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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE DEIREITO
Curso de Direito, 4° ano Laboral
Jonas Sérgio Moiane

Resolução dos exercícios

Nampula, Abril 2020


Resolução de exercício de direito laboral

1. Uma das características do Direito de Trabalho é o reconhecimento de que certas relações


trabalho subordinado possuem especificidades que justificam regimes próprios. Comente
a afirmação na vertente positiva e negativa tendo atenção o princípio de igualdade

Reposta:

Ora atacando de forma Directa a questão tendo em conta o principio da Igualdade


na vertente negativa vai se verificar no momento que o empregado estará subordinado e
vai transferir ao empregador um determinado privilegio sobre ele verificando se assim o
principio da Igualdade, ou seja, o empregado estará sob autoridade e direcção deste, e que
este empregador poderá lhe aplicar sanções através do poder disciplinar e ainda usufruir
do poder de direcção e regulamentar.

Ora na vertente positiva e que estes poderes não podem ser usufruídos pela entidade
empregadora de forma arbitraria, ou seja a subordinação do empregador em relação ao
empregado não eh exercida numa total dependência, e também não e exercida num
contexto de escravidão, pôs a lei limita ate que ponto o empregador pode agir dentro do
contrato de trabalho, e esta subordinação tem carácter funcional em favor da empresa.

2. A mulher pela sua natureza, apresenta no âmbito do Direito de Trabalho mais direitos que
os homens. Concorda com a afirmação apresenta os fundamentos que sustentam a sua
posição.

Resposta:

Não e que necessariamente a mulher tenha mais direito que Homens, apenas a lei laboral
assiste a mulher em determinadas situações especificas que somente a mulher passa não o
homem, o facto que a mulher apresentar direitos específicos não quer dizer que ela tenha
mais direitos que os homens no Direito do Trabalho pois a nível das garantias e direitos
comuns dos trabalhadores ambos tem mesmos direitos. Então por ser mulher, ela apresenta
uma Natureza e características diferente que os homens, que exige efetivamente um
tratamento especial, por isso que efetivamente o legislador teve a necessidade de garantir
mais direito específicosdas mulheres que os homens, isso concretamente nas relações
laborais, então ela vai apresentar direitos especiais da mulher Trabalhadora, isso conforme o
art°11 da LT, a lei de trabalho só estabelece tratamentos especiais as mulheres, por exemplo: quando
uma mulher e trabalhadora de uma empresa e ela ficam grávida a lei abre espaço para que para além
daqueles outros direitos previstos no artigo 58 a lei abre espaço de outros direitos especiais
estabelecido na lei do trabalho.

Resolução dos casos práticos

Caso 1.

Mariamo, trabalhadora da empresa Frangos da Cidade, tem 17 anos, e estuda na Escola


Secundária de Nampula no curso noturno. No presente ano Mariamo ficou gravida do Pedro seu
colega de turma. A partir de então Mariamo começou a chegar tarde ao serviço e com um
especto bastante desgastado e já não consegue cumprir com as suas tarefas diárias.

A Mariamo tem um contrato de trabalho de dois anos, ate então trabalhou somente 8 meses
faltando 14 meses de trabalho.

O Sr.Dinis chefe do Departamento dos Recursos Humanos da empresa, apercebendo-se do facto


procura uma forma de rescindir o contrato de trabalho com a Mariamo, neste contexto procura a
si estudante de Direito da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Moçambique, para
que o oriente juridicamente.

Resposta:

No caso em apreço, Mariamo trabalhadora de 17 anos que é menor uma vez que ainda
não fez 21 anos conforme o art° 122 do código civil poseembora seja menor existem trabalhos
que são valido para uma menor com base art° 127 do código civil, ficou grávida do seu colega de
turma oque fez com que Ela passasse a chegar tarde ao trabalho e muito cansada e oque tornou-
se no meio impeditivo para que ela realizar-se todas as tarefas, Todavia esta possuiu um
contracto de trabalho de 2 anos, porem esta trabalhou somente 8 meses faltando 14 meses de
trabalho, apercebendo-se deste facto o Sr. Dinis chefe dos recursos humanos da empresa
pretende rescindir o contracto e este tem a competência de o Fazer se for designado pela empresa
conforme o art° 60 da lei de trabalho.

