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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
NÍVEL MESTRADO

CÉSAR DE OLIVEIRA GOMES

A LÓGICA DA COLONIALIDADE E O SISTEMA DE JUSTIÇA:


Institucionalidades da Defensoria Pública da União para o enfrentamento
do Racismo a partir do Pensamento Descolonial

São Leopoldo
2019
CÉSAR DE OLIVEIRA GOMES

A LÓGICA DA COLONIALIDADE E O SISTEMA DE JUSTIÇA:


Institucionalidades da Defensoria Pública da União para o enfrentamento
do Racismo a partir do Pensamento Descolonial

Projeto de Qualificação apresentado


como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Direito, pelo Programa
de Pós-Graduação em Direito da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos -
UNISINOS

Orientadora: Profª. Draª. Fernanda Frizzo Bragato

São Leopoldo
2019
SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO...............................................................................3
1.1 Título..................................................................................3
1.2 Autor..................................................................................3
1.3 Professora Orientadora........................................................3
1.4 Curso..................................................................................3
1.5 Área de concentração.........................................................3
1.6 Linha de pesquisa..............................................................3
1.7 Prazo para defesa do projeto..............................................3
1.8 Instituição envolvida..........................................................3
2 OBJETO..............................................................................................................4
2.1 Tema................................................................................. 4
2.2 Delimitação do tema...........................................................4
2.3 Problema...........................................................................4
2.4 Hipótese............................................................................4
3 OBJETIVOS...............................................................................................................5
3.1 Objetivos gerais...................................................................5
3.2 Objetivos específicos............................................................5
4 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................6
5 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................10
6 METODOLOGIA......................................................................................................12
7 CRONOGRAMA......................................................................................................13
8 SUMÁRIO.................................................................................................................14
referências...................................................................................................................15
3

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

1.1 Título

A Lógica da Colonialidade e o Sistema de Justiça: institucionalidades da


Defensoria Pública da União para o enfrentamento do racismo a partir do
pensamento descolonial.

1.2 Autor

César de Oliveira Gomes.

1.3 Professora Orientadora

Professora Doutora Fernanda Frizzo Bragato.

1.4 Curso

Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Direito da


Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

1.5 Área de concentração

Direito Público.

1.6 Linha de pesquisa

Sociedade, novos direitos e transnacionalização.

1.7 Prazo para defesa do projeto

Março de 2020.

1.8 Instituição envolvida

Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).


4

2 OBJETO

2.1 Tema

Direitos humanos, racismo, Defensoria Pública e acesso à justiça.

2.2 Delimitação do tema

A pesquisa identifica a Defensoria Pública da União como instrumento


potencial de combate ao racismo a partir do sistema de justiça. A instituição se
insere no contexto de concessão do poder hegemônico como um mecanismo de
controle de acesso ao poder dos grupos minoritários.

2.3 Problema

Como a Defensoria Pública da União pode superar os traços de colonialidade


e tornar-se um vetor de combate ao racismo perante o sistema de justiça?Em que
medida concepções e estruturas colonialistas impedem a DPU, como órgão do
sistema justiça, de efetivar seu papel de combate à discriminação racial sofrido pelos
seus assistidos (pela população negra)?

Hipótese

Esta pesquisa parte da hipótese de que a Defensoria Pública da União


somente alcançará a potencialidade de seus instrumentos de combate ao racismo
se superadasos suos indicadores de colonialidadeas concepções e estruturas
colonialistas.
No presente estudo, o racismo será a categoria a ser analisada como
instrumento de manutenção e reprodução da lógica da colonialidade e, por
consequência, de uma sistemática violação seletiva de direitos humanos. O enfoque
da pesquisa se dará a partir das lentes do sistema de justiça, tanto como agente de
legitimação das hierarquias sociais estabelecidas pela matriz colonial de poder,
5

quanto para nele estabelecer um locus de resistência e afirmação dos direitos dos
negros e de superação do racismo1.
A Defensoria Pública da União se insere nesse contexto de concessão do
poder hegemônico, um risco controlado de acesso ao poder dos grupos minoritários.
A instituição necessita superar os indicadores de colonialidade para que suas
potencialidades tornem-se efetivos instrumentos de enfrentamento do racismo a
partir do sistema de justiça.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivos gerais

