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Um novo mundo

Os seres humanos
sofreram mais nas mãos uns dos outros do que em decorrência de desastres naturais.

Ninguém se torna bom tentando ser bom, e sim encontrando a bondade que
já existe dentro de si mesmo e permitindo que ela sobressaia.

Seu “grau de espiritualidade” não está


absolutamente relacionado com aquilo em que acreditam, porém que ele tem tudo a ver
com seu estado de consciência. Isso, por sua vez, determina como alguém age no
mundo e interage com os outros

E para um indivíduo é uma libertação saber que ele não é aquela “voz dentro da
cabeça”.
Quem ele é então? É aquele que compreende isso. A consciência que é anterior ao
pensamento, ao espaço em que este – ou a emoção, ou a percepção sensorial –
acontece
Quanto mais rápidos somos em ligar rótulos verbais ou mentais a coisas, pessoas ou
situações, mais superficial e sem vida nossa realidade se torna.

Toda vez que você aceita completamente uma


perda, o ego é suplantado e quem você é, o Ser que é consciente de si mesmo,
aparece.

a vida nos proporcionará todas as


experiências que forem as mais úteis à evolução da nossa consciência. Como
saberemos
que determinada experiência é aquela de que necessitamos? Porque ela será a
experiência
pela qual estaremos passando no momento.

“Eu sou a consciência que


está consciente de que existe vínculo.” Esse é o começo da transformação da
consciência.

Quando sabemos que estamos


sonhando, é porque estamos despertos no sonho – outra dimensão da consciência se
estabeleceu.

A verdade suprema de quem nós somos


não é “eu sou isso ou eu sou aquilo”, mas “eu sou”.

Algumas vezes, a “falta” que


apontamos em alguém nem mesmo existe. Ela pode ser um erro total de interpretação,
uma projeção feita por uma mente condicionada a ver inimigos e a se considerar
sempre
certa ou superior. Em outras ocasiões, a falta pode ter ocorrido; contudo, se nos
concentrarmos nela, às vezes excluindo todo o resto, nós a tornamos maior do que é.
E
dessa maneira fortalecemos em nós mesmos aquilo a que reagimos no outro.

O ego leva tudo para o lado pessoal. Surge a emoção, assim como a atitude
defensiva,
talvez até a agressão. Estamos defendendo a verdade? Não, a verdade nunca precisa
de
defesa. Nem a luz nem o som se importam com o que eu, você ou qualquer outra pessoa
pense. Estamos protegendo a nós mesmos ou então a ilusão de nós mesmos, o
substituto produzido pela mente.

O passado não tem força para nos impedir de viver no estado de presença agora.
Apenas o rancor em relação ao passado pode fazer isso. E o que é o rancor? A
bagagem
de velhos pensamentos e antigas emoções.

Ainda que o interlocutor seja o presidente ou o papa,


você se sente superior a ele naquele momento porque sabe mais. Esse é um dos
motivos
que fazem com que muita gente se vicie em fofoca. Além disso, a fofoca costuma
carregar um elemento de crítica e julgamento malicioso dos outros. Dessa forma,
também fortalece o ego por meio da superioridade moral imaginada, que fica
implícita
em toda apreciação negativa que fazemos de alguém.

O mal de ser famoso é que a verdadeira identidade do indivíduo


torna-se totalmente obscurecida por uma imagem mental coletiva. A maioria das
pessoas que se aproxima de alguém célebre quer melhorar a própria identidade – a
imagem mental de quem elas são – por meio dessa associação

Tudo o que devemos saber e


observar em nós mesmos é isto: sempre que nos sentirmos superiores ou inferiores a
alguém, isso é o ego em ação.

É claro que, depois


que uma pessoa se identifica com uma história em que assume o papel de vítima, ela
não
quer que isso termine, e assim, como muitos terapeutas sabem, o ego não deseja o
fim
dos seus “problemas” porque eles fazem parte da sua identidade

A imagem conceitual que nossa mente gerou de nós mesmos está


se relacionando com sua própria criação, que é a imagem conceitual que ela produziu
da
outra pessoa. A mente da outra pessoa provavelmente fez a mesma coisa, então cada
interação egóica entre dois indivíduos é, na realidade, a interação entre quatro
identidades conceituais produzidas pela mente que são, em última análise,
fictícias.
Portanto, não é de surpreender que haja tanto conflito nos relacionamentos. Não
existe
nenhuma relação verdadeira.

A
causa primária da infelicidade nunca é a situação, mas nossos pensamentos sobre
ela.

