, sectores que não possível de uma correcta aplicação dos
domínio das feiras internacionais? estão cobertos nos projectos colectivos dinheiros públicos nestes projectos.
Assentam em duas lógicas fundamen- propostos pelas Associações Empresa- Por este motivo, existirá uma verten-
tais. Em primeiro lugar, a participação riais e que já avaliámos no âmbito do te de auditoria interna aos projectos,
portuguesa em Feiras de interesse novo Quadro Comunitário de Apoio. ainda em fase de acompanhamento,
nacional, terá a liderança e coorde- bem como uma vertente de auditoria
nação da aicep Portugal Global tendo feita por uma empresa de auditoria
Qual a intervenção da Agência em independente da Agência e de cujo re-
em conta o seu interesse estratégico.
relação aos projectos colectivos das sultado fica dependente o pagamento
Essas feiras têm como palco a Argélia
Associações Empresariais? final dos apoios.
(FIA), Angola (FILDA), onde Portugal é
país convidado, Moçambique (FACIM) A presente intervenção da aicep Portu-

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DESTAQUE

facto de poder proporcionar estágios internacionais a jovens Portugal é dos países que tem sofrido menos. O investimen-
recém licenciados, colocando-os em contacto com o exte- to português no estrangeiro cresceu, em termos líquidos,
rior e com novas experiências profissionais e culturais, nos cerca de 85 por cento em 2007, tendo atingido o valor de
termos de uma formação qualificada. Por outro lado, gosta-
va que o Programa tivesse uma valência de formação destes
jovens para a nossa Rede Externa, de modo a familiarizá-los A importância fundamental do Inov Contacto
com a economia global. O Governo está empenhado em
consiste no facto de poder proporcionar
desenvolver o programa aumentando significativamente o
número de formandos.
estágios internacionais a jovens recém
licenciados, colocando-os em contacto com
novas experiências profissionais e culturais
Como vê o fenómeno da globalização, na medida em
que é um desafio mas também uma oportunidade
para as nossas empresas?
5.100 milhões de euros. No mesmo ano, o fluxo bruto de
A mundialização é, por si só, um desafio para todos os seus investimento directo estrangeiro acumulado no nosso país
protagonistas, não apenas para Portugal. Está em curso e é ascendeu a 28.827 milhões de euros, um acréscimo de 4,1
uma realidade que não podemos mudar. A globalização é, por cento face a 2006. Em termos líquidos atingiu-se em
2007 o valor de 3.689 milhões de euros, ainda altamente
positivo.
É importante que os projectos de
investimento contribuam para um Que objectivos e que balanço final gostaria de ver al-
crescimento económico harmonioso e tenham cançados como Presidente da aicep Portugal Global?
um impacto socialmente favorável, criando No dia em que cessar as actuais funções, gostava de sair
rendimento e emprego qualificado e estável com a consciência tranquila. Mas estou consciente de que
nada depende só de nós e este factor não se pode quantifi-
car numa lógica de gestão. O que podemos fazer é o melhor
simultaneamente, um desafio e uma oportunidade. Deve- que sabemos, cumprindo o nosso dever como organização,
mos aproveitar as oportunidades e responder aos desafios. o que significa servir a economia portuguesa e as empresas
Apesar de tudo, em termos de deslocalizações na Europa, enquanto motores de desenvolvimento de Portugal.

Basílio Adolfo Mendonça As funções públicas desempe-


Horta da Franca é Presidente nhadas incluem ainda, entre
do Conselho de Administração outras, os cargos de Inspector
da Agência para o Investimen- de Crédito e Seguros no Mi-
to e Comércio Externo de Por- nistério das Finanças, deputa-
tugal, EPE. do à Assembleia Constituinte,
Vice-Presidente e deputado
Professor no Instituto Supe- à Assembleia da República
rior de Ciências Sociais e Polí- em várias legislaturas, Conse-
ticas da Universidade Técnica lheiro de Estado, Ministro do
de Lisboa e advogado licen- Comércio e Turismo no II e V
ciado pela Faculdade de Direi- Governo Constitucional, Mi-
to de Lisboa, Basílio Horta foi nistro de Estado do VI Gover-
um dos três membros funda- no Constitucional e Ministro
dores do Centro Democrático da Agricultura, Comércio e
Social, onde assumiu diversas Pescas no VII Governo Cons-
responsabilidades, entre as titucional. Antes de assumir
quais Presidente do Grupo a liderança da aicep Portugal
Parlamentar, vice-presidente Global, foi embaixador Repre-
e secretário-geral, tendo sido sentante Permanente de Por-
candidato à Presidência da tugal junto da OCDE.
República em 1990.

10 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE

Quem é quem na aicep Portugal Global


José Abreu Aguiar, José Vital Morgado, Renato Homem e Rui Boavista Marques
acompanham Basílio Horta na Comissão Executiva da aicep Portugal Global.
Fazem também parte do Conselho de Administração Margarida Figueiredo
(Embaixadora nomeada pelo MNE), Daniel Bessa, António Gomes de Pinho e Manuel
Alves Monteiro como membros não executivos.

JOSÉ ABREU AGUIAR É também responsável pelos progra-


Engenheiro electrotécnico com forma- mas de Recursos Humanos Internacio-
ção complementar em gestão de empre- nais, onde se destaca o InovContacto.
sas, José Abreu Aguiar é o responsável Geógrafo de formação, Renato Homem
pelos pelouros: Verificação de Incentivos era já da Administração da API (Agência
para as empresas (Grandes Empresas e Portuguesa para o Investimento), onde
PME), Sistemas de Informação da aicep foi também director comercial, tendo,
Portugal Global, Património e Logística ao longo da sua vida profissional, exer-
e Gestão de fornecedores. cido várias funções de direcção, entre
Abreu Aguiar foi administrador da outras, em empresas da área das teleco-
Agência Portuguesa para o Investimento municações como a OniWay e a Novis.
(API), cargo que exerceu igualmente na renato.homem@portugalglobal.pt
IT-LOG e na IT-GEO do Grupo EDINFOR.
No seu percurso profissional desempe-
nhou funções em diversas empresas do
Grupo EDP. selhamento e as Relações Públicas.
abreu.aguiar@portugalglobal.pt Engenheiro civil, Vital Morgado foi di-
rector do ICEP em Portugal e delegado
em Nova Iorque e em Madrid, sendo vo-
gal executivo da administração da aicep
Portugal Global desde a sua criação.
vital.morgado@portugalglobal.pt

RUI BOAVISTA MARQUES


Foi delegado do ICEP na Noruega e
na Alemanha, depois de vários anos
na delegação deste Instituto no Japão,
país onde adquiriu competências ao ní-
JOSÉ VITAL MORGADO vel das relações económicas internacio-
É o responsável pelas áreas de comuni- nais, da gestão empresarial e da língua
cação e informação na aicep Portugal japonesa.
Global. José Vital Morgado tem a seu Na aicep Portugal Global, Rui Boavis-
cargo a gestão das áreas de informa- RENATO HOMEM ta Marques tem a seu cargo as áreas
ção sobre Portugal e sobre os merca- Tem a seu cargo o pelouro das Grandes das PME e dos respectivos Gestores
dos externos. Fazem também parte do Empresas, incluindo as áreas comercial de Clientes, da Promoção e Gestão de
seu pelouro o Gabinete de Imprensa e – angariação, desenvolvimento e re- Eventos (organização de missões em-
outros produtos de informação, a Ima- tenção de investimento estruturante presariais, eventos promocionais e fei-
gem, os sites da aicep Portugal Global, nacional e estrangeiro – e de apoios ras) e dos Incentivos às PME.
a Documentação, a Formação, o Acon- de Estado / Sistemas de Incentivos. rui.boavista.marques@portugalglobal.pt

Portugalglobal // Abril 08 // 11
DESTAQUE

AICEP CAPITAL GLOBAL


E AICEP GLOBAL PARQUES
A aicep Capital Global, na área do capital de risco, e a aicep Global
Parques, para a gestão de parques empresariais, são as duas empresas
do universo da aicep Portugal Global que complementam a sua
actividade de apoio à economia nacional e ao tecido empresarial.

aicep investe através de capital de risco


A aicep Capital Global é uma Socieda- tração empresarial mediante fusões e Embora seja uma sociedade comercial,
de de Capital de Risco (SCR) vocacio- aquisições; da concretização de opera- a gestão da aicep Capital Global rege-
nada para a promoção ou a realização ções de MBO e MBI ao financiamento se pelos princípios de bom governo
de investimentos em sociedades com de processos de reestruturação empre- do sector empresarial do Estado, tam-
potencial elevado de crescimento e va- sarial, passando pelo investimento em bém adoptado nas empresas em que
lorização, bem como para a gestão de PME intensivas em conhecimento e no- investe. Por outro lado, tratando-se de
Fundos de Capital de Risco (FCR). vas tecnologias com elevado potencial uma empresa de capitais públicos, esta
de internacionalização. participada da aicep Portugal Global
Em complementaridade com a missão desenvolve a sua missão de promoção
confiada à aicep Portugal Global, sua Actualmente, a carteira de investimen- do interesse público em dois domínios
accionista única, cabe à aicep Capital tos sob gestão da aicep Capital Global fundamentais: na prossecução geral dos
Global gerir a oferta de instrumentos de é integrada por cerca de 30 empresas objectivos do Plano Tecnológico, tendo
capital de risco, assumindo como sua vo- de vários sectores de actividade, envol- em vista a reestruturação e moderniza-
cação prioritária a realização de investi- vendo um investimento global de 135 ção do tecido empresarial; e na promo-
mentos em PME residentes em Portugal milhões de euros, dos quais cerca de ção, dinamização, expansão e moderni-
envolvidas em processos de internacio- 50 milhões de euros disponíveis para a zação do mercado de capital de risco,
nalização, seja por via da exportação, concretização de novos investimentos. visando a consolidação de um ambiente
seja pela concretização ou manutenção concorrencial equitativo, a defesa da in-
de investimentos directos no exterior. De referir que na selecção dos projectos e tegridade do mercado e a adopção das
constituição de parcerias, a aicep Capital melhores práticas internacionais.
Neste âmbito, a política de investimen- Global valoriza, em simultâneo, a consis-
tos adoptada privilegia a constituição tência dos planos e estratégias de negó-
de parcerias societárias, na forma de cio, a qualidade e profissionalismo das
aicep
participações no capital, de natureza equipas de gestão, o firme comprome- Capital Global
temporária e minoritária, tendo como timento dos promotores com o êxito dos Rua Laura Alves, n.o 4 – 11.o andar
contrapartes promotores privados, e projectos, o potencial de valorização dos 1050-138 Lisboa
Tel.: + 351 217 802 080
cobre um amplo espectro de interven- capitais investidos, a contratualização de
Fax: + 351 217 950 027
ção: do financiamento de projectos de estímulos adequados à criação de valor info@capitalglobal.pt
expansão da capacidade produtiva à e a fixação de condições consentâneas
www.portugalglobal.pt
alavancagem de operações de concen- com o desinvestimento a médio prazo.

12 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE

aicep no apoio a estratégias de localização empresarial


A Agência para o Investimento e Co- luções globais para a localização em- milhões de euros que gerarão cerca de
mércio Externo de Portugal oferece presarial, que se traduzem no Global 1.500 postos de trabalho.
soluções de localização empresarial, Force e no Global Find.
através da sua participada aicep Global O BlueBiz Global Parques, situado no
Parques. A oferta de serviços a potenciais inves- Vale da Rosa, na Península de Setúbal,
tidores, identificando alternativas de tem uma área de 56 hectares e está
A aicep Global Parques desenvolve a localização com base em critérios reco- vocacionado para a instalação de in-
sua actividade em diferentes áreas, de nhecidos (distâncias a acessibilidades e dústrias ligeiras, nomeadamente auto-
que se destacam a gestão de áreas de pólos estratégicos, classificação urba- motive, aeronáutica, electromecânica,
localização empresarial, com condições nística, envolvente demográfica e eco- distribuição e logística. O parque está
qualificadas para o desenvolvimento de nómica, valores de mercado e outros) apto a acolher empresas de serviços e
actividades empresariais, a promoção são a substância da Global Find, um dispõe de salas para conferências, for-
da oferta nessas áreas e o desenvolvi- dos novos serviços disponibilizados. A mação e eventos empresariais no Cen-
mento de infra-estruturas de excelência Global Force é um produto de presta- tro de Negócios.
contribuindo para o aumento de valor ção de serviços de gestão e instalação
destes activos na economia nacional. de localizações empresariais. O Albiz Global Parques, Parque Empre-
sarial de Albarraque, está localizado
A estratégia da aicep Global Parques Actualmente os parques empresariais no concelho de Sintra, em plena zona
passa também pela gestão da infor- que a aicep Global Parques oferece industrial, e tem uma área de perto de
mação sobre a oferta de áreas para são a Zils Global Parques (Zona Indus- 25 mil metros quadrados. É um parque
localização empresarial em Portugal, e trial e Logística de Sines), o BlueBiz completamente vedado, com seguran-
pela cooperação com a iniciativa priva- Global Parques (Parque Empresarial da ça 24 horas, que oferece todos os ser-

da ou pública, desenvolvendo, quando Península de Setúbal) e o Albiz Global viços e utilities necessárias à actividade
necessário, parcerias com sociedades Parques (Parque Empresarial de Albar- empresarial, estando vocacionado para
gestoras de parques empresariais, de raque, concelho de Sintra). acolher pequenas e médias empresas
áreas de localização empresarial, de zo- industriais e de serviços.
nas de apoio logístico, de tecnopólos e A Zils Global Parques, é uma localiza-
parques de ciência e tecnologia e com ção com clara vocação atlântica, de fá-
outras sociedades cujas actividades cil acesso e próximo do Porto Marítimo
contribuam para a criação de espaços de Sines. A Zils dispõe de áreas voca- aicep
excelentes de localização. cionadas para actividades industriais, Global Parques
logísticas e de serviços, contando já
R. Artilharia Um, nº 79 – 7º,
Com imagem e posicionamento re- com empresas como a Galp, a EDP, a 1250-038 Lisboa
centemente renovados, a aicep Glo- Sonae Indústria, a Cimpor e a Repsol, Tel: +351 213 827 750
bal Parques apresenta também novos empregando cerca de 3.000 trabalha- Fax: +351 213 860 900
globalparques@globalparques.pt
serviços e áreas de actividade, visando dores. Para este parque estão previstos
o reforço do apoio na definição de so- investimentos da ordem dos três mil www.globalparques.pt

Portugalglobal // Abril 08 // 13
DESTAQUE

REDE
ÁFRICA DO SUL / Joanesburgo CABO VERDE / Praia

ALEMANHA / Berlim CANADÁ / Toronto

ANGOLA / Luanda CHILE / Santiago do Chile

EXTERNA ARGÉLIA / Argel

ARGENTINA / Buenos Aires


CHINA, REPÚBLICA POPULAR DA
/ Xangai

CHINA, REPÚBLICA POPULAR DA

DA AICEP
ÁUSTRIA / Viena / Pequim

BÉLGICA / Bruxelas COREIA DO SUL / Seul

BRASIL / São Paulo DINAMARCA / Copenhaga

Copenhaga
Berlim
Haia
Bruxelas
Dublin
Londres
Paris
Milão
Toronto
Barcelona
Nova Iorque
Madrid
S. Francisco
Argel
Rabat

Praia

Cidade do México

São Paulo

Santiago do Chile
Buenos Aires

Centro de Negócios

Escritórios

Representações

14 // Abril 08 // Portugalglobal
DESTAQUE

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS FRANÇA / Paris MACAU / Macau ROMÉNIA / Bucareste


/ Dubai
HOLANDA / Haia MARROCOS / Rabat RÚSSIA / Moscovo
ESPANHA / Madrid
HUNGRIA / Budapeste MÉXICO / Cidade do México SINGAPURA / Singapura
ESPANHA / Barcelona
ÍNDIA, REPÚBLICA DA / Nova Deli MOÇAMBIQUE / Maputo SUÉCIA / Estocolmo
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
IRLANDA / Dublin NORUEGA / Oslo SUÍÇA / Zurique
/ Nova Iorque

ISRAEL / Telavive POLÓNIA / Varsóvia TUNÍSIA / Tunes


ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
/ S. Francisco ITÁLIA / Milão REINO UNIDO / Londres TURQUIA / Ancara

FINLÂNDIA / Helsínquia JAPÃO / Tóquio REPÚBLICA CHECA / Praga

Helsínquia
Oslo
Estocolmo
Zurique Moscovo

Varsóvia
Praga
Budapeste
Viena
Bucareste
Pequim
Ancara
Tunes Seul
Tóquio
Telavive
Xangai
Nova Deli

Dubai
Macau

Singapura

Luanda

Maputo
Joanesburgo

Portugalglobal // Abril 08 // 15
EMPRESAS

Frulact
CRESCE NO MUNDO
Sustentar a sua internacionalização e posicionar-se entre os maiores ‘players’
europeus das agro-alimentares frutícolas são objectivos que a FRULACT quer atingir
num futuro próximo. Os preparados de fruta desta empresa originária da Maia
chegam hoje a vários mercados europeus, com destaque para França e Espanha, mas
também ao Norte de África e Médio Oriente.

