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AULA DE DOUTRINA

TEMA: Os anjos e a queda do homem

ANJOS

Sã as primeiras obras da criação.

Seres puramente espirituais, com inteligência e vontade. CIC 328,329, 350.

Deus dotou os anjos de livre arbítrio para que fossem capazes de fazer o seu ato de amor por
ele. Só depois é que O veriam face a face no Céu. Queda dos anjos. Lúcifer. Não servirei.
Escolha por toda a eternidade. Não tem arrependimento porque cometeram um pecado “a
sangue frio”. Inferno.

O homem é o cume da obra da Criação. O único ser criado à imagem e semelhança de Deus. O
único ser pessoal. Eis aí o fundamento da dignidade da pessoa. CIC 357

A alma humana é imortal e indestrutível. O espírito – a alma humana - é princípio espiritual do


seu ser. A alma humana apesar de ser espírito, nunca será anjo, mesmo no tempo em que
estiver separada do corpo pela morte, esperando a ressurreição. Porque a lama foi feita para
estar unida a um corpo físico.

O estado original da natureza humana não estava como agora. Havia uma perfeita integridade
e harmonia. Perfeito estado de amizade com Deus. Havíamos recebido um dom de participar
da vida Divina – graça santificante original. Nessa graça o homem não deveria nem morrer
nem sofrer. Tinha perfeito domínio sobre si e sobre o mundo.

Relato bíblico: havia um mandamento que era não comem do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal. Tinha que haver um mandamento para que pudesse haver
um ato de obediência e tinha que haver um ato de obediência para que pudesse haver uma
prova de amor: escolherem livre e deliberadamente Deus, preferindo-o a si próprios.

Os anjos já haviam passado pro esta prova. Anjos x demónios. Os demônios querem destruir a
Criação e afastar os homens de Deus.

Pecado original: o homem escolhe a si mesmo ao invés de Deus, desprezou à Deus. Adão e eva
pecaram com total clareza de mente e absoluto domínio das paixões pela razão.Não tinham
ignorância ou fraqueza.Faltou confiança em Deus.

Várias e graves consequências:

- perde da amizade divina e da graça;

-perde o estado de harmonia perfeita, o homem fica sujeito ao sofrimento, à morte.

- natureza ferida, o entendimento e a vontade ficam débeis, sujeito ao erro e a fragilidade –


pecado;
O pecado afetou a humanidade inteira – herança. FE p. 52, 3.

1º pecado foi de desobediência à Deus e falta de confiança na bondade divina. Todos os


pecados consistem nisso. Ler CIC 402* e 404*

Pecado original – contraído e não cometido, um estado e não ato – privação da santidade e
justiça originais.

Com o Batismo não recuperamos os dons preternaturais, mas Deus nos devolve o maior dom
que é o da graça, o dom da vida sobrenatural. A justiça infinita se equilibra com a misericórdia
infinita de deus.

Pecado atual – pode ser venial ou mortal.

"O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor.
Acarreta a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de graça. Se
este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a
exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder
de fazer opções para sempre, sem regresso. No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é
em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de
Deus." (CIC 1861)

"O pecado [venial] cria uma propensão ao pecado; gera o vício pela repetição dos mesmos
atos. Disso resultam inclinações perversas que obscurecem a consciência e corrompem a
avaliação concreta do bem e do mal. Assim, o pecado tende a reproduzir-se e a reforçar-se,
mas não consegue destruir o senso moral até a raiz." (CIC 1865)

O Catecismo cita Santo Agostinho para explicar melhor como se dá a ação dos pecados veniais:

"O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados
leves. Mas esses pecados que chamamos leves, não os consideres insignificantes, se os
consideras insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objetos leves
faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio; um grande número de
grãos faz um montão. Qual é então nossa esperança? Antes de tudo, a confissão..." (CIC 1863)

A principal consequência prática da doutrina da elevação e do pecado original é o realismo que


guia a vida do cristão, consciente, tanto da grandeza de seu ser filho de Deus, como da miséria
de sua condição de pecador. Este realismo:

a) Previne tanto contra um otimismo ingênuo como contra um pessimismo desesperado e


“proporciona uma visão de lúcido discernimento sobre a situação do homem e de sua ação no
mundo [...] Ignorar que o homem tem uma natureza ferida, inclinada para o mal, dá lugar a
graves erros no domínio da educação, da política, da ação social (300) e dos costumes.”
(Catecismo, 407).
b) Proporciona uma serena confiança em Deus, Criador e Pai misericordioso, que não
abandona sua criatura, perdoa sempre, e tudo conduz para o bem, mesmo em meio às
adversidades. “Repete: 'omnia in bonum!' tudo o que sucede, 'tudo o que me sucede', é para
meu bem... Por conseguinte – e esta é a conclusão acertada – aceita isso, que te parece tão
custoso, como uma doce realidade”.

c) Suscita uma atitude de profunda humildade, que leva a reconhecer sem estranhezas os
próprios pecados, e a sentir dores por eles, por ser uma ofensa a Deus e não tanto porque
supõem um defeito pessoal.

d) Ajuda a distinguir o que é próprio da natureza humana enquanto tal daquilo que é
consequência da ferida do pecado na natureza humana. Depois do pecado, nem tudo o que se
experimenta como espontâneo é bom. A vida humana tem, pois, o caráter de um combate: é
preciso combater por comportar-se de um modo humano e cristão (cf. Catecismo, 409). “Toda
a Tradição da Igreja tem falado dos cristãos como de milites Christi, soldados de Cristo.
Soldados que levam serenidade aos demais, enquanto combatem continuamente contra as
más inclinações pessoais”[9]. O cristão que se esforça por evitar o pecado não perde nada
daquilo que torna a vida boa e bela. Diante da ideia de que é necessário que o homem
pratique o mal para experimentar sua liberdade autônoma, porque no fundo uma vida sem
pecado seria aborrecida, ergue-se a figura de Maria, concebida imaculada, que mostra que
uma vida completamente entregue a Deus, longe de produzir fastio, converte-se em uma
aventura cheia de luz e de infinitas surpresas.

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