Quando uma
pessoa o define, ela está se limitando, então o problema é dela. Sempre que estiver
interagindo com alguém, não se porte como se você fosse basicamente uma função ou
um papel, mas um campo de presença consciente

Na forma,
somos e seremos sempre inferiores a algumas pessoas e superiores a outras. Na
essência, não somos inferiores nem superiores a ninguém.

Embora o corpo seja muito inteligente, ele não consegue diferenciar uma situação
real de um pensamento. Por isso reage a todo pensamento como se fosse a realidade
bata suas asas –
isto é, “deixe a história pra lá” – e retorne para o único lugar importante: o
momento
presente.

. Bastava uma mulher mostrar amor


pelos animais, caminhar sozinha nos campos ou nas florestas ou colher plantas
medicinais para ser considerada bruxa, torturada e condenada a morrer na fogueira.
O
sagrado feminino foi declarado demoníaco e toda uma dimensão desapareceu
significativamente da experiência humana. Outras culturas e religiões, como o
judaísmo, o islamismo e até mesmo o budismo, também reprimiram a dimensão
feminina, embora de uma maneira menos violenta. O papel das mulheres foi reduzido a
cuidar dos filhos e da propriedade masculina

Como muitas
pessoas estão se tornando mais conscientes, o ego vem perdendo influência sobre a
mente humana. Uma vez que ele nunca se enraizou profundamente nas mulheres, seu
domínio sobre elas está se reduzindo mais rápido do que sobre os homens.

Ocorre que tanto a vítima quanto o agressor sempre sofrem as conseqüências


de qualquer ato de violência, opressão ou brutalidade. Porque o que fazemos aos
outros
fazemos a nós mesmos.

Alguém que na infância tenha sido negligenciado ou abandonado por um dos pais ou
por ambos desenvolverá, provavelmente, um corpo de dor que será estimulado por
qualquer situação que lembre, até mesmo de forma remota, o sofrimento primordial do
abandono. Tanto um amigo que se atrase cinco minutos para pegar a pessoa no
aeroporto quanto um cônjuge que chega tarde em casa podem deflagrar um ataque
violento do seu corpo de dor.

Quanto mais limitada, quanto mais estreitamente egóica é a visão que temos de nós
mesmos, mais nos concentramos nas limitações egóicas – na inconsciência – dos
outros
e reagimos a elas. Os “erros” das pessoas ou o que percebemos como suas falhas se
tornam para nós a identidade delas. Isso significa que vemos apenas o ego nos
outros e,
assim, fortalecemos o ego em nós. Em vez de olharmos “através” do ego deles,
olhamos
“para” o ego. E quem está fazendo isso? O ego em nós

Em vez de reconhecermos o que já há de bom na


nossa vida, tudo o que vemos é carência. Detectarmos o que existe de positivo na
nossa
vida é a base de toda a abundância. O fato é o seguinte: seja o que for que nós
pensemos
que o mundo está nos tirando é isso que estamos tirando do mundo. Agimos assim
porque no fundo acreditamos que somos pequenos e que não temos nada a dar.

dê às pessoas qualquer coisa que você pense que elas estão lhe
negando – elogios, apreço, ajuda, atenção, etc. Você não tem isso? Aja exatamente
como se tivesse e tudo isso surgirá. Logo depois que você começar a dar, passará a
receber. Ninguém pode ganhar o que não dá. O fluxo de entrada determina o fluxo de
saída. Seja o que for que você acredite que o mundo não está lhe concedendo você já
possui. Contudo, a menos que permita que isso flua para fora de você, nem mesmo
saberá que tem. Isso inclui a abundância.

Só o fato de você sorrir para um estranho já promove uma mínima saída de


energia. Você se torna um doador. Pergunte-se com freqüência: “O que posso dar
neste caso? Como posso prestar um serviço a esta pessoa nesta situação?” Você não
precisa ser dono de nada para perceber que tem abundância. Porém, se sentir com
freqüência que a possui, é quase certo que as coisas comecem a acontecer na sua
vida

A profunda interligação de todos os eventos e de todas as coisas deixa implícito


que
os rótulos mentais de “bom” e “mau” são, em última análise, ilusórios. Eles sempre
pressupõem uma perspectiva limitada e, assim, são verdadeiros apenas
temporariamente
e de modo relativo

Estarmos
alinhados com o que é significa estarmos numa relação de não-resistência interna
com
os acontecimentos. Isso corresponde a não rotular essa realidade mentalmente como
boa nem má, e sim deixá-la ser o que é.

Somente quando
resistimos ao que ocorre é que ficamos à mercê dos acontecimentos e o mundo
determina nossa felicidade ou infelicidade.

O despertar é uma mudança no estado de consciência que ocorre com a separação


entre pensamento e consciência.

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