Analisar os efeitos e consequências da lógica da colonialidade na atuação


institucional da Defensoria Pública da União, bem como as potencialidades
presentes na instituição que podem ser exploradas para romper a matriz colonial de
poder e o processo de invisibilização dos direitos da população negra.
Analisar o papel da garantia do acesso à justiça via Defensoria Pública da
União como instrumento de afirmação e efetivação dos direitos da população negra
no Brasil.
A pesquisa tem como foco especial identificar os traços de colonialidade
existentes na Defensoria Pública da União a partir da experiência institucional.
Pensar as potencialidades que poderão ser exploradas para romper a colonialidade,
não desconsiderando o que já foi realizado em termos de medidas antecipatórias
para o cumprimento da missão constitucional.

3.2 Objetivos específicos

Para consecução dos objetivos gerais, propõe-se os seguintes objetivos


específicos:
a) Estabelecer o conceito de colonialidade e suas especificidades
(colonialidade de poder, do ser e do saber).
1
LAURIS, Élida. Para uma concepção pós-colonial do direito de aceso à justiça. In: Hendu: Revista
Latino-Americana de Direitos Humanos, 6-1, 2015, p. 9.
6

b) Analisar como a categoria raça é utilizada para reproduzir os processos de


invisibilização e subordinação que estruturam a lógica da colonialidade.
c) Estabelecer o conceito de racismo e suas múltiplas hipóteses de ocorrência
(racismo institucional, racismo estrutural, racismo ambiental, racismo religioso e
racismo recreativo).
d) Levantar dados para a construção de indicadores aptos a medir a
efetividade da Analisar qual a prevalência da atuação da Defensoria Pública da
União em temáticas afetas à promoção da igualdade étnico-racial da população
negra no Brasil, tanto judicialmente quanto extrajudicialmente, identificando quais
áreas de concentração, distribuição por área de atuação e geograficamente dentre
suas Unidades no Brasil, a partir dos expedientes procedimentos de assistência
jurídica com este objeto;
e) Analisar em que medida são internalizadas normativas internacionais
na tutela dos direitos da população negra por meio da atuação da Defensoria
Pública da União;
f) Identificar lacunas de atuação da Defensoria Pública da União com
relação às referidas temáticas e analisar quais os óbices que as engendrariam;
g) Analisar as relações institucionais que empreende com movimentos
sociais que tenham como objetivo a efetivação os direitos da população negra
brasileira;
h) Analisar os mecanismos institucionais da Defensoria Pública da União
para internalização institucional da temática da promoção da igualdade étnico-racial,
tanto no que se refere à atividade-fim, quanto por meio do desenho de sua própria
institucionalidade para consecução desta promoção.
i) Analisar a percepção dos membros da Defensoria Pública da União acerca
da atuação da instituição no que se refere ao combate à discriminação racial.

4 JUSTIFICATIVA

No dia primeiro de março de 2019, a mídia veiculou uma notícia que reflete
plenamente o cenário da discriminação racial no Brasil, especificamente no sistema
7

de justiça2. Ao proferir sentença condenatória na ação penal n 0009887-


06.2013.8.26.0114, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Campinas, Estado de São
Paulo, a Juíza de Direito Lissandra Reis Ceccon apresentou entre seus fundamentos
a seguinte frase: Vale anotar que o réu não possui estereótipo padrão de bandido,
possui pele, olhos e cabelos claros, não estando sujeito a ser facilmente confundido.
A afirmação se deu em um contexto onde a magistrada analisava o reconhecimento
feito por uma vítima e uma testemunha do crime – latrocínio.

