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HORTA E COMPOSTAGEM: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL POR MEIO DA

COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS EM ESCOLAS.

Maiara Bittencourt Mattos

RESUMO

Além de despertar a consciência, responsabilidade e sensibilidade nos alunos sobre a


importância da Educação Ambiental desde os primeiros anos de vida. A Educação
Ambiental com relação aos resíduos sólidos deve ser difundida tendo como foco os três
R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar), sensibilizando e informando a sociedade, com o
objetivo de aumentar a consciência ambiental desta. Aprender sobre algo
necessariamente não precisamos estar dentro de uma sala de aula em uma escola,
podemos aprender sobre diversas coisas de dentro de nossa casa, ou na rua com
amigos, ou ouvindo uma pessoa relatando sobre algo. Onde por meio desses e de
outros casos e focos de estudo, aplicar um ensino teórico e depois na pratica sobre as
atitudes ambientais corretas que podemos tomar diante de algo. A necessidade de
ensinar e aprender sobre o reaproveitamento dos resíduos sólidos tem a finalidade de
formar cidadãos conscientes com o meio ambiente, onde preservar a natureza e a
sociedade em que o homem se interage é um dever de todos. Fazer a prática dos três Rs
(Reduzir, Reutilizar e Reciclar), aplicando em projetos na escola, como em jardins e/ou
hortas, assim como levar esse conhecimento para seus lares. O Problema que pode
aparecer por meio de um projeto de tal nível é diverso, pois deve haver cuidado, outros
que podem aparecer são os seguintes apresentados. Em relação aos Recursos e custos,
não haverão nenhum, pois podem ser utilizar caixas grandes de papelão podendo ser
encapadas ou pintadas, para a identificação, também pode-se transformar as próprias
lixeiras que já estão disponíveis na escola as lixeiras para recicláveis não precisam ser
diferentes das outras, precisam apenas de identificação adequada. Para solucionar a
problemática que envolve os resíduos sólidos, como o uso inadequado dos recursos
naturais, consumismo exagerado com geração de resíduos e saturação de aterros
controlados e sanitários, disposição final inadequada acarretando poluição, é
necessário que os municípios adotem o gerenciamento integrado de resíduos sólidos
que compreendem a redução da geração destes, a reutilização, a reciclagem de
materiais que podem servir de matéria prima e a compostagem que trata resíduo
orgânico, dando a este uma nova utilidade. Todas essas ações realizadas de forma
integrada acarretam na diminuição do desperdício e promovem a geração de renda no
meio urbano. Muitas técnicas de reutilização de algo são seguidas desde muitos anos
atrás com maneiras e culturas a cultivação de alguns produtos, afinal, lucro é o que é
visado. Por exemplo, o milho, após sua colheita, todos os restos da mesma e é deixado
no chão, depois arado e em mesmo espalhado, é feito o plantio do milho em cima da
decomposição daqueles restos orgânicos deixamos pelo próprio milho.
Palavras Chave: Agronegócio sustentável. Agropecuária de Santa Catarina. Clima.

1 INTRODUÇÃO

O presente projeto foi elaborado com o objetivo mostrar ser viável o


reaproveitamento dos resíduos sólidos orgânico para implantar um sistema de
compostagem, através dos resíduos gerados na manutenção do jardim e nas atividades
da cozinha da própria escola. Além de despertar a consciência, responsabilidade e
sensibilidade nos alunos sobre a importância da Educação Ambiental desde os primeiros
anos de vida.

Segundo Cempre (2006), a Educação Ambiental com relação aos resíduos


sólidos deve ser difundida tendo como foco os três R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar),
sensibilizando e informando a sociedade, com o objetivo de aumentar a consciência
ambiental desta.

Mellows (1972), in Lima (2003) define a E.A. como um processo no qual


deveria proceder a um desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o
meio ambiente (natural e artificial), baseado em um completo e sensível entendimento
das relações do homem com o meio que vive (ambiente de sua volta).

