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RESUMÃO O1

QUÍMICA
SUMÁRIO

1 MODELOS ATÔMICOS .................................................................................................................................. 2


1.1 MODELO ATÔMICO DE DALTON .............................................................................................................. 2
1.2 MODELO ATÔMICO DE THOMSON .......................................................................................................... 2
1.3 MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD .................................................................................................... 2
1.4 MODELO DE RUTHERFORD – BOHR ....................................................................................................... 3
2 ELEMENTOS QUÍMICOS ............................................................................................................................... 3
2.1 NÚMERO ATÔMICO (Z) .............................................................................................................................. 3
2.2 NÚMERO DE MASSA (A) ............................................................................................................................ 3
2.3 ISÓTOPOS ................................................................................................................................................... 3
2.4 ISÓBAROS ................................................................................................................................................... 3
2.5 ISÓTONOS................................................................................................................................................... 3
3 ÍONS ................................................................................................................................................................ 4
3.1 CÁTION ........................................................................................................................................................ 4
3.2 ÂNION .......................................................................................................................................................... 4
3.3 TEORIA DO OCTETO .................................................................................................................................. 4
4 LIGAÇÕES QUIMICAS ................................................................................................................................... 5
4.1 TEORIA DO OCTETO .................................................................................................................................. 5
4.2 LIGAÇÃO IÔNICA ........................................................................................................................................ 5
4.3 LIGAÇÃO COVALENTE ............................................................................................................................... 5
4.4 LIGAÇÃO COVALENTE DATIVA................................................................................................................. 5
4.5 LIGAÇÃO METÁLICA .................................................................................................................................. 5
4.6 POLARIDADE DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS ............................................................................................... 5
4.7 LIGAÇÕES POLARES E APOLARES ......................................................................................................... 6
4.8 POLARIDADE DA LIGAÇÃO IÔNICA .......................................................................................................... 6
4.9 POLARIDADE DA LIGAÇÃO COVALENTE ................................................................................................ 6
4.10 LIGAÇÃO IÔNICA X LIGAÇÃO COVALENTE ........................................................................................... 7
5 PROPRIEDADES PERIÓDICAS .................................................................................................................... 7
5.1 RAIO ATÔMICO ........................................................................................................................................... 7
5.2 VOLUME ATÔMICO .................................................................................................................................... 8
5.3 DENSIDADE ABSOLUTA ............................................................................................................................ 8
5.4 PONTO DE FUSÃO E PONTO DE EBULIÇÃO ........................................................................................... 9
5.5 AFINIDADE ELETRÔNICA .......................................................................................................................... 9
5.6 ENERGIA DE IONIZAÇÃO ........................................................................................................................ 10
5.7 ELETRONEGATIVIDADE .......................................................................................................................... 10
5.8 ELETROPOSITIVIDADE ............................................................................................................................ 11
5.9 PROPRIEDADES APERIÓDICAS ............................................................................................................. 11
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1 MODELOS ATÔMICOS

1.1 MODELO ATÔMICO DE DALTON


O Modelo Atômico de Thomson foi o primeiro a
Os modelos atômicos são os aspectos realizar a divisibilidade do átomo. Ao pesquisar sobre
estruturais dos átomos que foram apresentados por raios catódicos, o físico inglês propôs esse modelo
cientistas na tentativa de compreender melhor o que ficou conhecido como o modelo pudim de ameixa.
átomo e a sua composição. Ele demonstrou que esses raios podiam ser
Em 1808, o cientista inglês John Dalton propôs interpretados como sendo um feixe de partículas
uma explicação para a propriedade da matéria. Trata- carregadas de energia elétrica negativa.
se da primeira teoria atômica que dá as bases para o Em 1887, Thomson sugeriu que os elétrons
modelo atômico conhecido atualmente. eram um constituinte universal da matéria. Ele
A constituição da matéria é motivo de estudos apresentou as primeiras ideias relativas à estrutura
desde a antiguidade. Os pensadores Leucipo (500 interna dos átomos.
a.C.) e Demócrito (460 a.C.) formularam a ideia de Thomson indicava que os átomos deviam ser
haver um limite para a pequenez das partículas. constituídos de cargas elétricas positivas e negativas
Eles afirmavam que elas se tornariam tão distribuídas uniformemente.
pequenas que não poderiam ser divididas. Chamou- Ele descobriu essa mínima partícula e assim
se a essa partícula última de átomo. A palavra é estabeleceu a teoria da natureza elétrica da matéria.
derivada dos radicais gregos que, juntos, significam o Concluiu que os elétrons eram constituintes de todos
que não se pode dividir. os tipos de matéria, pois observou que a relação
carga/massa do elétron era a mesma para qualquer
gás empregado em suas experiências.
Em 1897, Thomson tornou-se reconhecido
como o “pai do elétron”.