A questão do estereótipo e da categoria de raça como instrumento de


consolidação de discursos desumanizantes é uma das chaves para a compreensão
da lógica da colonialidade nas dinâmicas sociais que constituíram o processo de
formação da sociedade brasileira.
As raízes históricas dos discursos de inferiorização e invisibilização dos
negros e de outros grupos de pessoas encontram fundamento na concepção
eurocêntrica de modernidade, a qual atribui aos europeus o protagonismo no avanço
civilizatório. Através do estabelecimento de relações assimétricas de poder, a lógica
do poder colonial não conferiudestituiu a determinadas pessoas do status de ser
humano – mulheres, negros, indígenas, homossexuais, não-cristãos, entre outros. 3
No Brasil, vem crescendo o interesse na temática relacionada à discriminação
racial e suas múltiplas formas de manifestação. Menciona-se, a título de exemplo, o
conceito de racismo institucional, definido pelo Programa de Combate ao Racismo
Institucional (PCRI) como sendo “o fracasso das instituições e organizações em
prover um serviço profissional adequado às pessoas em virtude de sua cor, cultura,
origem racial ou étnica. Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos
discriminatórios adotados no cotidiano do trabalho, os quais são resultantes do
preconceito racial, uma atitude que combina estereótipos racistas, falta de atenção e
ignorância. Em qualquer caso, o racismo institucional sempre coloca pessoas de
grupos raciais ou étnicos discriminados em situação de desvantagem no acesso à
benefícios gerados pelo Estado e por demais instituições e organizações” 4.

2
FRANK, Gustavo. Juíza diz que réu não parece bandido por ter olhos, ‘pele, olhos e cabelos claros’.
Folha de São Paulo, 01.03.2019. Disponível em: <
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/juiza-diz-que-reu-nao-parece-bandido-por-ter-pele-
olhos-e-cabelos-claros.shtml>. Acesso em: 17.05.2019.
3
BRAGATO, Fernanda Frizzo. Discursos desumanizantes e violação seletiva de direitos humanos
sob a lógica da colonialidade. Quaestio Iuris. Vol. 09, nº 04, Rio de Janeiro, 2016, p. 1806.
4
GELÉDES, Instituto da Mulher Negra. Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional, p. 11.
Disponível em: https://www.geledes.org.br/racismo-institucional-uma-abordagem-teorica-e-guia-de-
enfrentamento-do-racismo-institucional/?
8

O Direito Internacional dos Direitos Humanos também tem se preocupado


com a reprodução de discursos de inferioridade de determinados grupos de
pessoas, não inseridos no conceito tradicional de humano. A título de exemplo, cita-
se a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (internalizada pelo
Brasil através do Decreto nº 5.051, de 19 de abril de 2004), a Convenção para a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (ratificada pelo Brasil em
27 de março de 1968) e a Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação
Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata (realizada em Durban, África do Sul, no
ano de 2001).
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), no Relatório n°
66/2006, referente ao caso Simone André Diniz, reconheceu que o “racismo
institucional é um obstáculo à aplicabilidade da lei antirracismo no Brasil. O
tratamento desigual conferido aos crimes raciais no País reflete na maneira como
parte do sistema de justiça trata as denúncias de ocorrência de discriminação racial,
mediante argumentos no sentido da ausência de tipificação do crime e dificuldades
em provar a intenção discriminatória”5.
A CIDH também reconhece que “essa prática tem como efeito a discriminação
indireta na medida em que impede o reconhecimento do direito de um cidadão negro
de não ser discriminado e o gozo e o exercício do direito desse mesmo cidadão de
aceder à justiça para ver reparada a violação” 6.
Nesse sentido, o projeto se justifica como uma forma de pensar o racismo a
partir do sistema de justiça, tendo como foco específico a atuação da Defensoria
Pública da União, instituição da qual faço parte como um dos poucos defensores
negros, e sua missão institucional de promover os direitos humanos, atuar na defesa
dos grupos em situação de vulnerabilidade social e representar aos sistemas
internacionais de proteção dos direitos humanos. (olhar os termos da LC 132)
O modelo de acesso à justiça adotado pela Constituição de 1988, assim como
outros direitos sociais próprios do Estado ProvidênciaDemocrático de Direito,
decorre de concessões mútuas havidas entre instâncias políticas conservadoras e

gclid=EAIaIQobChMImLyT8qK64gIVkYSRCh3eoAmyEAAYASAAEgK5U_D_BwE. Acesso em:


26.05.2019.
5
OEA. Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.
(2006). Relatório 66/06, Caso Simone André Diniz vs. Brasil, petição 12.001. Disponível em:
http://www.cidh.org/annualrep/2006port/BRASIL.12001port.htm. Acesso em: 25.05.2019.
6
Idem, ibidem.
9

progressistas, consolidadas a partir de grande envolvimento de movimentos sociais


e amplos debates ocorridos na Assembleia Constituinte.
Ao longo de mais de 30 (trinta) anos da Constituição da República, o Poder
Legislativo vem reconhecendo a importância das Defensorias Públicas do Brasil,
conferindo-lhes musculatura institucional através da produção de várias normas de
caráter emancipatório. No entanto, a boa vontade do poder legislativolegislador não
impediu que a manutenção de dominações políticaslógica colonialista que
conferissem à população negra uma forma combalida, improvisada e marginalizada
de exercerem o seu direito de acesso à justiça7.
Apesar do conjunto de direitos e garantias de caráter protetivo e
emancipatório destinado à população negra, na prática, se verifica que o racismo
ainda pauta as relações sociais no Brasil. 8 A desigualdade e a discriminação racial
ainda presentes na sociedade brasileira – muitas vezes acalentadas pelo mito da
democracia racial9 -, faz do histórico de submissão dos negros um processo
permanente, tanto no que se refere ao ponto de vista da inclusão socioeconômica,
quanto no aspecto referente ao reconhecimento da sua contribuição para a
construção do Brasil.sua manifestação cultural.
A presente pesquisa chama atenção para a necessidade de se conferir maior
efetividade aos direitos emancipatórios da população negra previstos na ordem
jurídica vigente. A partir disso, justifica-se verificar a possibilidade de implemento
desse tal desideratoobjetivo sob a perspectiva das potencialidades da Defensoria
Pública da União.
O modelo de Defensoria Pública preconizado pela Constituição de 1988 é
também chave explicativa central para a compreensão do processo de
democratização do Estado brasileiro. Modelo próprio da arquitetura institucional
brasileira10, todavia ainda pouco abordado pela literatura acadêmica, representa um
dos marcos mais significativos da democratização do Estado no Brasil
contemporâneo.
7
SANTOS, Élida de Oliveira Lauris. Acesso para quem precisa, justiça para quem luta e direito
para quem conhece: Dinâmicas de colonialidade e narra(alterna-)tivas do acesso à justiça no
Brasil e em Portugal. Tese de doutoramento apresentada à Faculdade de Coimbra para obtenção
do grau de Doutor. Coimbra, 2013, p. 202.
8
SARMENTO, Daniel. Direito Constitucional e Igualdade Étnico-Racial. In: Flávia Piovesan e
Douglas Martins (Coord.). Ordem Jurídica e Igualdade Étnico-Racial. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2008, p. 60.
9
Idem, ibidem, p. 60.
10
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para uma revolução democrática da Justiça. São Paulo: Editora
Cortez, 2011, p. 14.
10