“Para cuidar do planeta precisamos todos passar por uma alfabetização ecológica
e rever nossos hábitos de consumo. Importa desenvolver uma ética do cuidado.” (BOFF,
2012, p. 155). O mesmo autor faz uma afirmação:

Cuidado todo especial merece nosso planeta Terra. Temos unicamente ele para
viver e morar. [...] Desde o começo da industrialização, no século XVIII, a
população mundial cresceu oito vezes, consumindo mais e mais recursos
naturais; somente a produção, baseada na exploração da natureza, cresceu mais
de cem vezes. O agravamento deste quadro com a mundialização do acelerado
processo produtivo faz aumentar a ameaça e, consequentemente, a necessidade
de um cuidado especial com o futuro da Terra. (BOFF, 2012, p. 155).

2 ENSINO FORMAL, INFORMAL E NÃO FORMAL SOBRE A


COMPOSTAGEM

Na escola, em programas de televisão, jornais, vemos por menos que seja,


pequenas noticias sobre sustentabilidade e de reciclagem, diante disso, absorvemos
aquilo que queremos, pois o conhecimento é livre. Aprender sobre algo
necessariamente não precisamos estar dentro de uma sala de aula em uma escola,
podemos aprender sobre diversas coisas de dentro de nossa casa, ou na rua com amigos,
ou ouvindo uma pessoa relatando sobre algo.

Pensando nisso, sobre as diversas formas de aprendizagem, podemos aplicar a


sustentabilidade, ou uma educação ambiental, tanto em escolas, como no local de

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trabalho (empresas e afins) e em casa, começando com a reutilização de alguns lixos
limpos, ou fazendo uma composteira, para reutilizar esse lixo orgânico em uma horta,
ou um jardim.

Nas escolas ou por meio de ONGs ou centro de integração de crianças, pode se


haver um aprofundamento sobre estudos com focos no meio ambiente, produtos
poluentes, reciclagens, problemas ambientais, entre outros. Onde por meio desses e de
outros casos e focos de estudo, aplicar um ensino teórico e depois na pratica sobre as
atitudes ambientais corretas que podemos tomar diante de algo.

O meio ambiente é um sistema complexo, composto por diversos elementos e


por fenômenos em interações dinâmicas permanentes, assim “os elementos que
compõem o ambiente, físico, químico, biológico, social, tecnológicos e culturais, em
suas diversas formas de organização estão inseridos numa permanente rede de inter-
relações, em estreita dependência e influência recíproca”. (SANTA CATARINA, 1998,
p. 48).

A Proposta Curricular de SC também apresenta este conceito da seguinte


maneira:

O meio ambiente deve ser entendido como resultado das relações de


intercâmbio entre sociedade e natureza em um espaço e tempo concretos. O
ambiente é gerado e construído ao longo do processo histórico de ocupação e
transformação do espaço por parte de uma sociedade. Portanto, surge como
síntese histórica das relações de intercâmbio entre sociedade e natureza.
(MEDINA apud SANTA CATARINA, 1998, p. 49).

Nesse sentido, ser humano e natureza estão diretamente interligados, o ambiente


é influenciado e transformado pelas ações humanas. Conforme Reigota (apud SANTA
CATARINA, 1998, p. 49):
O meio ambiente pode ser definido como o lugar determinado ou percebido,
onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e em
interação. Essas relações implicam em processos históricos e sociais de
transformação do meio natural e construído.

4 LIXOS

“Lixo ocupa espaço. [...] Quando jogamos coisas fora, queremos nos livrar delas,
mas não nos damos conta de que essas coisas não desaparecem: apenas saem de casa
para ocupar um outro lugar.” (MIRANDA, 1995, p. 9). “Sendo a produção de lixo uma
variável crescente em relação ao tempo, pode-se afirmar que sempre estaremos
transformando matéria em resíduos ao longo de nossa existência.” (LIMA, 2005, p. 19).
De acordo com o mesmo autor, Lima (2005):

A problemática do lixo pode ser explicada pela análise e compreensão da


importância dos vários fatores e mecanismo que influenciam no processo de
produção, manejo, tratamento e destino final de resíduos, dentre eles, pode-se

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citar: a antropogenia; o aumento populacional; a intensidade do processo de
industrialização; a globalização da economia; a irreversibilidade; a entropia; a
heterogeneidade; a marginalidade, etc. (LIMA, 2005, p. 15).