Nasceu na Maia em 1987 e é hoje uma um dos cinco principais players euro- sumo são também objectivos estratégi-
exportadora de sucesso de preparados à peus da sua actividade e é reconhecida cos da FRULACT.
base de fruta, com uma facturação da pelo mercado como sendo o challen-
ordem dos 40 milhões de euros em 2007 ger. “Os nossos clientes, com marcas A inovação é um dos factores críticos
e crescimentos médios anuais de 20 por mundiais e locais – Danone, Nestlè, de sucesso da empresa, a par de outros
cento. Desde o início a exportação foi o Yoplait, Senoble, Pascual, Lactalis-Pre- como o relacionamento comercial, serviço
seu principal objectivo, que consolidou sident, Novandie, Emmi, Iparlat, Lacto- ao cliente e qualidade. A FRULACT tem
com uma estratégia de internacionaliza- gal, Unilever –, reconhecem-nos como hoje cerca de dezena e meia de técnicos
ção pautada pela focalização nos requi- parceiros na inovação”, afirma. afectos ao desenvolvimento e cinco à in-
sitos de cada mercado e cliente, onde as vestigação, na sua maioria jovens licencia-
competências de marketing, inovação e As maiores quotas de mercado da em- dos, estando alguns deles envolvidos em
logísticas são determinantes. presa passam por Espanha e França, em- simultâneo em programas de pós-gradu-
bora a FRULACT seja líder em quase to- ação, mestrados e doutoramentos.
A FRULACT está presente industrial- dos os mercados que trabalha. O suces-
Em 2005, a Câmara de Comércio Luso-
mente com seis fábricas em quatro so dos seus produtos nestes mercados
Francesa atribuiu-lhe o Óscar da Expor-
países – Portugal (3), França, Marrocos passa, segundo aquele responsável, pelo
tação, o que, na opinião do presidente
e Argélia –, para servir os mercados eu- “serviço ao cliente de alta performance
do grupo, representa o reconhecimen-
ropeus (Portugal, Espanha, França, Lu- e pela capacidade de traduzir a inovação
to público e a forte aposta no mercado
xemburgo, Suíça), do Norte de África em ‘value for money’ dos clientes. Flexi-
francês efectuada pela FRULACT. Mais
(Marrocos, Argélia e Tunísia) e do Médio bilidade e resposta rápida em termos in-
recentemente foi distinguida com o
Oriente (Líbia, Egipto, Arábia Saudita, dustriais são também factores de atracti-
Prémio PME Inovação COTEC BPI.
Emirados Árabes Unidos, Irão e Israel). A vidade e retenção de clientes”.
empresa prevê atingir 50 milhões de eu- Com fábricas na Maia, na Covilhã, em
ros em vendas consolidadas em 2009. Consolidar a sua posição no mercado Vichy (França), em Larache (Marrocos),
europeu no seu core business, instalar- e em Akbou (Argélia), e uma capaci-
De acordo com João Miranda, presi- se no mercado de Leste e penetrar em dade de produção instalada de 60 mil
dente da empresa, a FRULACT é hoje certos segmentos do mercado de con- toneladas, a FRULACT tem na indústria
de preparados de fruta para lacticínios,
pastelaria industrial, gelados e bebidas
a sua principal actividade. O grupo
emprega mais de 250 pessoas directa-
mente e envolve mais de 700 postos de
trabalho indirectos, número que pode
ultrapassar o milhar em fases de gran-
de actividade cíclica sazonal.

Frulact
Rua do Outeiro, 589
4475-150 Gemunde, Maia - Portugal
Tel. 229 287 910
Fax. 229 287 919

www.frulact.pt

16 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS

Crioestaminal
SANGUE NOVO
Criada por profissionais e empresas da área da saúde em 2003, a Crioestaminal foi
a primeira empresa em Portugal a oferecer aos pais a possibilidade de isolarem
e criopreservarem as células estaminais do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos.
Hoje, com uma posição líder no mercado ibérico, aposta na criação e diversificação
de serviços e nos projectos de investigação e desenvolvimento (ID).

da Universidade de Coimbra/Biocant e
com o Instituto Superior Técnico. Com
o objectivo de estimular a investigação
de qualidade neste sector, a Crioestami-
nal, juntamente com a Associação Viver
a Ciência, lançou em 2005 a primeira
edição do Prémio Crioestaminal de In-
vestigação em Biomedicina.

“O nosso maior reconhecimento é po-


dermos contribuir para melhorar a quali-
dade de vida das pessoas”, enfatiza Raul
Santos. Embora a principal área de acti-
vidade seja a criopreservação das células
estaminais do sangue do cordão umbi-
lical, a empresa tem vindo a apostar na
diversificação e oferta de outros serviços
avançados no sector saúde, nomeada-
mente os resultantes da sua actividade
de Investigação e Desenvolvimento (ID).
Neste sentido, consolidou parcerias com
instituições internacionais e várias enti-
dades do sistema científico e tecnológi-
A Crioestaminal – Saúde e Tecnologia, mercados prioritários da Crioestaminal co nacional, com o objectivo de alargar
SA, com sede no Biocant Park, em Can- são a Espanha, país onde irá reforçar a o âmbito de aplicações terapêuticas das
tanhede, “conta actualmente com a sua posição este ano através da Crioes- células estaminais do sangue do cordão
confiança de um número crescente de taminal Spain, SA, organização partici- umbilical e desenvolver outros serviços. A
pais portugueses – mais de 20 mil – que pada a 100 por cento pela Crioestaminal oferta destes serviços é feita pela Crioes-
optaram por aderir aos serviços inova- - Saúde e Tecnologia, SA, e a Itália, que taminal, criada em 2006, a Genelab, Lda.,
dores da empresa”, diz Raul Santos, representa cerca de 10 por cento dos um laboratório que presta serviços de
CEO da empresa. Dispõe de uma equipa seus clientes. No início de 2007 entraram diagnóstico molecular nas áreas da Ge-
com mais de 30 colaboradores, na gran- na estrutura accionista da empresa a As- nética, Oncologia e Doenças infecciosas.
de maioria graduados e pós-graduados sociação Nacional de Farmácias (ANF) e
nas áreas de Bioquímica, Biologia e ou- o Fundo de Private Equity Explorer I, com
tras relacionadas com o sector da saúde, o objectivo de consolidar a liderança da crioestaminal
o que a torna uma das empresas euro- empresa no mercado português e refor- Saúde e Tecnologia, SA.
peias de referência no sector. O volume çar a sua aposta na internacionalização.
Biocant Park,
de negócios rondou, em 2007, os 5 mi- Núcleo 4, Lote 2,
lhões de euros, o que aponta para uma Actualmente estão em curso alguns pro- 3060-197 Cantanhede - Portugal
Telefone: 231 410 900
taxa de crescimento superior a 40 por jectos de investigação na área da Bio-
Fax: 231 410 909
cento relativamente ao ano anterior. medicina, nomeadamente com o Insti- info@crioestaminal.pt
tuto de Medicina Molecular e o IPO, em
www.crioestaminal.pt
Em termos de internacionalização, os Lisboa, com o Centro de Neurociências

Portugalglobal // Abril 08 // 17
EMPRESAS

COBA
CONSULTORIA ESTRATÉGICA
Desde a sua fundação, em 1962, a COBA tem mantido um forte crescimento na sua
área de actividade, tendo conseguido nos últimos anos um volume de negócios
estável, na ordem dos 20 milhões de euros, 35 por cento do qual obtido no exterior,
em mercados como a Argélia e Angola.

Empresa de consultores de engenharia


e ambiente, com mais de 40 anos de
actividade nacional e internacional, a
COBA – Consultores para Obras, Bar-
ragens e Planeamento, SA, encontra-se
hoje entre as maiores do país. Fundada
no início dos anos 60 por um grupo de
especialistas portugueses de renome
internacional no domínio das barra-
gens abóbada, rapidamente alargou
o seu campo de acção a outras áreas,
como sejam os aproveitamentos hidro-
agrícolas e hidroeléctricos, infra-estru-
turas de transporte rodoviário, trans-
porte ferroviário convencional e de alta
velocidade, preservação do ambiente,
cartografia e sistemas de informação
geográfica, entre outras.

No mesmo ano em que foi fundada


em Portugal, criou também a COBA nicos especializados nas várias áreas A projecção internacional do Grupo tem
do Brasil e, um ano depois, em 1963, a da sua intervenção: Diz Vítor Carneiro: exigido, por parte das suas empresas, a
CONSULPRESA, em Madrid, cujo objec- “É fundamental uma forte competên- adopção de estratégias inovadoras em
tivo foi garantir a realização de aprovei- cia técnica desenvolvida no mercado matéria de mercado global: conheci-
tamentos hidroeléctricos em Espanha. interno, depois também aplicada no mentos linguísticos, conhecimento real
“Esta tendência esteve sempre paten- mercado externo, a disponibilidade dos do país em termos culturais, assim como
te na vida da empresa, tendo seguido quadros para trabalhar em ambientes das empresas de consultoria e de cons-
uma política de, por um lado, ampliar diferenciados e um grande empenho trução locais, das empresas internacio-
a sua acção e consolidar a sua posição de todos num projecto comum”. nais com quem desenvolver parcerias,
em dado país e, por outro, investigar das regras de contratação, estabele-
o potencial de novos mercados”, subli- A COBA, mesmo nas alturas em que cimento de relações pessoais e profis-
nha Vítor Carneiro, engenheiro e vice- o mercado português estava em alta, sionais, dos projectos programados no
presidente da COBA. manteve e até reforçou as apostas no ex- curto/médio prazo, identificação dos
terior. Apesar dos grandes investimentos concursos onde se é realmente forte.
O crescimento da empresa foi acompa- que em várias alturas mantinham atracti-
nhado da participação no capital de al- vo o mercado português, a actividade da
gumas empresas nacionais e estrangei- COBA no exterior nunca baixou dos 10 coba
ras, tendo o desenvolvimento de novas por cento. Nos últimos anos tem vindo Consultores para Obras,
Barragens e Planeamento, SA
áreas conduzido, em alguns casos, à a crescer de forma sustentada, passan-
sua autonomização pela fundação de do de cerca de 10 por cento em 2000 Av. 5 de Outubro, 323
empresas especializadas. Foi assim cria- para perto de 20 por cento em 2005, 28 1649-011 Lisboa - Portugal
Tel.: 210 125 000
do o Grupo COBA, independente e pri- por cento em 2006 e cerca de 35 por
Fax: 217 970 348
vado, contando com cerca de 400 co- cento em 2007, sendo Angola, Argélia, coba@coba.pt
laboradores permanentes, sendo mais Moçambique e o Brasil os mercados de
www.coba.pt
de 60 por cento dos seus quadros téc- maior volume de negócios.

18 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS

EDIGMA.COM
TOUCHING THE FUTURE
Espanha, Austrália e Estados Unidos são alguns dos mercados de aposta da
EDIGMA.COM, uma tecnológica portuguesa que viu o seu negócio crescer em média
225 por cento nos últimos dois anos. O principal desafio da empresa é manter a
inovação constante nos seus produtos.

Um conhecido filme de Steven Spiel- interactivos e aplicações de Internet. A COM para o futuro é manter a inovação
berg (Minority Report) previa que em pesquisa e o desenvolvimento que su- constante na empresa, “criando novos
2054 a espécie humana usaria displays portam a criação de novas tecnologias produtos disruptivos, fruto de pesquisa
transparentes interactivos dispensando e produtos interactivos inovadores, com interna e da ligação a Institutos dedica-
os tradicionais teclados e ratos. Numa a marca DISPLAX™ – Interactive Syste- dos à Investigação e Desenvolvimento
antecipação ao futuro, a EDIGMA.COM ms, estão concentrados no FutureLab desde que estes acrescentem mais valias
– Gestão de Projectos Digitais, SA, lan- – Research Center da empresa. ao nosso negócio e à criação concreta de
çou, em 2004, o DISPLAX™ – Interactive produtos”, revela o mesmo responsável.
Window, um produto inovador que pa- A empresa iniciou o seu processo de in- A empresa prepara-se para ter presença
rece ter vindo directamente do filme do ternacionalização em 2004, tendo hoje directa em mercados específicos, como
conhecido realizador norte-americano, já projectos de referência implantados em Madrid ou Nova Iorque, e consolidar a
que permite que qualquer pessoa comu- mercados exigentes e competitivos como sua posição no mercado mundial.
nique com um ecrã transparente e holo- a Austrália, Dubai (EAU), Singapura,
gráfico através do toque de um dedo. Austrália, Brasil, Peru, Itália, Holanda e Os principais produtos da EDIGMA.
COM são o já referido DISPLAX™ – In-
teractive Window, o DISPLAX™ – Inte-
ractive Film (uma película transparente
e autocolante que permite que qual-
quer superfície se possa tornar num
touch screen de grandes dimensões) e
o DISPLAX™ – Interactive Floor (um sis-
tema interactivo que permite que qual-
quer chão se torne numa área de jogo,
de apresentação de informação, ima-
gens, vídeos, entre outras aplicações).
Nas aplicações de Internet, o seu pro-
duto de topo é o Edigma.netBusiness
que permite gerir on-line o negócio e
a comunicação de uma empresa. Vo-
dafone, Microsoft, Deloitte, Benetton,
3M, Sony, Fujitsu, Pepsi e Merck Sharp
Fundada em 2000, a EDIGMA é reconhe- Estados Unidos. “O DISPLAX represen- & Dohme encontram-se entre os clien-
cida no mercado pela sua inovação e pela tou para nós um marco histórico que tes internacionais da EDIGMA.COM.
capacidade de criação de novos produtos nos catapultou para o mercado interna-
interactivos disruptivos, aliando ainda cional, onde estamos com uma fortíssi-
o know-how histórico em tecnologias ma presença, em todos os continentes, displax_interactive
web-based para gestão de conteúdos através de distribuidores e integradores systems
de alto impacto. Desta forma, a empresa locais, que junto dos clientes finais ven-
apresenta uma oferta global ao mercado, dem e instalam os nossos produtos”, Centro de Negócios Empresariais
Parque Ind. Adaúfe , lt. C3
diferenciadora e integrada, apoiando-se afirma Miguel Fonseca, Administrador 4710 - 167 Braga - Portugal
no lema Touching the Future. da EDIGMA.COM. Nos dois últimos anos Tel.: 253 265 506
e EDIGMA tem crescido a uma média de Fax: 253 265 507
displax@displax.com
Com apenas 30 colaboradores, a EDIG- 225 por cento e em 2007 atingiu um
MA.COM centra a sua actividade em volume de negócios de 1,5 milhões de www.edigma.com
www.displax.com
duas grandes áreas de negócio: sistemas euros. O principal desafio da EDIGMA.

