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Introdução

          Neste trabalho vamos falar sobre José gomes Ferreira, mais concretamente, a sua
bibliografia e alguns dos seus poemas como " o tempo parou"; "(de pé, humilhado diante do
quadro preto)"; " (na praia, o menino aprende a linguagem das nuvens)".
        Estes três poemas têm como tema principal, a Liberdade, quer seja em pensamentos
quer seja na realidade. 
Indíce:

Introdução........................................................................................................................2
Biografia...........................................................................................................................4
"(de pé, humilhado em frente ao quadro negro)"...........................................................6
Análise do poema "(de pé, humilhado em frente ao quadro negro)"..........................7/10
"O tempo parou".............................................................................................................12
Análise do poema "o tempo parou"...........................................................................13/16
"(na praia. O menino aprende a linguagem das nuvens)"….............................................18
Análise do poema " ( na praia. O menino aprende a linguagem das nuvens)"…........19/25
Conclusão.........................................................................................................................26 
Biografia de José Gomes Ferreira

Nascimento: 9 de junho de 1899, no porto


Falecimento: 8 de fevereiro de 1985 (84 anos)
Profissões: Poeta e  Jornalista
Primeiro poema: " Viver sempre também cansa"
Em 1931 e 1961: Ganhou o prémio nobel da poesia
Em 1978: Tornou se sub-presidente da associação Portuguesa de
escritores 
Poemas de José Gomes
Ferreira

•  (De pé, humilhado diante do quadro preto.)


• O tempo parou
• (Na praia. O menino aprende a linguagem das
nuvens.)
 (De pé, humilhado diante do quadro negro)

(De pé, humilhado diante do quadro preto.)


Errei as contas no quadro,
preguiça de giz negro
– e é tão bom parecer estúpido!
Minado pelo sonho
– liberdade secreta,
rosto de espelho opaco.
Assim também a noite
que eu via através das janelas fechadas
sozinho na cama quente de solidão.
E tantas, tantas somas de estrelas erradas.
Análise:
 (De pé, humilhado diante do quadro negro)

(De pé, humilhado diante do quadro O sujeito poético encontra- se no quadro e sente-se
preto.) humilhado
 (De pé, humilhado diante do quadro negro)

Errei as contas no quadro,


preguiça de giz negro
 O sujeito poético refere que erra as contas do quadro e que
– e é tão bom parecer estúpido! gosta de parecer estupido.
Minado pelo sonho Mas, este considera-se livre em pensamentos, está rodeado de
– liberdade secreta, sonhos.
rosto de espelho opaco.
 (De pé, humilhado diante do quadro negro)

Assim também a noite Durante a noite, sozinho, o sujeito poético imaginava


que eu via através das janelas fechadas a noite para lá das suas janelas.
Contava estrelas na sua imaginação, porém reforça
sozinho na cama quente de solidão. que não sabe fazer contas.
E tantas, tantas somas de estrelas erradas
Poemas de José Gomes
Ferreira

•  (De pé, humilhado diante do quadro preto.)


• O tempo parou
• (Na praia. O menino aprende a linguagem das
nuvens.)
 O tempo parou
(Todas as manhãs, descia a Charca em direção ao
Colégio Francês, dirigido pelo Sr. Silva
sempre com um sorriso de fraque cínico e a palmatória
na gaveta da secretária.)

O tempo parou
no caminho para a escola
– musgo de voo,
asas de gaiola.

Às vezes no passado a morte é assim.


Continua-se vivo.
Só a gravidade muda de lei
– pedra que para sem peso no ar do jardim
e não torno a vê-la quebrar o vidro
que eu quebrei.
Análise:
 O tempo parou
(Todas as manhãs, descia a Charca em direção ao
Colégio Francês, dirigido pelo Sr. Silva
sempre com um sorriso de fraque cínico e a palmatória
na gaveta da secretária.)
 O tempo parou

O tempo parou
no caminho para a escola • O sujeito poético não gostava de ir á escola
– musgo de voo, • Musgo e gaiola: falta de liberdade
asas de gaiola.
 O tempo parou

Às vezes no passado a morte é assim. O sujeito poético compara a maneira que vivia à morte
Continua-se vivo. 

