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ACÓRDÃO
Documento: 1749674 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 27/11/2018 Página 1 de 7
Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.303.781 - RJ (2012/0010456-7)
RELATÓRIO
Nesta feita, a parte agravante alega, em essência, que inexiste perda de objeto do
recurso especial, uma vez que: "Há de se diferenciar, nesse sentido, as hipóteses em que (a)
a posterior sentença de mérito, sendo favorável ao recorrente, analise as questões
preliminares debatidas em seu recurso especial, daquela que (b) a posterior sentença de
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Superior Tribunal de Justiça
mérito, adotando fundamento diverso das preliminares, lhe reconhece ou lhe nega
determinado direito. Isso porque, nessa ultima hipótese, havendo recurso contra a
sentença de mérito e seu eventual provimento, naturalmente, não serão enfrentadas os
argumentos preliminares, tal como ocorreria na primeira hipótese." (e-STJ, fls. 232/233)
Pontua, ainda, que: "Não há dúvidas de que, no segundo contexto – tal qual o
caso dos autos –, faz-se necessário o prosseguimento paralelo de ambos os recursos, que
deverão ser julgados de forma conjunta. 0 julgamento parcial do mérito das questões
submetidas á análise do a. Poder Judiciário não exaure e nem prejudica as demais
pretensões recursais que lhe foram deduzidas." (e-STJ, fl. 233).
Ao final, pugna pela reconsideração da decisão agravada ou sua reforma pela
Turma Julgadora.
Devidamente intimada, a parte agravada não apresentou impugnação (e-STJ, fls.
249 e 251).
É o relatório.
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Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.303.781 - RJ (2012/0010456-7)
VOTO VENCIDO
Em que pese a argumentação tecida nas razões recursais, não merece êxito a
insurgência.
De início, impende ressaltar que, na hipótese em exame, aplica-se o Enunciado 2
do Plenário do STJ: "Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a
decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de
admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça."
Como está dito na decisão agravada, a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça tem entendimento firmado de que: "A superveniência da sentença proferida no feito
principal enseja a perda de objeto de recursos anteriores que versem sobre questões
resolvidas por decisão interlocutória combatida via agravo de instrumento." (AgRg no
REsp 1.485.765/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 20/10/2015, DJe de 29/10/2015).
No mesmo sentido:
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uma vez que são diversos os pedidos." (e-STJ, fl. 48).
Inconformada, a agravante interpôs recurso de agravo de instrumento perante o
eg. Tribunal sustentando, em síntese, a existência de litispendência entre a ação ordinária
proposta anteriormente (Processo n. 2002.002.0237460) e a ação anulatória proposta
posteriormente pelo autor, ora agravado, sendo que a col. Corte a quo negou provimento ao
recurso de agravo, sob o fundamento de que as demandas questionadas pela agravante não são
idênticas, já que "...numa o pedido é para anular a cláusula 8a, letra c do estatuto da
UNIMED, sustando os atos que daí derivaram e na outra o pedido é mais amplo,
reconhecer a abusividade das cláusulas 8a, C, 5a, IV e 45 do estatuto, reintegrar o autor
em definitivo nos quadros médicos e determinar que a ré se abstenha de excluir o autor,
por eventual prestação de serviço" (e-STJ, fl. 154).
Ressalte-se que o eg. Tribunal de origem asseverou, ainda, que: "Quanto a
prescrição, não há demanda pretendendo a anulação da assembléia que determinou o
afastamento do autor e sim declaração de nulidade ou reconhecimento de abusividade de
cláusula que prevê o afastamento do associado em determinada hipótese" (e-STJ, fl. 154).
Confira-se, por oportuno, a ementa desse aresto:
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Superior Tribunal de Justiça
No mérito, sustentou que: "Na verdade, está-se diante de impossibilidade
jurídica do pedido – ou, se assim não se entender, de falta de interesse processual, por
inadequação da via eleita –, pois se mostra inviável o deferimento de seu reingresso à
UNIMED, em frontal antinomia a ato jurídico perfeito, manifestamente válido, eficaz e
que, portanto, produz plenos efeitos. Incidem, na espécie, os artigos 128, 293 e 460 do
Código de Processo Civil, tendo sido, portanto, violados pelo v. acórdão recorrido"
(e-STJ, fl. 172).
O apelo nobre foi inadmitido pela colenda Corte de origem (e-STJ, fls. 191/193).
Não obstante, inconformada, a agravante interpôs recurso de agravo de instrumento contra a r.
decisão de inadmissibilidade do apelo nobre, o qual foi autuado nesta eg. Corte como Ag
1.246.565/RJ.