20 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS

Grupo Lena
LUCROS RECORDE EM 2008
O Grupo Lena prevê atingir a facturação recorde de 850 milhões de euros em 2008.
Um processo de crescimento contínuo e sustentado em dezenas de empresas,
que operam nos mais amplos e diferentes sectores de actividade.

O mercado africano representa uma


grande aposta, nomeadamente Angola
– com actividades nas áreas da Cons-
trução, Comércio Automóvel e Comu-
nicações –, e Argélia, onde a empresa
tem um escritório de representação e
procede à reabilitação de uma estrada
nacional e à construção de uma unida-
de hospitalar de cardiologia pediátrica
no valor de 15 milhões de euros. Em
Agosto de 2007, iniciou a sua activi-
dade em Marrocos, com a maior obra
executada em território estrangeiro por
uma empresa portuguesa, no valor de
111 milhões de euros: dois grandes tro-
O Grupo Lena aposta na diversidade de construtora Lena que a nossa motiva- ços de uma das principais auto-estra-
actividades para evitar a excessiva de- ção para o crescimento assenta no de- das marroquinas.
pendência da construção. O conjunto senvolvimento, na diversificação e nas
de 70 empresas que operam em dife- fortes relações de parceria. Os gran- Muito recentemente a Lena Hotéis e
rentes sectores nasceu e desenvolveu- des objectivos, as opções estratégicas Turismo, sub-holding para a área do Tu-
se a partir da Lena Construções, fun- fundamentais e os factores críticos de rismo e Hotelaria, anunciou a aquisição
dada há quase quatro décadas, garan- sucesso mantiveram-se ao longo dos de dois empreendimentos turísticos em
tindo um crescimento sustentado em anos, o que nos faz acreditar que ama- Pipa – o Hotel Paraíso e a Pousada das
número de negócios e em resultados. nhã o Grupo Lena será a consolidação Canoas – no Estado do Rio Grande do
daquilo que é hoje”. Norte, inaugurando desta forma a en-
Hoje, o Grupo Lena é responsável por trada do Grupo no mercado hoteleiro
2.200 colaboradores directos e por um A matriz da internacionalização do brasileiro.
volume de negócios que evoluiu de 150 Grupo assenta na Construção, mas ac-
milhões de euros em 1999 para 520 mi- tividades como o Turismo, o Comércio Miguel Henriques considera que “a
lhões no último ano. Em paralelo com Automóvel, a Metalomecânica e as Co- Lena Construções vai continuar a ser o
a construção, o Grupo desenvolve ne- municações ganham crescente impor- grande motor do crescimento, que per-
gócios no Ambiente e Energia, Turismo tância. O primeiro passo nos mercados mitirá a crescente internacionalização
e Serviços, Automóveis, Comunicação externos foi dado com a Construção, das restantes empresas do Grupo”.
e Investigação e Desenvolvimento. Para no Brasil, em 1997, através de quatro
além destas áreas, em 2002, com a to- empresas da constelação Lena.
mada de participação de 47,5 por cento
na Biocodex, uma incubadora de empre- Actualmente o Grupo constrói em Mo- grupo lena
sas na área das ciências da vida, o Grupo çambique, na Roménia (um viaduto em
Edifício Grupo Lena
apostou na Biotecnologia com a criação Bucareste no valor de 6,8 milhões de
Estrada da Estação, 9 -11, 3o andar
de quatro empresas: a Bioteca, a Gene- euros), na Bulgária (ganhou a adjudica- Marrazes
test, a Imunostar e a Bébévida Spain. ção da exploração de 400 quilómetros 2415 409 Leiria - Portugal
Tel.: 244 880 320
de auto-estrada e a construção de 200),
Fax: 244 880 339
Segundo Miguel Henriques, adminis- Angola, Argélia, Marrocos, estudando, geral@grupolena.pt
trador de uma das empresas do Gru- de momento, novas oportunidades na
www.grupolena.pt
po, “desde o início da actividade da Rússia.

Portugalglobal // Abril 08 // 21
EMPRESAS

Eurocer
SUCESSO COM PREÇO E QUALIDADE
A Eurocer foi fundada em 1988, no Carregado, para fabricar louça sanitária
para exportação. Hoje é uma das unidades chave no universo Sanitec.

Foi a qualidade da mão-de-obra nacional das peças da Sanitec França, ou seja, jam, sempre com o objectivo de servir
e a excelência das matérias-primas que produz 15 por cento da totalidade das os clientes”.
atraiu o Grupo Francês Lafarge para o peças de louça sanitária vendidas no
nosso país. Poucos anos depois de cria- mercado francês. Mérito incontornável Todas as peças produzidas na fábrica do
da, no início dos anos 90, a Eurocer foi para os 400 colaboradores da empresa Carregado estão assim espalhadas pe-
comprada pelo também francês Grupo los grandes mercados europeus: Fran-
Sanitec e o desafio manteve-se: produ- ça, Inglaterra, Itália, Alemanha, Holan-
zir louça sanitária de alta qualidade, to- da e Polónia, entre outros. É na produ-
talmente destinada à exportação. A este ção centrada em Portugal que o Grupo
propósito, o director-geral da Eurocer, Eric Sanitec vai continuar a apostar, sempre
Jauffret, tem a opinião de que Portugal com o objectivo de ganhar competitivi-
“foi abençoado pelos deuses da fortuna, dade face à forte concorrência. Neste
tem mão-de-obra muito competente, momento, o projecto mais imediato
um know-how único e matérias-primas passa pela aquisição em Portugal de
de eleição para esta indústria”. todos as matérias-primas e serviços ne-
cessários à produção, transformando a
Em tempos de crise, cresce cada vez louça sanitária da Eurocer num produto
mais a importância da Eurocer no uni- 100 por cento português.
verso Sanitec. Com o preço médio de
venda a baixar nos principais mercados a quem o Eric Jauffret tece os mais ras-
e o preço de produção a subir constan- gados elogios: “a Eurocer em seis anos eurocer
temente, a única solução para a Sani- conseguiu atingir a maior produtivida- Quinta do Peixoto, Apartado 47
tec crescer em França é entregar cada de do nosso Grupo com uma qualidade 2584 908 Carregado - Portugal
vez mais produção na fábrica do Carre- invejável, cumprindo sempre os prazos Tel.: 263 858 100
eric.jauffret@eurocer.pt
gado. Hoje, a Eurocer produz metade de entrega, por mais difíceis que se-

22 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS

Efacec
CRESCIMENTO NOS NEGÓCIOS GLOBAIS
É considerada uma empresa portuguesa de referência pelo seu modelo de
crescimento no mercado interno e no exterior. Está presente em mais de 65 países
e o seu volume de negócios ascende a 600 milhões de euros. Para os próximos cinco
anos, a estratégia de crescimento da Efacec passa pela globalização de negócios em
mercados de maior potencial para a empresa.

A Efacec é hoje uma das empresas por-


tuguesas com uma presença mais alar-
gada do mundo, operando em sectores
vocacionados para o futuro, que vão da
energia aos transportes e à engenharia,
do ambiente aos serviços e às energias
renováveis.

A sua estratégia para os próximos cin-


co anos passa pelo crescimento inter-
nacional orientado para os mercados
de maior potencial para a empresa,
onde se ambiciona replicar, a prazo,
o portfolio de negócios diversificado,
num total de dez, que hoje é detido
em Portugal. Os mercados prioritários
são EUA, América Latina (Brasil/Argen-
tina/Chile), Espanha, Europa Central,
Magrebe e África Austral. De salientar
que de acordo com a estratégia traça-
da pela empresa, e devido à sua eleva- Para 2008, estão previstos investimen- ria, Ambiente e Serviços; e Transportes
da competitividade, quatro desses ne- tos da ordem dos 100 milhões de euros e Logística – que abrangem os dez
gócios (Transformadores, Transportes, em mercados como o norte-americano, negócios acima mencionados. A em-
Automação e Média Tensão) estão pre- no Brasil, na Roménia, na Eslováquia, presa posiciona-se actualmente como
sentes em mercados a nível mundial, na Roménia e na Índia. O ano passa- um dos grandes players mundiais nos
sendo por isso negócios globais. do, entre os investimentos da Efacec seus sectores de actividade, concor-
no exterior, destaca-se a compra, por rendo com outras empresas interna-
Fora dos mercados considerados prio- 20 milhões de euros, da ACS (Advan- cionais com dimensão e de vanguarda
ritários, a Efacec aposta no desenvolvi- ced Control Systems), uma empresa de tecnológica. No mercado da exporta-
mento de oportunidades (por exemplo, engenharia com sede em Atlanta (EUA) ção, que representa hoje cerca de 62
em resposta a solicitações recebidas de com actividade complementar à da Uni- por cento do seu volume de negócios,
parceiros ou clientes) centradas nos ne- dade de Automação em Portugal (cer- a Efacec posiciona-se cada vez mais
gócios onde as suas competências dis- ca de 100 colaboradores). Igualmente como exportadora de tecnologias e de
tintivas lhe permitem concorrer com as de realçar a assinatura de um contrato soluções tecnologicamente sofistica-
grandes multinacionais. para a construção de uma fábrica de das. A empresa emprega mais de três
transformadores de potência em Effin- mil colaboradores.
No mercado interno, a Efacec irá consoli- gham, na Geórgia, por 80 milhões de
dar a sua posição, actuando no seu leque euros, e que, numa primeira fase, irá
diversificado de negócios e privilegiando criar 400 postos de trabalho, estando
grupo efacec
o relacionamento com outras empresas previsto o arranque da produção para Apartado 1018
portuguesas de referência para conseguir a segunda metade de 2009. 4466-925 S. Mamede de Infesta - Portugal
Tel.: 229 562 727
oportunidades de crescimento e desen- Fax: 229 518 933
volver novas áreas de negócios, acrescen- A actividade da Efacec está dividida em
www.efacec.pt
tou a fonte da empresa. três grandes áreas – Energia; Engenha-

Portugalglobal // Abril 08 // 23
EMPRESAS

Martifer
LUCROS ATINGEM 342 MILHÕES
A Martifer é líder ibérica na metalomecânica e já tem negócios no imobiliário
e na energia. Nos últimos cinco anos, os proveitos operacionais da empresa
registaram crescimentos médios anuais de 30 por cento.

Desde a sua fundação, em 1990, a em- empresa especializou-se no fabrico de ra de centros comerciais e retail parks,
presa registou 17 anos de crescimento equipamentos e adquiriu um quarto do tanto em Portugal como nos países do
contínuo. As distinções sucedem-se e, capital da REpower, sexta maior fabri- leste europeu, além de outros negócios
no final ano passado, a empresa foi dis- cante mundial de aerogeradores, de- em parques empresariais, plataformas
tinguida com o prémio Organic Grower pois de, aliada aos indianos da Suzlon, logísticas e de armazenagem.
of the Year 2007, que visa distinguir ter lançado uma OPA bem sucedida
as empresas com melhor crescimento sobre aquela empresa alemã. A Martifer faz jus à distinção conferida
orgânico. O prémio foi disputado por pelo Great Place to Work Institute, ao
empresas de todas as dimensões a nível Mas este não é o único investimento no ser considerada uma das dez melhores
mundial. Nos primeiros nove meses de sector da energia que a Martifer tem em empresas para trabalhar em Portugal,
2007, os proveitos operacionais conso- curso. A empresa de Oliveira de Frades como resultado das suas políticas de
lidados da Martifer atingiram os 243 investiu nos biocombustíveis e em par- gestão de recursos humanos, qualida-
milhões de euros, o que significou um ques eólicos, tendo ainda ganho a con- de, inovação e segurança no trabalho.
aumento de 81 por cento em relação a cessão de uma mini-hídrica na Roménia. A aposta na excelência dos recursos
igual período de 2006. Enquanto isso prepara um projecto de humanos é um dos factores críticos no
internacionalização do negócio das ener- sucesso alcançado. Recentemente, dois
Os irmãos Martins conseguiram transfor- gias renováveis para os Estados Unidos, engenheiros do Grupo foram distingui-
mar uma pequena unidade de metalome- Índia e Emirados Árabes Unidos. O nu- dos com o prémio mais importante na
cânica numa empresa cotada com inte- clear é também uma oportunidade para área da investigação, atribuído pela
resses cada vez mais diversificados. Longe a empresa, bem como a energia gerada Ordem dos Engenheiros, no âmbito do
vão os tempos da fundação da empresa, pelo movimento das ondas. Com um in- trabalho desenvolvido na empresa Prio.
em que fabricava estruturas metálicas a vestimento de 250 milhões de euros no A Martifer tem actualmente 1.800 co-
baixo preço. A partir de 1997, com a pro- negócio dos biocombustíveis, a empresa laboradores e está presente em 16 paí-
dução de estruturas para a EXPO’98, a aposta também na comercialização e ins- ses dos cinco continentes.
empresa teve uma estreia de luxo no mer- talação de painéis fotovoltaicos e, atra-
cado de qualidade e nunca mais parou. vés da PRIO, uma das empresa do grupo,
A Torre Vasco da Gama, o complexo de começou a produzir biodiesel a partir do
martifer
chegadas do aeroporto de Lisboa e três cultivo de girassóis, esperando alcançar Zona Industrial, Apartado 17
estádios do Euro 2004 são exemplos de as 100 mil toneladas já no corrente ano. 3684 001 Oliveira de Frades
Tel.: 232 767 700
excelência do agora maior player ibérico Fax: 232 767 750
no sector da metalomecânica. O sucesso da Martifer estendeu-se ago- info@martifer.com
ra ao imobiliário e a empresa de Carlos www.martifer.com
Com a entrada no sector da energia, a e Jorge Martins é promotora e gesto-

24 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS - EMPREENDEDORISMO

MARTIFER GANHA PRÉMIO LOGOPLASTE É 5a


DE EMPREENDEDOR DO ANO A NÍVEL MUNDIAL

Seis empresários portugueses estiveram Filipe de Botton e Alexandre Relvas diri-


gem um grupo com cerca de 1.500 cola-
na corrida final do Prémio Ernst & Young boradores e com um volume de negócios
Entrepreneur of the Year 2007. Os grandes de 240 milhões de euros. Desde a sua
fundação, a Logoplaste disseminou a sua
vencedores foram os irmãos Carlos e Jorge presença com 51 fábricas em 12 países.
Martins da Martifer. O conceito de outsourcing, criado a partir
de uma ideia de Marcel de Botton, assen-
ta na estratégia de criar unidades Logo-
plaste dentro das fábricas dos clientes.
Actualmente a Logoplaste é líder nacional
na produção e comercialização de emba-
lagens, terceira a nível europeu, segunda
no Brasil e quinta do ranking mundial.
Cerca de 75 por cento da sua facturação
provém dos mercados mundiais.

A empresa define como objectivo alcan-


çar uma facturação superior a mil milhões
de euros em 2015, devendo crescer anu-
almente, pelo menos, 15 por cento, o
que tem sido possível concretizar.

No início dos anos 90, a Logoplas-


te lançou e dinamizou em Portugal o
sistema Ponto Verde e é a única accio-
nista privada desta sociedade, gerindo,
no país, o Sistema Integrado de Gestão
de Resíduos de Embalagem. Nas suas
fábricas os níveis de perdas são moni-
torizados para minimizar a quantidade
de resíduos a escoar e foi estabelecida
uma política global de grupo para dimi-
Mais uma distinção para os dois rostos vas, foi distinguida com os prémios Inter- nuir, todos os anos, os pesos das emba-
do sucesso da Martifer. No dia 5 de national Entrepreneur of the Year e Social
Março, o júri, presidido pelo presidente Entrepreneur of the Year. Jorge Guima-
da aicep Portugal Global, Basílio Hor- rães, o médico que fundou a Alert Life
ta, decidiu distingui-los com o prémio Sciences Computing, recebeu o título de
“Empreendedor do Ano 2007” promo- Emerging Entrepreneur of the Year.
vido pela Ernst & Young. Os dois em-
presários vão representar Portugal, no Na lista de seis finalistas marcaram
Mónaco, no final de Maio, e tentar ga- também presença João Costa Reis da
nhar o título mundial de “Empreende- Domusvenda, João Miranda da Frulact
dor do Ano”. A Martifer é líder ibérica e Diogo Salvi da Tim w.e.
na metalomecânica, com negócios no
imobiliário e na energia. Nos últimos A escolha destas seis candidaturas
cinco anos, os proveitos operacionais foi feita com base em critérios muito
da empresa registaram crescimentos selectivos e privilegiou o espírito em-
médios anuais de 30 por cento (ver ar- preendedor, a integridade pessoal, a
tigo na página 24). influência exercida pelo empresário, a
performance financeira, a estratégia, o
A Logoplaste representada por Marcel de impacto global do projecto e a capaci-
Botton, Filipe de Botton e Alexandre Rel- dade inovadora.