Contudo, sobre ambas as temáticas, quais sejam, abordagens jurídicas para


a promoção da igualdade étnico-racial e Defensoria Pública da União, a produção
acadêmica ainda é incipiente.
Não obstante a quantidade significativa de trabalhos acadêmicos e debates
jurisprudenciais em torno da adoção do sistema de cotas raciais em processos
seletivos para ingresso nas universidades públicas, verifica-se que ainda é escassa
a produção acadêmica sobre outras temáticas afins à promoção da igualdade étnico-
racial da população negra brasileira, como a discussão em torno do legado cultural
dos afrodescendentes e a imperiosa necessidade de sua preservação, sob a ótica
jurídica.
Recentemente, houve um crescimento substantivo da produção acadêmica
sobre as Defensorias Públicas, em especial após 2005. (mexer nesse texto)Todavia,
em comparação com outros temas de pesquisa há mais tempo objeto de reflexão
teórica e análise empírica, é notório o quantitativo diminuto de produção sobre as
Defensorias Públicas. A investigação acerca da missão institucional da Defensoria
Pública da União de resgatar e consolidar um debate maduro sobre os direitos da
população negra, mais do que legítima, revela-se uma urgente necessidade.
Por outro lado, a repercussão jurídica decorrente dos debates havidos entre a
Defensoria Pública da União e as demais instituições que compõem o sistema de
justiça, relacionados à temática da promoção da igualdade étnico-racial,
permanecem pouco explorados na literatura nacional.

5 REFERENCIAL TEÓRICO
No presente estudo, o racismo será a categoria a ser analisada como
instrumento de manutenção e reprodução da lógica da colonialidade e, por
consequência, de uma sistemática violação seletiva de direitos humanos.
O enfoque se dará a partir das lentes do sistema de justiça, tanto como
agente de legitimação das hierarquias sociais estabelecidas pela matriz colonial de
poder, quanto para nele estabelecer um locus de resistência e afirmação dos direitos
dos negros e de superação do racismo11.
Problematizar a questão do racismo e inseri-lo em um debate atual e
indispensável à promoção de reconhecimento, justiça e desenvolvimento para os

11
LAURIS, Élida. Para uma concepção pós-colonial do direito de acesso à justiça. In: Hendu: Revista
Latino-Americana de Direitos Humanos, 6-1, 2015, p. 9.
11

povos afrodescendentes12 demanda um olhar crítico do pesquisador acerca da


fundamentação clássica dos direitos humanos.
A Revolução Francesa e as lutas políticas que consolidaram os pilares do
liberalismo econômico fizeram da liberdade individual e da igualdade formal um
núcleo essencial da teoria dominante dos direitos humanos 13. A ideia de
racionalidade e modernidade, fruto da centralidade europeia na produção do
conhecimento, ascende “a uma esfera pública de direitos, limitações e direitos
legais, com base na premissa de uma essência compartilhada, abstrata e igual” do
conceito de humano14.
O processo de emancipação do homem abstrato 15, ao tempo em que
reconhecia direitos inalienáveis do homem, legitimava um processo de invisibilização
e violação de direitos humanos fora do contexto geográfico europeu. A escravização,
o extermínio e os maus-tratos de negros africanos são exemplos dessa concepção
eurocêntrica de humano16.
Justifica-se, portanto, no paradigma da modernidade a proliferação de
discursos desumanizantes que pautaram a relação entre a Europa e suas colônias,
sempre sob uma perspectiva binária17.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos, ao inserir a não-discriminação e
a dignidade no centro dos debates que envolvem o conceito de humano, confere
ambiente para o surgimento de referenciais teóricos que revitalizam os saberes não-
eurocêntricos.
Essa pesquisa adota a matriz teórica do pensamento descolonial para fazer
uma abordagem crítica acerca da fundamentação clássica dos direitos humanos, e