Só a gravidade muda de lei


– pedra que para sem peso no ar do jardim Referencia á liberdade de hoje em dia
e não torno a vê-la quebrar o vidro
que eu quebrei.
Poemas de José Gomes
Ferreira

•  (De pé, humilhado diante do quadro preto.)


• O tempo parou
• (Na praia. O menino aprende a
linguagem das nuvens.)
 (Na praia. O menino aprende a linguagem das nuvens.)
(Na praia. O menino aprende a linguagem
das nuvens.)

Aquela nuvem
parece um cavalo...
Ah! se eu pudesse montá-lo! onde encerraram uma donzela.
Aquela? Não faz mal.
Mas já não é um cavalo, Quero ter asas
é uma barca à vela. para a espreitar da janela.
Não faz mal. Vá, lancem-me no mar
Queria embarcar nela. donde voam as nuvens
Aquela? para ir numa delas
Mas já não é um navio, tomar mil formas
é uma Torre Amarela com sabor a sal
a vogar no frio – labirinto de sombras e de cisnes
no céu de água-sol-vento-luz concreto
e irreal…
Análise:
 (Na praia. O menino aprende a linguagem das nuvens)

(Na praia. O menino aprende a linguagem


das nuvens.)

O sujeito poético encontra-se na praia a observar


 as nuvens
 (Na praia. O menino aprende a linguagem das nuvens)
Aquela nuvem
parece um cavalo...
Ah! se eu pudesse montá-lo!
Aquela?
Mas já não é um cavalo,
O sujeito poético observa nas nuvens:
é uma barca à vela. • Cavalo 
Não faz mal. • Barco á vela 
Queria embarcar nela. • Torre amarela
Aquela?
Mas já não é um navio,
é uma Torre Amarela
a vogar no frio
onde encerraram uma donzela.
Não faz mal.
Quero ter asas
para a espreitar da janela.
 (Na praia. O menino aprende a linguagem das nuvens)

Vá, lancem-me no mar​
donde voam as nuvens​ • A nuvem desperta a imaginação e o desejo de
para ir numa delas​ partir.
tomar mil formas​ • O sujeito poético, deseja mergulhar no mar
com sabor a sal​ lugar onde diz nascer as nuvens. Ganhará mil
formas, ou seja, será livre de ser o que quiser.
– labirinto de sombras e de cisnes​
no céu de água-sol-vento-luz concreto​
e irreal…​
Recursos expressivos presentes neste poema:

Metafora: 
identificação de duas realidades distintas a partir de elementos semelhantes entre as duas
"Mas já não é um cavalo" (verso 5)
"É uma barca à vela"  (verso 6)
"Já não é um navio" (verso 109
" É uma torre amarela a vogar no frio" (verso 11 e 12)
Recursos expressivos presentes neste poema:

Metafora: 
Comparação:
estabelecimento de uma relação de semelhança por meio da conjunção como ou de
outras palavras e expressões equivalentes

"Aquela nuvem parece um cavalo"( verso 1 e 2)


Recursos expressivos presentes neste poema:

Metafora: 
Comparação:

Antiese:
Antíese: quando, numa frase, exprime uma oposição entre duas expressões ou dois pensamentos de
sentidos contrarios

"no céu água-sol-vento-luz concreto e irreal" ( verso 22 e 23) 


Conclusão: 
            Neste trabalho, realizado no âmbito da disciplina de português, falamos sobre José
Gomes Ferreira, mais concretamente alguns dos seus poemas.
      
           O poema (De pé, humilhado diante do quadro negro), no geral, fala sobre a
imaginação por parte do sujeito poético, porque assim ele sente- se verdadeiramente livre e
nao humilhado.
    
          O poema " O tempo parou", no geral, fala sobre a pouca liberdade que existia no
tempo que o sujeito poético andava na escola. José Gomes Ferreira relaciona a maneira que
ele vivia a estar morto.
       
          O poema  " Na praia. O menino aprende a linguagem das nuvens" no geral, fala sobre
a vontade que o sujeito poético têm de ser uma pessoa livre, como ele refere, em ter asas e
voar, montar um cavalo e principalmente se transformar numa nuvem e puder ser mil coisas
diferentes

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