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Revisão do Plano Diretor de

Ribeirão das Neves


Produto 01 – Plano de Trabalho
Belo Horizonte, 01 de Abril de 2018

P 01 - PLANO DE TRABALHO 1
Revisão do Plano Diretor Participativo de Ribeirão das Neves – MG

Revisão do Plano Diretor Participativo de Ribeirão


das Neves
Produto 01 - Plano de Trabalho

Belo Horizonte, 01 de abril de 2018

Ethos Urbanismo e Arquitetura LTDA


CNPJ: 14.959.314/0001-20
Endereço: Rua Albita, 131 / Sala 306, Bairro Cruzeiro
CEP: 30.310-160 Belo Horizonte – MG

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FICHA TÉCNICA

Equipe Físico-Ambiental
Mariana Teixeira Brant da Costa Ribeiro - Arquiteta Urbanista/Coordenação
Paula Coelho Perim - Arquiteta Urbanista/Coordenação
Fernanda Cristina Soares Ferreira - Arquiteta Urbanista - CAU A56232-7
Francis d’Ávila de Souza Soares - Arquiteto Urbanista
Henrique de Mello Vasconcellos Neves - Arquiteto Urbanista
Julia Mendes Rocha - Arquiteta Urbanista
Laura Cristina Coelho de Moraes - Arquiteta Urbanista
Mariana Eugênia Rodrigues Moura – Arquiteta Urbanista
Milena Marzagão de Andrade - Arquiteta Urbanista

Glauco Borges Cezar – Geógrafo/Cartografia


Rodrigo Silva Lemos – Geógrafo /Ambiental
Rodrigo Coelho de Carvalho - Demógrafo/Habitacional

Equipe Sócio-econômico-organizativa
Clarice de Assis Libânio - Socióloga
Luiz Felype - Economista

Equipe Jurídico-Legal
Bernardo Luz Antunes - Advogado
Leonardo Bedê - Advogado

Equipe de apoio
Luiza Raeli Marchi Penna

Equipe Prefeitura
Vinícius Marins
Sandro Donizete
Simone Oliveira
Jane Marcelino Amaral

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APRESENTAÇÃO

O presente documento refere-se ao Produto 1 – Plano de Trabalho do processo de Revisão do


Plano Diretor Participativo de Ribeirão das Neves – MG. Neste documento será detalhada a
metodologia de desenvolvimento do trabalho e o cronograma físico de entrega de produtos e
realização das etapas necessárias ao cumprimento do contrato. Além destes, serão apresentados
os instrumentos básicos para balizamento e medições dos produtos.

A elaboração da Revisão do Plano Diretor, objetivo último deste trabalho, parte de levantamentos
e diagnósticos das situações Físico-Ambiental, Sócio-econômico-organizativo e Jurídico-Legal do
município e de ações de capacitação e difusão das diretrizes do Estatuto da Cidade (Lei Federal n°
10.257, 2001), trabalhando sempre com princípios de envolvimento e participação da população
interessada, tanto no sentido da obtenção de informações que subsidiem a compreensão do
território urbano e rural, como no sentido de discutir as propostas para o planejamento e
desenvolvimento do município.

O Plano de Trabalho e o Cronograma deverão ser discutidos com os técnicos da Prefeitura e o


Núcleo Gestor da Revisão do Plano, a fim de que todos os passos e procedimentos sejam
acordados entre o contratante e os contratados e resultem em um escopo técnico que cumpra as
diretrizes explicitadas no termo de referência.

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SUMÁRIO

1. Introdução .................................................................................................................................. 6
2. Etapas da Revisão do Plano Diretor ........................................................................................... 7
2.1. Planejamento inicial ........................................................................................................... 8
2.2. Plano de Comunicação ....................................................................................................... 9
2.3. Audiência Pública de abertura ........................................................................................... 9
2.4. Núcleo Gestor ..................................................................................................................... 9
2.5. Competência e Atribuições do Núcleo Gestor ................................................................. 10
2.6. Capacitação do Núcleo Gestor ......................................................................................... 11
2.7. Leitura Técnica: levantamento e diagnóstico .................................................................. 11
2.8. Leitura comunitária .......................................................................................................... 13
2.9. Elaboração de propostas .................................................................................................. 14
2.10. Audiências Públicas Regionais para construção e discussão das propostas embasadas
no diagnóstico integrado ............................................................................................................. 15
2.11. Elaboração do projeto de minuta de lei do Plano Diretor e leis complementares ...... 15
2.12. Audiência Pública de apresentação da Minuta de Lei ................................................. 15
3. Cronograma físico das atividades ............................................................................................ 16
4. Bibliografia ............................................................................................................................... 17

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Lista de Mapas

Mapa 1 – Localização do Município de Ribeirão das Neves - MG ..................................................... 7

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1. Introdução

O crescimento urbano desordenado, nos seus diversos aspectos, constitui um dos problemas
cruciais dos municípios brasileiros. A solução dessa questão no Brasil e no Município corresponde
às novas demandas para a intervenção nas cidades e áreas rurais.

