PARECER TÉCNICO

AVALIAÇÃO DA NOVA CONFIGURAÇÃO DE ACESSO

DA CERTEL À SUBESTAÇÃO LAJEADO 3
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 PARECER TÉCNICO

GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Ministério de Minas e Energia

Ministro
Fernando Coelho Filho
Secretário-Executivo do MME
Paulo Jerônimo Bandeira de Mello Pedrosa
Secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Energético
AVALIAÇÃO DA NOVA
Eduardo Azevedo Rodrigues CONFIGURAÇÃO DE ACESSO DA
Secretário de Energia Elétrica
Fabio Lopes Alves
CERTEL À SUBESTAÇÃO
Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis
LAJEADO 3
Renováveis
Márcio Félix Carvalho Bezerra
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação
Mineral
Vicente Humberto Lôbo Cruz

Empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia,

instituída nos termos da Lei n° 10.847, de 15 de março de 2004, a
EPE tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e Coordenação Geral
Luiz Augusto Nóbrega Barroso
pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor
Amilcar Gonçalves Guerreiro
energético, tais como energia elétrica, petróleo e gás natural e seus Ricardo Gorini de Oliveira
derivados, carvão mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência .
energética, dentre outras. Coordenação Executiva
José Marcos Bressane
Presidente
Luiz Augusto Nóbrega Barroso
Equipe Técnica:
Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e
Ambientais
Ricardo Gorini de Oliveira Estudos Elétricos
Marcos Vinícius G da S Farinha
Diretor de Estudos de Energia Elétrica Thiago Dourado Martins
Amilcar Gonçalves Guerreiro
Diretor de Estudos de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis
José Mauro Ferreira Coelho

Diretor de Gestão Corporativa

Álvaro Henrique Matias Pereira

URL: http://www.epe.gov.br

Sede
Esplanada dos Ministérios, Bloco U, Sl. 744
70065-900 – Brasília – DF

Escritório Central
Av. Rio Branco, 01 – 11º Andar
Nº EPE-DEE-NT-052/2017-rev0
Data: 06 de Setembro de 2017
20090-003 - Rio de Janeiro – RJ
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Contrato Data de assinatura

Projeto
PARECER TÉCNICO

Área de estudo

Sub-área de estudo

Produto (Nota Técnica ou Relatório)

Avaliação da nova configuração de acesso da CERTEL à

EPE-DEE-NT-052/2017
subestação Lajeado 3
Revisões Data Descrição sucinta

rev0 06.09.2017 Emissão Original

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APRESENTAÇÃO

Este relatório apresenta um parecer técnico sobre a Nota Técnica 001-17, elaborada pela
permissionária CERTEL Energia, contemplando justificativas técnicas para alteração da
configuração de acesso da permissionária à subestação Lajeado 3.

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EPE-DEE-NT-052/2017-rev0 – “Parecer Técnico sobre o Acesso da CERTEL à subestação Lajeado 3”
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6

2 AVALIAÇÃO DAS JUSTIFICATIVAS APRESENTADAS ................................................ 8

3 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 10

4 EQUIPE TÉCNICA ................................................................................................... 11

5 ANEXOS ................................................................................................................. 12

5.1 ANEXO I - OFÍCIO ENER 057/17 .................................................................................................................... 12

5.2 ANEXO II – NOTA TÉCNICA 001-17 ................................................................................................................. 13

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1-1 – Diagrama Unifilar Simplificado da configuração inicial da SE Lajeado 3. ................................................. 6

Figura 3-1 – Nova Configuração de acesso da CERTEL à subestação Lajeado 3. ......................................................... 10

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 2.1 Projeção de carga da CERTEL Energia no período 2017-2025 ................................................................................... 8

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1 INTRODUÇÃO

A subestação Lajeado 3 foi recomendada originalmente no âmbito do Estudo de Suprimento

ao Rio Grande do Sul – Região de Lajeado (EPE-DEE-RE-058/2010) com o objetivo de prover
um ponto de fronteira adicional à distribuidora RGE-Sul (antiga AES-Sul) e à permissionária
CERTEL Energia face ao esgotamento da capacidade transformadora da SE Lajeado 2 e da
ocorrência de sobrecargas na rede de 69kV local.

