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Derivadas de Funções

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2020
Luis Manuel Antonio

Licenciatura em ensino de Física

Trabalho de Pesquisa a ser entregue


no departamento de Ciências Naturais
e Exactas na cadeira de Matemática
para físicos recomendado pelo Mestre
Sérgio Castigo.

Docente: Sérgio Castigo

Universidade Púnguè

Extensão de Tete
2020

Índice

Introdução.................................................................................................................1

1. Derivadas de Funções............................................................................................2

1.1. Definição.............................................................................................................2

1.2. Interpretação Geométrica de Derivada de uma Função num Ponto..................3

1.3. Função Derivada.................................................................................................5

1.3.1. Regras de Derivação.........................................................................................6

1.3.2. A Derivada de uma Função composta..............................................................7

1.3.3. Função Exponencial e Logarítmica...................................................................7

1.3.4. Funções Trigonométricas.................................................................................7

1.3.5. Funções Trigonométricas Imversas..................................................................7

1.4. Derivadas de Ordem Superior.............................................................................8

Conclusão...................................................................................................................9

Referências bibliográficas..........................................................................................10
Introdução

Neste trabalho vamos começar a colocar em prática esses conceitos que


aprendemos até então, a derivada de uma função é utilizada para
diversas finalidades, algumas delas vamos explorar neste capítulo, porém
não é possível generalizar as aplicações que podemos atribuir às
derivadas, muitos recursos podem ser criados a partir dos seus conceitos,
bastando para isto, a criatividade de cada mente a se manifestar.

A derivada é a medida da declividade de uma reta tangente a cada ponto


da função de onde surgiu, ela também é uma função que fornece valores
relativos de muita utilidade, podemos também lembrar que o ângulo da
reta tangente ao ponto da curva inicial pode ser encontrado através da
derivada, pois a derivada fornece o valor da tangente deste ângulo.
1. Derivadas de Funções

1.1. Definição

Suponha um objeto se movendo sobre uma linha reta de acordo com a equação
s=f(t), onde s é o deslocamento do objeto a partir da origem no instante t. Dessa
forma, a função f, chamada função posição, descreve o movimento do objeto.

A velocidade média no intervalo de tempo entre t e t+h é calculada:

deslocamento f (t  h)  f (t )
v media  velocidade media  
tempo h

Supondo agora que a velocidade média seja calculada em intervalos cada vez
menores, em outras palavras, façamos com que h tenda a zero. Este raciocínio os
fornecerá a velocidade instantânea do objeto.

x  x2  x1  x2  x1  x podemos escrever:
Já que

y f ( x1  x)  f ( x1 )

x x

Se y=f(x) definiremos de taxa de variação instantânea de y em relação a x no


instante em que x=x1 como:

y f ( x1  x)  f ( x1 )
lim  lim
x  0 x x  0 x
1.2. Interpretação Geométrica da Derivada num Ponto

Supondo que queremos calcular a reta tangente ao gráfico de uma função f em


P  ( x1 , y1 ) com y1  f ( x1 )

Observe que a reta tangente é a linha reta que contém P e “melhor aproxima” o
gráfico de f nas vizinhanças de P.

Para determinarmos a equação da reta tangente necessitamos de um ponto ( já


temos P) e do coeficiente angular da reta.

Consideremos um ponto vizinho a P, também pertencente a f,


Q  ( x1  x, y1  y )  ( x1  x, f ( x1  x)) . O coeficiente angular da reta secante
y f ( x1  x )  f ( x1 )

PQ será x x

Fazemos então Q se aproximar de P cada vez mais. Note que se x  0 o ponto


Q coincide com o ponto P, e, portanto, a reta secante tenderá a reta tangente. Em
outras palavras, a reta tangente é a posição limite da reta secante PQ quando Q
tende a P.
y f ( x1  x)  f ( x1 )
m  lim  lim
x 0 x x  0 x
A inclinação da tangente será, portanto,

Seja f função definida pelo menos em algum intervalo contendo o número x 1 e


y f ( x1  x)  f ( x1 )
m  lim  lim
y  f ( x1 ) . Se o limite x 0 x   x
seja 1 x 0
existe, diremos
( x1 , y1 ) e tendo coeficiente angular
que a linha reta no plano xy contendo o ponto
( x1 , y1 ) .
m é a reta tangente ao gráfico de f em

1.3. Função Derivada

A derivada de uma função em um número x1, denotado por f’(x1) é

y f ( x1  x)  f ( x1 )
f ( x1 )  lim  lim
x 0 x x 0 x se o limite existe.

Observação: A reta tangente a y=f(x) em (x1,f(x1)) é a reta que passa por (x1,f(x1)) e
tem inclinação igual a f’(x1) , que é a derivada de f em x1.

Dada uma função f, a função f’ definida por


y f ( x1  x )  f ( x1 )
f ( x)  lim  lim
x  0 x  x  0 x é chamada a derivada de f.

dy df d
f ( x)  y     f ( x)  Df ( x)  D x f ( x)
Notações: dx dx dx

Diferenciação é o processo de cálculo de uma derivada.

Os símbolos D e d/dx são ditos operadores diferenciais, uma vez que indicam a
operação de diferenciação.

Como uma função pode não ser derivável?