12
Temas que compõem o Plano de Ação para a Década Internacional de Afrodescendentes 2015-
2024. Disponível em: http://decada-afro-onu.org/index.shtml. Acesso em: 27.05.2019.
13
BRAGATO, Fernanda Frizzo. Para além do discurso eurocêntrico dos direitos humanos:
contribuições da descolonialidade. In.: Revista Novos Estudos Jurídicos, vol. 19, n. 1, jan-abr.
2014, p. 205.
14
DOUZINAS, Costa. O Fim dos Direitos Humanos. Trad.: Luzia Araújo. São Leopoldo: Unisinos,
2009, p. 109.
15
Idem, ibidem, p. 109.
16
BRAGATO, Fernanda Frizzo. Discursos desumanizantes e violação seletiva de direitos humanos
sob a lógica da colonialidade. Quaestio Iuris. Vol. 09, nº 04, Rio de Janeiro, 2016, p. 1808.
17
Idem, ibidem, p. 1812. “[...] Os povos colonizados e suas respectivas histórias e culturas foram
situados no passado de uma trajetória histórica cuja culminação era a Europa. As relações entre
Europa metropolitana e suas colônias foram codificadas na seguinte perspectiva binária: Oriente-
Ocidente, primitivo-civilizado, mágico/mítico-científico, irracional-racional, tradicional-moderno. O
sistema mundo colonial-moderno abarcou toda a humanidade atual e implicou o controle de cada um
dos âmbitos da existência social por instituições organizadas de forma sistêmica e interdependente.
[...]”
12

problematizar o racismo como elemento de manutenção das relações assimétricas


de poder r, e sua repercussão no sistema de justiça.
A partir dos estudos de Anibal Quijano, Enrique Dussel, Walter Mignolo e
outros teóricos latino-americanos, o grupo Modernidade/Colonialidade propõe “o
aprofundamento de dimensões negadas ou excluídas no campo das principais
categorias geradas pelo discurso ocidental moderno” 18. O reconhecimento da
existência de um conhecimento hegemônico e a crítica à aparente neutralidade da
concepção tradicional de direitos humanos revelam a invisibilidade do pensamento
descolonial19.
As identidades históricas construídas a partir da classificação social da
população mediante a ideia de raça demonstram uma experiência básica da
dominação colonial20, cuja repercussão e alcance ainda sustentam o poder
hegemônico na atualidade. As contribuições de Quijano apresentam a “colonialidade
de poder” como uma das categorias-chave para a compreensão desse fenômeno 21.
Enrique Dussel22 e Walter Mignolo23 desenvolvem, respectivamente, as
categorias da transmodernidade e da geopolítica do conhecimento para
problematizar as contradições da concepção histórico-geográfica dos direitos
humanos, e explicar as razões pelas quais o discurso dominante, situado nas
origens da Modernidade Ocidental, apresenta-se como hegemônico 24.
O direito, tanto no que se refere à produção acadêmica quanto em relação à
atuação das instituições do sistema de justiça, reverbera os discursos

18
CASTILHO, Natalia Martinuzzi. Reinventando os Direitos Humanos a partir do Sul: Herrera
Flores e a crítica descolonial. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018, p. 83.
19
BRAGATO, Fernanda Frizzo. Para além do discurso eurocêntrico dos direitos humanos:
contribuições da descolonialidade. In.: Revista Novos Estudos Jurídicos, vol. 19, n. 1, jan-abr.
2014, p. 211.
20
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In.: A colonialidade do
saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Edgard Lander (org.).
Colección Sur Sur, CLACSO: Ciudad Autónoma de Buenos Aires, p. 227.
21
Idem, ibidem, p. 278. “As novas identidades históricas produzidas sobre a ideia de raça foram
associadas à natureza dos papéis e lugares na nova estrutura global de controle do trabalho. Assim,
ambos os elementos, raça e divisão do trabalho, foram estruturalmente associados e reforçando-se
mutuamente, apesar de que nenhum dos dois era necessariamente dependente do outro para existir
ou para transformar-se.
22
DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo. A colonialidade
do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur,
CLACSO: Ciudad Autónoma de Buenos Aires, 2005. Pp. 55-70.
23
MIGNOLO, Walter. The idea of Latin America. Oxford: Blackwell Publishing, 2008.
24
BRAGATO, Fernanda Frizzo. Para além do discurso eurocêntrico dos direitos humanos:
contribuições da descolonialidade. In.: Revista Novos Estudos Jurídicos, vol. 19, n. 1, jan-abr.
2014, p. 205.
13

desumanizantes consolidados pela lógica da colonialidade 25. Pensa-se a atuação da