26 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS - EMPREENDEDORISMO

ALERT NO TOPO
DO SOFTWARE CLÍNICO

lagens que vende aos seus parceiros.

A Logoplaste fornece assistência mé-


dica e prepara a integração social de
crianças e adolescentes com problemas
de desenvolvimento. Através do CADin
(Centro de Apoio ao Desenvolvimento
Infantil promovido pela empresa), no úl-
timo ano, cerca de 6.500 famílias foram
apoiadas em mais de 8 mil consultas e
cerca de 15 mil sessões de intervenção. A
empresa pretende tornar-se um dos cen-
tros de competência líder na Europa para
o tratamento e pesquisa de problemas
no desenvolvimento infantil.

Em cooperação com os sistemas inter-


municipais, a Logoplaste promoveu um
projecto-piloto para a recolha selecti-
va de embalagens PET pós-consumo
em contentores especiais. O projecto
abrange cerca de 200 mil pessoas e, em
24 meses, os resultados apontam para
melhorias na produtividade e na pureza
dos resíduos recolhidos, em comparação
com o sistema de recolha tradicional por A Alert dá cartas no desenvolvimento mercados nacional e internacional, es-
ecopontos. Com o objectivo de reciclar de software clínico e já é a maior em- tará prestes a dar um salto “quântico”
as embalagens PET, a empresa promoveu presa tecnológica do Sul da Europa. em termos de dimensão. Na sua opi-
ainda uma parceria com a Selenis SA, de- Nascida da capacidade empreendedora nião, a inovação contínua, a qualidade
senvolvendo uma indústria de reciclagem do médico e investigador Jorge Guima- e a diferenciação do produto podem
que transforma garrafas usadas em ma- rães, conta com uma equipa multidis- multiplicar por 20 o actual volume de
téria-prima para produção de novas em- ciplinar de 400 colaboradores e, em negócios, suportados pela expansão
balagens, com uma capacidade de pro- 2007, atingiu um volume de negócios nos mercados internacionais e pela
cessamento de 5 mil toneladas por ano. superior a 24 milhões de euros. As suas aposta em novas áreas de negócio,
soluções encontram-se em mais de me- nomeadamente na análise de dados-
tade das urgências nacionais e estão bioestatística. Jorge Guimarães acredi-
presentes em mais de 30 países. Está ta também que não é apenas a base
inteiramente dedicada ao desenvolvi- tecnológica do negócio a razão do su-
mento, distribuição e implementação cesso alcançado, mas, acima de tudo, a
do software clínico Alert, um conjunto capacidade de compreender o modelo
de soluções para apoio aos procedi- de negócio da área da saúde, as suas
mentos clínicos em instituições de saú- necessidades operativas e de gestão, e
de, nomeadamente hospitais e centros de incorporar novas ideias, novos mé-
de saúde. Entre as diversas ferramentas todos e processos nas diversas soluções
e capacidades que disponibiliza, o Alert que compõem o suite Alert.
ergue o ambiente paper free a partir
da informatização de toda a actividade O sonho de Jorge Guimarães enquanto
clínica. empresário é o de conseguir impacto
visível nos outcomes do sector da saú-
A visão de Jorge Guimarães em relação de e, em última instância, contribuir
ao seu negócio é que a Alert, face à para o decréscimo da mortalidade e
capacidade de crescimento demonstra- gerar um efeito positivo na sociedade
da e face à credibilidade alcançada nos em geral.

Portugalglobal // Abril 08 // 27
EMPRESAS - APOIOS

Ricardo Oliveira (GPM)

AICEP APOIA
AS EMPRESAS
Apoiar as empresas portuguesas nas diversas vertentes da
internacionalização é uma das missões da aicep Portugal Global.
No site da Agência está disponível o Guia do Exportador. No âmbito
do QREN, foram aprovados 25 projectos de internacionalização
num valor superior a 35,5 milhões de euros.
28 // Abril 08 // Portugalglobal
EMPRESAS - APOIOS

Com a sua actividade vocacionada para cam-se os incentivos financeiros dispo- Global gere um fundo de capital de ris-
o negócio internacional, a aicep Portu- nibilizados através do QREN, nomea- co a que as PME podem ter acesso.
gal Global acompanha, em matéria de damente com o Sistema de Incentivos
investimento estrangeiro estruturante, transversal – o SI Qualificação PME Refira-se que no âmbito do QREN fo-
as empresas nacionais e estrangeiras que (Sistema de Incentivos à Qualificação ram já aprovados 25 projectos conjuntos
elegem o nosso País para o desenvolvi- e Internacionalização de PME) que visa envolvendo um total 958 PME e um in-
mento dos seus projectos e, em termos promover a competitividade das PME, vestimento de 35,6 milhões de euros, a
de exportação, as empresas que já têm através do aumento da produtividade, que corresponde um incentivo de 15,4
ou pretendem vir a ter actividade a nível da flexibilidade e da capacidade de milhões de euros. Em causa estão investi-
internacional. Além de apoiar as em- resposta e presença activa das PME no mentos em mais de três dezenas de países
presas que vendem regularmente para mercado global. Cabe à aicep Portugal que poderão proporcionar um aumento
o estrangeiro a consolidar as suas posi- Global analisar tecnicamente os projec- das exportações em 515 milhões de eu-
ções ou diversificar os seus mercados, a tos com investimentos maioritariamen- ros nas fileiras envolvidas (ver caixa).
Agência apoia o arranque da actividade te relacionados com a área da interna-
exportadora de empresas com produto cionalização. É ainda importante referir A aicep Portugal Global presta igualmen-
ou serviço próprio em que seja identifi- que as empresas têm também à sua te um importante apoio às empresas,
cado potencial de internacionalização. disposição a possibilidade de recorrer nomeadamente PME, que já exportam
ao Capital de Risco para fazerem cres- ou que pretendem começar a exportar
No apoio à internacionalização, desta- cer os seus negócios. A aicep Capital através da divulgação de informação,

QREN: os novos incentivos às empresas


No âmbito do QREN, o novo Quadro de Referência mentos estratégicos complementares, nomeadamente
Estratégica Nacional para 2007-2013, contam-se três o capital de risco, as redes e acções colectivas (acções
Sistemas de Incentivos ao Investimento nas Empresas: colectivas e acções de conhecimento e vigilância de
o Sistema de Incentivos à Qualificação e Internaciona- mercados) e a formação para a internacionalização
lização das PME (SI Qualificação PME), o Sistema de (Programa InovContacto).
Incentivos à Inovação (SI Inovação) e o Sistema de In-
centivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológi- Por tipologia, os projectos podem ser individuais (quan-
co nas Empresas (SI I&DT). do apresentados por uma PME), conjuntos (quando
uma entidade pública ou associação empresarial de-
Destes, destaca-se, como sistema transversal, o SI Qua- senvolve um programa estruturado de intervenção
lificação PME, que prevê como uma das tipologias de num conjunto de, no mínimo, dez PME), de coopera-
projectos elegíveis a Internacionalização, apoiando ção (relativo ao desenvolvimento da cooperação inte-
investimentos de PME no conhecimento de mercados, rempresarial) e simplificados de inovação (vale inova-
desenvolvimento e promoção internacional de marcas, ção). A candidatura de projectos a estes incentivos é
prospecção e presença activa em mercados internacio- efectuada pela Internet através de formulário próprio
nais e promoção e marketing internacional. A taxa base após o lançamento do respectivo concurso.
do incentivo na modalidade não reembolsável é de 35
por cento das despesas elegíveis, sendo susceptível de Concursos previstos para 2008:
várias majorações em função de critérios diversos e po- • Vale Inovação – 02-Mai a 16-Jun
dendo o apoio financeiro, nos projectos individuais, • Projectos individuais – 15-Fev a 16-Abr
ascender a 250.000 euros. A aicep Portugal Global é o • Projectos conjuntos (outras tipologias) – 15-Fev a 16-Abr
organismo responsável pela análise dos projectos com • Projectos em cooperação – 15-Fev a 16-Abr
investimentos maioritariamente relacionados com a • Vale Inovação – 15-Set a 31-Out
área da internacionalização. • Projectos individuais – 15-Set a 14-Nov
• Projectos conjuntos (Internacionalização) – 15-Set a
Na área da promoção internacional, referência tam- 14-Nov
bém para o SI Inovação, sistema que visa a inovação no • Projectos conjuntos (outras tipologias) – 15-Set a 14-Nov
tecido empresarial, promovendo o aparecimento de • Projectos em cooperação – 15-Set a 14-Nov
novos produtos, serviços e processos orientados para
os mercados internacionais.

Para potenciar os apoios concedidos pelos sistemas Mais informações em:


de incentivos encontram-se também previstos instru- www.incentivos.qren.pt

Portugalglobal // Abril 08 // 29
EMPRESAS - APOIOS

do aconselhamento e da consultoria oportunidades de negócios (concursos, portuguesa no exterior, do melhoria e


para os mercados externos, potencian- projectos, oportunidades comerciais, reposicionamento da imagem do país,
do e dinamizando a actividade exporta- etc.) e potenciais clientes/importado- de formação e aconselhamento e de
dora nacional. No site da Agência está res, a informação sobre mercados (de divulgação de mercados com potencial
disponível o Guia do Exportador que as natureza económica, legislativa e regu- interesse para as empresas nacionais.
empresas podem consultar. lamentar, estudos de mercado, etc.) e
sobre feiras internacionais. Neste domínio, a aicep Portugal Global
São ainda de referir outros produtos in- tem valor acrescentado para oferecer
formativos disponibilizados pela aicep Além disso, são regularmente organi- aos seus clientes, contando com vanta-
Portugal Global, nomeadamente as zadas acções de promoção da oferta gens substanciais resultantes da combi-

Exportações aumentam
com projectos de internacionalização
Os primeiros 25 projectos de inter-
nacionalização de PME aprovados
no âmbito do QREN envolvem um
total de 958 empresas de vários
sectores de actividade. Envolvidas
estão também as cerca de 25 asso-
ciações que, em conjunto com as
PME, apresentaram a sua candida-
tura aos Sistemas de Incentivos do
QREN, num investimento total de
35,6 milhões de euros e um incenti-
vo de 15,4 milhões de euros.

Os projectos destinam-se maiorita-


riamente aos mercados europeus
(59 por cento), aos BRIC (Brasil,
China, Índia e Rússia com 14 por Ricardo Oliveira (GPM)
cento), aos PALOP (7 por cento), à
América do Norte (10 por cento) e de 0,7 milhões) com 4 por cento. Os De sublinhar que se estima que estes
ainda a outros países como a Ar- restantes 13 por cento são relativos projectos façam aumentar as expor-
gentina, Singapura, África do Sul, a projectos de carácter multisecto- tações em 24,6 por cento no sector
Marrocos, Emirados Árabes Unidos, rial, envolvendo um investimento da moda, 20,7 por cento no da fileira
Turquia, Líbia e Argélia, num total de 4,6 milhões de euros, dos quais casa, 25,7 por cento no dos bens de
de 31 destinos deste investimento 2,1 milhões de euros são incentivos equipamento e 11,8 por cento nos
das empresas portuguesas. do QREN. multisectorais.

Por sectores de actividade, a maior QREN - PROJECTOS CONJUNTOS DE INTERNACIONALIZAÇÃO


fatia dos projectos são da fileira EFEITOS DE ALAVANCA E RESULTADOS
moda (têxtil e calçado – 18 milhões
de euros de investimento para in-
centivos de 7,9 milhões de euros)
com 51 por cento do total, seguin-
do-se a fileira casa (cerâmicas, ma- 33€
teriais de construção, mobiliário e
2,3€ aumento das
têxtil-lar – um investimento de 11,5
milhões de euros com incentivos
1€ investimento
exportações
incentivo em acções de
de 4,8 milhões) com 32 por cento
QREN internacionalização
e os bens de equipamento (moldes
e máquinas – investimento de 1,5
milhões de euros com um incentivo
15,4 M€ 35,6 M€ 515 M€

30 // Abril 08 // Portugalglobal
nação de vários factores entre as quais ampla cobertura geográfica de merca-
se destacam o know-how de natureza dos, a aicep Portugal Global fomenta
prática e a experiência acumulada so- negócios entre empresas, dinamiza par-
bre o funcionamento dos mercados e cerias para projectos conjuntos, identifi-
a realização de acções de promoção ca oportunidades de negócio e fomenta
externa da oferta nacional e o próprio a criação de redes informais de cariz
acompanhamento dos processos de in- internacional, no sentido de facilitar a
ternacionalização das PME. tomada de decisões de internacionaliza-
ção e proporcionar um ambiente favo-
Através da sua Rede Externa, com uma rável à realização de negócios.

O Guia para começar a exportar


Antes de se comprometer com um processo de exportação ou internaciona-
lização a empresa deve reunir as condições de viabilidade estratégica, eco-
nómica, financeira e técnica que lhe permitam minimizar riscos e expandir
o seu negócio no exterior com maiores probabilidades de sucesso. No site
da aicep Portugal Global (www.portugalglobal.pt) está disponível o Guia do
Exportador, onde se encontram sistematizados os conselhos e as precauções
a tomar num processo de exportação (por exemplo, recorrer sempre a carta
de crédito irrevogável e confirmada ao nível dos meios de pagamento, con-
sultar um advogado antes de assinar um contrato internacional, etc.). Neste
processo será igualmente útil consultar as FAQ do site e a informação gené-
rica e específica sobre mercados e comércio internacional aí contida.

A empresa deve igualmente efectuar um auto diagnóstico do seu poten-


cial exportador e avaliar, considerando os factores de competitividade mais
importantes (design, inovação, marca e marketing), se reúne as condições
prévias ao início do processo de exportação, obtendo ajuda externa (consul-
toria) para o efeito, se necessário. Esse auto diagnóstico passa por:

• Identificar os factores críticos de sucesso do seu negócio (características do


produto mais valorizadas na decisão de compra);
• Deter vantagens competitivas face à concorrência, nomeadamente em
áreas especializadas ou a servir nichos/segmentos de mercado previamen-
te identificados;
• Desenvolver capacidades de fazer/produzir diferente, transmitindo valor
acrescentado ao cliente e afirmando uma imagem corporativa de excelência;
• Potenciar ao máximo a informação estratégica relevante disponível e fide-
digna que permita o conhecimento dos mercados e das oportunidades de
negócio neles geradas;
• Recrutar recursos humanos (quadros superiores e intermédios especializa-
dos, motivados e com formação em internacionalização), técnicos (siste-
mas de informação adequados) e financeiros (estrutura de capitais equili-
brada) que permitam controlar e sustentar todo este processo;
• Deter capacidades de gestão interactiva e de organização mínimas mas
adequadas à maior complexidade dos processos de exportação;
• Criar uma estrutura mínima para desenvolver as suas actividades de mar-
keting (no caso da exportação directa);
• Ter uma actuação prudente e implementar um processo gradual de inter-
nacionalização.