Por exemplo, “o lixo quando manejado inadequadamente pode poluir o solo, o ar


e os recursos hídricos superficiais e subterrâneos”. (LIMA, 2005, p. 25). Sandro Luiz
Costa (2001) afirma que:

A produção de resíduos sólidos tornou-se um grande problema no mundo, com


reflexões que extrapolam a área ambiental, haja vista que a ausência de
sustentabilidade do ciclo linear de produção, consumo e descarte de materiais,
além de esgotar as reservas naturais, tem transformado o planeta em um largo
depósito de lixo, causando a degradação do meio ambiente e afetando a saúde
da população. (COSTA, 2001, p. 24).

5 A COMPOSTAGEM COMO PROJETO

A justificação sobre a elaboração e aplicação de um projeto igual a esse ou


similar é Mediar os alunos junto com a equipe docente a uma prática interdisciplinar e
voltada na sustentabilidade, sendo esse um bem comum de todos. A necessidade de
ensinar e aprender sobre o reaproveitamento dos resíduos sólidos tem a finalidade de
formar cidadãos conscientes com o meio ambiente, onde preservar a natureza e a
sociedade em que o homem se interage é um dever de todos. Fazer a prática dos três Rs
(Reduzir, Reutilizar e Reciclar), aplicando em projetos na escola, como em jardins e/ou
hortas, assim como levar esse conhecimento para seus lares.

O Problema que pode aparecer por meio de um projeto de tal nível são diversos,
pois deve haver cuidado, outros que podem aparecer são os seguintes apresentados.

Deve-se haver uma dedicação e um bom desempenho de todos da escola, pois


implantar um projeto desse nível requer manutenção. É importante destacar que ficarão
competidos aos alunos e professores os cuidados dos mesmos. Como a escola pode
estimular os alunos ao reaproveitamento e reciclagem dos orgânicos?

A escola deve implantar uma coleta seletiva, porque fica mais fácil a explanação
para os alunos, para incentivar e conscientizar os alunos desde cedo, pois a escola é um
lugar de aprender a viver e conviver melhor com os outros e o meio ambiente, e também
para incentivar a preservar o mesmo, assim tornando a escola um lugar mais agradável e
limpo, implantar a coleta como uma maneira de despertar nas crianças que as pequenas
atitudes podem contribuir com a melhoria do meio ambiente e que deve partir de cada
um, pois a escola é também um ambiente de aprendizagem e conscientização.

Aparece como Objetivo Geral a Ampliação do conhecimento interdisciplinar dos


alunos no trabalho de jardinagem, assim como reciclar o resíduo orgânico gerado dentro
da escola, através do sistema de compostagem, tendo como produto final adubo
orgânico para horta orgânica, desenvolver de forma crítica o senso de cuidado com o

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meio ambiente através de trabalhos relacionados à educação ambiental com ajuda dos
alunos e professores de todas as disciplinas de forma a ensinar a sustentabilidade.

Aparece como Objetivos Específicos os seguintes pontos:

 Diminuir o volume dos resíduos encaminhados para aterros Sanitários;


 Mostrar para os alunos a importância da reutilização dos resíduos orgânicos para
construção e manutenção de hortas e jardins;
 Determinar locais específicos dentro da escola para a construção do canteiro de
horta;
 Organizar Calendário para a realização do plantio, assim como utilizar placas, e
materiais reciclados para a organização do espaço.
 Incentivar os alunos a separar o lixo reciclado do lixo orgânico através de
palestras, teatros e folders educativos.
 Consumir alimentos sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes.

Em relação aos Recursos e custos, não haverão nenhum, pois podem ser utilizar
caixas grandes de papelão podendo ser encapadas ou pintadas, para a identificação,
também pode-se transformar as próprias lixeiras que já estão disponíveis na escola as
lixeiras para recicláveis não precisam ser diferentes das outras, precisam apenas de
identificação adequada.

