Você está na página 1de 9

Escola Básica Integrada c/ Jardim de Infância da Malagueira

Ficha informativa nº9


nº9 – Matemática
Nome: _______________________________________________________________

Nº: _____ Ano: 8º Turma: _____ Data: ___ – ___ – 11

SÍNTESE DO TÓPICO “ISOMETRIAS


“ISOMETRIAS”
ISOMETRIAS”

I - Transformações geométricas: reflexã


reflexão, rotaçã
rotação
ção e translaçã
translação
ção

 Reflexã
Reflexão
Na figura ao lado apresenta-se o sinal representativo da proibição de virar à
esquerda.

Observa a figura ao lado na qual se encontram dois sinais de trânsito: o sinal 1


é representativo da proibição de virar à esquerda; o sinal 2 representa a
proibição de virar à direita.
Se dobrarmos a página pela recta r observamos que a figura 1 vai coincidir
com a figura 2 (e vice-versa). Podemos pensar na recta r como uma espécie de 1 r 2
"espelho" que reflecte as duas figuras.

A figura 2 é o transformado ou imagem da figura 1 por meio de uma transformação geométrica


chamada reflexã
reflexão através da recta r. A recta r é designada por eixo de simetria ou eixo de
reflexão.

 As figuras 1 e 2 são geometricamente iguais;


 O segmento de recta que une um ponto da figura 1 ao seu transformado pela reflexão através da recta r
é perpendicular ao eixo de simetria.

 Rotaçã
Rotação
ção
Observando o esquema podemos levar a figura 1 a coincidir com a figura 2 rodando-a em torno do ponto
C.
Quando a rotação é realizada da figura 1 para a
figura 2 dizemos que é feita no sentido positivo (no
sentido contrário aos ponteiros do relógio).
Quando a rotação é feita da figura 2 para a figura 1
dizemos que é feita no sentido negativo (no sentido
dos ponteiros do relógio).

1/9
A figura 2 é o transformado (ou a imagem) da figura 1 por meio de uma transformação
geométrica chamada rotaçã
rotação
ção de centro C e amplitude 90° no sentido positivo.
positivo
A figura 1 é o transformado (ou a imagem) da figura 2 por meio de uma transformação
geométrica chamada rotaçã
rotação
ção de centro C e amplitude 90° no sentido negativo.
negativo

 As figuras 1 e 2 são geometricamente iguais;


 Uma rotação fica determinada quando se conhece o centro da rotação, o sentido e a amplitude do
respectivo ângulo de rotação.

 Translaçã
Translação
ção
Observando as figuras 1 e 2 é possível com um deslocamento segundo
uma linha recta levar o decalque da figura 1 a coincidir com a figura
2.

A figura 2 é o transformado ou a imagem da figura 1 por meio de uma transformação


geométrica chamada translaçã
translação.
ção.
A translação realiza-se segundo uma determinada direcção, um determinado sentido e um
determinado comprimento.

 As figuras 1 e 2 são geometricamente iguais;


 Existe uma translação quando podemos "imaginar" que a figura 1 é "copiada" e se "move" segundo uma
determinada direcção, um determinado sentido e um determinado comprimento até coincidir com a figura
2.

 Reflexã
Reflexão deslizante
A reflexã
reflexão deslizante é uma transformação geométrica que combina
uma reflexão através da recta r com uma translação, em que são
iguais a direcção associada à recta r e a translação.
A figura 3 foi obtida da figura 1 por meio de uma reflexão
deslizante.

2/9
II – Tipos de simetrias nas figuras

 Simetria axial ou simetria de reflexã


reflexão
Observando a figura podemos concluir que, se traçarmos uma recta vertical que contém o centro da
figura, a reflexã
reflexão definida por este eixo deixa a figura, como um todo, invariante, isto é, inalterada.

De igual forma, se traçarmos uma recta horizontal ou duas rectas oblíquas que contêm o centro da figura,
como se ilustra a seguir, concluímos que estes eixos deixam a figura invariante.

A figura possui quatro simetrias axiais (ou quatro simetrias de reflexã


reflexão) que a deixam
invariante.

 Simetria rotacional ou simetria de rotaçã


rotação
ção
Observando novamente a figura, vamos efectuar uma rotação, considerando o centro da figura como o
centro da rotação, de amplitude 90° e sentido negativo (sentido dos ponteiros do relógio).

A única diferença entre as duas figuras é a posição de cada um dos quatro polígonos. A rotação de
amplitude 90° que efectuamos deixou a figura, como um todo, invariante. O mesmo acontece se
efectuarmos uma rotação de amplitude 180°, 270° e naturalmente 360°. Repara que independentemente
do sentido da rotação, esta deixa a figura invariante.

