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Câmara aprova ampliar a outras categorias auxílio emergencial

Agência Brasil

16/04/20 - 20h18

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (16), em votação simbólica, o


projeto de Lei (PL) 873/202 que amplia a lista de categorias a serem beneficiadas
com o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 reais.

A proposta, que já havia sido aprovado no Senado, inclui, entre outras categorias,
catadores de material reciclável, seringueiros, taxistas, mototaxistas, motoristas
de aplicativos, manicures, diaristas e pescadores artesanais entre os que poderão
solicitar o benefício.

O projeto, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), permite também que


mães adolescentes, mesmo com menos de 18 anos, recebam o benefício e que a pessoa
provedora de família monoparental receba duas cotas do auxílio emergencial,
independentemente do sexo, dentre outras mudanças.

Pela proposta poderão ter acesso ao benefício as famílias com renda familiar mensal
per capita de meio salário mínimo ou total de três salários mínimos brutos (R$
3.135).

Por um acordo, os deputados aprovaram o parecer do relator da proposta, deputado


Cezinha de Madureira (PSD-SP). O texto substitutivo elaborado pelo deputado alterou
alguns pontos do projeto do Senado ampliando ainda mais a lista de trabalhadores
informais que terão direito ao auxílio emergencial, entre eles vendedores porta a
porta, esteticistas e agricultores familiares. Como foi alterado, o texto volta
para apreciação dos senadores.

O projeto diz ainda que o recebimento do Bolsa Família não é impeditivo para o
recebimento do auxílio emergencial. A proposta estabelece que o pagamento do
auxílio emergencial fica limitado a duas pessoas de cada grupo familiar ou uma cota
de auxílio emergencial e uma do benefício do Bolsa Família. Se o valor do auxílio
for mais vantajoso, “substituirá o Bolsa Família mesmo quando houver um único
beneficiário.”

O texto também diz que o pescador artesanal poderá receber o auxílio emergencial,
nos meses em que não estiver recebendo o seguro defeso (benefício pago aos pescados
no período em que a pesca é proibida, para reprodução das espécies).

Fies
Além disso, o projeto permite que sejam suspensas as contagens de prazo e das
obrigações de pagamento vinculadas ao financiamento estudantil – Fundo e Programa
de Financiamento Estudantil (Fies) para os contratos firmados antes da vigência do
estado de calamidade pública.

A suspensão poderá ser aplicada tanto para os tomadores do financiamento que


concluíram seus cursos quanto para os que ainda não concluíram. A suspensão poderá
ser aplicada a duas parcelas, para os contratos em fase de utilização ou carência;
e quatro parcelas para os contratos em fase de amortização. O texto diz ainda que o
Poder Executivo poderá prorrogar os prazos.

Os deputados também devem analisar nesta quinta-feira o requerimento de urgência ao


Projeto de Lei do Senado 1282/20, que institui o Programa Nacional de Apoio às
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que concede crédito mais
acessível ao setor. O projeto foi aprovado no Senado na semana passada.

Troca no Ministério da Saúde


Durante a sessão, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
comentou a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, substituído pelo
oncologista Nelson Teich na tarde de hoje. Maia disse que o ex-ministro teve
reconhecida a sua competência e capacidade de construir as soluções em diálogo com
a sociedade e com o parlamento.

“Mandetta deixa um legado, uma estrutura para que o Brasil possa, em conjunto o
governo federal, os estados e os municípios, para atender da melhor forma possível
a sociedade brasileira, mas principalmente aos brasileiros que precisam do Sistema
Único de Saúde”, disse Maia.

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