1.3 MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD

Modelo atômico de Dalton

O Modelo Atômico de Dalton, conhecido como


o modelo bola de bilhar, possui os seguintes
princípios:
Todas as substâncias são formadas de
pequenas partículas chamadas átomos; Modelo atômico de Rutherford
Os átomos de diferentes elementos têm
diferentes propriedades, mas todos os átomos do Em 1911, o físico neozelandês Rutherford
mesmo elemento são exatamente iguais; colocou uma folha de ouro bastante fina dentro de
Os átomos não se alteram quando formam uma câmara metálica. Seu objetivo era analisar a
componentes químicos; trajetória de partículas alfa a partir do obstáculo criado
Os átomos são permanentes e indivisíveis, não pela folha de ouro.
podendo ser criados nem destruídos; Nesse ensaio de Rutherford, observou que
As reações químicas correspondem a uma algumas partículas ficavam totalmente bloqueadas.
reorganização de átomos. Outras partículas não eram afetadas, mas a maioria
ultrapassava a folha sofrendo desvios. Segundo ele,
1.2 MODELO ATÔMICO DE THOMSON esse comportamento podia ser explicado graças às
forças de repulsão elétrica entre essas partículas.
Pelas observações, afirmou que o átomo era
nucleado e sua parte positiva se concentrava num
volume extremamente pequeno, que seria o próprio
núcleo.
O Modelo Atômico de Rutherford, conhecido
como modelo planetário, corresponde a um sistema
planetário em miniatura, no qual os elétrons se
movem em órbitas circulares, ao redor do núcleo.

Modelo Atômico de Thomson


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1.4 MODELO DE RUTHERFORD – BOHR A teoria do físico dinamarquês Niels Bohr


estabeleceu as seguintes concepções atômicas:
Os elétrons que giram ao redor do núcleo não
giram ao acaso, mas descrevem órbitas
determinadas.
O átomo é incrivelmente pequeno, mesmo
assim a maior parte do átomo é espaço vazio. O
diâmetro do núcleo atômico é cerca de cem mil vezes
menor que o átomo todo. Os elétrons giram tão
depressa que parecem tomar todo o espaço.
Quando a eletricidade passa através do átomo,
o elétron pula para a órbita maior e seguinte, voltando
depois à sua órbita usual.
Modelo Atômico de Rutherford-Bohr Quando os elétrons saltam de uma órbita para
a outra resulta luz. Bohr conseguiu prever os
O modelo apresentado por Rutherford foi comprimentos de onda a partir da constituição do
aperfeiçoado por Bohr. Por esse motivo, o aspecto da átomo e do salto dos elétrons de uma órbita para a
estrutura atômica de Bohr também é chamado de outra.
Modelo Atômico de Bohr ou Modelo Atômico de
Rutherford-Bohr.

2 ELEMENTOS QUÍMICOS

Cada elemento químico da tabela periódica é representado por um símbolo, por exemplo o H (hidrogênio),
donde na parte superior aponta-se o número de massa (A), enquanto que o número atômico (Z) localiza-se na parte
inferior do símbolo, por exemplo:
A
zH
2.1 NÚMERO ATÔMICO (Z)
O número atômico (Z) representa a quantidade de prótons presentes em cada átomo.
Assim, o número de prótons é igual ao número de elétrons (p = e), já que o átomo corresponde a uma partícula
eletricamente neutra, ou seja, com o mesmo número de cargas opostas: prótons de carga positiva e elétrons de
carga negativa.