Mais informações em:


http://a.icep.pt/guiaexportador.asp
SINGAPURA
Uma plataforma para o Sudeste Asiático
> POR CARLOS MOURA, DIRECTOR DO CENTRO DE NEGÓCIOS DE SINGAPURA

Considerado o “el dorado” do sudeste asiático, Singapura


é um mercado com uma economia de sucesso, estabilidade política
e todas as infra-estruturas necessárias à consolidação
de investimentos e concretização de negócios por parte
das empresas ocidentais. Para os portugueses é ainda um mercado
emergente, mas onde espreitam as oportunidades de negócio.
32 // Abril 08 // Portugalglobal
MERCADO

O mercado de Singapura – e muitos Ainda assim, Singapura é o el dorado distintas (77 por cento de chineses, 14
outros do sudeste asiático – é ainda da região, país do primeiríssimo mundo, por cento de malaios e 8 por cento de
praticamente desconhecido das em- rodeado por outros países com níveis de indianos. O restante um por cento é
presas e dos empresários portugueses. desenvolvimento muito inferiores (ape- composto por estrangeiros de diferen-
A distância física, a existência de um sar das tentativas e de muito trabalho tes origens), tornando-a um ponto de
país muito recente (é independente contacto com a China, Malásia e Índia.
desde a década de 60) e a pouca tradi- Esta estrutura populacional levou tam-
“Singapura é hoje um dos
ção de negócios nesta região faz com bém a que em Singapura existam qua-
que Singapura surja aos empresários mais atractivos mercados tro línguas oficiais – chinês, malaio, ta-
portugueses como algo longínquo e do mundo, com uma mil e inglês –, sendo esta última a que
sem oportunidades. economia de sucesso.” faz a ligação entre todas as etnias e a
comunidade estrangeira no país, que
Engana-se quem pensa assim. Singapura nesse sentido desenvolvido por alguns já representa cerca de 25 por cento. O
representa hoje um dos mais atractivos deles como a Malásia e o Vietname). governo tem um plano de crescimento
mercados do mundo e, sem dúvida, é populacional (para atingir os 6 milhões)
o mais importante do sudeste asiático. Mas o que faz de Singapura um merca- baseado em profissionais de alto nível,
É um mercado com uma economia de do tão atractivo? além de apostar forte no seu sistema
sucesso, embora muito dependente das de ensino, considerado um dos mais
exportações. Refira-se, aliás, que o país Em primeiro lugar, falemos de algumas sofisticados e avançados do mundo.
sofreu bastante com a recessão global das características deste país. Singapu-
(quebra no sector da tecnologia) em ra é uma ilha com cerca de 692 qui- A segunda economia mais
2001-2003, com a SARS (Síndrome Res- lómetros quadrados e uma população livre do mundo
piratória Aguda Grave) em 2003 e segui- de cerca de 4,5 milhões de habitantes, No que respeita à organização política e
damente com a crise financeira asiática. agregada eficazmente em três etnias estrutura económica, é de salientar que

Em Singapura, seja singapurense


Os empresários portugueses que pretendam entrar no tante. Os singapurenses têm de se sentir à vontade
mercado observarão rapidamente como é fácil fazer com o interlocutor estrangeiro para fazerem negó-
negócios em Singapura. Contudo, alguns elementos cio. Após alguns contactos iniciais, então a rapidez
deverão ser tomados em consideração: nos negócios é fulcral (incluo a resposta rápida a e-
mails e outras formas de contacto. Esta rapidez apli-
ca-se também e sobretudo aos pagamentos).
• Existe uma ênfase muito grande na competência, mérito
e trabalho de equipa. Singapura é uma ‘meritocracia’. • Nunca “perca a cabeça” em público. É sinal que não
consegue controlar-se e nunca será respeitado.
• Os singapurenses não gostam do contacto visual di-
recto, o chamado olhos nos olhos (até podem inter- • A idade é muito considerada e respeitada.
pretar como uma forma de ameaça). • Existe um ritual de troca de cartões de visita. Dê o seu
cartão a todos os presentes. Deve dá-lo com as duas
• Raramente se houve a palavra “não”. É mais normal
mãos. O seu interlocutor receberá o seu cartão, tam-
ouvir um correcto, mas evasivo, “sim”.
bém com as duas mãos, examina-o cuidadosamente
• As suas propostas devem ser as mais avançadas
e guarda-o. Nunca guarde um cartão de visita num
tecnologicamente possíveis. Singapura é um país
bolso traseiro, não escreva nele e examine-o sempre
tecnologicamente muito agressivo, pelo que espe-
com atenção.
ram sempre algo muito elevado.
• Dirija-se às pessoas por Mr. / Madam ou Mrs / Miss
• Tente ser pontual, especialmente se reúne com ho- seguido do apelido. Pergunte sempre aos seus inter-
mens de negócios de elevada posição (fazer um sin- locutores como querem ser chamados. Não assuma
gapurense esperar pode ser um sinal de insulto). que os pode chamar pelo nome próprio.
• Tente marcar encontros com algum tempo de ante- • Devido ao clima de Singapura o dress code é mui-
cedência (2-3 semanas). Dada a localização geográfi- tas vezes informal. Os homens vestem calças de fato
ca de Singapura, viaja-se muito pela região. com camisa e gravata (sem casaco). Quando o traje
• Seja paciente nos negócios, pois podem demorar al- é mais formal, isso é referido no convite, seminário
gum tempo. Não espere realizar negócio numa só ou programa. Por sua vez, as senhoras usam fatos
viagem. O relacionamento pessoal é muito impor- completos e vestidos elegantes.

Portugalglobal // Abril 08 // 33
MERCADO

Singapura é uma república parlamen-


tar com uma invejável estabilidade polí-
tica na região. Além disso, é a segunda
economia mais livre do mundo, logo a
seguir a Hong-Kong, e das principais
praças financeiras da Ásia. De acordo
com o World Bank Report, Doing Busi-
ness 2007, Singapura é o país do mun-
do onde é mais fácil fazer negócios,
sendo considerado a ‘montra’ da Ásia,
em paralelo com Hong-Kong.

Singapura é um país altamente regula-


mentado, mas ao mesmo tempo livre
em termos económicos, e onde tudo
funciona. Possui das mais eficientes
infra-estruturas físicas do mundo (es-
tradas, auto-estradas, aeroporto, trans-
portes, etc.), sendo também um verda-
deiro hub em termos de aviação (está
a uma hora de voo de Kuala Lumpur, a
duas horas e meia de Banguecoque, a
três horas e meia de Hong-Kong, a oito
de Sidney…).

“ O lema para os negócios


é W-W (win-win), ou seja,
todos ganhamos.”

Em Singapura tudo é feito tendo em


vista os resultados, sejam económicos,
sejam de performance, sejam até de
brio pessoal. Singapura é um país onde
é bom viver!

Plataforma para a Ásia


Singapura funciona como uma pla-
taforma para fazer negócios na Ásia,
além de ser uma porta de entrada para
a China. Alguns factores proporcionam
esta situação: a estabilidade política
que faz com que as empresas se quei-
ram aí estabelecer com centro de ne-
gócios para a Ásia (por alguma razão
25 por cento da população é já estran-
geira!); a sua localização estratégica e a
sua condição de membro (com grande Chinese Garden (cortesia do Singapore Tourism Board)
peso) da ASEAN.
gurança empresarial e pessoal ao mais Câmara de Comércio e Indústria Singa-
Além disso, é em Singapura que se en- alto nível; o excelente sistema bancário pura-China).
contra o maior porto de contentores para assistência às trocas comerciais; o
do mundo (expedição de mercadorias inglês, como língua oficial, é facilitador Singapura é um país muito ocidentali-
para os países vizinhos e China). nos negócios internacionais; e a exis- zado no seu funcionamento o que faz
tência de muitas empresas e homens com que os estrangeiros se sintam bem
Mas outros factores concorrem para a de negócio de Singapura com um e consigam desenvolver bons negócios.
valorização deste mercado como plata- grande conhecimento do sudeste asiá- O seu lema para os negócios é W-W
forma de negócios: a existência de se- tico e China (existe uma forte e eficaz (Win-Win), ou seja, todos ganhamos.

34 // Abril 08 // Portugalglobal
MERCADO

UM MERCADO DE OPORTUNIDADES
Singapura é um mercado com grandes potencialidades para as
empresas portuguesas, com oportunidades de negócio em vários
sectores de actividade. A Euronavy, a empresa de Setúbal que pinta
a armada dos Estados Unidos, é uma das empresas portuguesas já
presentes naquele mercado. É também para Singapura que a fábrica
portuguesa da alemã Qimonda vende a maior parte da sua produção.

As Tecnologias de Informação e Comu- tudo o que seja green, desde logo as


nicações (TIC), a indústria farmacêuti- oportunidades em produtos e serviços
ca, a biotecnologia e ciências da vida green terão sucesso neste mercado. Exportar
e todos os sectores com produtos de para Singapura
elevado nível de inovação e sofisticação Indústrias da electrónica
constituem oportunidades de negócio Singapura é uma economia livre
ou de investimento para as empresas
e semicondutores
Todos estes sectores poderão revestir com uma política de abertura co-
portuguesas, mas também os sectores mercial que tem como objectivo re-
diferentes formas de negócio, da sim-
tradicionais como o calçado (desde que duzir as barreiras alfandegárias.
de elevada qualidade) e os bens de con- ples exportação até ao estabelecimen-
sumo poderão ser uma boa aposta. to de parcerias estratégicas para Singa-
pura ou outros mercados na região. Em relação às importações, há al-
guns produtos sujeitos a direitos al-
Tecnologias de informação Produtos de consumo fandegários. Os principais são bebi-
e comunicações Importa referir que o poder de compra das alcoólicas, tabaco, derivado do
Sendo Singapura um dos países mais em Singapura é extremamente elevado petróleo e veículos automóveis.
Hi Tech do mundo (Singapore is one of e a consciência da marca é uma ten-
the most wired countries in the world) dência em forte crescimento. Desta Há outros produtos com regimes es-
todos os produtos e desenvolvimentos forma, todos os produtos de consumo pecíficos de importação (tendo em
nestas áreas serão altamente apetecí- conta motivos sanitários e de segu-
com marca conhecida internacional-
veis para consumo.
mente são garantia de venda. rança), como peixe e marisco, plan-
tas, animais, leite em pó, carne e seus
Serviços financeiros • Vinhos derivados, frutas e legumes, produ-
Singapura constitui parte do seu suces-
Uma tendência crescente é o consu- tos farmacêuticos, químicos, armas,
so à custa de um sistema financeiro ba-
mo de vinho de mesa (o velho mun- filmes e algumas publicações.
seado nas transacções financeiras inter-
do pode impor-se nesta área): tinto,
nacionais e no trade services. Além dos
branco e sparkling wines. Uma listagem exaustiva destes pro-
bancos locais, quase todos os interna-
cionais estão presentes em Singapura. dutos pode ser obtida em:
• Produtos alimentares
www.customs.gov.sg
Produtos gourmet de elevada quali-
Indústria farmacêutica dade e elevado preço. A população
e produtos médicos de Singapura é considerada uma das
tecnologicamente mais gastronómicas do mundo.
avançados aicep
À semelhança de outros países do • Produtos para casa Portugal Global
mundo, esta indústria tem sido uma O nível de sofisticação do mercado é
Centro de Negócios em Singapura
das mais acarinhadas neste mercado. muito elevado. A colocação dos pro- Business Development Agency
Grande parte das grandes farmacêuti- dutos da fileira casa em alguns de- 143, Cecil Street, GB Building # 06-02,
Singapore 069542
cas do mundo produz em Singapura. partamentos comerciais de elevado Tel.: +65 6224 2256
prestígio é quase garantia de venda, cmoura@portugalglobal.pt
Ambiente nomeadamente no que se refere ao www.portugalglobal.pt
Singapura está muito receptiva para têxtil-lar e cerâmicos.

Portugalglobal // Abril 08 // 35
Centro de Negócios de Singapura (cortesia do Singapore Tourism Board)

RELAÇÕES ECONÓMICAS
BILATERAIS
A evolução das trocas comerciais entre de apenas 17,9 por cento (taxa média) pura registaram um acréscimo de 3,7
Portugal e Singapura tem permitido um das importações. por cento, enquanto as importações
saldo comercial favorável a Portugal, cresceram a um ritmo mais acelerado
com as exportações a cresceram 58,8 No entanto, nos primeiros onze meses de 22,8 por cento, mantendo-se um
por cento, em termos médios, no pe- de 2007, face ao período homólogo, as saldo comercial excedentário para o
ríodo 2002-2006, contra um aumento exportações portuguesas para Singa- nosso país.

36 // Abril 08 // Portugalglobal
MERCADO

PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÓMICOS DE SINGAPURA


2006 2007
2002 2003 2004 2005 2006 Evoluçãoa Evoluçãob
Jan./Nov. Jan./Nov.
Exportações 121.916 230.973 243.029 381.118 700.350 58,8% 634.679 657.955 3,7%
Importações 32.464 48.077 52.169 27.858 45.000 17,9% 41.395 50.825 22,8%
Saldo 89.452 182.896 190.860 353.259 655.349 593.284 607.130 --
Coef. Cob. (%) 375,5% 480,4% 465,8% 1368,1% 1556,3% 1533,2% 1294,5% --
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Unidade: Milhares de Euros
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2002-2006; (b) Taxa de crescimento homóloga
Valores declarados: últimas versões 2002-2006 (anos completos); primeiras versões para os mensais de 2006-2007.

Em 2006, um total de 204 empresas (62,3 por cento em 2006), instrumen- alguns períodos excelentes a serem
portuguesas exportaram para Singapu- tos de óptica e precisão (15,7 por cen- ofuscados por outros menos bons. Em
ra, sendo 377 as empresas que impor- to), produtos químicos (6,6 por cento) 2004, devido ao aumento das exporta-
taram desse país no mesmo ano. e plásticos e borracha (3,3 por cento). ções, bem como ao excelente desem-
penho do consumo interno, a econo-
A estrutura das exportações portugue- Uma economia segura mia cresceu 8,8 por cento para no ano
sas para Singapura, em 2006, está con- Singapura é actualmente uma econo- seguinte diminuir para 6,6 por cento,
centrada num grupo de produtos, as mia altamente industrializada, baseada fruto dum consumo privado mais mo-
máquinas e aparelhos, que atingiram na indústria transformadora (27,6 por derado e de uma ligeira contracção do
cerca de 92,7 por cento do total das cento do PIB em 2006) e nos serviços, investimento.
vendas portuguesas para este merca- principalmente no comércio por gros-
do. Uma análise mais detalhada por so e a retalho (15,1 por cento do PIB Já em 2006, o PIB registou um cresci-
grupos de produtos permite, porém, em 2006), serviços comerciais (11 por mento de 7,9 por cento, impulsionado
destacar o peso dos circuitos integra- cento), transportes e comunicações pelo aumento do investimento privado
dos e micro conjuntos electrónicos, que (8,9 por cento) e serviços financeiros e pelas exportações de bens e serviços,
representaram 82,7 por cento do total (11 por cento). Apenas a seguir vem a estimando-se uma ligeira desacele-
exportado, e as partes e acessórios construção (3,3 por cento) e as utilities ração do crescimento económico em
para máquinas e aparelhos de escri- (1,7 por cento). As indústrias de refi- 2007, que não deverá ter ultrapassado
tório com 10,8 por cento. Seguem-se nação de petróleo e química são igual- 7,5 por cento.
os combustíveis minerais com 1,5 por mente importantes, principalmente a
cento, os veículos e outro material de farmacêutica, que emergiu nos últimos Para 2008 e 2009, esperam-se taxas
transporte e os produtos químicos, am- anos, enquanto que a agricultura e a de crescimento do PIB mais reduzidas,
bos com 0,9 por cento do total vendido indústria extractiva detêm uma impor- respectivamente de 4,9 por cento e
àquele mercado. tância económica mínima. 4,7 por cento, devido essencialmente
ao abrandamento da economia nor-
Quanto às importações, Portugal com- O seu desempenho económico tem te-americana assim como da procura
pra a Singapura máquinas e aparelhos sido algo errático desde 2000, com interna.

PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÓMICOS DE SINGAPURA


Unidade 2004 2005 2006 2007a 2008b 2009b
População Milhões 4,2 4,3 4,5 4,5 4,6 4,6
PIB a preços de mercado 109SGD 181,5 194,2 210,0 230,2 243,0 256,7
PIB a preços de mercado 109USD 107,4 116,7 132,2 152,7 168,8 180,8
PIB per capita USD 25.340 26.910 29.470 34.040 37.070 39.150
Crescimento real do PIB % 8,8 6,6 7,9 7,5 4,9 4,7
Consumo privado Var. % 5,6 3,1 2,5 5,1 4,9 3,9
Consumo público Var. % 5,6 3,1 2,5 5,1 4,9 3,9
Formação bruta de capital fixo Var. % 0,0 6,8 11,2 -0,4 3,2 3,3
Taxa de desemprego % 3,4 3,1 2,7 2,2 2,4 2,4
Taxa de inflação % 1,7 0,5 1,0 1,9 3,0 1,3
Saldo orçamental % do PIB -1,1 -0,3 -0,6 0,3 0,1 0,2
Balança corrente 10 USD
9
21,6 28,6 36,3 46,6 43,4 42,7
Balança corrente % do PIB 20,1 24,5 27,5 30,5 25,7 23,6
Taxa de câmbio 1USD=xSGD 1,690 1,665 1,589 1,507 1,440 1,420
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) Jan 2008 Notas: (a) Estimativas; (b) Previsões; SGD – Dólar de Singapura

Portugalglobal // Abril 08 // 37
MERCADO

Sabia que …
SINGAPURA

… tem mais de 600 instituições finan-


ceiras, incluindo cerca de 20 dos maiores
bancos internacionais. Em Julho de 2007
existiam cerca de 112 bancos comerciais
e 48 bancos de investimento. Tem cerca
de 230 companhias de seguros;
… é o único país na Ásia a ter a classifi-
cação de AAA (sovereign debt ratings)
da Moody’s Investors Service, Standard
& Poor’s and Fitch Ratings;
… tem o maior rácio comércio/PIB do
mundo, com o comércio total a atingir
386 por cento do PIB nacional;
… em 2006 o comércio cresceu cerca
de 13 por cento, tendo uma balança
excedentária desde 1998;
… a indústria transformadora repre-
senta cerca de 25 por cento do PIB na-
cional nos últimos 10 anos;
… é o 14º maior exportador mundial;
… pretende (o governo) desenvolver o
país como um centro de energia limpa
que originará cerca de 7.000 novos
empregos em 2015;
… tem uma das maiores refinarias de
petróleo do mundo, apesar de não ter
Boat Quay petróleo;
… identificou o sector das energias
… é o país do mundo onde é mais fá- … é a segundo país mais competiti- alternativas como um novo sector em
cil fazer negócios (World Bank Report, vo do mundo (World Competitiviness crescimento com o biodiesel, sistemas
Doing Business 2007); Yearbook 2007); de hidrogénio, vento, água e solar;
… é uma das economias mais desen- … é a segunda economia mais livre do … tem 99 por cento de cobertura de
volvidas do mundo, com cerca de 7.000 mundo, logo a seguir a Hong-Kong internet de banda larga;
empresas multinacionais residentes, e (2007 Index of Economic Freedom, … tem um crescimento do mercado de
100.000 no total, originando um am- Wall Street Journal newspaper and the TIC na ordem dos 4,8 por cento e este
biente de negócios invejável; Heritage Foundation); sector é uma chave para o desenvolvi-
… é um paraíso de compras, com mais … tem um sector financeiro que cres- mento da economia;
de 150 centros comerciais e grandes ceu 9,2 por cento em 2006 e 7,6 por … tem um ambiente único para o de-
armazéns; cento em 2005, resultado da criação senvolvimento das empresas de ciên-
… tem a melhor qualidade de vida na de 11.000 empregos. Os serviços fi- cias biomédicas, com taxas de I&D
Ásia (2006) e é 34º no ranking em ter- nanceiros já representavam cerca de 11 muito elevadas, paralelamente com o
mos mundiais; por cento do PIB em 2006; sector farmacêutico.

38 // Abril 08 // Portugalglobal
MERCADO

SINGAPURA É DESTINO NATURAL


DA PRODUÇÃO DA QIMONDA
A Qimonda é uma multinacional alemã que tem em Portugal
a maior fábrica europeia de montagem e teste de produtos de
memória DRAM. A Ásia, concretamente Singapura, é o destino
natural de quase 80 por cento da produção da fábrica portuguesa,
que é já o maior exportador nacional.

A região asiática é uma aposta forte da como leitores de MP3, telemóveis, câ- rir que o ano fiscal da Qimonda se inicia
Qimonda AG, que tem ganho crescen- maras fotográficas digitais ou conso- a 1 de Outubro de um ano e termina a
te importância no sector da micro-elec- las de jogos. Esta unidade portuguesa 30 de Setembro do ano seguinte.
trónica, sendo considerada por diversos conta hoje com uma equipa de mais de
agentes do mercado como a “fábrica 2.000 colaboradores qualificados. A Qimonda AG (cotada na Bolsa de
do mundo dos produtos electrónicos”. Nova Iorque) é uma multinacional líder
Fonte da empresa explicou à Portugal Situada em Vila do Conde desde 1996, na produção de semicondutores, pos-
Global que a estratégia da Qimonda então sob a designação Siemens Semi- suindo um vasto portfolio em memó-
Portugal está alinhada com a da casa- condutores, a Qimonda Portugal (criada rias DRAM. A empresa emprega actual-
mãe, na Alemanha, sendo Singapura em Maio de 2006, a partir da Infineon mente 13.500 colaboradores em todo
“um destino natural da esmagadora Technologies) destina 100 por cento da o mundo, em cinco unidades de fabrico
maioria da sua produção, já que é aí sua produção à exportação. Foi o maior em três continentes e em seis laborató-
que se situa o centro de distribuição da exportador a nível nacional no primeiro rios de Investigação e Desenvolvimen-
empresa para o sudeste asiático”. semestre de 2007 e é o segundo maior to, tendo gerado um volume global de
investimento estrangeiro em Portugal. vendas de 3,61 mil milhões de euros
A Qimonda Portugal é actualmente a durante o seu ano fiscal de 2007.
maior fábrica europeia de montagem Tendo em consideração que a produção
e teste de produtos de memórias, per- da Qimonda Portugal é na sua totali-
tencendo à multinacional Qimonda AG, dade para exportação, ganha especial
com sede na Alemanha. A produção de relevância o facto de a Ásia ter repre-
qimonda
semicondutores tem uma enorme va- sentado 76 por cento desse volume. No Av. 1º de Maio, 801
riedade de aplicações, através de tecno- ano fiscal transacto, a Qimonda Portu- 4485-629 Vila do Conde - Portugal
Tel.: 252 246 000
logia de baixo consumo e alto rendi- gal registou um crescimento de 12,4 Fax: 252 246 001
mento, nomeadamente de memórias por cento relativamente ao ano fiscal qpt@qimonda.pt
DRAM, e é destinada a computadores, anterior, com um valor total de vendas www.qimonda.com
servidores e outros terminais digitais, de 1,437 mil milhões de euros. De refe-

Portugalglobal // Abril 08 // 39
MERCADO

EURONAVY SINGRA EM SINGAPURA


Dedicada ao desenvolvimento, produção e comercialização de tintas
para protecção anticorrosiva do aço, a Euronavy tem em Singapura
um dos seus principais mercados de exportação. A empresa de
Setúbal vai avançar, este ano, com novos projectos neste país.

A empresa portuguesa que pinta a arma- tecnologia desta empresa portuguesa ço geograficamente muito pequeno,
da norte-americana tem em Singapura se concentra naquele mercado. permitindo promover os seus produtos
um mercado natural, onde está presente com recursos em termos de vendas, dis-
desde 2002. Graças à oportunidade con- Nos últimos anos, Singapura apostou tribuição e apoio técnico mais racionali-
juntural iniciada nesse ano, ao grande fortemente no desenvolvimento da zados”, explicou a mesma fonte. Tudo
mercado existente em Singapura e à ca- sua indústria naval, escolhendo nichos isto num “ambiente de negócios notável
pacidade dos estaleiros locais de evoluí- específicos de maior valor acrescenta- pela clareza e segurança das regras”,
rem para se adaptarem a novas tecnolo- do como a construção de plataformas além de uma menor carga fiscal.
gias, a Euronavy apostou decisivamente offshore. Actualmente os estaleiros de
neste país como mercado de eleição. Singapura detêm uma quota maio- O sucesso em Singapura deve-se também
ritária do mercado mundial de nova à capacidade que a Euronavy teve, a partir
Inicialmente presente através de um construção de plataformas offshore e de 2002, de influenciar os métodos usa-
agente comum ao sudeste asiático, a de conversão de navios em platafor- dos nos estaleiros locais, nomeadamente
Euronavy acabou por criar uma sub- mas offshore. Esta actividade é com- a aplicação da hidrodecapagem, exigida
sidiária, a Euronavy Coatings (S) Pte plementada por uma presença muito por alguns clientes dos estaleiros singa-
Ltd., em 2006, hoje controlada por um forte no mercado global de reparação purenses (por exemplo, a brasileira Pe-
parceiro local. Singapura confirma-se naval, graças à localização geográfica trobrás) que já tinham adoptado a tecno-
como um dos principais destinos das de Singapura, na rota de grande parte logia da empresa de Setúbal.
exportações da Euronavy (que exporta da frota mundial de navios mercantes.
95 por cento da sua produção), com
vários novos projectos na fileira do Para a empresa portuguesa, estas são Euronavy
offshore a arrancarem em 2008 utili- condições fortemente apelativas à sua Coatings Pte Ltd
zando tecnologia de tintas portugue- presença na região, nomeadamente,
sa, revelou fonte da empresa. O peso pela “grande concentração de oportuni- 8 Tuas Avenue 12
Singapore 639029
de Singapura nas vendas da Euronavy dades de negócio, graças aos inúmeros Tel.: + 65 6265 7800
chegou a ser mais de 50 por cento em projectos permanentemente em curso Fax: + 65 6863 1737
2005 e 2006, anos em que um eleva- que são potenciais clientes da tecnolo- www.euronavy.net
do número de projectos utilizando a gia Euronavy, a ocorrerem num espa-

40 // Abril 08 // Portugalglobal
COMÉRCIO

GATT/OMC CELEBRA 60 ANOS


A organização mundial reguladora do comércio entre mais de 150
países já tem 60 anos. A actual Ronda de Doha conhece um impasse
nas negociações, mas há expectativas de que possa ser concluída
ainda este ano.

No dia 1 de Janeiro de 2008, o sistema


multilateral de comércio celebrou 60
anos de existência. No período pós-guer-
ra tiveram lugar várias negociações com
o objectivo de criar uma organização que
regulasse o enquadramento jurídico do
comércio mundial e que desse um con-
tributo decisivo para a consolidação da
paz, mas foi apenas na Conferência de
Genebra, em 1947, que 23 países con-
seguiram acordar uma redução muito
significativa das barreiras pautais e não-
pautais às suas trocas comerciais.

O GATT (General Agreement of Tariffs


and Trade) nasceu, assim, no dia 1 de
Janeiro de 1948, visando a liberalização
gradual das trocas comerciais baseado
na não discriminação e na reciprocidade
entre os países membros. Desde 1948 e
até 1994, o GATT acabou por ser o gran-
de regulador do comércio internacional.
Durante esse período, realizaram-se oito
rondas negociais com a participação de agricultura e serviços, a protecção da A Ronda de Doha representa o nono ci-
um número crescente de países. propriedade intelectual e o aprofun- clo de negociações. Iniciada no ano 2001
damento das regras existentes sobre no Qatar, encontra-se presentemente
Em Setembro de 1986, iniciou-se em defesa comercial e acordos regionais. numa fase de alguma estagnação depois
Punta del Este, no Uruguai, um novo De 23 países que criaram o GATT em de seis anos de negociações, essencial-
ciclo de negociações que ficou conhe- 1948, a OMC passou a ser uma orga- mente devido a dificuldades em chegar
cido pelo Uruguay Round e que se pro- nização global que conta hoje com 151 a acordo no sector agrícola. Perante este
longou até 1994. Nestas negociações, membros, tendo a entrada da China impasse, o maior desafio que o sistema
estiveram envolvidos mais de 120 paí- em 2001 reforçado a sua importância. multilateral de comércio enfrenta actual-
ses, obtiveram-se avanços significati- mente é a proliferação de acordos bilate-
vos e foi acordada a criação da OMC A contribuição da OMC para a estabi- rais de comércio. No entanto, as perspec-
– Organização Mundial de Comércio. lidade mundial, para a redução da po- tivas de uma desaceleração económica a
A OMC entrou em vigor no dia 1 de breza e a crescente prosperidade dos nível mundial em 2008 e 2009 resultante
Janeiro de 1995 e viria a ter um âmbito países, principalmente das economias da crise do subprime, bem como o facto
de actuação muito mais abrangente e emergentes, tem sido determinante. O do preço do petróleo e dos alimentos bá-
não apenas de regulador do comércio comércio teve um enorme crescimento sicos terem atingido níveis recorde pelo
internacional de mercadorias como no período que se seguiu ao final da 2ª aumento do consumo em mercados
acontecia com o GATT. Depois do Acor- Guerra Mundial. Entre 1950 e 2007, as como a China e a Índia, podem ser de-
do de Marraquexe, assinado em Abril trocas comerciais, a nível mundial, cres- terminantes para a conclusão da Ronda
de 1994 por 128 países, a OMC viu ceram mais de 20 vezes e a um ritmo de Doha em 2008, no sentido de criar
ampliadas as suas responsabilidades três vezes mais rápido que a evolução uma maior integração económica a nível
dos temas de liberalização do comér- do PIB mundial. No entanto muito tra- global e restabelecer a confiança nos em-
cio para outras áreas, nomeadamente balho está ainda por fazer. presários e consumidores.

Portugalglobal // Abril 08 // 41
para além dos negócios

PELAS RUAS DE DUBLIN


Dublin é uma cidade cosmopolita e de ral History Museum. O Museum of Para os amantes do convívio sugerimos
grande dinamismo. Com cerca de um Modern Art é um espaço de grande um pub crawl (passagem por vários
milhão de habitantes (entre os quais interesse, não só pelas exposições per- pubs característicos da cidade), onde po-
muitos estrangeiros), esta cidade tem manentes, mas também pela arqui- derá entrar em contacto com uma rea-
vindo a demonstrar uma capacidade tectura do edifício, e o National Mu- lidade irlandesa bastante característica:
imensa na atracção de turistas durante seum of Ireland/Collins Barracks, os poetas famosos deste país. Exemplos
todo o ano. considerado uma lenda viva da cultura disso são James Joyce e Oscar Wilde.
e história irlandesas, também merece
Numa próxima visita a Dublin, e em caso uma visita. O Irish Writers Museum é No centro da cidade (downtown) en-
de ter tempo disponível, sugerimos-lhe outro museu que retrata bem a riqueza contrará pubs para todos os gostos e
um passeio a pé pela cidade começan- literária irlandesa. alguns mantidos com as suas caracte-
do pelo seu ex-libris: o Trinity College, rísticas de antiguidade e genuinidade.
uma universidade de grande reputação Ainda na zona sul encontrará a bela Para uma noite bem passada entre co-
a nível mundial, não só pela qualidade Merrion Square, composta por casas mida e bebida de origens irlandesas en-
das suas diferentes faculdades, mas georgianas e com um jardim que é con- contra facilmente o Temple Bar, zona
também pela arquitectura e campus siderado o mais atractivo de Dublin. nocturna com uma oferta fantástica.
universitários. No Trinity College, um
especial destaque para a sua biblioteca Se é um fã da vida ao ar livre (e se o Finalmente, para uma tarde de com-
de beleza inconfundível e para o bem tempo o permitir), um longo passeio pras, Grafton Street será o ponto
guardado e famoso Book of Kells. por Phoenix Park é a opção. Conside- essencial para começar, passando por
rado o maior parque aberto na Europa, Dawson Street, Nassau Street, Wi-
Partindo deste ponto e caminhando este espaço apresenta opções para di- cklow Street e acabando em Ste-
por Dame Street encontrará o Dublin ferentes actividades ou para um mero phens Green.
Castle com a Chester Library, aca- passeio, durante o qual pode avistar os
bando nas catedrais de Christchurch veados mantidos neste parque (uma Terá sempre a possibilidade de usar o
e St. Patricks. visita ao Jardim Zoológico poderá ser comboio costeiro (DART) que o levará
incluída). a vilas costeiras típicas e de grande in-
Para os mais interessados em museus, teresse: Howth, Malahide, Bray, Greys-
Dublin apresenta uma National Gal- A Irlanda e Dublin não ficariam bem tones, Killiney e Dalkey, onde, com
lery (NG) de grande riqueza, com qua- apresentadas sem uma visita obriga- um pouco de sorte, poderá encontrar
dros de pintores reconhecidos mun- tória à fábrica da cerveja Guinness alguns ícones da música pop irlandesa
dialmente, desde o século XII ao XX. e à destilaria de whiskey Jameson, (U2, Sinead O’Connor, entre outros).
Contíguo à NG encontramos o Natu- ambas no centro de Dublin.