Se os professores e demais profissionais que estiverem a se envolver com esse


projeto, o modelo de Cronograma que poderá ser seguido, é o tal seguido a abaixo:

 Primeira Etapa - Apresentação do Projeto e levantamento de conhecimentos


prévios:

- Aulas 1 e 2: Inicio do projeto, com sensibilização dos estudantes em relação ao tema


proposto.

 Segunda Etapa - Composteira:

- Aula 3: Confecção de uma composteira.

 Terceira Etapa – Reaproveitamento de alimentos na cozinha.

- Aula 4: Produção de receitas com alimentos reaproveitados.

 Quarta Etapa - Fechamento do Projeto com plantio de mudas.

- Aula 5: Utilização do composto proveniente da composteira com adição de terra para o


plantio de mudas.

6 APLICANDO A SUSTENTABILIDADE

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“Sustentável é considerado o desenvolvimento visto da maneira mais ampla
possível – crescimento econômico com igualdade e justiça social, sem comprometer de
forma irrecuperável os recursos naturais e, assim, garantindo a qualidade de vida para as
gerações futuras.” (SUZIN, 2012, p. 82).

Relata-se a implantação de hortas e jardins sustentáveis nas escolas da rede


pública ou privada do município, através do sistema de compostagem dos resíduos
sólidos orgânicos gerados pela própria escola, proporcionando para os alunos o
consumo de alimentos saudáveis de forma sustentável, além de despertar a consciência,
responsabilidade e sensibilidade nos alunos sobre a importância da Educação Ambiental
desde os primeiros anos de vida.

Para Lombardo (2000), a escola pode ter uma papel super importante, com a
função de criar novas condições que as pessoas possam aprender algo de necessidade
para com instrumentos construir um nova realidade na sociedade e tendo as
participações politicas e culturais de um local.

Uma definição de resíduos sólidos:

Materiais que seriam considerados lixo ou restos, sem possibilidade de


aproveitamento, tornando-se esse composto orgânico, uma agente
condicionador do solo, criando um a excelente forma de sustentabilidade,
extremamente necessária nos dias de hoje (CAMPBELL, 2005).

Para solucionar a problemática que envolve os resíduos sólidos, como o uso


inadequado dos recursos naturais, consumismo exagerado com geração de resíduos e
saturação de aterros controlados e sanitários, disposição final inadequada acarretando
poluição, é necessário que os municípios adotem o gerenciamento integrado de resíduos
sólidos que compreendem a redução da geração destes, a reutilização, a reciclagem de
materiais que podem servir de matéria prima e a compostagem que trata resíduo
orgânico, dando a este uma nova utilidade. Todas essas ações realizadas de forma
integrada acarretam na diminuição do desperdício e promovem a geração de renda no
meio urbano.

Segundo CEMPRE (2006), a Educação Ambiental com relação aos resíduos


sólidos deve ser difundida tendo como foco os três R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar),
sensibilizando e informando a sociedade, com o objetivo de aumentar a consciência
ambiental desta. LEFF (2005, p.251) diz que:

A educação para o desenvolvimento sustentável exige assim novas orientações


e conteúdos, novas práticas pedagógicas onde se plasmem as relações de
produção de conhecimentos e os processos de circulação, transmissão e
disseminação do saber ambiental. Isto coloca a necessidade de incorporar os
valores ambientais e novos paradigmas do conhecimento na formação dos
novos atores da educação ambiental e do desenvolvimento sustentável (LEFF,
2005 p. 251).

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De acordo com CEMPRE (2006), o tratamento dos resíduos sólidos pode ser
realizado de três formas: mecânico, biológico e térmico. O processo mecânico não
modifica as características químicas do resíduo. Das formas mais comuns do tratamento
mecânico tem-se a compactação e a trituração. Já o tratamento biológico, compostagem,
caracteriza-se pelo estímulo à decomposição dos resíduos sólidos orgânicos sem a
formação do chorume e biogás. O tratamento térmico, incineração, é caracterizado pela
queima do resíduo, resultando na diminuição do volume e da patogenicidade deste.