Em decisão monocrática, cuja cópia encontra-se à fl. 206 e-STJ, verifica-se que o
em. Ministro Raul Araújo deu provimento ao referido Ag 1.246.565/RJ para determinar a subida
do recurso especial a este Sodalício.
Ocorre que, compulsando o andamento processual da ação principal, no site
oficial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Processo n.
0075506-30.2007.819.0002 - número de origem: 2007.002.074864-7), aferiu-se que, na data de
09.09.2010, foi proferida sentença que julgou improcedente o pedido inicial da ação anulatória em
questão, nos termos da seguinte fundamentação:
"(...)
Primeiramente observo que, a despeito de a questão não ter sido mais
aventada pela parte autora, que nada requereu em sede de Audiência
de Instrução e Julgamento, não se insurgindo contra o encerramento
da instrução, não vislumbro a necessidade de realização da prova
pericial, razão pela qual é a mesma indeferida. No entender desta
magistrada o feito encontra-se maduro para julgamento. Outrossim,
quanto à preliminar de ilegitimidade ativa, verifico que não merece
prosperar. Com efeito, o autor questiona a validade de disposições de
estatuto social de cooperativa que integrava, as quais serviram de
base para sua exclusão. Logo, é parte legítima para figurar no pólo
ativo. O autor foi médico cooperado da ré e aduz ter sido
irregularmente excluído dos quadros da entidade em razão de ter,
juntamente com outros médicos, fundado cooperativa denominada
Aliança. Pretende a sua reintegração, o reconhecimento da
abusividade dos enunciados dos arts. 8º, alínea ´c´, 5º, IV e 45 do
Estatuto Social da ré, determinando-se, ainda, que a ré se abstenha de
excluir o autor de seus quadros, por eventual prestação de serviços
para outra congênere. A ré não nega, em sua contestação, que tenha
promovido a exclusão do autor de seus quadros, mas argumenta que
agiu em conformidade com o Estatuto Social, que não apresenta
qualquer nulidade. Dispõe o art. 5º, IV, do Estatuto Social da ré: ´Art.
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5º - (...) (...) IV - Não poderão ingressar no quadro da Cooperativa os
médicos que ocupem cargos de direção ou exerçam atividades
comerciais em organizações caracterizadas como entidades de
medicina de grupos ou empresas que atuam na área de seguro-saúde;
os já cooperados antes da vigência deste artigo tornam-se inelegíveis
para cargos sociais.´ Já o art. 8º, alínea ´c´ assim estabelece: ´Art. 8º -
A eliminação de associados é de competência do Conselho de
Administração, depois de parecer do COTEP, incidindo sobre a pessoa
que: (...) c) associe-se a outra Cooperativa singular que tenha o
mesmo ou similar objeto social da Unimed.´ Por fim, dispõe o art. 45 :
´Art. 45 - O cooperado não pode exercer cumulativamente cargos nos
Órgãos Sociais desta e/ou de outras cooperativas.´ O autor pretende
que seja declarada a nulidade de ditas cláusulas. Todavia, a meu
sentir, não merece prosperar sua pretensão. As disposições em
destaque não apresentam nulidade, no entender desta magistrada, uma
vez que estabelecidas com o propósito de não gerar prejuízos ao
conjunto de cooperados. Trata-se de uma limitação na concorrência,
visando à proteção da entidade. A cooperativa é uma sociedade de
pessoas e os associados deverão aderir aos propósitos sociais. Desta
forma, tinha o autor pleno conhecimento das referidas cláusulas
estatutárias e assentiu, ao ingressar na sociedade, com os seus termos.
Logo, não há que se falar em nulidade das disposições estatutárias em
destaque e, por conseguinte, em reintegração do autor. Cabe observar
que não há a vedação para que os médicos cooperados sejam
credenciados de outros planos ou seguros de saúde, não restando
demonstrada a exigência de ´unimilitância´. Ademais, as restrições
ocorrem com relação a atuação em uma mesma área, o que ocorreu
com a Cooperativa Aliança Metropolitana, integrada pelo autor. Assim
sendo, não vejo como possa prosperar a pretensão do autor, no
sentido de ser declarada a nulidade de disposições do estatuto da ré e,
por conseguinte, de ser reintegrado à cooperativa ré. Isto posto,
JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO. Condeno o autor ao
pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que
arbitro em R$ 800,00 (oitocentos reais). P.R.I." (cf. Cópia extraída do
site oficial do TJRJ)
.
Cumpre ressaltar que, tal como dito na decisão agravada, o autor, ora recorrido,
interpôs recurso de apelação em face da r. sentença de improcedência, o qual foi desprovido pelo
eg. Tribunal de origem, resultando na interposição do REsp 1.311.622/RJ, que foi julgado
procedente por esta Relatoria, conforme decisão monocrática publicada no DJe, em 20.04.2018.