42 // Abril 08 // Portugalglobal
notícias

aicep Portugal Global Martifer assina com


lança Inov Vasco da Gama grupo belga
A aicep Portugal Global acaba de lançar um novo programa para a qualificação A Martifer Solar, uma subsidiária do
internacional de jovens empresários. O Programa Inov Vasco da Gama é destinado Grupo Martifer, assinou um contrato
a empresários e gestores de empresas nacionais e tem por objectivo gerar novas programa com o grupo belga Enfinity
oportunidades, de forma estruturante e sustentada, que venham a ser materializa- para o fornecimento de instalações de
das em factores de competitividade que se reflictam no crescimento nas empresas e aproveitamento solar fotovoltaico. Este
na economia portuguesa, através de uma maior exposição à escala mundial. é o segundo contrato assinado com a
Esta acção de capacitação e qualificação prática para 50 Empresários e Gestores Enfinity. O primeiro previa a entrega de
decorrerá durante 2008 em empresas e organizações de referência internacional, um conjunto de parques solares, em
seleccionadas para o efeito, nos mercados considerados prioritários para a econo- Espanha, totalizando oito MW. Em si-
mia nacional. multâneo e reforçando a sua aposta no
Entre outros requisitos, os candidatos deverão ser licenciados, ter a idade máxima sector energético, a Martifer Solar está
de 35 anos e dois anos de experiência profissional, no mínimo, conhecimento de a construir em Portugal uma fábrica de
duas línguas estrangeiras e disponibilidade para viver dois meses no estrangeiro. módulos fotovoltaicos, com capacida-
As candidaturas de pré-adesão ao programa-piloto já estão abertas em: de instalada de 50 MW por ano.
inscricoes.vascodagama@networkcontacto.com

Bial na América
ABC Mercados com medicamento
A aicep Portugal Global organiza, em 2008, mais de duas dezenas e meia de acções antiepilético
informativas sobre mercados externos destinadas a PME com produto e serviço
próprios e que se encontram na fase inicial do processo de exportação. As sessões A Bial vai colocar o primeiro medica-
do ABC Mercados vão decorrer no Porto, Aveiro, Braga, Viseu, Leiria e Évora, tendo mento de tecnologia totalmente na-
sido seleccionados mercados-alvo considerados estrategicamente prioritários para cional nos mercados dos Estados Uni-
as PME, pelo seu elevado potencial: Angola, Brasil, Espanha, EUA, Marrocos, Mo- dos e Canadá, um antiepiléptico que
çambique e Rússia. estará disponível já no próximo ano. A
As primeiras sessões estão marcadas para final de Março, no Porto e em Leiria. Para empresa portuguesa assinou um con-
Abril, estão programadas mais quatro sessões – duas no Porto e duas em Aveiro. Os trato com a Sepracor concedendo-lhe
mercados em foco são Brasil, Angola, Espanha e EUA. Com a duração máxima de a licença, em exclusivo, do desenvol-
meio dia, cada iniciativa conta com a presença de um especialista da aicep Portugal vimento e comercialização do medica-
Global e de oradores convidados com experiência no mercado em foco. mento, pelo valor de 120 milhões de
As empresas podem inscrever-se on-line, enviando a respectiva ficha para: euros. Caberá à Sepracor submeter o
comercial.pme.norte@portugalglobal.pt medicamento português à aprovação
(para acções no Porto, Aveiro, Braga e Viseu); e registo pela Food and Drug Adminis-
comercial.pme.sul@portugalglobal.pt traton (FDA), autoridade regulamentar
(Leiria e Évora). norte-americana.

Cimpor compra em Espanha Portucel


com nova fábrica
A Cimpor comprou três centrais de betão em Espanha, duas em Sevilha e outra
no Huelva, pelo valor de 15,5 milhões de euros. A cimenteira portuguesa adquiriu O grupo Portucel/Soporcel lançou a
também a totalidade das acções representativas do capital social da empresa es- primeira pedra da sua nova fábrica de
panhola Arenor Hormigones, detentora, também na região de Sevilha, de outras papel em Setúbal, num investimento de
três centrais de betão, e ainda 75 por cento do capital da Arenor Áridos, por 24,4 500 milhões de euros. A fábrica vai ter
milhões de euros. Segundo anunciou a empresa, as seis instalações em causa de- uma capacidade nominal de 500 mil to-
verão proporcionar um volume adicional de produção de perto de 400 mil metros neladas de papel e deverá estar opera-
cúbicos por ano. cional no segundo semestre de 2009.

Portugalglobal // Abril 08 // 43
análise de risco - país

COSEC Políticas de cobertura para mercados


das exportações portuguesas

No âmbito de apólices individuais


África do Sul* Colômbia Gana Koweit
C Aberta sem condições restritivas. C Carta de crédito irrevogável. C Caso a caso numa base muito C Aberta sem condições restritivas.
M/L Garantia bancária (decisão M/L Caso a caso, numa base restritiva. restritiva. M/L Garantia bancária (decisão
casuística). M/L Fora de cobertura. casuística).
Coreia do Sul
Angola C Aberta sem condições restritivas. Geórgia Letónia
C Caso a caso numa base restritiva. M/L Não definida. C Caso a caso numa base restritiva, C Carta de crédito irrevogável.
M/L Garantia soberana. Limite total de privilegiando-se operações de M/L Garantia bancária.
responsabilidades. Costa do Marfim pequeno montante.
C Caso a caso, com eventual M/L Caso a caso, numa base muito Líbano
Antilhas Holandesas exigência de garantia bancária ou C Clientes públicos: caso a caso
restritiva e com a exigência de
C Aberta sem condições restritivas. de garantia soberana. Extensão numa base muito restritiva.
contra garantias.
M/L Não definida. de prazo constitutivo de sinistro Clientes privados: carta de crédito
Arábia Saudita para 12 meses. Guiné-Bissau irrevogável ou garantia bancária.
M/L Exigência de garantia bancária ou T Fora de cobertura. M/L Clientes públicos: fora de cober-
C Carta de crédito irrevogável
de garantia soberana. Extensão tura. Clientes privados: caso a
(decisão casuística). Guiné Equatorial
do prazo constitutivo de sinistro caso numa base muito restritiva.
M/L Caso a caso. C Caso a caso, numa base restritiva.
de 3 para 12 meses.
Argélia M/L Clientes públicos e soberanos: Líbia
C Sector público: aberta sem res-
Costa Rica caso a caso, mediante análise das T Caso a caso.
trições. Sector privado: eventual
C Aberta sem condições restritivas. garantias oferecidas, desig-
M/L Não definida. nadamente contrapartidas do Lituânia
exigência de carta de crédito
petróleo. Clientes privados: caso C Carta de crédito irrevogável.
irrevogável. Croácia a caso, numa base muito restri- M/L Garantia bancária.
M/L Em princípio, exigência de garan-
C Carta de crédito irrevogável ou tiva, condicionada a eventuais
tia bancária ou garantia soberana. Macau
garantia bancária. Extensão do contrapartidas (garantia de banco
Argentina prazo constitutivo de sinistro para C Aberta sem condições restritivas.
comercial aceite pela COSEC ou
12 meses. Redução da percen- M/L Não definida.
T Caso a caso. contrapartidas do petróleo).
tagem de cobertura para 90 por
Barein Hong-Kong Malásia
cento. Limite por operação.
C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas.
M/L Garantia bancária ou garantia C Aberta sem condições restritivas.
M/L Garantia bancária. M/L Não definida.
soberana. Extensão do prazo M/L Não definida.
constitutivo de sinistro para 12 Malawi
Benim Hungria
meses. Redução da percentagem C Caso a caso, numa base restritiva.
C Caso a caso, numa base muito C Aberta sem condições restritivas.
de cobertura para 90 por cento. M/L Clientes públicos: fora de co-
restritiva. M/L Garantia bancária (decisão
Limite por operação. bertura, excepto para operações
M/L Caso a caso, numa base muito casuística).
restritiva, e com exigência de Cuba de interesse nacional. Clientes
garantia soberana ou bancária. T Fora de cobertura. Iémen privados: análise casuística, numa
C Caso a caso, numa base restritiva. base muito restritiva.
Brasil* Egipto M/L Caso a caso, numa base muito
C Aberta sem condições restritivas. Malta
C Carta de crédito irrevogável restritiva.
M/L Garantia bancária ou garantia de C Aberta sem condições restritivas.
M/L Caso a caso.
transferência. Índia M/L Não definida.
Emirados Árabes Unidos C Aberta sem condições restritivas.
Bulgária Marrocos*
C Aberta sem condições restritivas. M/L Garantia bancária.
C Carta de crédito irrevogável. C Aberta sem condições restritivas.
M/L Garantia bancária (decisão
M/L Garantia bancária ou garantia Indonésia M/L Garantia bancária ou garantia
casuística).
soberana. C Caso a caso, com eventual soberana.
Cabo Verde Eslováquia exigência de carta de crédito irre-
Martinica
C Aberta sem condições restritivas.
C Carta de crédito irrevogável vogável ou garantia bancária.
C Aberta sem condições restritivas.
M/L Eventual exigência de garantia (decisão casuística). M/L Caso a caso, com eventual exi-
M/L Não definida.
bancária ou de garantia soberana
M/L Não definida. gência de garantia bancária ou
(decisão casuística). garantia soberana. México*
Eslovénia
Irão C Aberta sem condições restritivas.
Camarões C Aberta sem condições restritivas.
M/L Garantia bancária.
T Caso a caso, numa base muito M/L Garantia bancária (decisão C Carta de crédito irrevogável ou
restritiva. casuística). garantia bancária. Moçambique
M/L Garantia soberana.
Chile Estónia C Caso a caso, numa base restritiva
C Aberta sem condições restritivas. Iraque (eventualmente com a exigência
C Aberta sem condições restritivas.
M/L Garantia bancária. T Fora de cobertura. de carta de crédito irrevogável,
M/L Garantia bancária (decisão
garantia bancária emitida por
casuística).
Etiópia Israel um banco aceite pela COSEC e
China* C Carta de crédito irrevogável. C Carta de crédito irrevogável aumento do prazo constitutivo
C Aberta sem condições restritivas. M/L Caso a caso numa base muito (decisão casuística). de sinistro).
M/L Garantia bancária. restritiva. M/L Caso a caso, numa base restritiva. M/L Aumento do prazo constitutivo
de sinistro. Sector privado: caso a
Chipre Filipinas Jordânia caso numa base muito restritiva.
C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas. C Caso a caso. Operações relativas a projectos
M/L Não definida. M/L Não definida. M/L Caso a caso, numa base restritiva. geradores de divisas e/ou que

44 // Abril 08 // Portugalglobal
análise de risco - país

de destino

No âmbito de apólices globais


admitam a afectação prioritária Rússia Na apólice individual está em causa a cobertura de uma única
de receitas ao pagamento dos C Sector público: aberta sem restri-
transação para um determinado mercado, enquanto a apólice
créditos garantidos, terão uma ções. Sector privado: caso a caso e
ponderação positiva na análise do em função da análise do cliente. global cobre todas as transações em todos os países para onde o
risco; sector público: caso a caso M/L Sector público: aberta sem empresário exporta os seus produtos ou serviços.
numa base muito restritiva. restrições, com eventual exigência
de garantia bancária ou garantia so-
Nigéria berana. Sector privado: caso a caso As apólices globais são aplicáveis às empresas que vendem bens
C Caso a caso, numa base restritiva e em função da análise de cliente. de consumo e intermédio, cujas transações envolvem créditos de
(designadamente em termos de
alargamento do prazo consti- S. Tomé e Príncipe curto prazo (média 60-90 dias), não excedendo um ano, e que se
tutivo de sinistro e exigência de T Fora de cobertura. repetem com alguma frequência.
garantia bancária).
M/L Caso a caso, numa base muito Senegal
restritiva, condicionado a even- C Em princípio, exigência de Tendo em conta a dispersão do risco neste tipo de apólices, a
tuais garantias (bancárias ou garantia bancária emitida por
um banco aceite pela COSEC e
política de cobertura é casuística e, em geral, mais flexível do que
contrapartidas do petróleo) e ao
alargamento do prazo contitutivo eventual alargamento do prazo a indicada para as transações no âmbito das apólices individuais.
de sinistro. constitutivo de sinistro. Encontram-se também fora de cobertura Cuba, Guiné-Bissau,
M/L Eventual alargamento do prazo
Oman constitutivo de sinistro. Sector Iraque e S. Tomé e Príncipe.
C Aberta sem condições restritivas. público: caso a caso, com exigên-
M/L Garantia bancária (decisão ca- cia de garantia de pagamento
suística). e transferência emitida pela
Autoridade Monetária (BCEAO); Turquia Advertência:
Panamá sector privado: exigência de C Carta de crédito irrevogável.
M/L Garantia bancária ou garantia
A lista e as políticas de cobertu-
C Aberta sem condições restritivas. garantia bancária ou garantia
M/L Não definida. emitida pela Autoridade Mone- soberana. ra são indicativas e podem ser
tária (preferência a projectos que Ucrânia alteradas sempre que se justi-
Paquistão permitam a alocação prioritária
C Caso a caso, numa base restritiva.
C Carta de crédito irrevogável. fique. Os países que constam
dos cash-flows ao reembolso do
Extensão do prazo constitutivo
M/L Caso a caso, numa base muito crédito). da lista são os mais represen-
restritiva. de sinistro para 12 meses.
Sérvia e Montenegro M/L Garantia bancária ou soberana. tativos em termos de consultas
Paraguai C Caso a caso, numa base restritiva, Extensão do prazo constitutivo e responsabilidades assumidas.
C Carta de crédito irrevogável. privilegiando-se operações de de sinistro para 12 meses.
Todas as operações são objecto
M/L Caso a caso, numa base restritiva. pequeno montante. Uganda
M/L Caso a caso, com exigência de
de análise e decisão específicas.
C Caso a caso, numa base muito
Perú garantia soberana ou bancária, restritiva.
C Carta de crédito irrevogável. para operações de pequeno M/L Fora de cobertura.
M/L Caso a caso, numa base restritiva. montante.
Uruguai
Polónia* Singapura C Carta de crédito irrevogável Legenda:
C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas. (decisão casuística).
M/L Garantia bancária (decisão M/L Não definida. M/L Não definida. C Curto Prazo
casuística).
Síria Venezuela
Qatar M/L Médio / Longo Prazo
T Caso a caso, numa base muito C Clientes públicos: caso a caso
C Aberta sem condições restritivas. restritiva. numa base restritiva. Clientes
T Todos os Prazos
M/L Garantia bancária (decisão privados: fora de cobertura.
casuística). Suazilândia M/L Caso a caso, numa base
C Carta de crédito irrevogável. * Mercado prioritário.
restritiva.
Quénia M/L Garantia bancária ou garantia Zâmbia
C Carta de crédito irrevogável. soberana. C Caso a caso, numa base muito
M/L Caso a caso, numa base restritiva. restritiva.
República Checa Tailândia
M/L Fora de cobertura.
C Carta de crédito irrevogável
C Aberta sem condições restritivas.
M/L Garantia bancária (decisão ca-
suística).
M/L
(decisão casuística).
Não definida.
Zimbabwe
C Caso a caso, numa base muito
COSEC
Companhia de Seguro
Taiwan restritiva.
República Dominicana de Créditos, S. A.
C Aberta sem condições restritivas. M/L Fora de cobertura.
C Carta de crédito irrevogável. Direcção Internacional
M/L Não definida.
M/L Não definida.
Tanzânia Avenida da República, 58
Roménia 1069-057 Lisboa
T Caso a caso, numa base muito
C Exigência de carta de crédito Tel.: 217 913 832
restritiva.
irrevogável (decisão casuística). Fax: 217 913 839
M/L Exigência de garantia bancária Tunísia* internacional@cosec.pt
ou garantia soberana (decisão C Aberta sem condições restritivas. www.cosec.pt
casuística). M/L Garantia bancária.