Com a implantação do sistema de compostagens dos resíduos orgânicos


podemos obter grandes vantagens, pois além de desviar resíduos do lixão a céu aberto,
do aterro sanitário ou controlado, ainda promove uma utilização para a matéria
orgânica.

Segundo a NBR 13591 (1996), a compostagem corresponde ao processo de


decomposição biológica da fração orgânica biodegradável dos resíduos, efetuado por
uma população diversificada de organismos em condições controladas de aerobiose e
demais parâmetros desenvolvidos em duas etapas distintas: uma de degradação e outra
de maturação.

Hoje a ideia de sustentabilidade sofre diversas alterações em suas aplicações e


estudos, isso por que há uma demanda muito grande de ideias sobre algo que esta ligado
ao meio ambiente e seu desenvolvimento. Sua aplicação em empresas e em casas de
família é consideravelmente diferente das que são tomadas em escolas. E tanto
Nascimento e Costa (2010) quanto Nobre e Amazonas (2002) afirmam que hoje há uma
disputa sobre esse campo que ora são pós ora são contras.

Para Altieri (2008, p. 82) diz que “definida de forma ampla, sustentabilidade
significa que a atividade econômica deve suprir as necessidades presentes, sem
restringir as opções futuras”. Dentro das escolas, programas voltados ao meio ambiente
são vistos como modelos de seguimentos para serem adotados em casa pelos alunos,
muitas vezes tomada na comunidade que norteia a escola. Para Buainain (2006, p. 47), a
ideia de sustentabilidade tem “forte conteúdo ambiental e um apelo claro à preservação
e à recuperação dos ecossistemas e dos recursos naturais”.

7 AGROECOLOGIA

Onde, por meio de todas as tecnologias aplicadas, problemas em relação ao


clima e solo, já se foram pensado por diversos autores sobre a agroecologia. Para
Gliessmann (2001), é a aplicação dos princípios e conceitos da ecologia ao desenho e
manejo de agroecossistemas sustentáveis. Para Altieri (1989), a agroecologia é uma
ciência emergente que estuda os agroecossistemas, na qual integra conhecimentos de
agronomia, ecologia, economia e sociologia. Para outros, trata-se apenas de uma nova

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disciplina científica. Porém, para Guzmán (2002), a agroecologia não pode ser uma
ciência, pois incorpora o conhecimento tradicional que por definição não é científico.

Esse novo ramo da agropecuária, está crescendo rapidamente, pois houve um


casamento de duas áreas muito dinâmicas e que na atual época, precisava. Na parte de
montagem e cuidados com a composteira, deve ser sempre mantida com cautela e tomar
os devidos cuidados necessários. E com o adubo originado na composteira, possa ser
destinado aos jardins e hortas da escola, e se for em casa, na empresa ou outro lugar que
há um jardim ou uma horta, esse adubo possa ganhar sua finalidade, sem uso de outros
fertilizantes ou agrotóxicos.

Segundo Argemiro Jacob Brum (1988), além do uso de químicas, fertilizantes e


defensivos agrícolas, a “modernização da agricultura é o processo de mecanização e
tonificação da agricultura”, que essa fase marcada na agricultura, ficou e é conhecida
como 'revolução verde', que segundo o mesmo autor não alterou as estruturas agrárias
(Brum, 1988).

Muitas técnicas de reutilização de algo são seguidas desde muitos anos atrás
com maneiras e culturas a cultivação de algum produtos, afinal, lucro é o que é visado.
Por exemplo, o milho, após sua colheita, todos os restos da mesma e é deixado no chão,
depois arado e em mesmo espalhado, é feito o plantio do milho em cima da
decomposição daqueles restos orgânicos deixamos pelo próprio milho. Essa técnica já
foi usada em canaviais.

8 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Diante dos acontecimentos catastróficos que permeiam a humanidade, e todos os


demais problemas socioambientais que existem em grandes níveis de ocorrência são por
meios antrópicos, para afirmar isso, Mauro Grün (2005), professor da Universidade do
Planalto Catarinense, por meio às questões sobre Ética e Educação Ambiental, ressaltara
que um problema ambiental/ecológico não é “somente um problema técnico, mas é
também um problema ético”, e que uma revisão da literatura no campo ético ambiental
identificará o "antropocentrismo".