2.2 NÚMERO DE MASSA (A)


O número de massa (A) de cada átomo, corresponde a soma dos prótons e dos nêutrons (A= p + n) presentes
no núcleo do elemento.
Importante notar que o elétron, na medida que possui uma massa insignificante, isto é, 1836 vezes menor em
relação aos prótons e nêutrons, não estão inclusos na soma das massas dos elementos químicos. Por esse motivo,
o número de massa não corresponde a massa efetiva ou real do átomo.

2.3 ISÓTOPOS
Os isótopos (isotopia) são átomos de um mesmo elemento químico os quais apresentam o mesmo número
atômico (Z) e diferentes números de massa (A).

2.4 ISÓBAROS
Os isóbaros (isobaria) são átomos de distintos elementos químicos os quais apresentam o mesmo número
de massa (A) e diferentes números atômicos (Z).

2.5 ISÓTONOS
Os isótonos (isotonia) são átomos de elementos químicos distintos os quais apresentam diferentes números
atômicos (Z), diferentes números de massa (A) e o mesmo número de nêutrons.

TERMO DEFINIÇÃO
Átomo Unidade fundamental da matéria, formado pelo núcleo e eletrosfera.
Núcleo Contém os prótons e os nêutrons.
Próton Carga elétrica + 1.
Nêutron Carga elétrica 0.
Elétron Carga elétrica - 1.
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TERMO DEFINIÇÃO
Número atômico (Z) Número de prótons no núcleo de um átomo.
Número de massa (A) Soma do número de prótons e nêutrons.
Átomos com mesmo número atômico e diferente número de massa (mesmo
Isótopos
elemento químico).
Átomos com mesmo número de massa e diferem pelo número de prótons e de
Isóbaros
nêutrons (elementos químicos diferentes).
Átomos com mesmo número de nêutrons e diferente número de prótons
Isótonos
(elementos químicos diferentes).

3 ÍONS

O íon é definido como um átomo eletrizado que ganhou ou perdeu elétrons. Já o cátion e o ânion são
considerados íons.

3.1 CÁTION

Os cátions, são normalmente formados por metais alcalinos (família IA) e metais alcalinos terrosos (família
IIA) da tabela periódica.
Eles apresentam carga positiva, na medida em que perdem um ou mais elétrons (ionização), resultando,
assim, num número de prótons superior em relação ao número de elétrons.
Tipos de Cátions
• Os cátions que apresentam carga +1 são chamados de monopositivos;
• Os cátions que possuem a carga +2 são denominados de dipositivos;
• Os cátions que apresentam carga +3 recebem o nome de tripositivos;
• Os cátions que apresentam carga +4 são os tetrapositivos.
Exemplos de Cátions
• Na+1 (sódio)
• K+1 (potássio)
• Mg+2 (magnésio)
• Ca+2 (cálcio)
• Zn+2 (zinco)
• Al+3 (alumínio)
• Pb+4 (chumbo)

3.2 ÂNION
Os ânions, por sua vez, possuem carga negativa, pois recebem um ou mais elétrons, resultando num maior
número de elétrons em relação ao número de prótons.
Tipos de Ânions
• Os ânions monovalentes possuem carga -1;
• Os ânions bivalentes possuem carga -2;
• Os ânions trivalentes possuem carga -3;
• Os ânions tetravalentes possuem carga -4.
Exemplos de Ânions
• Cl-1 (cloro)
• Br-1(Bromo)
• F-1(flúor)
• O-2 (oxigênio)
• S-2 (enxofre)
• N-3 (nitrogênio)