A elaboração do Plano Diretor tem como principal finalidade implementar os novos marcos
postos pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal nº10.257, de 10 de julho de 2001) para a condução da
política urbana no município, além de produzir um Plano Diretor em consonância com as
questões que se apresentam como os desafios atuais das cidades. Além disso, deve ser
compatibilizado com as diretrizes do Plano Metropolitano, conforme determinação do Estatuto
da Metrópole (Lei Federal nº13.089 de 12 de janeiro de 2015).

O Plano Diretor caracteriza-se como o principal instrumento básico de planejamento e gestão


utilizado para a garantia de implantação da política de desenvolvimento urbano, no sentido de
orientar a aplicação das políticas públicas em todo o território municipal, urbano e rural e nortear
a ação de agentes públicos e privados. O plano parte de um diagnóstico da realidade física, social,
econômica, política e administrativa do município, apresentando, ao final, um conjunto de
propostas para a organização espacial dos usos do solo urbano, o futuro desenvolvimento
socioeconômico e de elementos fundamentais da estrutura urbana, envolvendo todos os agentes
públicos e privados. O Plano deve prever, então, as diretrizes e normas para orientar as tomadas
de decisão de todos os atores envolvidos no processo de desenvolvimento do município.

Por este motivo, o Plano Diretor tem como garantia legal a previsão de que sua elaboração será
realizada tendo por base a efetiva participação da sociedade em todas as fases de seu processo,
desde a elaboração até a definição dos mecanismos de tomada de decisão, conforme o art. 3º §
1º, do Estatuto da Cidade. O desenvolvimento do plano diretor requer um processo de
organização e conscientização do público alvo, bem como a estruturação de canais de
comunicação entre os diversos atores envolvidos e o envolvimento da população em todas as
etapas do trabalho.

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O Plano Diretor vigente no município de Ribeirão das Neves é a Lei Complementar nº 36 de 10 de


outubro de 2006. A Lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade) determina que o a
lei que institui o plano diretor, aprovado por lei municipal, deve ser revista, pelo menos, a cada 10
anos (art. 40, §3º).

O presente documento, Plano de Trabalho, bem como serviços de trabalho técnico social de
acompanhamento dessa etapa apoiou-se, principalmente, no Termo de Referência e nas
publicações do Ministério das Cidades.

Mapa 1 – Localização do Município de Ribeirão das Neves - MG

2. Etapas da Revisão do Plano Diretor

O processo de revisão do Plano Diretor participativo do Município de Ribeirão das Neves se


desenvolverá nas seguintes etapas:

 Planejamento inicial;
 Elaboração do Plano de Trabalho;

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 Elaboração do Plano de Comunicação para participação da população nas audiências


públicas e nas oficinas e criação do material publicitário;
 Leitura Técnica: Levantamento e Diagnóstico;
 Audiência Pública de Abertura e Eleição do Núcleo Gestor;
 Capacitação do Núcleo Gestor para acompanhamento dos trabalhos;
 Reuniões intermediárias com o Núcleo Gestor para acompanhamento das etapas do
Plano;
 Reunião intermediária com grupos dos setores econômicos;
 Reuniões intermediárias com a Prefeitura para discussão dos conteúdos de cada etapa;
 Realização das Leituras Comunitárias seguido da tabulação dos dados coletados;
 Realização de Reunião com o Núcleo Gestor para apresentação do Diagnóstico Integrado;
 Elaboração das Propostas;
 Realização de Audiências Públicas Regionais para construção e discussão das propostas
embasadas no diagnóstico integrado;
 Desenvolvimento da Minuta de Lei da Revisão do Plano Diretor;
 Realização de Audiência Pública para apresentação da Minuta de Lei.

2.1. Planejamento inicial

Tem-se como objetivo desta etapa o ajuste final de informações e procedimentos entre
contratante e contratada para o desenvolvimento do trabalho.

