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A Lâmpada da Consciência
1 a 2. Embora os raios de luz que incidem em uma parede escura com um espelho o façam na parede e no
espelho igualmente, eles apenas se refletem no espelho. Da mesma forma, a consciência incide sobre o
Corpo Denso e o Corpo Sutil igualmente, mas só é experienciada no Corpo Sutil.
A reflexão é composta de consciência original e consciência refletida, mas elas são fisicamente indistinguíveis.
No entanto, a luz é mais brilhante no espelho do que na parede. Da mesma forma, o Corpo Denso é pervadido
pela consciência original, mas esta não é experimentada, porque o corpo é Tamas, que absorve a luz. A
consciência original é experimentada no Corpo Sutil como o seu reflexo, porque o Corpo Sutil é feito de Sattva.
3. Da mesma forma, a consciência original ilumina o espaço entre as modificações do pensamento no Corpo
Sutil, bem como a ausência de pensamentos no sono profundo, mas só pode ser reconhecida nos espaços
entre as modificações, porque não é absorvida pelo vritti - ou pelo sono profundo.
Quando a mente, ocasionalmente, não é modificada entre duas experiências específicas, apenas a
consciência original é experimentada. Diz-se, no jargão popular, que uma pessoa está "fora do ar" ou "não
existe" durante esses intervalos, porque a consciência refletida está inativa. A mente dos indivíduos que
eliminaram a maioria dos samskaras Rajásicos e Tamásicos gira "para dentro", por assim se dizer, e permanece
por períodos consideráveis em um estado natural de "meditação", que é a experiência da consciência original.
Quando a mente é muito Rajásica, a consciência refletida presta atenção obsessivamente às experiências e a
consciência original não é apreciada. Particularmente, os indivíduos Rajásicos não experimentam brechas
entre as experiências - os pensamentos continuam acumulando novas experiências; portanto, a prática de
japa apoiada pelo karma yoga é recomendada para eles. No japa, um pensamento intencional a respeito do
ser substitui os pensamentos mundanos e o espaço entre as repetições é gradualmente ampliado, dando ao
Jiva a chance de experimentar o "silêncio", isto é, a consciência original. No sono profundo, somente a
consciência original é experimentada, porque a consciência refletida não está presente devido ao fato de o
Corpo Sutil estar fundido no Corpo Causal, o qual é livre de pensamentos.
4. Um objeto externo, como um pote, é iluminado por um pensamento inerte que assume a forma do objeto
no Corpo Sutil, mas o conhecimento "eu conheço o pote" é devido à presença da pura consciência (o
princípio conhecedor).
5 a 6. Antes de um pensamento/objeto surgir, o Corpo Sutil carece do conhecimento do objeto ao qual está
associado, mas depois que o pensamento aparece, o conhecimento do objeto ocorre porque o
pensamento/objeto é iluminado pela consciência original. Tanto a ignorância prévia quanto o
conhecimento atual do objeto se devem à presença da consciência original, não à reflexão.
Quando um pote é experimentado, a consciência pervade e ilumina o pensamento, e produz o reflexo que
ilumina o pensamento. A seguir, o reflexo ilumina o objeto e o conhecimento do pote surge no meio refletor,
o Corpo Sutil. Então, devido à consciência original, dizemos: "Eu conheço o pote". Ao mesmo tempo, sabemos
que conhecemos o objeto. Em todo conhecimento, ocorrem dois conhecimentos distintos: o conhecimento-
objeto e o conhecimento do conhecimento-objeto. A consciência refletida tem apenas uma função: converter
objetos desconhecidos em objetos conhecidos. Ela aparece e desaparece conforme o surgimento e o
desaparecimento dos pensamentos. O segundo conhecimento - ignorância e/ou conhecimento do
conhecimento-objeto - é responsabilidade da consciência testemunhante original, não experienciadora, a
qual está sempre presente. Quando as escrituras igualam a consciência original à consciência refletida, a
equação indica a semelhança entre as duas, não uma identidade total. Quando você aponta sua imagem em
uma foto, diz “Este sou eu”, mas a pessoa com quem você está falando entende que a imagem lhe é
semelhante, mas não é você.
7 a 8. Quando um objeto está dentro do alcance da percepção do Jiva e aparece como um pensamento no
Corpo Sutil, não se pode dizer que seja conhecido, porque tanto o Corpo Sutil quanto o pensamento não
são sencientes. Uma vez que uma cognição tenha sido produzida e o conhecimento ocorrido, o Corpo Sutil
retorna a uma condição não modificada. Se o Corpo Sutil não for iluminado pela consciência original, a
cognição dos objetos não tem como ocorrer.
9 a 13. A consciência pura não pode ser o seu reflexo no pensamento, porque é anterior ao pensamento e
ao conhecimento do objeto. Portanto, o Corpo Sutil, no qual a consciência é refletida, é a causa do
conhecimento e da experiência, ao passo que a consciência pura está livre do conhecimento e da
experiência.