Defensoria Pública da União no enfrentamento do racismo a partir das lentes do
pensamento descolonial, por se entender que esse referencial teórico oferece
elementos consistentes para uma abordagem crítica acerca da formação e
desenvolvimento das sociedades latino-americanas e suas instituições de Estado.
Propõe, mediante outros paradigmas de análise centrados na produção dos
conhecimentos de fronteira, uma desobediência epistêmica apta a reposicionar os
modos de ser e viver historicamente desprestigiados pela teoria dominante dos
direitos humanos26.

6 METODOLOGIA

O projeto ora apresentado vincula-se à guinada empírica nas análises


jurídicas27, propondo analisar os limites e possibilidades da Defensoria Pública, em
particular a Defensoria Pública da União, como instrumento de enfrentamento do
racismo a partir do sistema de justiça.
Propõe-se, portanto, pesquisa com base empírica, a partir da análise dos
expedientes procedimentos de assistência jurídica nacionais da Defensoria Pública
da União sobre o tema, e acompanhamento mais detalhado dos expedientes
procedimentos ocorridos no Rio Grande do Sul, por questões de viabilidade.
A análise empírica se dará a partir do levantamento de expedientes
instaurados na Defensoria Pública da União relativos à atuação judicial propriamente
dita, nas hipóteses que o Órgãoa Instituição levará ao Poder Judiciário demandas
cujo objetivo seja a obtenção de tutela jurídica para preservação de direitos da

25
A título de exemplo, destaca-se o Recurso Crime n 71004212536, da Turma Recursal dos
Juizados Especiais Criminais do Rio Grande do Sul, Rel. Juíza Cristina Pereira Gonzalez, j.
15.4.2013. O Colegiado condenou a responsável por um centro de umbanda pela prática do delito
previsto no art. 42, I, II e III da Lei de Contravenções Penais (perturbação do sossego). Na denúncia
oferecida pelo Ministério Público, bem como na fundamentação do julgado, observa-se referência aos
rituais como cantorias, gritarias e sacrifícios de animais, os quais perturbavam o sossego alheio.
26
BRAGATO, Fernanda Frizzo. Para além do discurso eurocêntrico dos direitos humanos:
contribuições da descolonialidade. In.: Revista Novos Estudos Jurídicos, vol. 19, n. 1, jan-abr.
2014, p. 214.
27
SHAFFER, Gregory; GINSBURG, Tom. The Empirical Turn in International Legal Scholarship.
American Journal of International Law, Vol. 106, Jan. 2012; Minnesota Legal Studies Research
Paper, N. 12-09, p. 46. Disponível em: <https://ssrn.com/abstract=2004640>. Acesso em 25.15.2019.
“(…) the empirical trend in international legal scholarship has great potential to inform normative work
on questions of institutional design and practice. Normative international law work has often
proceeded on the basis of behavioral and institutional propositions that are simply assumed to be true.
Subjecting these assumptions to rigorous empirical assessment would not only expose the limits of
international law, but its possibilities as well”.
14