Serão partes integrantes do planejamento inicial o corpo técnico da Prefeitura, quando serão
repassadas as informações relativas à área de trabalho e a equipe da Ethos Urbanismo será
formalmente apresentada aos contatos da Prefeitura Municipal onde se realizarão os planos e a
reunião para discussão do cronograma físico, anexado a esse documento, e da metodologia
proposta.

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2.2. Plano de Comunicação

A elaboração do Plano de Comunicação deverá prever a criação da logomarca da revisão do Plano


e de todos os materiais publicitários para ampla divulgação (jornais locais, carro de som, cartazes,
panfletos, cartilha, rádio, faixas, etc.), contendo data, local e tema, que serão distribuídos com
antecedência mínima de 15 dias da realização dos eventos. Serão definidos também os locais
onde serão veiculados cada mecanismo de mobilização.

Além destes, serão definidos os grupos para realização da mobilização e serão levantadas todas as
informações necessárias para que esta consiga alcançar toda a população.

2.3. Audiência Pública de abertura

A Audiência Pública de Abertura inicia o processo de Revisão do Plano Diretor Participativo e


marca o início dos trabalhos, oficialmente. A Audiência Pública é um instrumento de participação
popular, garantido pela Constituição Federal de 1988 e regulado por Leis Federais, constituições
estaduais e leis orgânicas municipais.

O principal objetivo da Audiência é servir como uma ferramenta responsável pela integração
entre o projeto técnico e a sociedade. Nesta Audiência de Abertura deverão ser apresentados: os
conceitos sobre o Plano Diretor; os instrumentos da política urbana; o porquê da Revisão do
Plano Diretor; as etapas de trabalho; e o cronograma de atividades.

Além disso, durante a audiência serão apresentados os membros do poder executivo e do poder
Legislativo que farão parte do Núcleo Gestor, bem como realizada a eleição dos representantes
da sociedade civil.

2.4. Núcleo Gestor

O Núcleo Gestor é uma instancia paritária, com participação do executivo, do legislativo e da


sociedade civil, em atendimento às recomendações do Estatuto das Cidades. Os representantes

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do executivo e do legislativo devem ser indicados pelos respectivos poderes, ao passo que os
representantes da sociedade civil serão eleitos na Audiência de Aberturado projeto.

Esse comitê deve estar ciente de todo o processo que envolve a revisão do Plano Diretor,
especialmente no que tange à parte de mobilização, uma vez que seus componentes são peças-
chave para a divulgação de todo o processo de revisão do Plano Diretor.

Também fazem parte de suas atribuições a leitura prévia dos materiais produzidos pela
consultoria e a discussão com a equipe de temas relevantes para a revisão do Plano Diretor.
Suas regras de funcionamento, periodicidade e outras questões internas serão discutidas com o
grupo, após a eleição de seus membros.

Realça-se que as reuniões do Núcleo Gestor são abertas à participação de qualquer cidadão
nevense, sem, entretanto, direito a voto nos casos em que houver necessidade de adotar tal
procedimento na tomada de decisões.

2.5. Competência e Atribuições do Núcleo Gestor

Compete aos representantes das respectivas esferas que compõem o Núcleo Gestor do Plano
Diretor de Ribeirão das Neves:
 Acompanhar e avaliar as fases de revisão do Plano Diretor de Ribeirão das Neves, inclusive
procedendo à leitura prévia dos documentos produzidos pela consultoria e participando
de reuniões e debates internos com a equipe técnica;
 garantir a efetiva participação da sociedade civil à luz do Estatuto da Cidade;
 Contribuir para a mobilização e representação da sociedade civil nas instâncias de
participação da elaboração do plano;
 Acompanhar e contribuir para a mobilização social, colaborando com a condução das
leituras comunitárias, das reuniões, oficinas e audiência públicas municipais;
 Avaliar os produtos entregues pela equipe contratada, fazendo sugestões e revisões que
se fizerem necessárias para garantir a qualidade do trabalho;
 Promover a cooperação entre os representantes do poder público e da sociedade civil na
formulação das propostas;

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 Acompanhar a tramitação do projeto de Lei do Plano Diretor de Ribeirão das Neves e os


projetos de lei relativos aos instrumentos complementares, na Câmara Municipal de
Ribeirão das Neves, buscando analisar eventuais emendas propostas e elucidar assuntos
técnicos ou relativos ao processo de pactuação social quanto aos conteúdos enviados;
 Promover a ampla divulgação de suas deliberações à população.

