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Os seres humanos
sofreram mais nas mãos uns dos outros do que em decorrência de desastres naturais.
Ninguém se torna bom tentando ser bom, e sim encontrando a bondade que
já existe dentro de si mesmo e permitindo que ela sobressaia.
E para um indivíduo é uma libertação saber que ele não é aquela “voz dentro da
cabeça”.
Quem ele é então? É aquele que compreende isso. A consciência que é anterior ao
pensamento, ao espaço em que este – ou a emoção, ou a percepção sensorial –
acontece
Quanto mais rápidos somos em ligar rótulos verbais ou mentais a coisas, pessoas ou
situações, mais superficial e sem vida nossa realidade se torna.
O ego leva tudo para o lado pessoal. Surge a emoção, assim como a atitude
defensiva,
talvez até a agressão. Estamos defendendo a verdade? Não, a verdade nunca precisa
de
defesa. Nem a luz nem o som se importam com o que eu, você ou qualquer outra pessoa
pense. Estamos protegendo a nós mesmos ou então a ilusão de nós mesmos, o
substituto produzido pela mente.
O passado não tem força para nos impedir de viver no estado de presença agora.
Apenas o rancor em relação ao passado pode fazer isso. E o que é o rancor? A
bagagem
de velhos pensamentos e antigas emoções.
A
causa primária da infelicidade nunca é a situação, mas nossos pensamentos sobre
ela.
Quando uma
pessoa o define, ela está se limitando, então o problema é dela. Sempre que estiver
interagindo com alguém, não se porte como se você fosse basicamente uma função ou
um papel, mas um campo de presença consciente
Na forma,
somos e seremos sempre inferiores a algumas pessoas e superiores a outras. Na
essência, não somos inferiores nem superiores a ninguém.
Embora o corpo seja muito inteligente, ele não consegue diferenciar uma situação
real de um pensamento. Por isso reage a todo pensamento como se fosse a realidade
bata suas asas –
isto é, “deixe a história pra lá” – e retorne para o único lugar importante: o
momento
presente.
Como muitas
pessoas estão se tornando mais conscientes, o ego vem perdendo influência sobre a
mente humana. Uma vez que ele nunca se enraizou profundamente nas mulheres, seu
domínio sobre elas está se reduzindo mais rápido do que sobre os homens.
Alguém que na infância tenha sido negligenciado ou abandonado por um dos pais ou
por ambos desenvolverá, provavelmente, um corpo de dor que será estimulado por
qualquer situação que lembre, até mesmo de forma remota, o sofrimento primordial do
abandono. Tanto um amigo que se atrase cinco minutos para pegar a pessoa no
aeroporto quanto um cônjuge que chega tarde em casa podem deflagrar um ataque
violento do seu corpo de dor.
Quanto mais limitada, quanto mais estreitamente egóica é a visão que temos de nós
mesmos, mais nos concentramos nas limitações egóicas – na inconsciência – dos
outros
e reagimos a elas. Os “erros” das pessoas ou o que percebemos como suas falhas se
tornam para nós a identidade delas. Isso significa que vemos apenas o ego nos
outros e,
assim, fortalecemos o ego em nós. Em vez de olharmos “através” do ego deles,
olhamos
“para” o ego. E quem está fazendo isso? O ego em nós
dê às pessoas qualquer coisa que você pense que elas estão lhe
negando – elogios, apreço, ajuda, atenção, etc. Você não tem isso? Aja exatamente
como se tivesse e tudo isso surgirá. Logo depois que você começar a dar, passará a
receber. Ninguém pode ganhar o que não dá. O fluxo de entrada determina o fluxo de
saída. Seja o que for que você acredite que o mundo não está lhe concedendo você já
possui. Contudo, a menos que permita que isso flua para fora de você, nem mesmo
saberá que tem. Isso inclui a abundância.
Estarmos
alinhados com o que é significa estarmos numa relação de não-resistência interna
com
os acontecimentos. Isso corresponde a não rotular essa realidade mentalmente como
boa nem má, e sim deixá-la ser o que é.
Somente quando
resistimos ao que ocorre é que ficamos à mercê dos acontecimentos e o mundo
determina nossa felicidade ou infelicidade.