A configuração inicial da subestação Lajeado 3, que foi objeto do Leilão de Transmissão

002/2013, foi outorgada à SPE MGF – Energy Guaianazes Transmissora de Energia Ltda. e
contemplava três acessos de linha em 69kV conforme apresentado na Figura 1-1 a seguir. Um
desses acessos seria realizado pela RGE-Sul, que conectaria a nova fronteira à subestação de
distribuição 69kV Arroio do Meio. Em um momento futuro, a RGE Sul vislumbrou a
necessidade de implantar uma entrada de linha adicional de forma a possibilitar a conexão à
subestação Encantado. A CERTEL Energia, por sua vez, acessaria a subestação Lajeado 3 por
meio de duas entradas de linha em 69kV oriundas do seccionamento da linha de distribuição
69kV CERTEL 2 – CERTEL 1.

Figura 1-1 – Diagrama Unifilar Simplificado da configuração inicial da SE Lajeado 3.

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EPE-DEE-NT-052/2017-rev0 – “Parecer Técnico sobre o Acesso da CERTEL à subestação Lajeado 3”
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Contudo, com a declaração da caducidade dos contratos de concessão outorgados à SPE MGF,
realizada por meio da Portaria nº 60, de 03 de março de 2016, a EPE e o ONS realizaram uma
avaliação conjunta das condições de atendimento ao SIN considerando a ausência dos
empreendimentos outorgados. Parte dessa avaliação, que também contou com a participação
das transmissoras e distribuidoras envolvidas, contemplou a verificação da validade da solução
de planejamento anteriormente recomendada pela EPE, em especial no que se refere à
evolução natural do sistema e às alterações de topologia e mercado.

Essa avaliação culminou com a publicação da Nota Técnica Conjunta EPE-DEE-NT-064/2016-

rev0 -ONS-NT-0078/2016, emitida em julho de 2016. Dentre as principais conclusões dessa
Nota Técnica, destacam-se:

 Manutenção da solução de referência do Estudo EPE-DEE-RE-058/2010, ou seja, a

implantação da subestação Lajeado 3 permanece sendo necessária para o atendimento
às cargas da região.
 Alteração da configuração de acesso da subestação Lajeado 3 em função de mudanças
na topologia da rede de distribuição da RGE Sul. Na nova configuração, a RGE Sul não
necessita acessar a subestação, em um primeiro momento, devido à implantação de
obras adicionais na rede de distribuição não previstas no estudo original.

É importante destacar que com a alteração de configuração vislumbrada, a Subestação

Lajeado 3 passaria a ter um acesso inicial realizado por meio de duas entradas de linha em
69kV da permissionária CERTEL Energia. No entanto, em fevereiro de 2017, a CERTEL Energia
encaminhou o ofício ENER 011/17 (vide Anexo I) ao ONS e à ANEEL, solicitando a inclusão de
duas novas entradas de linha na subestação Lajeado 3 com o objetivo de aumentar a
confiabilidade do atendimento às suas cargas.

As duas entradas de linha adicionais solicitadas pela CERTEL Energia foram incluídas na
configuração inicial da SE Lajeado 3 ofertada no Lote 10 do Leilão de Transmissão 005/2016,
que foi arrematado pela STERLITE POWER GRID VENTURES LIMITED.

Essa alteração das condições de acesso não estava prevista nos estudos de planejamento e,
portanto, tornou-se necessário realizar a compatibilização dessa configuração junto à EPE e,
posteriormente, junto ao ONS no âmbito das avaliações relativas ao Parecer de Acesso. Esse
parecer Técnico apresenta as avaliações da EPE acerca da Nota Técnica 001-17 encaminhada
pela CERTEL Energia contendo as justificativas técnicas para a solicitação das entradas de
linha adicionais na SE Lajeado 3.

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2 AVALIAÇÃO DAS JUSTIFICATIVAS APRESENTADAS

A Nota Técnica 001-17 emitida pela CERTEL Energia em agosto de 2017 apresentou como
principal justificativa para a alteração do acesso à subestação Lajeado 3 a necessidade de
atendimento ao crescimento do mercado local. Como efeitos positivos da alteração de
configuração, a CERTEL Energia destacou a diminuição das perdas elétricas na rede de
distribuição e o aumento na confiabilidade no atendimento.

No que se refere às projeções de carga realizadas pela CERTEL Energia, é possível observar
um crescimento médio da ordem de 5,7% da carga atendida no período de 2017 a 2025
conforme apresentado na Tabela 2.1.

