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Como lidar com a ANSIEDADE CRÔNICA

04/04/2016

Pode ser que você nunca tenha ouvido falar no termo “ANSIEDADE
CRÔNICA”, mas certamente já se deparou com alunos – ou filhos… – que
sofram dessa… característica.
Sabemos que o mundo evolui e as pessoas também e atribuímos, como
seres pensantes, características a cada geração, dependendo de seus
estímulos e traços marcantes. Já tivemos baby boomers, geração x, geração
y, geração z e hoje temos uma nova geração que traz os mais variados
nomes, de acordo com o pesquisador que comenta sobre ela. Pode ser a
geração alpha, geração digital, nativos digitais… não importa, na verdade, o
nome, pelo menos para nós, educadores. O que nos importa é o
comportamento, pois é só quando o conhecemos que conseguimos lidar com
ele.
Claro, não consigo falar em apenas um artigo sobre essa nova geração
escolar, portanto hoje falo sobre um dos mais marcantes traços: a
ANSIEDADE CRÔNICA.
O aluno mal recebeu a lição na mão e pergunta o que é para fazer… nem se
dá ao trabalho de ler, quer pular esta etapa, pois acredita inconscientemente
que irá “perder tempo”. O aluno entrega a redação com lacunas de
coerência, pois inconscientemente ele pulou partes da história. O aluno
precisa ir com urgência ao banheiro, pois acaba de se lembrar que ainda não
foi, portanto não conseguirá esperar muito para cumprir essa “tarefa”.
Poderia citar mil situações nas quais podemos encaixar o termo
“ANSIEDADE CRÔNICA”, pois ela faz total parte de nossa rotina como
educadores. Aliás, é por esse mesmo motivo que atualmente muitos jovens
não se prendem aos empregos como antigamente se fazia. Eles não estão
interessados em trilhar um caminho. Precisam de resultados rápidos.
Precisam ter certeza de que farão algo diferente IMEDIATAMENTE.
Não se assuste! Na verdade, esse comportamento pode ser facilmente
controlado. Prova disso é o sucesso que minhas atividades fazem em sala
de aula. Exatamente porque compreendo plenamente a ANSIEDADE
CRÔNICA e estudo formas de inteligência e suas evoluções, as atividades
que produzo vão de encontro DIRETO com esse traço característico do
aluno.
Note que seu aluno, inicialmente, não deve se ater em uma única tarefa que
pareça com uma única tarefa. Ele é, por natureza, multitarefa, mesmo que
não seja. O mundo dele é assim e ele tem uma necessidade até biológica de
o ser.
Pense bem… por qual motivo ele se dá tão bem como o vídeo game? Ele
não dedica total atenção ao jogo virtual? Pois é! Aí está o segredo! O jogo
traz multitarefas para ele e ele se sente menos ansioso, pois consegue dividir
a atenção em uma única tela.
Não sei se fui totalmente clara, pois é difícil explicar sobre ANSIEDADE
CRÔNICA se você for resistente à tecnologia. Vem dela a influência dessa
ansiedade, pois ela estimula muito a criança.
Para controlar essa ansiedade, em sala de aula, basta suprir a necessidade
de ter tarefas para fazer, mas tarefas que possam ser concluídas em
pequenas partes. Não adiantam também tarefas longas. Procure trabalhar de
modo direto, bem direcionado e com intervalos curtos de atenção,
preenchidos com algum jogo ( tipo jogo da velha, uma adivinhação ou
mesmo uma quebra feita por uma simples pergunta ou desafio ).
Certamente o problema será ampliado, pois o aluno sente falta, na escola, de
itens que utiliza quando está fora dela ( aparelhos, por exemplo ). Não canso
de dar o exemplo da eletricidade, pois acho o mais próximo da realidade do
professor. Imagine ficar 5 horas sem eletricidade todos os dias e tivesse que
ser obrigado a permanecer no lugar. É bem possível que, como adulto,
arrumasse o que fazer, mas a criança precisa de um auxílio nessa parte.
Estar sem os aparelhos é o mesmo que estar sem algo que faz parte de suas
vidas e isso é difícil para os pequenos. Ensine meios de usar o tempo na
classe de forma útil!
Você pode ter estações de atividades extra para alunos mais rápidos, pode
ter um caderno extra de lições, uma pasta com desenhos e passatempos…
enfim…. muitas são as formas de contornar o problema.
Uma dica final seria a observação! Observe o aluno, tente compreender
como ele se sente e desta forma conseguirá adaptar estratégias para
garantir o bom aprendizado, contornando – e domando, claro! – a
ANSIEDADE CRÔNICA.
Se há mais para se falar dela? Um livro inteiro se for escrever! Por esse
exato motivo, paro por aqui. Se consegui chamar sua atenção para o fato e o
fiz refletir sobre formas de lidar com ela, sinto-me satisfeita!
Espero que tenha gostado do artigo! Até a próxima!

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