A figura possui quatro simetrias rotacionais que a deixam invariante.

3/9
III – Translação associada a um vector

Imagina a vela de um barco a ser empurrada pelo vento.

O primeiro triângulo foi transformado no segundo através de uma translação. Pode-se notar, que
existe aqui uma certa semelhança com as funções. Neste caso, o objecto (A) é o triângulo inicial e a
imagem (B) é o triângulo obtido, após feita a translação.
As setas que unem os vértices dos dois triângulos são todas paralelas, o que significa que têm a
mesma direcção. Também se pode notar que essas setas se dirigem todas para o mesmo lado, isto é, têm
todas o mesmo sentido. Se forem medidas, com a ajuda de um compasso (coloca-se o bico do compasso
num dos extremos e abre-se o compasso com uma medida igual à da seta), pode-se observar que têm todas
o mesmo comprimento. Ao conjunto de setas nas condições indicadas chama-se vector (ou vector livre).
livre)

VECTOR é um segmento de recta orientado, com uma determinada direcção, um determinado


sentido e um determinado comprimento.

Um vector é, normalmente, representado por uma letra minúscula encimada por uma seta.
r
Por exemplo, tratamos o vector por u . Também por norma, essa letra encimada pela seta é
colocada ao lado do vector para que ele se distinga de outro qualquer vector. Temos então:
r
u

Estes dois conceitos, vector e translação, estão directamente ligados um ao outro. Em qualquer
translação existe sempre um vector que transforma pontos (os objectos) noutros pontos (as imagens).
Sendo assim, quando nos referimos a uma translação temos de também fazer referência ao vector que lhe
está associado, dizendo que é uma translação
translação associada ao vector.
I
r r •
u u

O

O esquema acima mostra-te que obténs o ponto I (imagem) através da translação do ponto O
r
(objecto), associada ao vector u , ou ainda:
Objecto + vector = Imagem

Translação associada ao vector


r
(a soma do ponto O com o vector u , deu origem ao ponto I).
4/9
Nota:
♦ Todos os segmentos de recta orientados com a mesma direcção, o mesmo sentido e o mesmo
comprimento, definem o mesmo vector.
♦ Quando dois vectores têm direcções diferentes então, também os sentidos serão diferentes.
♦ Se duas rectas são paralelas então definem a mesma direcção.

IV - Propriedades das translações


r
Consideremos, o segmento de recta [AB] a seguir representado, bem como o vector u .

O segmento de recta [A'B'] é a imagem do segmento de recta [AB] através da translação associada ao
r r
vector u . Tendo em atenção que u é um e um só vector (as setas têm o mesmo comprimento e são
paralelas, isto é, têm a mesma direcção), então podemos concluir que a figura [ABA'B'] é um
paralelogramo. Logo, os segmentos de recta [AB] e [A'B'] são geometricamente iguais.

Uma translação conserva o comprimento.

Vimos que a imagem de um segmento de recta, através de uma translação, é um outro segmento de
recta geometricamente igual ao inicial. Ora, por outro lado, também concluímos que a figura [ABA'B'] é
um paralelogramo, donde se tem que os lados [AB] e [A'B'] são paralelos.

Uma translação conserva a direcção.

Consideremos, agora, o ângulo ao lado representado:

O ângulo [A'V'B'] é o transformado (imagem) do ângulo [AVB] através da


r
translação associada ao vector u . Vimos que a imagem de um segmento de recta
é ainda um segmento de recta e é paralelo ao inicial. Ora, o ângulo dado e a sua
imagem são ângulos de lados paralelos e são da mesma espécie (ambos são
ângulos agudos). Concluímos, assim, que os dois ângulos são geometricamente
iguais.

Uma translação conserva os ângulos.

5/9
r
Por fim, considera o triângulo [ABC] e a translação associada ao vector u .

r
A imagem do triângulo [ABC|, através da translação associada ao vector u , é o triângulo [A'B'C'].
Como uma translação conserva os comprimentos dos segmentos de recta, então os três lados dos dois
triângulos (objecto e imagem) são geometricamente iguais. Podemos, por esse facto, concluir que os dois
triângulos são geometricamente iguais.

Uma translação conserva as figuras geométricas.

A imagem de qualquer figura geométrica, através de uma translação associada a um qualquer vector,
é uma figura geometricamente igual à figura inicial.

