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As células-tronco, também chamadas de estaminais, são células primitivas capazes de gerar, durante
o processo de desenvolvimento de um ser vivo, tecidos e muitas outras células. Estas células
estaminais podem estar na fase embrionária ou adulta e encontram-se em diversos locais do corpo
(embrião, medula óssea, fígado, sangue...). As células embrionárias detêm um alto poder de
diferenciação celular, isto é, possuem a capacidade de originar todas as células do embrião, sendo,
por isso, classificadas como pluripotentes. Já as células adultas têm um poder de diferenciação um
pouco limitado, diferenciando-se em tecidos especializados e originando células específicas; por
isso, são classificadas como multipotentes.
Com base na diferenciação celular, as células estaminais trazem à tona a possibilidade de reconstruir
tecidos danificados. Assim, a inserção dessas células-tronco nos tecidos prejudicados combateria
inúmeras doenças, como por exemplo, doenças do coração, doenças hepáticas, neurodegenerativas, o
câncer, a osteoporose e etc. Estudos vêm sendo realizados e os resultados são realmente promissores
embora ainda falte muito a se descobrir. Pesquisas que se destacam neste sentido estão voltadas,
sobretudo às áreas de Neurologia, Ortopedia e Cardiologia.
POLÊMICA
Os estudos relacionados a essas células especiais, apesar de bastante difundidos, encontram certas
dificuldades quando se deparam com questões éticas e sociais, o que faz com que sejam proibidos
em muitos países. A razão pela qual se justifica o surgimento da polêmica tem como causa o modo
como as células-tronco são extraídas. A extração de células-tronco embrionárias, as quais, como já
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foi dito, são mais eficientes, implica, quase sempre, a morte do embrião; daí, travam-se discussões,
conflitos e indagações entre várias vertentes da sociedade, como cientistas, biólogos, especialistas
em ética e religiosos. Os argumentos de quem é contra o desenvolvimento desses estudos giram em
torno da conduta ética realizada, a qual, na opinião deles, seria um desrespeito à vida a partir do
momento em que embriões são sacrificados. O outro lado se defende afirmando que a maioria dos
embriões inférteis, ou incapazes de gerar vida, pode ser uma fonte de células-tronco e que a morte de
tais embriões se compensaria com o salvamento de vidas. No Brasil, em maio deste ano, foi liberado
o uso de células-tronco embrionárias em pesquisas e terapias com a condição de os embriões serem
inviáveis ou congelados desde 2002, mediante a prévia autorização dos respectivos genitores.
PREVISÕES
A atual tarefa da ciência, de uma maneira geral, é ampliar o conhecimento sobre essa área visando
obter maiores descobertas sobre a diferenciação e divisão celular, a fim de que, com isso, um recurso
terapêutico de tamanho potencial de cura possa ser utilizado da melhor maneira possível. O inegável
potencial de aplicações médicas deste recurso aponta para a transgressão de uma grandiosa fronteira
científica. As expectativas são boas e é muito possível que nas próximas décadas tenhamos uma
verdadeira revolução nas nossas vidas.
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