14 a 16. A cognição "Isto é um pote" é devido ao reflexo da consciência no Corpo Sutil, mas o conhecimento
"Eu conheço o pote" é devido à presença de pura consciência original, de modo que o conhecimento de um
objeto envolve consciência pura e consciência refletida.
Três objetos são iluminados pela consciência original: (1) o pote conhecido/desconhecido, (2) a reflexão e (3)
o pensamento no Corpo Sutil. A reflexão não desloca a original, porque a original pervade o objeto material
antes que a reflexão o ilumine e o torne conhecido. Objetos conhecidos são pervadidos tanto pela consciência
original quanto pela consciência refletida. O conhecimento dos objetos é um processo que acontece no
tempo, mas o conhecimento do conhecimento não é limitado pelo tempo; acontece instantânea e
simultaneamente, porque a consciência original está sempre presente.
A consciência refletida vem e vai. Quando os pensamentos surgem, o reflexo surge, e quando os pensamentos
se vão, o reflexo se vai. Mas a consciência original, testemunhante e autoexperienciadora, está sempre
presente. É natural e intrínseca, enquanto a consciência refletida é não-essencial e não se trata do ser. A
experiência da pura consciência testemunhante não é possível sem a consciência refletida.
Para experimentá-la sem a reflexão, você teria que remover o Corpo Sutil do Corpo Denso, porque o Corpo
Sutil é responsável pela reflexão. Remover o Corpo Sutil do Corpo Denso é chamado de morte, o que torna
sem sentido a questão da experiência. Portanto, o melhor que você pode fazer é resolver a mente no estado
de vigília ou ir dormir, o que é suficiente para que você entender a diferença entre a testemunha original e
a reflexão.
20. Todas as modificações subjetivas são produzidas em série com pequenas lacunas entre cada uma.
Tornam-se latentes no sono profundo, estados de desmaio e no nirvikalpa samadhi.
Embora o Corpo Sutil produza uma reflexão contínua no estado de vigília, o jogo das emoções em uma pessoa
produz flashes brilhantes de consciência refletida, precedidos e seguidos de intervalos curtos através dos
quais a luz difusa da consciência original testemunhante brilha. A ausência de consciência refletida é revelada
no sono profundo, etc., onde não há senso de localização e dualidade, nem variação na luminosidade. As
experiências do silêncio e do sono profundo, e a experiência da consciência testemunhante são idênticas,
mas não há estado em que não haja consciência refletida. Enquanto você viver, a consciência original e a
refletida estarão presentes. Objetos externos, para serem conhecidos, demandam pensamentos. No entanto,
pensamentos (e emoções) não podem ser conhecidos por pensamentos, mas sim por manterem
consciência refletida o suficiente para revelarem a si mesmos. Eles são autoevidentes; conforme aparecem,
são conhecidos. Não é necessário um conhecimento especial para saber que você se encontra em um estado
emocional específico. A emoção - dor, por exemplo - ilumina a si mesma. Com referência ao complexo corpo-
mente, todas as sensações são autoconhecidas, autoevidentes.
21. Esse fator (princípio) não modificável que testemunha o intervalo entre o desaparecimento e o
surgimento de pensamentos sucessivos - o momento em que não estão manifestos - é a pura consciência
original.
22. Tanto a consciência pura quanto a consciência refletida estão envolvidas na revelação de objetos
externos e internos. Isso é evidente pelo fato de haver mais luz nos pensamentos do que no silêncio entre
eles.
A luz da consciência original é difusa, não concentrada, já que pervade tudo. Quando o Corpo Sutil está ativo
no estado de vigília, ele concentra a luz da consciência original e o mundo parece brilhante, de modo que a
consciência original é ofuscada e ignorada. Se você vier da luz solar intensa para a luz habitual de um recinto,
o mesmo parecerá escuro por alguns instantes até os olhos se ajustarem. Se for permitido à mente consciente
esgotar seus pensamentos, ela experimentará a consciência original como paz ou como o silêncio que não se
opõe ao som. A consciência testemunhante não-experimentadora nunca é experienciada como um objeto
pelo Jiva, mas, para fins de discriminação, é como se fosse experimentada quando a mente está quieta,
porque uma mente inativa é tal como se estivesse ausente. Também é experimentada no sono profundo pelo
mesmo motivo.
23. Ao contrário de um objeto externo, que requer um pensamento no intelecto que o revele, o intelecto
não revela a si mesmo, porque é um objeto inerte - mas é revelado à luz da pura consciência.
24. Como o Jiva é uma combinação de pura consciência e consciência refletida, é manifesto e não-manifesto.
Portanto, não pode ser a consciência imutável e não dual.