2.6. Capacitação do Núcleo Gestor

A capacitação do Núcleo Gestor de acompanhamento da Revisão do Plano Diretor tem como


objetivo o processo de formação de seus membros, preparando os para cumprirem suas funções
nos trabalhos técnicos referentes à Revisão do Plano Diretor Participativo. A capacitação
acontecerá a partir da preparação de material cujo conteúdo deverá abranger, no mínimo:
 Conteúdos do Plano Diretor e instrumentos da política urbana;
 Papel do Núcleo Gestor;
Metodologia e cronograma a serem utilizados na elaboração do Plano Diretor.

2.7. Leitura Técnica: levantamento e diagnóstico

Levantamento de dados para composição dos seguintes diagnósticos:

a) DIAGNÓSTICO URBANÍSTICO AMBIENTAL


b) DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO
c) DIAGNÓSTICO JURÍDICO LEGAL

LEVANTAMENTO DE DADOS
O levantamento de dados será feito através de dados primários e secundários.

Dados secundários
Os dados secundários serão coletados através de pesquisas documentais e relatórios sobre
trabalhos pertinentes.

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Atualização/elaboração da base/planta cadastral georeferenciada


Atualização das bases cadastrais existentes, em escala compatível.

Legislação
Compilação da legislação ambiental, urbanística, fundiária e de preservação cultural incidente no
município (nos três níveis de Governo). Levantamento de todos os instrumentos previstos nos
Planos Diretores. Sistematização detalhada e análise crítica das legislações e instrumentos do
Estatuto da Cidade.

Levantamento de aspectos urbanísticos, ambientais e socioeconômicos.


Levantamento de dados socioeconômicos, de uso e ocupação de solo, ambientais, transporte e
mercado imobiliário oriundos de levantamentos já realizados a serem atualizados na pesquisa
direta a fim de possibilitar análises da dinâmica urbana. Fontes: Prefeituras Municipais, IBGE, FJP,
e outros.

Dados primários
Como complemento desse levantamento documental serão coletados os dados primários, quer
para a confirmação de suas assertiva e previsões, quer para complementação e fundamentação
de análises específicas. Serão realizadas pesquisas, entrevistas e observações in loco.

Serão eles:
- Visita de reconhecimento em cada bairro e localidade do município. Vistorias, levantamentos de
campo e registros fotográficos, identificando: padrões de urbanização, disponibilidade de
infraestrutura, equipamentos urbanos, situações de risco para a ocupação, além de outras
informações relevantes para o Plano Diretor;
- Pesquisa com o corpo técnico da Prefeitura - Grupo Executivo;
- Entrevistas com lideranças comunitárias e moradores;
- Pesquisa com Instituições, Entidades de classe, Legislativo municipal, Conselhos, Sociedade Civil
organizada, Movimentos populares, Associações de Bairro, Sindicatos, ONGs.
- Mapas de evolução urbana da área e sua dinâmica: a evolução urbana será feita através de
pesquisas de dados oriundos de trabalhos diversos realizados na área e de mapas relativos à
morfologia do traçado e da ocupação em tempos diferentes (se possível).

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O produto final será uma coleção de mapas e textos que retratem os processos urbanos ocorridos
na área desde o início de sua ocupação.

- Levantamento de dados e aspectos físico-ambientais:

Este item pressupõe a leitura da estrutura urbana da área, ou seja, suas articulações e
diferenciação dentro do município e os aspectos ambientais do município. Os temas a serem
pesquisados nessa análise urbanístico-ambiental remetem aqueles considerados essenciais para
conhecimento e compreensão das dinâmicas urbanas e da área rural.

-Levantamento de dados socioeconômicos organizativos:

Esta pesquisa serve como ponto de partida para a abordagem da problemática social. A
contextualização das condições socioeconômicas e organizacional para a área em estudo será
avaliada sob uma ótica mais ampliada e possibilitará a obtenção de uma base de referência para
análises comparativas. A pesquisa inicialmente citada fornecerá dados e informações mais
localizados e detalhados sobre a dinâmica social da área.

Os dados secundários serão advindos das informações estatísticas disponíveis nas secretarias
municipais correlatas, ou em outras instituições municipais, estaduais, federais, religiosas, ONGs,
e da iniciativa privada. Entretanto, podem apresentar limitações e restrições, tornando – se
necessário verificar a vigência das informações levantadas e sua pertinência.