Já que não uma preocupação sobre a reconstrução, reciclagem ou reutilização, o


consumismo e o capitalismo em excesso esta esgotando recursos de um lado, e do outro
produzindo lixos e mais lixos. Samuel Branco, biólogo, professor titular de Ecologia
Aplicada da USP, enfatiza:

Desde o surgimento do homem na Terra, os tipos de impacto ambiental têm se


diversificado e sua frequência (sic) aumentado muito. O primeiro tipo de
impacto causado pelo homem provavelmente derivou-se do domínio do fogo.
À medida que a espécie humana foi desenvolvendo novas tecnologias e
ampliando seu domínio sobre os elementos e a natureza em geral, os impactos
ambientais foram se ampliando em intensidade e extensão. (BRANCO, 2002,
p. 20).

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O biólogo Samuel Branco (2002) acrescenta:

O grande problema da civilização moderna, industrial e tecnológica é talvez o


de ela não ter percebido que ainda depende da natureza, ao menos em termos
globais; que sua liberação ainda não é total e que, provavelmente, nunca será;
que não é possível produzir artificialmente todo o oxigênio necessário à
manutenção da composição atual da atmosfera, nem toda a matéria orgânica
necessária ao seu próprio consumo; que não é possível manter, sem a
participação da massa vegetal constituída pelas florestas, savanas e outros
sistemas, os ciclos naturais da água de modo a garantir a estabilidade do clima,
a constância e a distribuição normal das chuvas e a amenidade da temperatura.
(BRANCO, 2002, p. 22).

Na “Declaração de Estocolmo Sobre Meio Ambiente Humano – 1972”


(MENDONÇA, 2002, p. 50), encontramos proclamado, no item 6, um sutil alerta sobre
a situação planetária – ressalvando que de lá para cá as coisas não melhoraram.

Chegamos a um momento da História em que devemos orientar nossos atos em


todo o mundo, atentando com a maior solicitude para as consequências (sic)
que possam ter quanto ao meio. Por ignorância ou indiferença, podemos causar
danos irreparáveis e imensos ao meio terráqueo de que dependem nossa vida e
nosso bem-estar. Pelo contrário, com um conhecimento mais profundo e ação
mais prudente, podemos conseguir para nós e os pósteros, condições de vida
melhores em um meio mais em consonância com as necessidades e aspirações
do homem.

Nos PCN Meio Ambiente e Saúde, temos uma explicitação sobre a abordagem
ambiental frente às circunstâncias sociais e educacionais:

[...] a principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir


para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na
realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-
estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso é necessário que,
mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com
atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de
habilidades e procedimentos. (BRASIL, 1997, p. 25).

Os PCN sugerem:

O professor deve, sempre que possível, possibilitar a aplicação dos


conhecimentos à realidade local, para que o aluno se sinta potente, com uma
contribuição a dar, por pequena que seja, para que possa exercer sua cidadania
desde cedo. E, a partir daí, perceber como mesmo os pequenos gestos podem
ultrapassar limites temporais e espaciais; como, às vezes, um simples
comportamento ou um fato local pode se multiplicar ou se estender até atingir
dimensões universais. Ou, ainda, como situações muito distantes podem afetar
seu cotidiano. (BRASIL, 1997, p. 55).

Assim, englobando os contextos da educação formal e da pesquisa teórico-


científica, Reigota (2004) entende que a Educação Ambiental
[...] não deve estar baseada na transmissão de conteúdos específicos, já que não
existe um conteúdo único, mas sim vários, dependendo das faixas etárias a que

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se destinam e dos contextos educativos em que se processam as atividades. O
conteúdo mais indicado deve ser originado do levantamento da problemática
ambiental vivida cotidianamente pelos alunos e que se queira resolver. Esse
levantamento pode e deve ser feito conjuntamente pelos alunos e professores.
(REIGOTA, 2004, p. 35).