V - Composição de translações e soma de vectores


Considera o triângulo rectângulo [ABC] e observa atentamente a forma como se obteve o triângulo
rectângulo IA"B"C"].

r
Construído o triângulo [ABC] fizemos a sua translação associada ao vector u , obtendo-se o triângulo
[A'B'C'|. Neste caso, o objecto é o triângulo [ABC] e a respectiva imagem, através daquela translação, é o
triângulo [A'B'C'].
Seguidamente, considerámos como objecto o triângulo [A'B'C] e fizemos a sua translação associada
r
ao vector v , obtendo por imagem o triângulo [A"B"C"].
Dizemos, então, que fizemos uma composição de translações. A translação composta pode designar-
r r
se por Twr como é a translação composta das translações associadas aos vectores u e v pode escrever-se
Twr = Tvr o Tur (lê-se Tvr após Tur )

6/9
Repara que, em vez de se terem feito aquelas duas translações, poderíamos ter realizado apenas uma
delas. Facilmente se observa que o triângulo [A"B"C"] é a imagem do triângulo [ABC], através da translação
r
associada ao vector w . Daqui podemos tirar a seguinte:

A composição de duas translações é ainda uma translação.

r r r
Ao vector w que define a translação composta, chama-se vector soma do vector u com o vector v
r r r
e escreve-se w = u + v .

Como determinar o vector soma?

r r
Para determinar a soma de dois vectores, como u + v , procedemos da
seguinte forma:

Regra do triâ
triângulo:
ngulo:
1.º Seleccionam-se um ponto qualquer, A.
r
2.° A partir de A desenha-se um representante de u = AB.
r
3.° A partir de B, extremidade de u , desenha-se um representante de
r
v = BC.
r r
4.° Por último une-se a origem de v com a extremidade de u obtendo-
r r
se o vector soma, u + v =AC

Em alternativa à Regra do triângulo podemos utilizar a seguinte regra:

Regra do paralelogramo:
paralelogramo:
1.° Selecciona-se um ponto qualquer, A.
r
2.° A partir de A desenha-se um representante de u e um representante
r
de v .
r r
3.° Traçamos duas rectas, uma paralela a u ; e outra a v .
4.° Unimos o ponto A ao ponto de intersecção das duas rectas
r r
(diagonal do paralelogramo), obtendo vector soma, u + v .

Ambas as regras são igualmente válidas para vectores que tenham a mesma direcção.

7/9
Adiçã
Adição
ção de vectores com a mesma direcç
direcção
cção e o mesmo sentido

Adiçã
Adição
ção de vec
vectores com a mesma direc
direcção
ção e sentidos opostos

Um caso particular na adição de dois vectores com a mesma direcção e sentidos opostos é quando os
vectores têm o mesmo comprimento:

A origem de um dos vectores, o ponto A, coincide com a extremidade do outro vector, o ponto C, pelo que
r r
o vector soma é u + v =AB + BC = AA

Os vectores com a mesma direcção, o mesmo comprimento e sentidos contrários chamam-se


vectores simétricos.
simétricos A soma de vectores simétricos é igual a um vector com o comprimento nulo a que se
r
dá o nome de vector nulo, que se representa por 0 .

Subtracção
Subtracção de vectores:
r r r r
Chama-se diferença dos vectores u e v à soma de u com o simétrico de v .
r r r
u − v = u + (− v )

8/9
VI - Propriedades das isometrias

 Reflexã
Reflexão em relaçã
relação
ção a uma rec
recta
A figura F2 é a imagem da figura F1, por meio de uma reflexão em
relação à recta r. As figuras F2 e F1, são geometricamente iguais.

 Rotaçã
Rotação
ção em relaçã
relação
ção a um ponto
A figura F2 é a imagem da figura F1, por meio de uma rotação de centro C de amplitude
90° no sentido negativo (sentido dos ponteiros do relógio).

 Translaçã
Translação
ção segundo um vec
vector
A figura F2 é a imagem da figura F1 por meio de uma translação segundo o
r
vector v .

As figuras F2 e F1 são geometricamente iguais. As translações preservam a direc


direcção
ção e o sentido.

Nestes três exemplos observaste que as reflexões, as rotações e as translações transformam uma figura
noutra geometricamente igual. Assim, estas três transformações conservam:
• os comprimentos dos segmentos de recta;
• as amplitudes dos ângulos.

Designa-se por isometria, uma transformação geométrica que conserva os comprimentos


dos segmentos de recta e as amplitudes dos ângulos.
Duas figuras dizem-se isomé
isométricas se uma é transformada noutra por meio de uma
isometria.
Duas figuras geometricamente iguais são sempre resultantes de isometrias.

As professoras
Albina Almodôvar
Ana Percheiro
Fátima Morgado

9/9

Você também pode gostar