2.8. Leitura comunitária

As Oficinas comunitárias serão realizadas com o intuito de construir um diagnóstico do território


municipal a partir da visão da comunidade, através de uma dinâmica de grupo onde o
participante poderá indicar a sua percepção sobre o espaço em que vive, os problemas e as
potencialidades. As Oficinas visam um maior envolvimento da comunidade interessada e dos
gestores municipais no processo de caracterização das situações urbanas. As discussões previstas
para essa atividade estarão apoiadas em cartilhas didáticas a serem fornecidas aos participantes.

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Cada reunião envolve atividades preliminares de planejamento de datas, locais e participantes, de


divulgação do evento e de preparação de material de apoio.

TRATAMENTO E ANÁLISE DE DADOS


Os dados levantados serão alvo de tratamento específico, de acordo com seu tipo:
 as informações de documentos e entrevistas serão consolidados para facilitar sua
consulta e análise,
 os dados de pesquisas serão tabulados, receberão uma análise de consistência e
tratamento estatístico conveniente.

A partir desses tratamentos será feita uma interpretação direta das informações obtidas.

ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICO INTEGRADO


A análise cruzada da Leitura Técnica e da Leitura Comunitária possibilitará a montagem de um
diagnóstico integrado, onde serão identificadas as demandas, as potencialidades e os problemas,
assim como a influência desse conjunto de dados sobre o direcionamento do trabalho.

O diagnóstico será o ponto de partida para a formulação das propostas municipais.

2.9. Elaboração de propostas

O Diagnóstico Integrado possibilitará a montagem de um programa factível, onde serão


identificadas as demandas, as potencialidades e os problemas, assim como a influência desse
conjunto de dados sobre o direcionamento do trabalho, sendo realizado:
 avaliação e sistematização dos resultados das oficinas da etapa anterior, compatibilizando
propostas e readequando análises e conclusões formuladas pela equipe técnica;
 discussões com o Grupo Gestor e os técnicos da Prefeitura;
 formulação das diretrizes e propostas para o Plano Diretor;
 setorização territorial associada a parametrização a partir da análise territorial.

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2.10. Audiências Públicas Regionais para construção e discussão das


propostas embasadas no diagnóstico integrado

Realização, após a definição preliminar das propostas para o Plano Diretor, de Audiências Públicas
Regionais, direcionado à participação da população, visando discutir as propostas de intervenção
urbanística e de instrumentos legais para o planejamento estratégico do município de Ribeirão
das Neves formuladas pela equipe técnica.

As propostas que forem apresentadas pela equipe técnica serão embasadas no Diagnóstico
Integrado. Os participantes poderão validar as propostas apresentadas, contestar as mesmas ou
apresentar novas alternativas para o desenvolvimento do território.

Cada Audiência envolve atividades preliminares de planejamento de datas, locais e participantes;


de programação, da dinâmica dos eventos; de envio de convites e divulgação do mesmo; e de
preparação de material de apoio.

2.11. Elaboração do projeto de minuta de lei do Plano Diretor e leis


complementares

Sistematização e redação do projeto de minuta de lei do Plano Diretor Participativo de Ribeirão


das Neves, seguido das legislações complementares, sendo construído a partir do produto final
das Propostas e do Diagnóstico Integrado. Esta etapa compreende a elaboração de projeto de
minuta de lei; revisão e definição do Perímetro Urbano; definição do Macrozoneamento;
definição de Zoneamento; definição dos parâmetros urbanísticos de uso e ocupação do solo.

2.12. Audiência Pública de apresentação da Minuta de Lei


Realização de audiência pública após sistematização e redação do projeto de minuta de lei do
Plano Diretor Participativo de Ribeirão das Neves, direcionada a participação popular envolvendo
os diversos segmentos e representatividades da sociedade civil, além do poder público municipal.
Essa audiência pública objetiva a promoção da informação, debate, avaliação e validação do
produto de Minuta de Lei proposto para o Plano Diretor Participativo de Ribeirão das Neves.

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3. Cronograma físico das atividades

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4. Bibliografia

BRASIL. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos. 2 ed. Brasília:
Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.
SABOYA, Renato. Concepção de um sistema de suporte à elaboração de planos diretores
participativos. 2007. Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia
Civil – Universidade Federal de Santa Catarina.
SILVA, José Afonso. Direito urbanístico brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1995.
VILLAÇA, Flávio. Dilemas do Plano Diretor. In: CEPAM. O município no século XXI: cenários e
perspectivas. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, 1999. p. 237 – 247.

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