3.3 TEORIA DO OCTETO


Segundo a “Teoria do Octeto”, os átomos possuem a tendência de se estabilizarem e ficarem neutros (mesma
quantidade de prótons e nêutrons). Ou seja, com oito elétrons na última camada eletrônica (camada de valência).
Para isso, os íons, se unem a outros átomos a fim de buscar a neutralidade.
Exemplo: Na ligação iônica que ocorre entre íons positivos e negativos, o Na+1 (cátion) quer doar um elétron
-1
e o Cl (ânion) quer receber um elétron. Ao se ligarem, formam o cloreto de sódio, NaCl (sal de cozinha).
Curiosidade: O termo íon, provêm do grego “íon”, e significa “o que vai indo”. Da mesma maneira, os termos
“ânion" e “cátion” provém do grego, onde ânion significa “o que vai para cima” e o cátion “o que vai para baixo”.
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4 LIGAÇÕES QUIMICAS

As ligações químicas correspondem à união dos átomos para a formação das moléculas. Em outras
palavras, as ligações químicas acontecem quando os átomos reagem entre si.
São classificadas em: ligação iônica, ligação covalente, ligação covalente dativa e ligação metálica.

4.1 TEORIA DO OCTETO


Na Teoria do Octeto, criada por Gilbert Newton Lewis (1875-1946), químico estadunidense e Walter Kossel
(1888-1956), físico alemão, surgiu a partir da observação de alguns gases nobres e algumas características como
por exemplo, a estabilidade desses elementos preenchidos por 8 elétrons na Camada de Valência.
A partir disso, a "Teoria ou Regra do Octeto" postula que um átomo adquire estabilidade quando possui 8
elétrons na camada de valência (camada eletrônica mais externa), ou 2 elétrons quando possui apenas uma
camada.
Para tanto, o átomo procura sua estabilidade doando ou compartilhando elétrons com outros átomos, donde
surgem as ligações químicas.

4.2 LIGAÇÃO IÔNICA


Também chamada de ligação eletrovalente, esse tipo de ligação é realizado entre íons (cátions e ânions), daí
o termo "ligação iônica".
Os Íons são átomos que possuem uma carga elétrica por adição ou perda de um ou mais elétrons, portanto
um ânion, de carga elétrica negativa, se une com um cátion de carga positiva formando um composto iônico por
meio da interação eletrostática existente entre eles.
Exemplo:
Na+Cl- = NaCl (cloreto de sódio ou sal de cozinha)
4.3 LIGAÇÃO COVALENTE
Também chamada de ligação molecular, as ligações covalentes são ligações em que ocorre o
compartilhamento de elétrons para a formação de moléculas estáveis, segundo a Teoria do Octeto; diferentemente
das ligações iônicas em que há perda ou ganho de elétrons.
Além disso, os pares eletrônicos é o nome dado aos elétrons cedido por cada um dos núcleos, figurando o
compartilhamento dos elétrons das ligações covalentes.
Como exemplo, observe a molécula de água H2O: H - O - H, formada por dois átomos de hidrogênio e um de
oxigênio em que cada traço corresponde a um par de elétrons compartilhado formando uma molécula neutra, uma
vez que não há perda nem ganho de elétrons nesse tipo de ligação.

4.4 LIGAÇÃO COVALENTE DATIVA


Também chamada de ligação coordenada, a ligação covalente dativa é semelhante à dativa, porém ela ocorre
quando um dos átomos apresenta seu octeto completo, ou seja, oito elétrons na última camada e o outro, para
completar sua estabilidade eletrônica necessita adquirir mais dois elétrons.
Representada por uma seta um exemplo desse tipo de ligação é o composto dióxido de enxofre:
SO2: O = S → O
Isso ocorre porque é estabelecida uma dupla ligação do enxofre com um dos oxigênios a fim a de atingir sua
estabilidade eletrônica e, além disso, o enxofre doa um par de seus elétrons para o outro oxigênio para que ele fique
com oito elétrons na sua camada de valência.

4.5 LIGAÇÃO METÁLICA


É a ligação que ocorre entre os metais, elementos considerados eletropositivos e bons condutores térmico e
elétrico. Para tanto, alguns metais perdem elétrons da sua última camada chamados de "elétrons livres" formando
assim, os cátions.
A partir disso, os elétrons liberados na ligação metálica formam uma "nuvem eletrônica", também chamada
de "mar de elétrons" que produz uma força fazendo com que os átomos do metal permaneçam unidos. Exemplos
de metais: Ouro (Au), Cobre (Cu), Prata (Ag), Ferro (Fe), Níquel (Ni), Alumínio (Al), Chumbo (Pb), Zinco (Zn), entre
outros.