Tabela 2.1 Projeção de carga da CERTEL Energia no período 2017-2025

Carga Máxima SE CERTEL 2 + SE CERTEL 3 SE CERTEL 1 + SE CERTEL 4
Ano
MW MVar MW MVar MW MVar
2017 82,07 27,95 36,58 12,02 48,49 15,93
2018 89,92 29,55 38,67 12,71 51,25 16,84
2019 95,04 31,23 40,87 13,43 54,18 17,80
2020 100,46 33,01 43,20 14,20 57,26 18,82
2021 106,19 34,89 45,66 15,00 60,53 19,89
2022 112,24 36,88 48,26 15,86 63,98 21,02
2023 118,64 38,98 51,01 16,76 67,62 22,22
2024 125,40 41,21 53,92 17,72 71,48 23,49
2025 132,55 43,56 57,00 18,73 75,55 24,83

Considerando esse nível de crescimento, a carga atendida pela CERTEL Energia atingirá cerca
de 120MVA no ano de 2022, que corresponde ao ano de entrada em operação da SE Lajeado
3. Com a configuração original vislumbrada à época do estudo de planejamento, que previa
um atendimento radial para as subestações da CERTEL, seriam obtidos fluxos da ordem de
70MVA no trecho 69kV Lajeado 3 - CERTEL 1 e de 50MVA no trecho 69kV Lajeado 3 - CERTEL
2.

Cumpre notar que a linha de transmissão 69kV que será seccionada para o acesso à
subestação Lajeado 3 (LT 69kV CERTEL 1 – CERTEL 2) é antiga, foi construída em estruturas
de madeira com condutores do tipo IBIS 397,5 MCM e possui ampacidade de 66/71 MVA para
temperaturas ambientes de 35°C e 30°C respectivamente. Nessas condições, quando da
implantação do seccionamento, são previstas sobrecargas em regime normal de operação no
trecho 69kV Lajeado 3 - CERTEL 1 e fluxos da ordem de 80% da capacidade normal de
operação do trecho Lajeado 3 - CERTEL 2.

Com base nessas projeções de crescimento, a Certel Energia já vislumbrou a substituição das
estruturas de madeira por estruturas do tipo torre metálica de modo a permitir a ampliação da
capacidade de transmissão da linha. No planejamento da permissionária, essa substituição
será realizada com a construção das novas torres em circuito duplo no mesmo traçado da
linha atual. Essa estratégia de expansão visa evitar a ocorrência de desligamentos
prolongados e permitir o aproveitamento dos cabos existentes.

Com essa nova configuração, composta por circuitos duplos não são mais observadas
sobrecargas na rede de distribuição da CERTEL Energia. Como benefícios adicionais da adoção
dessa configuração são verificados: (i) melhora no desempenho elétrico do sistema com a

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diminuição das perdas elétricas; (ii) elevação dos níveis de tensão em regime normal de
operação; e (iii) o aumento do nível de confiabilidade no atendimento ao mercado.

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3 CONCLUSÃO
Este relatório tratou do parecer técnico da EPE sobre o documento NT 001-17 “Nota Técnica
Certel Energia – SE Lajeado 3”, elaborado pela CERTEL Energia, em agosto de 2017, para
apresentar as justificativas técnicas do pedido de alteração de configuração de acesso dessa
permissionária à nova subestação de fronteira Lajeado 3.

De uma forma geral, a EPE corrobora os resultados apresentados nesse documento.

Na nota técnica em questão, a principal motivação apresentada para justificar a necessidade

de duas entradas de linha adicionais no barramento de 69kV da SE Lajeado 3 está associada
ao crescimento do mercado local e à necessidade de implantar reforços no sistema de
distribuição, que apresentará sobrecargas em regime normal de operação caso não sejam
realizadas ampliações na rede de distribuição.

A nova configuração de acesso proposta pela CERTEL contempla 4 entradas de linha em 69kV
oriundas do seccionamento da linha de transmissão 69kV CERTEL 1 – CERTEL 2 (vide Figura
3-1), que será reconstruída com estruturas metálicas em torres de circuito duplo na mesma
faixa onde se encontra a atual linha de transmissão.

SE 230kV Lajeado 2 SE 230kV Garibaldi

SE 230/69kV Lajeado 3
2 x 83MVA

SE 69kV CERTEL 2 SE 69kV CERTEL 1

Figura 3-1 – Nova Configuração de acesso da CERTEL à subestação Lajeado 3.

Considerando as justificativas apresentadas pela CERTEL Energia, entende-se que a alteração

da configuração original da conexão é necessária para permitir o atendimento às cargas da
região com níveis adequados de confiabilidade.

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4 EQUIPE TÉCNICA
EPE/STE
Thiago de Faria Rocha Dourado Martins
Marcos Vinícius Gonçalves da Silva Farinha

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5 ANEXOS

5.1 ANEXO I - Ofício ENER 057/17

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5.2 ANEXO II – Nota Técnica 001-17

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