(i) Em geral se o gráfico de uma função tiver uma “quina” ou uma


“dobra”, este gráfico não terá tangente neste ponto e, portanto, f não
será diferenciável ali. O que ocorre é que ao calcularmos f’(a)
descobriremos que o limite à direita será diferente do limite à
esquerda.
(ii) Pelo teorema acima, se f for descontínua em a, f não será diferenciável
em a.
(iii) Quando a curva tem uma reta tangente vertical em x=a.

(i) (ii) (iii)

1.3.1. Regras de Derivação

A partir da definição dada de derivada de uma função podemos


desenvolver algumas regras que nos facilite o cálculo da derivada de
funções racionais, algébricas, exponenciais, logarítmicas, trigonométrica e
trigonométrica inversa.

Regra da constante d
Dx c  0
c0
ou dx

Regra da identidade d
x 1
Dx x  1 dx
ou

Regra da potência d n
n 1 x  nx n 1
Dx x  nx
n
ou dx

Regra da homogeneidade d du
cu  c
Dx cu  cDxu dx dx
ou
Regra da soma d du dv
(u  v)  
Dx (u  v)  Dx u  Dx v dx dx dx
ou

Regra do produto (Leibnitz) d du dv


Dx (uv)  Dx u  v  u  Dx v
(u  v )  vu
ou dx dx dx

Regra do quociente du dv
D u  v  u  Dx v v u
u d dx dx
Dx ( )  x (u  v ) 
v v2 ou dx v2

1.3.2. A Derivada da função Composta

dy
  ?
3
y  x2  5x
Supondo que queiramos diferenciar a função .Quem é dx

Podemos expandir e derivar. Ou:

u  x2  5x

dy du dy dy du
y  u3   3u 2  2x  5    3u 2 (2 x  5)  3( x 2  5 x)(2 x  5)
du dx dx du dx

1.3.3. Funções Exponenciais e Logarítmicas

Logarítmicas Exponenciais
d 1 d x
ln x  e  ex
dx x dx
d 1
(log a x)  d x
dx x ln a a  a x ln a
dx

1.3.4. Funções Trigonométricas

d d
senx  cos x cot g   cos sec 2 x
1) dx 4) dx

d d
cos x   senx sec x  sec x tan x
2) dx 5) dx

d d
tgx  sec 2 x cos sec x   cos sec x cot gx
3) dx 6) dx

1.3.5. Funções trigonométricas inversas


d
dx
(arc seno ) 
d
dx

sen 1 x  
1 d
dx
(arc cos sec) 
d
dx
 
cos sec 1 x  
1
1) 1 x2 4) x x2 1
d
dx
(arc cos) 
d
dx
 cos 1 x   1 d
dx
(arc sec) 
d
dx
 
sec 1 x 
1
2) 1 x2 5) x x2 1
d
(arc tg ) 
d
tg 1 x  1 d
(arc cot g ) 
d
 cot g 1 x   
1
1 x2
3) dx dx 1 x2 6) dx dx
1.4. Derivadas de Ordem Superior

Sabemos que se f for uma função diferenciável, então sua derivada f’ é também
uma função, dessa forma, a derivada f’ poderia ter sua própria derivada, que
denotamos por (f’)’= f”.

A esta nova função f” chamamos de derivada segunda de f, uma vez que é a


derivada da derivada.

De modo análogo define-se as derivadas de ordens superiores a 2 de f.

Podemos pensar na idéia da segunda derivada como sendo um conceito


associado ao movimento de uma partícula P ao longo de uma reta orientada.

s=f(t)  equação do movimento

ds dv d d  ds 
v a  v  
Velocidade: dt Aceleração: dt dt dt  dt 

Notações:

 
Derivada primeira: y  f ( x )
dy d
 f ( x)
Notação de Liebnitz: dx dx

Segunda derivada:
 y   y  f ( x)
d2y d2
2
 2 f ( x)
Notação de Liebnitz: dx dx
N-ésima derivada:
 y   y
( n 1) ( n)
 f ( n ) ( x)

dny dn
n
 n f ( x)
Notação de Liebnitz: dx dx

Conclusão

Enfim, temos muito o que extrair das derivadas, elas nos fornecem vários
artifícios para manipular os números em uma função, possibilitando diversas
maneiras de extrair informações, elas trazem um novo meio, capaz de nos trazer
novas formas de analisar dados numéricos, vejamos o que podemos aproveitar
de imediato.
Referência bibliográfica

STEWART, James. Curso de cálculo volume 1. São Paulo: Pioneira Thomson


Learning, 2002. 4ªa edição. ISBN 85-221-0236-8. Página 159.

Anton, Howard (2009). Cálculo - Volume 1 8 ed. [S.l.]: Bookman. ISBN


9788560031634

STEWART, James. Curso de cálculo volume 1. São Paulo: Pioneira Thomson


Learning, 2002. 4ªa edição. ISBN 85-221-0236-8. Página 156.

Agudo, F. R. Dias, Análise Real (3 volumes), Lisboa: Escolar Editora, 1994

Ostrowski, A., Lições de Cálculo Diferencial e Integral (3 volumes), Lisboa:


Fundação Calouste Gulbenkian, 1981

Ricieri, A. P., Derivada Fracionária, Transformada de Laplace e outros bichos,


Prandiano, 1993, S. José dos Campos - SP - Brasil.

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