4.6 POLARIDADE DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS

Ligações químicas são classificadas em polares ou apolares. Enquanto que toda ligação iônica é polar, a
polaridade da ligação covalente depende dos átomos presentes na molécula. Uma ligação covalente é apolar
quando apenas átomos de um mesmo elemento químico estão unidos; já quando são elementos diferentes, há
diferença de eletronegatividade e a molécula é polar.
A polaridade ocorre devido à formação de polos nas substâncias químicas, que são positivos e negativos de
acordo com as cargas. Por isso, a capacidade de atrair elétrons faz com que compostos iônicos possuam polaridade
máxima, pois tendem a formar espécies químicas carregadas eletricamente.
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4.7 LIGAÇÕES POLARES E APOLARES


A eletronegatividade é uma propriedade periódica que representa a capacidade que um átomo tem de atrair
para si os elétrons de uma ligação estabelecida com outro átomo.
A diferença de eletronegatividade entre átomos classifica as ligações em polar e apolar.
• Ligações apolares: os átomos envolvidos na ligação possuem diferença de eletronegatividade igual ou muito
próxima de zero.
• Ligações polares: a diferença de eletronegatividade entre os átomos da ligação é diferente de zero.
Veja esses exemplos:

SUBSTÂNCIA ELETRONEGATIVIDADE DIFERENÇA DE ELETRONEGATIVIDADE

Cl2

HCl

Como a molécula de cloro é formada por átomos de um único elemento químico, ela não apresenta diferença
de eletronegatividade, sendo assim, sua ligação é apolar.
O ácido clorídrico é formado por elementos químicos diferentes e, por isso, a diferença de eletronegatividade
é diferente de zero, que caracteriza uma ligação polar.

4.8 POLARIDADE DA LIGAÇÃO IÔNICA


Em uma ligação iônica é estabelecida a união dos átomos por meio da doação de elétrons e formam-se íons.
Quando um átomo doa elétrons, ele fica carregado positivamente e recebe o nome de cátion. O átomo que
recebe os elétrons se torna uma espécie carregada com carga negativa e recebe o nome de ânion.
Nesse caso, a diferença de eletronegatividade ultrapassa o valor de 1,7 devido à forte atração de um dos
átomos pelos elétrons, fazendo com que a ligação seja polar.
Veja esses exemplos:

SUBSTÂNCIA ELETRONEGATIVIDADE DIFERENÇA DE ELETRONEGATIVIDADE

NaCl

KF
Como um átomo cede elétrons e o outro recebe, formam-se polos no composto e, por isso, toda ligação iônica
é polar.

4.9 POLARIDADE DA LIGAÇÃO COVALENTE


Em uma ligação covalente há o compartilhamento de elétrons na união de dois átomos em uma molécula.
A diferença de eletronegatividade entre átomos classifica as ligações covalentes em polar e apolar.
• Ligações covalentes apolares: estabelecida entre átomos de um mesmo elemento químico.
• Ligações covalentes polares: estabelecida entre elementos químicos diferentes, ou seja, que possuem
eletronegatividades diferentes.
Veja esses exemplos:

SUBSTÂNCIA ELETRONEGATIVIDADE DIFERENÇA DE ELETRONEGATIVIDADE

H2

HBr
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Na molécula de hidrogênio a ligação é covalente apolar, pois como não há diferença de eletronegatividade os
elétrons compartilhados ficam distribuídos igualmente entre os dois átomos.
O brometo de hidrogênio possui ligação covalente polar, já que é composto por elementos químicos diferentes
e, por isso, o átomo mais eletronegativo exerce uma atração sobre os pares de elétrons compartilhados.

4.10 LIGAÇÃO IÔNICA X LIGAÇÃO COVALENTE


Observe essas substâncias formadas pelo cloro e diferentes elementos químicos.