Dessa forma, considerando-se o posicionamento desta Corte de Justiça citado
alhures, é de rigor reconhecer que os argumentos deduzidos pela parte agravante nas razões do
presente agravo interno não são suficientes para infirmar a conclusão adotada na decisão
agravada, porquanto se revela inequívoca a perda superveniente de objeto do apelo nobre.
De fato, como bem salientado pelo em. Ministro Og Fernandes, "As questões
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trazidas no recurso especial não conhecido em razão da perda de objeto foram
examinadas pelo Juízo que prolatou a superveniente sentença de mérito da ação principal
e, desta feita, em caráter definitivo. Tal circunstância autorizou o agravante a devolver tais
questões ao exame do Tribunal a quo sob novo título. 3. A não interposição do recurso de
apelação sobre tais questões, como faz crer o recorrente, não tem o condão de modificar o
caráter precário do acórdão combatido e, por conseguinte, afastar a prejudicialidade do
recurso especial interposto em seara perfunctória ou superficial" (AgInt no AREsp
495.887/SP, DJe de 13/12/2017 - grifou-se).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo interno.
É o voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AgInt no
Número Registro: 2012/0010456-7 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.303.781 / RJ
Relator
Exmo. Sr. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF
5ª REGIÃO)
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. ANTÔNIO CARLOS SIMÕES MARTINS SOARES
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : UNIMED SÃO GONÇALO NITERÓI SOCIEDADE COOPERATIVA DE
SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ DE CAMPOS MELO E OUTRO(S) - RJ123611
RICARDO LORETTI HENRICI - RJ130613
RECORRIDO : HUMBERTO MAURO MARTINS MENDES
ADVOGADO : MILTON DE SOUZA - RJ035031
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : UNIMED SÃO GONÇALO NITERÓI SOCIEDADE COOPERATIVA DE
SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ DE CAMPOS MELO E OUTRO(S) - RJ123611
RICARDO LORETTI HENRICI - RJ130613
AGRAVADO : HUMBERTO MAURO MARTINS MENDES
ADVOGADO : MILTON DE SOUZA - RJ035031
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Após o voto do relator negando provimento ao agravo interno, PEDIU VISTA antecipada
a Ministra Maria Isabel Gallotti.
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Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AgInt no
Número Registro: 2012/0010456-7 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.303.781 / RJ
Relator
Exmo. Sr. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF
5ª REGIÃO)
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. SOLANGE MENDES DE SOUZA
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : UNIMED SÃO GONÇALO NITERÓI SOCIEDADE COOPERATIVA DE
SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ DE CAMPOS MELO E OUTRO(S) - RJ123611
RICARDO LORETTI HENRICI - RJ130613
RECORRIDO : HUMBERTO MAURO MARTINS MENDES
ADVOGADO : MILTON DE SOUZA - RJ035031
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : UNIMED SÃO GONÇALO NITERÓI SOCIEDADE COOPERATIVA DE
SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ DE CAMPOS MELO E OUTRO(S) - RJ123611
RICARDO LORETTI HENRICI - RJ130613
AGRAVADO : HUMBERTO MAURO MARTINS MENDES
ADVOGADO : MILTON DE SOUZA - RJ035031
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
O presente feito foi retirado de pauta por indicação da Sra. Ministra Maria Isabel Gallotti.
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AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.303.781 - RJ (2012/0010456-7)
VOTO-VISTA
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Superior Tribunal de Justiça
qualquer irregularidade, sob pena de prescrição.
Asseverou que se consumou a prescrição, uma vez que "a assembleia
que expulsou Humberto Mauro ocorreu no dia 19.03.02 (cf. fls. 113/123). A ação de
origem, por sua vez, foi ajuizada em 19.12.07 (cf. chancela mecânica de fls. 81), mais
de cinco anos depois, portanto (...)" (fl. 174).
O então Relator, Ministro Lázaro Guimarães (Desembargador Convocado
do TRF 5ª Região), por meio da decisão de fls. 219/224, julgou prejudicado o recurso
especial, com fundamento no art. 34, IX, do RISTJ, diante de perda superveniente de
objeto.
Nas razões do agravo interno, a Unimed São Gonçalo - Niterói
Cooperativa de Serviços Médicos e Hospitalares Ltda. sustenta que a sentença
proferida nos autos do REsp n. 1.311.662/RJ não versou sobre as questões deduzidas
nos autos do presente processo.
Aduz que não houve perda de objeto, tampouco prejuízo às questões aqui
debatidas.