Bom em primeira instância o chefe dos recursos humanos não pode rescindir o contrato uma vez
que a lei salvaguarda os direitos da mulher grávida nos termos do art°11 da lei de trabalho desde
que, esta tenha informado por escrito a entidade empregadora sobre o seu estado de gestação
conforme art° 3 e alíneaa) do n°4 do art° 10 da lei de trabalho. Masse esta não tiver informado a
entidade empregadora, perde o direito de gozar desses direitos podendo ver o seu contrato com a
entidade empregadora rescindido.

Caso 2

Elizabeth exercia função de confiança em uma empresa de medicamentos que possuía


filiais em várias cidades de Moçambique. Depois de dez anos trabalhando em Maputo, seu
empregador resolveu transferi-la para Nampula. Insatisfeita, Elizabeth procurou advogado a
fim de levar a sua reclamação ao tribunal alegando alteração ilícita do contrato de trabalho.

Resposta:

A transferência do trabalhador de um lugar para o outro não constituiu alteração ilícita


do contrato, pois nos termos do art°75 da lei de trabalho, o empregador pode transferir o
trabalhador a título temporário ou definitivo. Para tal o empregador deverá seguir as regras pré-
estabelecidas no artigo em questão. No caso em apreço, há que apurar se a transferência da
Elisabeth é temporária ou definitiva porque tudo depende dessas duas figuras para apurar-se casa
concreto. Tratando-se de transferência temporária esta aplica-se-a de forma directa sem
impedimentos para que a transferência seja admitida e legal com base n.° 1 art° 75 da LT, por
outro lado se a transferência for definitiva só será legal salvo estipulação em contrário nos casos
de mudança total ou parcial da empresa ou estabelecimento onde o trabalhador a transferir presta
serviços isso conforme o n.°2 do art° 75 da lei do trabalho. Se a transferência definitiva do
trabalhador para outro local de trabalho implicar a saída do seu domicílio habitual ou caso
implique a mobilidade de que resulte prejuízo sério, como a separação do trabalhador da sua
família só será valida havendo mútuo acordo com base o n.° 3 do art.° 75 da LT. Assim sendo a
Elisabeth querendo pode rescindir o contracto unilateralmente com base o n.° 4 do art.°75 da LT
e com direito as respectivas indemnizações conforme o n.° 4 artigo 75 da Lei de Trabalho
conjugado com o n.°2 do art.° 128 da LT, visto que ela trabalhou 10 anos então vai ser
indemnizada com base os anos de serviço.

CASO 3.

Duarte é motorista da empresa Eletricidade de Moçambique a contratado para


trabalhar durante 1 ano e 6 meses e aufere um salário de 20.000,00Mts, na sexta feira foi ao DD,
com a viatura do serviço, acompanhar alguns colegas que iriam fazer algumas atividades ligada a
instalação eléctrica chegando ao local o proprietário ofereceu algumas cervejas e petisco.

Após terem resolvido o problema beberam e permaneceram no local até ao dia seguinte.

Na segunda feira quando Duarte regressa a empresa, é comunicado pelo chefe dos transportes
que esta despedido, pelo facto de ter consumido álcool em pleno horário de trabalho. Muito
irritado Duarte agrediu os colegas e partiu os vidros do carro.

Resposta:

Bom pese embora a embriaguez constitua uma das infracções disciplinares no local de trabalho
ou desempenho das suas funções, conforme a alínea m) do n°1 do artigo 66° da lei do trabalho,
que por ventura pode implicar uma sanção disciplinar o chefe de transporte possui argumentos
para despedir o Duarte .

Todavia a atitude do Duarte de agredir os colegas e quebrar os vidros de carro esta sim pode ser
motivo de despedimento uma vez que esta também corresponde uma infracções disciplinares
(nos termos das alíneas f)e k)n°1 do artigo 66°da lei de trabalho).

Ė de salientar que para alem das infracções por ele cometida serem sancionadas a nível laboral,
são também sancionada a nível civil e penal da seguinte forma:
 Por ter agredido os colegas poderá ser punido pelo crime de ofensas corporais voluntarias
simples, punidos com prisão ate seis meses sancionadas a nível laboral com base no n°1
do art. 170° do código penal
 Pelo facto de ter danificado os vidros do carro o Duarte respondera civilmente pelos
danos, nos termos da responsabilidade civil por factos ilícitos e terá que indemnizar o
lesado pelos danos causados neste caso a EDM a luz do art. 483° do cc.

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