população negra., como também a respeito daqueles relacionados à atuação na


esfera extrajudicial, cujo norte aponta para a difusão e conscientização dos direitos
humanos, a promoção da cidadania e a educação em direitos e deveres
propriamente dita. Ao mesmo tempo, será analisada a institucionalidade da
Defensoria Pública da União para consecução desta promoção, tanto exógena,
quanto endógena.
A pesquisa também utilizará o método de análise de conteúdo, mediante a
elaboração de questionário, com questões fechadas, direcionado à associações e
instituições vinculadas à proteção dos direitos da população negra em todo o Brasil
objetivando investigar o que?. Ainda, serão realizadas entrevistas com defensores
públicos federais negros a respeito das institucionalidades da Defensoria Pública da
União e de eventuais dificuldades enfrentadas tanto pelo Órgão quanto pelos
membros, no que se refere ao racismo no cotidiano do sistema de justiça. Tanto o
questionário quanto as entrevistas serão realizadas durante o desenvolvimento da
dissertação, oportunidade em que as instituições e profissionais serão convidados a
participar da pesquisa. As instituições/associações serão convidadas a participar
através de e-mail, no qual constará o questionário e o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido – TCLE. Às defensoras e defensores públicos federais será
encaminhado por e-mail o TCLE, e as entrevistas ocorrerão através de contato
telefônico.
A revisão bibliográfica, mediante a análise de doutrina nacional e estrangeira
sobre o tema pesquisado, bem como a jurisprudência e os próprios textos legais
complementam as fontes de pesquisa que serão utilizadas.

7 CRONOGRAMA

Meses (2019)
Atividades
Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Escolha do assunto do
X
projeto

Elaboração da estrutura
X X
do projeto
15

Seleção e leitura das


obras para elaboração X X
do projeto

Elaboração dos
objetivos, delimitação do
X X
tema, definição do
problema, etc.

Elaboração da pesquisa
bibliográfica e X X X X X
documental do projeto

Coleta de dados X X X

Tratamento dos dados X X

Revisão final do texto e


elaboração da X X
introdução e conclusão

Data limite de entrega 10/12/2019


da dissertação

8 SUMÁRIO

Título: A LÓGICA DA COLONIALIDADE E O SISTEMA DE JUSTIÇA:


Institucionalidades da Defensoria Pública da União para o enfrentamento do racismo
a partir do Pensamento Descolonial.

INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1: CONCEPÇÃO CLÁSSICA DE DIREITOS HUMANOS E
DESCONSTRUÇÃO A PARTIR DA MATRIZ TEÓRICA DO PENSAMENTO
DESCOLONIAL
1.1. As estruturas fundantes de uma teoria dominante dos direitos humanos e
suas falhas.
1.2. A categoria da raça como elemento central para a reprodução da lógica da
colonialidade.
1.3. O sistema de justiça como vetor de legitimação da matriz colonial de poder e
suas dinâmicas excludentes.
16

1.4. O pensamento descolonial como proposta de abertura e extensão do conceito


de humano.
CAPÍTULO 2: O RACISMO NO BRASIL E O LEGADO PÓS-ABOLIÇÃO: JUSTIÇA,
RECONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO?
2.1. O conceito de racismo.
2.12. O legado de exclusão social dos negros patrocinado pelo Estado Brasileiro: o
silêncio que institucionaliza o racismo.
2.3. Racismo(s): racismo institucional, racismo estrutural, racismo ambiental, racismo
religioso e racismo recreativo.(JUNTAR COM O 2.4) relacionar com o acesso à
justiça
2.4. Racismo(s) e seus desdobramentos a partir do sistema de justiça.
2.5. Discriminação direta e indireta. (juntar com 2.4)
2.6. Os desafios daA Década Internacional de Afrodescendentes da ONU e seus
eixos fundamentais: justiça, reconhecimento, desenvolvimento e os meios de
reparação à população negra. Para o Brasil?

CAPÍTULO 3: AS POTENCIALIDADES DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO


PARA ROMPER A COLONIALIDADE E COMBATER O RACISMO NO BRASIL.
3.1. As ondas renovatórias de Capelletti e Garth e os modelos de assistência
jurídica.A discussão internacional sobre acesso à justiça
3.2. A Defensoria Pública na Constituição de 1988: conquista dos movimentos
democráticos ou risco controlado do poder hegemônico?
3.3. As institucionalidades da Defensoria Pública da União nas políticas étnico-
raciais: é possível superar os indicadores de colonialidade?
3.4. As potencialidades da Defensoria Pública da União para ser um instrumento
de efetivação dos direitos da população negra.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

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