Afirma que, "nos autos do REsp n° 1.311.662, em nenhum momento
foram analisados os argumentos de mérito abrangidos por este recurso, uma vez que
não alcançados pelo efeito devolutivo da apelação de fls. 1.138/1.164. E nem poderia,
afinal, o referido recurso especial foi interposto pelo autor, ora agravado, contra
sentença que não tratou dos temas aqui abordados" (fl. 232).
Intimada para se manifestar acerca da interposição do recurso, a parte
contrária não apresentou impugnação.
No julgamento do agravo interno, o então relator, consignou que a
jurisprudência do STJ firmou o entendimento no sentido de que "a superveniência de
sentença proferida no feito principal enseja a perda de objeto de recursos anteriores que
versem sobre questões resolvidas por decisão interlocutória combatida via agravo de
instrumento".
Informou que o agravado, nos autos principais, interpôs recurso de
apelação em face da sentença de improcedência do pedido, ao qual foi negado
provimento pelo Tribunal de origem, resultando na interposição do REsp n.
1.311.662/RJ, tendo este sido provido por este mesmo relator para acolher o pedido
inicial.
Sendo assim, entendeu que o julgamento proferido nos autos do REsp n.
1.311.662/RJ ocasionou a perda superveniente de objeto do presente recurso especial,
motivo pelo qual negou provimento ao agravo interno.
Pedi vista dos autos porque conexo ao REsp n. 1.311.662/RJ.
Após a leitura do voto-vista de minha relatoria nos autos do REsp n.
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1.311.662/RJ na sessão do dia 25.9.2018, a Quarta Turma, por unanimidade, deu
provimento ao agravo interno interposto pela Unimed São Gonçalo para posterior
julgamento do recurso especial na Turma.
Dessa forma, considerando que foi dado provimento ao agravo interno da
cooperativa nos autos do REsp n. 1.311.662/RJ, entendo que não ficou prejudicado o
presente recurso, tampouco houve perda superveniente de objeto.
Com efeito, ainda pendente o exame do recurso especial a propósito do
mérito da controvérsia entre as partes (REsp n. 1.311.662/RJ), não se pode dar por
prejudicado o recurso contra o saneador (o presente recurso), em que se discute a
ocorrência de litispendência e decadência, questões essas não examinadas na
sentença e nem no acórdão que julgou a apelação e, portanto, não devolvidas ao
conhecimento do STJ no REsp n. 1.311.662/RJ, mas apenas no presente recurso, o
qual, embora interposto em momento anterior, não foi trazido a julgamento com
prioridade ou concomitantemente com o recurso a respeito do mérito da controvérsia.
Penso, portanto, que não está prejudicado o exame do presente recurso,
sendo, ao meu sentir, conveniente que seja julgado em momento antecedente ou
concomitante ao julgado do REsp n. 1.311.662/RJ.
Em face do exposto, com a devida vênia, dou provimento ao agravo
interno interposto pela Unimed São Gonçalo - Niterói Cooperativa de Serviços Médicos e
Hospitalares Ltda.
É como voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AgInt no
Número Registro: 2012/0010456-7 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.303.781 / RJ
Relator
Exmo. Sr. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF
5ª REGIÃO)
Relatora para Acórdão
Exma. Sra. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. ELIANE DE ALBUQUERQUE OLIVEIRA RECENA
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : UNIMED SÃO GONÇALO NITERÓI SOCIEDADE COOPERATIVA DE
SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ DE CAMPOS MELO E OUTRO(S) - RJ123611
RICARDO LORETTI HENRICI - RJ130613
RECORRIDO : HUMBERTO MAURO MARTINS MENDES
ADVOGADO : MILTON DE SOUZA - RJ035031
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : UNIMED SÃO GONÇALO NITERÓI SOCIEDADE COOPERATIVA DE
SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ DE CAMPOS MELO E OUTRO(S) - RJ123611
RICARDO LORETTI HENRICI - RJ130613
AGRAVADO : HUMBERTO MAURO MARTINS MENDES
ADVOGADO : MILTON DE SOUZA - RJ035031
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista da Ministra Maria Isabel Gallotti dando
provimento ao agravo interno, divergindo do relator, a Quarta Turma, por maioria, deu provimento
ao agravo interno, nos termos do voto divergente da Ministra Maria Isabel Gallotti, que lavrará o
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acórdão.
Votou vencido o Sr. Ministro Lázaro Guimarães (Desembargador convocado do TRF 5ª
Região).
Mantida a relatoria do processo para o Ministro Raul Araújo.
Votaram com a Sra. Ministra Maria Isabel Gallotti os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão,
Antonio Carlos Ferreira (Presidente) e Marco Buzzi.
Não participou do julgamento o Sr. Ministro Raul Araújo.
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