Portugalglobal // Abril 08 // 45
tabela classificativa de países

COSEC
Tabela classificativa de países
Para efeitos de Seguro de Crédito à exportação
A Portugalglobal e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Clas- pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento
sificativa de Países com a graduação dos mercados em função e o grupo 7 à maior.
do seu risco de crédito, ou seja, consoante a probabilidade de As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do
cumprimento das suas obrigações externas, a curto, a médio e risco país, da definição das condições de cobertura e das taxas
a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7), corres- de prémio aplicáveis.

Grupo 1* Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7

Alemanha Arábia Saudita África do Sul Aruba Antilhas Holandesas Albânia Afeganistão Quirguistão
Andorra Barein Argélia Cazaquistão Azerbeijão Angola Argentina Ruanda
Austrália Botswana Bahamas Colômbia Dominicana, Rep. Ant. e Barbuda Belize S. Crist. e Nevis
Áustria Brunei Barbados Croácia Filipinas Arménia Bielorussia S. Tomé e Príncipe
Bélgica Chile Brasil Egipto Guatemala Bangladesh Bolívia Salomão
Canadá China Bulgária El Salvador Indonésia Benin Bósnia e Herzegovina Seicheles
Checa, Rep. Chipre–Z. Grega Costa Rica Fidji Jordânia Butão Burkina Faso Serra Leoa
Coreia do Sul EAUa Dep/ter Austr.b Peru Macedónia Cabo Verde Burundi Sérvia
Dinamarca Estónia Dep/ter Din.c Turquia Maldivas Comores Camarões Síria
Eslováquia Gibraltar Dep/ter Esp.d Uruguai Papua–Nova Guiné Djibouti Campuchea Somália
Eslovénia Koweit Dep/ter EUAe Vietname S. Vic. e Gren. Dominica Cent. Af, Rep. Sudão
Espanha Lituânia Dep/ter Fra.f Santa Lúcia Gabão Chade Suriname
EUA Macau Dep/ter N. Z.g Sri Lanka Gana Congo Tadzequistão
Finlândia Malásia Dep/ter RUh Ucrânia Geórgia Congo, Rep. Dem. Togo
França Malta Hungria Honduras Coreia do Norte Tonga
Grécia México Ilhas Marshall Iemen C. do Marfim Zimbabué
Holanda Oman Índia Irão Cuba
Hong-Kong Polónia Israel Jamaica Equador
Irlanda Qatar Letónia Kiribati Eritreia
Islândia Trind. e Tobago Marrocos Lesoto Etiópia
Itália Maurícias Líbia Gâmbia
Japão Micronésia Mali Grenada
Liechtenstein Namíbia Moçambique Guiana
Luxemburgo Palau Montenegro Guiné Equatorial
Mónaco Panamá Nauru Guiné, Rep. da
Noruega Roménia Nigéria Guiné-Bissau
Nova Zelândia Rússia Paquistão Haiti
Reino Unido Tailândia Paraguai Iraque
São Marino Tunísia Quénia Laos
Singapura Samoa Oc. Líbano
Suécia Senegal Libéria
Suiça Suazilândia Madagáscar
Taiwan Tanzânia Malawi
Vaticano Turquemenistão Mauritânia
Tuvalu Moldávia
Uganda Mongólia
Uzbequistão Myanmar
Vanuatu Nepal
Venezuela Nicarágua
Zâmbia Níger

Fonte: COSEC - Companhia de Seguro de Créditos, S.A.


* Não é aplicável o sistema de prémios mínimos, à excepção da Eslováquia, Hong-Kong e Taiwan.

NOTAS
a) Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah, Um Al Quaiwain e Ajma f) Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, S. Pedro e Miquelon, Polinésia
b) Ilhas Norfolk Francesa, Mayotte, Nova Caledónia, Wallis e Futuna
c) Ilhas Faroe e Gronelândia g) Ilhas Cook e Tokelau, Ilhas Nive
d) Ceuta e Melilha h) Anguilla, Bermudas, Ilhas Virgens, Cayman, Falkland, Pitcairn, Monserrat, Sta.
e) Samoa, Guam, Marianas, Ilhas Virgens e Porto Rico Helena, Ascensão, Tristão da Cunha, Turks e Caicos

46 // Abril 08 // Portugalglobal
feiras

PAPERWORLD 2008
A Paperworld, a maior feira internacional
de Papelaria e Artigos de Escritório, decor-
reu de 23 a 27 de Janeiro em Frankfurt.
Neste certame estiveram presentes nove
empresas portuguesas: Âmbar, Corticeira
Amorim, Arcoimp, Bi-Silque, Cipasa, De-
sicor, Grupo Portucel Soporcel, Kstatio-
nery e Morexpor. Foi na Paperworld, que
visitantes de todo o mundo encontraram
em conjunto toda a variedade de áreas
de tendências, eventos informativos, ce-
rimónias de entrega de prémios e muitas
exposições paralelas.
Desde há vários anos que a revista pro-
fissional britânica OPI tem utilizado esta
Paperworld feira como palco para a entrega dos pré-
mios European Office Products Awards
e, em 2008, distinguiu novamente os
melhores artigos de escritório e papela- Symposium” e o “Imaging Symposium”.
ria. Estes prémios são atribuídos nas ca- Ambos os eventos são organizados por
tegorias de marketing, orientação para o uma empresa de publicações em conjun-
cliente, inovação, preocupação ambien- to com a Messe Frankfurt e são abertos a
tal, lançamento de novos artigos, jovens todos os visitantes da feira. Neles há um
empreendedores e serviços para a indús- programa de palestras sobre problemas
tria e tornam este evento a grande mon- relacionados com os vários segmentos do
tra mundial do sector e o grande ponto sector, tornando-se um espaço de discus-
de encontro para os empresários. são e troca de informação entre colegas.
Outra parte muito conhecida da Pa-
perworld são os simpósios “Creative www.paperworldmessefrankfurt.com

SEMANA INTERNACIONAL
DA MODA MADRID
Foi a grande novidade da última edição programados diversos desfiles espe-
da Semana Internacional de Moda de ciais de várias marcas portuguesas, que
Madrid (SIMM), que decorreu de 15 a apresentaram as suas propostas para o
17 de Fevereiro: Portugal e as suas em- Outono/Inverno 2008/2009. Entre os
presas foram os convidados de honra nomes mais conceituados estiveram
deste certame que se tornou, nos últi- o jovem designer português Ricardo
mos anos, uma referência no mercado Dourado e o internacionalmente reco-
mundial da moda. A moda nacional já nhecido estilista Miguel Vieira. O nos-
Semana Internacional tinha descoberto a SIMM, fazendo dela so país protagonizou esta eleição para
da Moda de Madrid
paragem obrigatória para as suas em- primeiro país convidado não só pela
presas e, nesta edição, as razões para proximidade geográfica mas também,
estar presente foram ainda maiores. Ser e sobretudo, pela afinidade em termos
o primeiro participante convidado pela de interesses comerciais e de laços que
organização a protagonizar o novo pro- unem a Península Ibérica à América
grama “País Convidado” trouxe para as Latina. Portugal e Espanha têm uma
empresas nacionais um grande conjun- história semelhante em termos de liga-
to de vantagens: maior exposição que ção com o outro lado do Atlântico e a
a habitual através de referências espe- SIMM pretendeu, desta forma, reforçar
ciais no programa e nos panfletos dis- essa ligação e contribuir para a interna-
tribuídos nos dias da feira, stands de- cionalização da moda dos países.
vidamente sinalizados e apresentações
especiais da moda portuguesa. Foram www.semanamoda.ifema.es

48 // Abril 08 // Portugalglobal
feiras

FEIRAS SK IFAT
Salão Internacional de Pavimentos Feira Internacional de Técnicas
EM PORTUGAL e Revestimentos Cerâmicos, Ambientais
Espaço Cozinha e Banho Local: Munique
Local: Lisboa Data: 5 a 9 de Maio
ALIMENTAÇÃO Data: 20 a 24 de Maio Organização: Messe Munchen GmbH
Feira Internacional de Alimentação Organização: Associação Industrial newsline@messe-muenchen.de
Local: Porto Portuguesa www.messe-muenchen.de
Data: 7 a 10 de Maio aip@aip.pt
Organização: Exponor www.aip.pt GULF BID
info@exponor.pt
Feira Internacional de Construção,
www.exponor.pt
Decoração e Mobiliário
Local: Bahrein
ALITEC Data: 6 a 8 de Maio
Salão de Equipamentos para a Indústria
Alimentar e Canal Horeca
FEIRAS Organização: Bahrain Covention
and Exhibition Bureau
Local: Porto NO ESTRANGEIRO info@bahrainehibitions.com
Data: 7 a 10 de Maio www.bahrainexhibitions.com
Organização: Exponor
info@exponor.pt FEIRA INTERNACIONAL NATIONAL HARDWARE SHOW
www.exponor.pt DE BUENOS AIRES Local: Las Vegas
Local: Buenos Aires Data: 6 a 8 de Maio
EMBALAGEM Data: 21 de Abril a 2 de Maio Organização: Reed Exhibition Companies
Salão Internacional da Embalagem Organização: Fundacion El Libro inquiry@reedexpo.com
e do Packaging fundacion@el-libro.com.ar www.reedexpo.com
Local: Porto www.el-libro.org.ar
Data: 7 a 10 de Maio PIEDRA
Organização: Exposalão INTEROP LAS VEGAS Feira Internacional da Pedra Natural
info@exposalao.pt Feira de Electrónica e Telecomunicações Local: Madrid
www.exposalao.pt Local: Las Vegas Data: 7 a 10 de Maio
Data: 27 de Abril a 2 de Maio Organização: IFEMA – Feria de Madrid
EXPOFRANCHISE Organização: Media Live International, Inc. iberpiel@ifema.es
Feira de Oportunidades de Negócio marco.pardi@mlii.com www.ifema.es
Local. Lisboa www.interop.com
Data: 9 a 11 de Maio SALON INTERNACIONAL DEL
Organização: IIF – Instituto de Informação COVERINGS AUTOMÓVIL DE MADRID
em Franchising, SA Exposição Internacional de Local: Madrid
info@ife.pt Revestimentos e Pedras Ornamentais Data: 22 de Maio a 1 de Junho
www.infofranchising.pt Local: Orlando Organização: IFEMA – Feria de Madrid
Data: 29 de Abril a 2 de Maio iberpiel@ifema.es
TEKTÓNICA Organização: Coverings – National Trade www.ifema.es
Feira Internacional de Construção Productions, Inc.
e Obras Públicas www.coverings.com DRUPA
Local: Lisboa Feira Internacional de Impressão
Data: 20 a 24 de Maio IDMF e do Papel
Organização: Associação Industrial Feira Internacional de Marketing Directo Local: Dusseldorf
Portuguesa Local: Londres Data: 29 de Maio a 11 de Junho
aip@aip.pt Data: 29 de Abril a 1 de Maio Organização: Messe Dusseldorf GmbH
www.aip.pt Organização: Reed Exhibition Ltd. info@messe-dusseldorf.de
inquiry@reedexpo.co.uk www.messe-dusseldorf.de
SIMAC www.reedexpo.com
Salão Internacional de Materiais,
Máquinas e Equipamentos BORDEAUX
para a Construção Feira Internacional de Bordeaux
Local: Lisboa Local: Bordeus
Data: 20 a 24 de Maio Data: 1 a 12 de Maio
Organização: Associação Industrial Organização: Comité des Expositions
Portuguesa de Bordeaux
aip@aip.pt conforexpo@bordeaux-expo.com
www.aip.pt www.conforexpo.com

Portugalglobal // Abril 08 // 49
bookmarks

NEGÓCIOS À MESA

Ao contrário do que aparenta, pois trata mercado hiper-competitivo, não reside


de negócios de restauração, este livro apenas na qualidade do produto mas na
converteu-se numa referência interna- capacidade de proporcionar aos clientes
cional para empreendedores e gesto- experiências emocionalmente gratifi-
res. Até o incontornável Michael Porter, cantes, nomeadamente em termos de
professor da Harvard Business School, comunicação efectiva, isto porque se o
considera-o como o “fabuloso livro de serviço não passa de um monólogo, a
Danny Meyer” e reconhece que a obra hospitalidade associada à competência
está recheada de ensinamentos úteis técnica, pelo contrário, é um diálogo
para quem deseja gerir um negócio com generoso e incomparável, com resul-
sucesso, seja ele qual for. “Um verdadei- tados assegurados. “A pedra de toque
ro banquete para investidores, empre- aqui é a autenticidade no relacionamen-
endedores e executivos apostados em to com os clientes, por oposição à plas-
agir”, assegura Steve Forbes, Presidente ticidade que muitas vezes caracteriza os
e CEO da Forbes, uma das mais antigas encontros de serviço”, sublinha Miguel
e prestigiadas revista de economia, fi- Alarcão Júdice (CEO do Lágrimas Hotels
nanças e negócios norte-americana. & Emotions) no prefácio da obra.
Danny Meyer, que se tornou numa len- “Em última análise”, diz Danny Meyer,
da viva da gastronomia nos EUA, abriu “o que é mais significativo é criar re-
o seu primeiro restaurante, o Union sultados positivos, sublimes, em termos
Square Café, numa zona pouco ecléti- de experiência humana e de relações
ca de Manhattan, muito embora o seu humanas. Os negócios, como a vida,
menu fosse inovador. Os especialistas lidam com a maneira como fazemos
consideraram o negócio votado ao fra- com que as pessoas se sintam bem. É
casso. Contudo, o restaurante impôs- tão simples e tão difícil quanto isso”.
se como marca de excelência, pela sua
qualidade e sofisticação, e deu origem Autores:
ao mais bem sucedido império de res- Danny Meyer
tauração de Nova Iorque.
Editor: Lua de Papel • Ano: 2007
Segundo Meyer, a chave do sucesso num

SUCESSO.PT - CASOS DE EXCELÊNCIA EM PORTUGUÊS

O programa Sucesso.pt, que televisivo na SIC-Notícias tem matéria-prima ao programa


resultou de uma parceria agora em livro uma compi- televisivo, o livro “Sucesso.
entre o ex-ICEP e a SIC, deu lação de todas as pequenas pt – Casos de excelência em
origem a um livro e a um grandes histórias que mos- português” também faz a
DVD com os 33 casos de su- tram um Portugal líder em análise das ameaças e opor-
cesso empresarial em Portu- várias áreas. Exemplos de tunidades dos casos seleccio-
gal apresentados na primeira empresas que são das maio- nados para a primeira série
série do programa. Ao longo res e melhores da Europa a do programa.
do livro, Luís Ferreira Lopes, fazer calçado de vanguarda,
autor do programa, explica tintas anti-corrosivas para na- Autores:
como é que alguns empresá- vios, sistemas de pagamento Luís Ferreira Lopes,
Liliana Carvalho,
rios portugueses “ousaram de portagem, software para Mafalda Avelar,
apostar na diferença e na cartões magnéticos ou con- Patrícia Cracel
inovação a uma escala inter- teúdos para New Media. Para Editor: Booknomics
nacional surpreendente”. além de contar os 33 casos
Ano: 2007
Quem perdeu o programa de sucesso que serviram de

50 // Abril 08 // Portugalglobal

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