SUBSTÂNCIA DIFERENÇA DE ELETRONEGATIVIDADE TIPO DE LIGAÇÃO

Covalente apolar

Covalente polar

Covalente polar

Covalente polar

Iônica

Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os átomos de um composto, os elétrons passam a ser
atraídos pelo elemento mais eletronegativo.

A ligação iônica pode ser descrita como um caso extremo da ligação covalente polar, pois a diferença de
eletronegatividade é tão grande que promove a transferência do elétron de um átomo para outro, ao invés de ocorrer
o compartilhamento entre ambos.

5 PROPRIEDADES PERIÓDICAS
As propriedades periódicas dos elementos químicos são as características que eles possuem.
Note que os elementos químicos da tabela periódica têm um local específico que varia de acordo com as
propriedades periódicas que apresentam. Eles estão ordenados por ordem crescente de número atômico.
Segundo a Lei de Moseley:
“Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na
sequência dos números atômicos dos elementos.”

5.1 RAIO ATÔMICO


Relacionada com o tamanho dos átomos, essa propriedade é definida pela distância entre os centros dos
núcleos de dois átomos do mesmo elemento.
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Sendo assim, o raio atômico corresponde à metade da distância entre os núcleos de dois átomos vizinhos,
sendo expresso da seguinte maneira:
r = d/2
Onde:
r: raio
d: distância internuclear
Ele é medido em picômetros (pm). Essa medida é um submúltiplo do metro:
1 pm = 10-12 m
Na tabela periódica, o raio atômico aumenta de cima para baixo na posição vertical. Já na horizontal, eles
aumentam da direita para esquerda. O elemento químico que possui maior raio atômico é o Césio (Cs).

Variação do Raio Atômico

5.2 VOLUME ATÔMICO


Essa propriedade periódica indica o volume ocupado por 1 mol do elemento no estado sólido. Vale notar que
o volume atômico não é o volume de 1 átomo, mas um conjunto de 6,02 x 1023 átomos (valor de 1 mol)
O volume atômico de um átomo é definido não somente pelo volume de cada átomo, mas também o
espaçamento que existe entre esses átomos. Na tabela periódica, os valores do volume atômico aumentam de cima
para baixo (vertical) e do centro para as extremidades (horizontal).

Variação do Volume Atômico

Para calcular o volume atômico, utiliza-se a seguinte fórmula:


V = m/d
Onde:
V: volume atômico
m: massa de 6,02 x 1023 átomos do elemento
d: densidade do elemento no estado sólido

5.3 DENSIDADE ABSOLUTA


A densidade absoluta, também chamada de “massa específica”, é uma propriedade periódica que determina
a relação entre a massa (m) de uma substância e o volume (v) ocupado por essa massa. Ela é calculada pela
seguinte fórmula:
d = m/v
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Onde:
d: densidade
m: massa
v: volume
Na tabela periódica, os valores das densidades aumentam de cima para baixo (vertical) e das extremidades
para o centro (horizontal).

Variação da Densidade Absoluta


Assim, os elementos mais densos estão no centro e na parte inferior da tabela:
Ósmio (Os): d= 22,5 g/cm3 e Irídio (Ir): d = 22,4 g/cm3

5.4 PONTO DE FUSÃO E PONTO DE EBULIÇÃO


Outra importante propriedade periódica está relacionada com as temperaturas nas quais os elementos entram
em fusão e ebulição. O Ponto de Fusão (PF) é a temperatura onde a matéria passa da fase sólida para a fase
líquida. Já o Ponto de Ebulição (PE) é a temperatura onde a matéria passa da fase líquida para a gasosa. Na tabela
periódica, os valores de PF e de PE variam segundo os lados que estão posicionados na tabela. No sentido vertical
e no lado esquerdo da tabela, eles aumentam de baixo para cima. Já do lado direito, eles aumentam de cima para
baixo. No sentido horizontal, eles aumentam das extremidades para o centro.