Não é manifesto como consciência pura, e manifesto como consciência refletida. Porque nem sempre está
presente, não é real. Às vezes, as escrituras dizem que a testemunha não-experimentadora é quem
experiencia a bem-aventurança e, às vezes, dizem que somente o Pragna Jiva é o experimentador. Não há
contradição real, porque o Pragna Jiva é um reflexo da consciência original testemunhante, não-
experienciadora, no “satya-pradana-prakrit” e, como tal, é quase idêntico a ela, assim como os raios do sol
não são nada além da luz solar original.
Tecnicamente, o Prajna e a consciência pura, saksi, são diferentes, mas experimentalmente não há diferença;
portanto, a consciência original é ao mesmo tempo não-experimentadora e experimentadora.
25. Os antigos professores deixaram clara a natureza da pura consciência em passagens como "É a
testemunha do Corpo Sutil e suas funções".
26. Eles também declararam que a consciência pura, a consciência refletida e a mente se relacionam entre
si como um rosto, seu reflexo no espelho e o espelho. Esse relacionamento é revelado pelas escrituras e
pelo raciocínio. Assim foi descrito o Jiva.
Este exemplo é pertinente porque existe uma identidade entre a consciência original e a consciência refletida.
O "eu" (o Jiva) é uma mistura de três componentes: consciência original, consciência refletida e o Corpo Sutil,
o meio reflexivo, o espelho mental que sustenta o reflexo. A sempre experienciada consciência original
ilumina a face refletida (o Jiva), e o meio reflexivo - o espelho do Corpo Sutil - ilumina os sentidos que, por
sua vez, iluminam as propriedades dos elementos.
Versos 27 a 58. Omiti esses versos minuciosos incluindo uma discussão dos méritos relativos a três
ensinamentos sobre a natureza do Jiva: pratibimba vada, avicheda vada e abasa vada. Pratibimba vada é o
ensinamento de que o Jiva é a consciência refletida nos três corpos e Isvara é a consciência refletida na criação.
Às vezes, o Jiva é apresentado como semelhante ao espaço dentro de um pote para contrastá-lo com o espaço
onipresente. Nesta forma, é chamado avicheda vada prakriya, o ensino do “recinto”. Ambas as ideias
aparecem nos Upanishads e nos ensinamentos de Gaudapada e Shankara. De qualquer forma, uma vez que
o Jiva, posteriormente, é negado como o ser, o ensino usado para descrevê-lo é apenas uma questão de
contexto e conveniência. A terceira ideia, abasa vada, da qual Vidyaranya é um defensor, é chamada de ensino
da "aparência".
Existem dois argumentos principais no Vedanta sobre como entender a aparência do Jiva na consciência. Um
argumento (a “escola” de Vivarana) é a teoria da reflexão. Segundo ele, o Jiva é um reflexo da consciência
quando a ignorância (Avidya) está em operação. E Isvara também é um reflexo quando Maya está operando.
Consciência original pura e o Jiva são duas "faces" da consciência que aparecem no espelho do Corpo Sutil
Macrocósmico. Essa ideia é conhecida como Mukhya Samanadhikaranya. O segundo argumento é chamado
de teoria do recinto ou limitação. Segundo ela, a consciência se torna limitada quando Maya faz com que
Isvara e o Jiva apareçam.
O exemplo usado pelos proponentes dessa visão (a "escola" Bhamati) é o espaço do pote. Eles dizem que o
espaço que aparece dentro de um pote está na verdade limitado pelo pote. Swami Vidyaranya não aceita
esse argumento. Ele diz que, se é verdade que a consciência se torna um indivíduo limitado (Jiva), mesmo um
pote, que é pervadido pela consciência, se tornaria um Jiva. Mas é claro que os potes não são seres
conscientes. Essa visão também não se sustenta porque o espaço é mais sutil que os objetos e os pervade
completamente. Portanto, não é limitado por eles. Ele aceita uma teoria da reflexão, modificada, conhecida
como teoria da aparência (abasa vada).
A teoria de Vivarana diz que a reflexão é real e idêntica à consciência, mas a teoria da aparência diz que a
reflexão é "na aparência", ou aparentemente, real. A teoria da reflexão pura diz que o Jiva e a consciência são
idênticos, mas a teoria da aparência diz que ambos parecem ser idênticos. Esse "parecer" é chamado de
subflação. A corda parece ser uma cobra. A cobra é negada na corda quando o fato de se perceber a cobra é
neutralizado pelo conhecimento. Isso significa que uma explicação para um fenômeno específico não faz mais
sentido quando outra explicação, diferente, fizer mais sentido.
Esses argumentos são minuciosos demais? Sim e não. No que diz respeito a moksa, sim, se a distinção entre
sujeito – a consciência - e objetos que nela aparecem é compreendida. Nesse caso, Isvara e Jiva são apenas
objetos de pensamento aparecendo na consciência, embora, do ponto de vista da realidade aparente, eles
se refiram a objetos reais. Como objetos de conhecimento, eles podem ser descartados como não-ser.