Para os autores, a Educação Ambiental é

[...] um processo de ensino-aprendizagem para o exercício da cidadania; da


responsabilidade social e política. A ela cabe construir novos valores e novas
relações sociais e dos seres humanos com a natureza formando atitudes dentro
de uma nova ótica, a da melhoria da qualidade de vida para todos os seres.
(PHILIPPI JÚNIOR; PELICIONI, 2002, p. 4).

Abaixo, de acordo com Telles (2002, p. 37), são os objetivos da educação ambiental:

1. Conscientização: contribuir para que os indivíduos e grupos sociais


adquiram consciência e sensibilidade em relação ao ambiente como um todo e
a problemas a ele relacionados. 2. Conhecimento: propiciar aos indivíduos e
aos grupos sociais uma compreensão básica sobre o ambiente como um todo,
os problemas a ele relacionados, e sobre a presença e o papel de uma
humanidade criticamente responsável em relação a esse ambiente. 3. Atitudes:
possibilitar aos indivíduos e grupos sociais a aquisição de valores sociais,
fortes vínculos afetivos para o ambiente e motivação para participar ativamente
na sua proteção e melhoria. 4. Habilidades: propiciar aos indivíduos e aos
grupos sociais condições para adquirirem as habilidades necessárias à solução
dos problemas ambientais. 5. Capacidade de avaliação: estimular os indivíduos
e os grupos sociais a avaliarem as providências relativas ao ambiente e aos
programas educativos, quanto aos fatores ecológicos, políticos, econômicos,
estéticos e educacionais. 6. Participação: contribuir com os indivíduos e grupos
sociais no sentido de desenvolverem senso de responsabilidade e de urgência
com relação aos problemas ambientais a fim de assegurar a ação apropriada
para solucioná-los.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje devemos perceber que é de grande valia e de suma importância nós termos
atitudes corretas e que melhorem nossos condicionamentos de vida, e por meio desse
caso, devemos pensar em nossa saúde no futuro, assim cuidando do meio ambiente
hoje. Temos que ser críticos e responsáveis com tudo aquilo que nos envolve e faz parte
de nosso cotidiano, ou se pertence a uma rotina nossa.

Nosso meio ambiente é forte e frágil ao mesmo tempo, isso por conta de sua
indefesa no momento de um ataque, porém, apresenta as consequências tempos depois.
Muitas desses ataques são de forma indesejada, pois apenas serve de alerta, mas que
causa dor e destruição em muitos lugares e famílias.

Devemos pensar no lixo como um meio de renda viável, boa e perene, e que seu
valor é imensurável, mas pouco valorizado, e quando o lixo e reutilizado ou reciclado,
causa temor em algumas pessoas. Mas sobre o lixo liquido/orgânico, esse possui uma

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finalidade mais fácil para ter aproveitamento em total parte dele, afinal muitas casas
possuem hortas ou jardins.

Pensando nisso, nesse artigo acadêmico, por meio de uma metodologia


organizada e de debate semi-direto, e com o auxílio de autores, cientistas e professores
consagrados e que fazem da educação ambiental, ecologia, antropologia, meio ambiente
e a gestão ambiental uma ponte a ligar tudo que envolve sociedade, homem e meio
ambiente sustentável, o presente trabalho foi fundamentado a ser destinado (ou não) a
Escolas.

Já que começa-se nas escolas a moldar e mediar pensadores por meio de


conhecimentos, os pequenos cidadãos que vão recebendo e adquirindo esse
conhecimento, pode ser voltados a melhorar diversas falhas que envolvem o dia a dia.
Tanto nossas casas como nas escolas, essas podem servir como exemplo desse tipo de
reciclagem, a Compostagem. E que por meio e expiação da escola, esse mesmo métodos
de reciclar lixo orgânico (restos de comida) possa ser feito em casa e ate mesmo na
comunidade que envolve a escola.

Assim conclui-se que não há fim de parar a busca incessante de melhorar nosso
planeta, e que o uso incorreto e em excesso dos fertilizantes e agrotóxicos não deixam
de ser um verdadeiro desperdício e falta de necessidade de nossa parte e de empresas e
poderes públicos que não investem em algo sustentável.

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11
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