Variação do Ponto de Fusão e Ebulição

5.5 AFINIDADE ELETRÔNICA


Também chamada de “eletroafinidade”, trata-se da energia mínima necessária de um elemento químico com
o intuito da retirada de um elétron de um ânion. Ou seja, a afinidade eletrônica indica a quantidade de energia
liberada no momento em que um elétron é recebido por um átomo.
Observe que esse átomo instável se encontra sozinho e no estado gasoso. Com essa propriedade, ele adquire
estabilidade quando recebe o elétron. Em contraposição ao raio atômico, a eletroafinidade dos elementos da tabela
periódica cresce da esquerda para a direita, na horizontal. Já no sentido vertical, ele aumenta de baixo para cima.
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Variação da Afinidade Eletrônica


O elemento químico que possui maior afinidade eletrônica é o Cloro (Cl), com o valor de 349 KJ/mol.

5.6 ENERGIA DE IONIZAÇÃO


Também chamado de “potencial de ionização”, essa propriedade é contrária à de afinidade eletrônica. Trata-
se da energia mínima necessária de um elemento químico com o intuito de retirar um elétron de um átomo neutro.
Desse modo, essa propriedade periódica indica qual a energia necessária para transferir o elétron de um átomo em
estado fundamental.
O chamado “estado fundamental de um átomo” significa que o seu número de prótons é igual ao seu número
de elétrons (p+ = e-). Com isso, após a retirada de um elétron do átomo, ele é ionizado. Ou seja, ele fica com mais
prótons do que elétrons, e, portanto, se torna um cátion. Na tabela periódica, a energia de ionização é contrária à
do raio atômico. Assim, ela aumenta da esquerda para a direita e de baixo para cima.

Variação da Energia de Ionização


Os elementos que possuem maior potencial de ionização são o Flúor (F) e o Cloro (Cl).

5.7 ELETRONEGATIVIDADE
Propriedade dos átomos dos elementos os quais possuem tendências em receber elétrons numa ligação
química.
Ela ocorre nas ligações covalentes no momento do compartilhamento de pares de elétrons. Ao receber
elétrons, os átomos ficam com uma carga negativa (ânion).
Lembre-se que esta é considerada a propriedade mais importante da tabela periódica. Isso porque a
eletronegatividade induz o comportamento dos átomos, a partir do qual são formadas as moléculas.
Na tabela periódica, a eletronegatividade aumenta da esquerda para a direita (no sentido horizontal) e de
baixo para cima (no sentido vertical)
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Variação da Eletronegatividade
Sendo assim, o elemento mais eletronegativo da tabela periódica é o Flúor (F). Por outro lado, o Césio (Cs)
e Frâncio (Fr) são os elementos menos eletronegativos.

5.8 ELETROPOSITIVIDADE
Ao contrário da eletronegatividade, essa propriedade dos átomos dos elementos indica as tendências em
perder (ou ceder) elétrons numa ligação química.
Ao perder elétrons, os átomos dos elementos ficam com uma carga positiva, formando assim, um cátion.
No mesmo sentido do raio atômico e contrário a eletronegatividade, na tabela periódica a eletropositividade
aumenta da direita para a esquerda (horizontal) e de cima para baixo (vertical).

Variação da Eletropositividade
Os elementos químicos de maior eletropositividade são os metais, e por isso, essa propriedade é também
denominada de “caráter metálico”. O elemento mais eletropositivo é o Frâncio (Fr) com tendência máxima à
oxidação.

ATENÇÃO!
Os “gases nobres” são elementos inertes, pois não realizam ligações químicas e dificilmente doam ou
recebem elétrons. Além disso, eles possuem dificuldades em reagir com outros elementos. Sendo assim, a
eletronegatividade e eletropositividade desses elementos não são consideradas.

5.9 PROPRIEDADES APERIÓDICAS


Além das propriedades periódicas, temos as aperiódicas. Nesse caso, os valores aumentam ou diminuem
com o número atômico dos elementos.
Recebem esse nome, pois não obedecem à posição na tabela periódica como as periódicas. Ou seja, elas
não se repetem em períodos regulares.
As principais propriedades aperiódicas são:
Massa Atômica: essa propriedade aumenta conforme o aumento do número atômico.
Calor Específico: essa propriedade diminui com o aumento do número atômico. Lembre-se que o calor
específico é a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de 1 °C de 1g do elemento.

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