Mas não, se a distinção entre consciência e objetos não for clara, porque os iogues, indivíduos orientados
para a experiência, podem realizar sua natureza como consciência identificando o pensamento "eu sou
consciência", quando ele surge no Corpo Sutil. Para fazer isso, eles precisam considerar a reflexão como sendo
real. Como os iogues não estão atentos à distinção entre consciência e os objetos na consciência, eles se
consideram conscientes e veem o ser como um objeto, quando, na verdade, é o contrário. No entanto, é raro
que os iogues se tornem discriminadores, já que aceitam a realidade do Jiva e concebem moksa como uma
experiência de samadhi. Portanto, a ideia de Vivarana é útil para eles.
Esse argumento pode ser rastreado até os Upanishads, que apresentam tanto o Yoga quanto o Vedanta como
meios para a iluminação. E origina-se na relação incestuosa entre a consciência sem ação e não-
experienciadora e as ações geradas nela. Na verdade, não há distinção, porque a realidade é não-dual. Mas
há uma distinção aparente se levarmos em conta o mundo. E, por falta de entendimento dessa aparente
distinção, os Jivas permanecem atados à experiência. A opinião que eu endosso é que o Yoga é um meio
indireto, adequado para purificar a mente. Vedanta é o meio direto, porque a realidade é não-dual. Portanto,
a solução final só pode ser o conhecimento, que não é ação.
Mencionei acima que não usei a palavra "chidabasa" para me referir ao Jiva, mas defini o Jiva como
consciência mais o Corpo Sutil (ou as Cinco Bainhas) para simplificar a terminologia e alinhá-la com a maneira
como ensino Vedanta. Isso não quer dizer que chidabasa, usado quase que exclusivamente por Vidyaranya,
não seja uma excelente palavra reveladora.
59 a 62. Os Shiva Puranas descrevem a consciência como não-dual, autoluminosa e o bem maior. Está além
de Isvara e Jiva. As escrituras declaram que Jiva e Isvara são ambos reflexos da consciência em Maya. Eles
são, no entanto, diferentes dos objetos densos, pois são reflexivos e revelam objetos. Por revelarem objetos,
para todos efeitos, podem ser considerados dotados de consciência.
63 a 64. Se o Corpo Sutil pode criar o Jiva e Isvara no estado de sonho, não é difícil imaginar que Maya
possa criá-los no estado de vigília. Se Maya pode criar Isvara, quão difícil é entender que ela cria as
qualidades de Isvara?
Isvara é dotado das seguintes qualidades: conhecimento absoluto (jnana), total desapego (vairagya),
capacidade de criar, sustentar e resolver (virya), fama absoluta (yasas), total abundância (sri) e soberania
(aisvarya).
65 a 67. No entanto, não pense que Maya possa criar a consciência. A consciência nunca nasceu. Todos os
textos do Vedanta dizem que a consciência é não-dual e incriada. A lógica não se aplica a Maya. Maya é
contraintuitiva e irracional.
versos 69 a 76. O objetivo da investigação não é estudar Jiva e Isvara, pois são apenas ferramentas de ensino
que ajudam o Jiva investigador a perceber sua identidade como consciência não-dual.
69. Isvara cria os três corpos e os três estados. O Jiva cria a ideia de servidão e libertação.
Jiva aqui significa Viswa, a entidade do estado de vigília, sob o feitiço de Avidya. Quando ele não sabe quem
é, busca liberação ou satisfação nos objetos. A criação do Jiva são as projeções nascidas da autoignorância.
70 a 71. A consciência é sempre sem associações. Ela não muda. Para a consciência, não há morte e nem
nascimento, nem servidão, nem busca e nem liberação. Essa é a verdade. Medite nela dessa maneira.
72. As escrituras indicam a realidade além dos Corpos Sutil e Denso, usando conceitos acerca do Jiva, Isvara
e o mundo.
73. Acharya Sureshvara diz que qualquer método que elimine a ignorância sobre a natureza do ser é
aprovado pela tradição.
74. Pessoas tolas e ignorantes acerca do verdadeiro significado das escrituras andam a esmo, enquanto os
sábios, que entendem o seu significado, habitam o oceano de felicidade.
75. Tal como uma nuvem a verter torrentes de chuva, Maya cria Isvara, Jiva e o mundo. Assim como o
espaço, o qual não é afetado pela chuva, a pura consciência que sou permanece totalmente inalterada por
qualquer coisa criada por Maya. Esta é a convicção dos sábios.
76. Aquele que reflete continuamente sobre esta “Lâmpada da consciência” permanece sempre como a
consciência autorreveladora.