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Imputação Penal
Constitui-se dos autos de inquérito policial que, no dia 30 de novembro de 2018, por volta
das 20h00min, no domicílio do Sr. Sergio Messias da Silva, localizado na Rua Pedro Alves
Cabral n. º1500, Uberlândia/MG, a denunciada subtraiu um relógio Rolex, depois de
havê-la reduzindo a impossibilidade de resistência da vítima. E um crime de dolo,
consubstanciado na vontade de subtrair coisa alheia móvel, com a fim especial de tê-la
para si ou para (animus rem sibi habendi).
No segundo crime, em síntese, após subtrair o bem móvel a denunciada reteve a vítima
em cárcere privado durante a noite e evadiu do local, artigo 18, inciso I do Código penal,
impossibilitou e dificultou a defesa da vítima. E um crime doloso previsto no caput do
artigo 148, a privação de liberdade ocorre em recinto fechado, enclausurado, confinado.
Expõe no inquérito policial anexa que, no dia 30 de novembro de 2018, por volta das 20:00
hs, na Rua Pedro Álvares Cabral, nº1500, na cidade de Uberlândia, no Estado de Minas
Gerais, a denunciada Luciana Feitosa, foi chamada para ir até a casa S.r. Sergio Messias
da Silva, a fim de exerce a seu trabalho como garota de programa, foi acertado com o S.r.
Messias por duas horas de serviços o valor de R$450,00. Ao adentra a denunciada foi até
ao banheiro para ser arrumar, pois a vítima lhe solicitou uma fantasia. No banheiro a
denunciada se deparou com um relógio Rolex em cima da pia, um relógio Rolex original
é um objeto precioso, cujo valor não é possível mensurar, porem a denunciada não tem
ciência sobre a originalidade do relógio, contudo a denunciada notou que seria de maior
valor levar o objeto, sem tremeluzir a denunciada subtrair o relógio esconde na sua bolça,
e regressa ao quarto onde está a vítima.
Ainda consta dos autos que a denunciada Luciana Feitosa enquanto se despia, começou
a recear que vitima sentisse falta do objeto ao adentra no banheiro, assim a denunciada
algemou a vítima na cama, aparentando fazer parte da fantasia. Segundo o inquérito da
Polícia Militar, a denúncia se subterfugiu da residência levando o objeto. Aprisionado a
vítima consegue alcançar o seu telefone móvel e acionar a polícia militar que vai até sua
residência para libertá-lo.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE UBERLÂNDIA
Da Responsabilidade Penal
Por esta razão, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais em denúncia e requer
que:
a) Seja recebida a presente denúncia e processada pelo rito ordinário, nos termos dos
artigos. 394/497 do Código de Processo Penal;
b) Juntada aos autos folhas de antecedentes penais do denunciado e vítima, devidamente
atualizadas e esclarecidas.
c) Seja determinada a citação do denunciada para oferecer, defesa escrita;
d) Seja julgada a ação penal para condenar o réu as penas dos Art. 148, Art. 157, § 2º,
inciso V c/c art. 69, § 1ºe § 2ºdo Código Penal
Meritíssima Juíza:
2 – Da Situação Fática
Faça-se Justiça.
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SENTENÇA
1. Relatório:
2. Fundamentação:
Não se qualifica o caso acima supracitado nos autos como crime de roubo e
sim um furto de um relógio, tipificado no art. 155 do Código Penal, no qual estando à
autora arrependida do fato o devolveu na delegacia.
2.2. Dispositivo:
Já a defesa técnica sustentou a tese da absolvição uma vez que a mesma não
possui antecedentes criminais, possui uma idônea e ilibada conduta, pugna pela
absolvição sumária, e exclusão das qualificadoras.
Não se qualifica o caso acima supracitado nos autos como crime de roubo e
sim um furto de um relógio, tipificado no art. 155 do Código Penal, no qual estando à
autora arrependida do fato o devolveu na delegacia.
2.4. Dispositivo:
Já a defesa técnica sustentou a tese da absolvição uma vez que a mesma não
possui antecedentes criminais, possui uma idônea e ilibada conduta, pugna pela
absolvição sumária, e exclusão das qualificadoras.
3. Dosimetria:
Será aplicada a pena de multa prevista no art 155, §2 inciso II, do Código
Penal.
5. Pena Definitiva:
6. Deliberações Finais:
A pena deverá ser cumprida nos próximos 30 dias conforme artigo 51, do
Código Penal, sob pena de ter a pena de multa convertida em pena de prisão.
Transitada em julgado, lance-se o nome do réu no rol dos culpados e expeça-se guia
de homologação da sentença comunicando-se à Justiça eleitoral, para os fins
constitucionais.
Dou a presente sentença por publicada e as partes por intimadas Tribunal de Justiça,
às 14h00min (MG).
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Juíza de Direito
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Promotor de Justiça Promotora de Justiça Advogado - OAB/MG 107.814
FATOS
O embargante foi processado e julgado como incurso nas sanções do pelo crime de roubo
qualificado cometido pela redução da capacidade de resistência da vítima e restrição da
liberdade art. 157, §2, V e cárcere privado, no que se refere à privação da liberdade art.
148 Código Penal.
Ocorre que a respeitável sentença emanada por esta juíza se encontra, com a devida
vênia, claramente maculada pelos vícios da contradição e da omissão, fator
condicionante dos presentes embargos declaratórios, os quais tem por objetivo
simplesmente a correção de tais faltas, restituindo a plena validade da decisão.
A omissão da referida decisão adveio da falta das indicações dos motivos ou fatores
que se dirigem a dosimetria penal aplicada a acusada e dos parâmetros pelos quais a
pena foi estabelecida.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE UBERLÂNDIA
DO DIREITO:
Na condenação pelo crime de furto (art. 155, Vossa Excelência fixou multa, e cárcere
privado, no que se refere à privação da liberdade art. 148 Código Penal foi absolvido ,
não indicando o motivo pelo qual o fez, sendo assim omissa, quando inclusive poderia
ter estabelecido Pena - reclusão, de um a três anos. Veja-se:
Art. 148 – Diz-se o crime: Privar alguém de sua liberdade, mediante cárcere privado:
(Vide Lei nº 10.446, de 2002) Pena - reclusão, de um a três anos.
DOS PEDIDOS:
Nestes termos,
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE UBERLÂNDIA
VOTO
DISPOSITIVO
Ante o exposto,