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São Paulo, 10 de Julho de 2019

Ano 2 - Edição nº 00128

 High Yield
Mais uma instituição financeira positivada pelo
High Yield

Resumo da publicação

Nesta publicação, atualizamos a avaliação de duas instituições financeiras


acompanhadas pela série. O Omni Banco foi positivado por nós para investimentos
em títulos de sua emissão com prazo máximo de 1 ano, enquanto o Banco Indusval
segue negativado por nós. Por fim, comentamos sobre os principais acontecimentos
da semana com potencial de afetar os investimentos em renda fixa.

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highyield@empiricus.com.br

 
Boa leitura!
 

Índice:

Avaliação dos Bancos Omni e Indusval;

Acontecimentos da semana;

Carteira HY – Renda Fixa;

Carteira HY – Renda Programada;

Carteira HY – Títulos Públicos;

Carteira Legado;

Avaliação Omni Banco

Avaliação do Omni Banco: Positiva (com restrições)

A Omni Soluções Financeiras é um conglomerado financeiro de capital fechado composto


basicamente pela sua instituição líder, a Omni S.A. Crédito, Financiamento e Investimento
(financeira), pela Omni S.A. Arrendamento Mercantil (leasing) e pelo Omni Banco S.A.
(banco).

O grupo está presente no mercado há 25 anos e tem sua atuação voltada principalmente
para o financiamento de veículos usados e para o crédito no varejo para pessoas físicas. 
 

A Omni Financeira é uma instituição de porte médio, com patrimônio líquido na faixa de
R$ 286 milhões, conforme demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de
2018. 

Sua carteira de empréstimos alcançou R$ 2,47 bilhões nessa data, mostrando que possui
um nível de alavancagem patrimonial (carteira de empréstimos/patrimônio líquido)
próximo a 10 vezes, considerado alto.

Ao avaliar sua carteira de empréstimos nesse período, percebemos que ela possui cerca
de 80% (R$ 1,8 bilhão) classificados entre risco de crédito A e E, e 20% (R$ 480 milhões)
classificados entre risco E e H. Isso indica um valor expressivo para operações de crédito
de alto risco de inadimplência (níveis E – H).

Para se ter uma ideia dessa prática, sua carteira de crédito chegou a registrar no final de
2015 um total de R$ 3,13 bilhões, dos quais cerca de um terço (R$ 1,19 bilhão) foram
classificados com o mais alto nível de risco de crédito (H): o qual demanda realização de
100% de provisão para devedores duvidosos (PDD), conforme regras do Banco Central.

Isso tem sido uma constante nas operações da Omni nos últimos anos e deixa
transparente que a sua expertise e modelo de negócios têm como princípio empréstimos
de alto risco para pessoas físicas.

No entanto, apesar do alto risco, sua operação vem funcionando bem até o momento,
tendo gerado lucro líquido crescente desde 2015: R$ 10,9 milhões (2015); R$ 19,1 milhões
(2016); R$ 55,6 milhões (2017); e R$ 92,4 milhões (2018).

 
A Omni registrou um índice de Basileia de 13,22% em 31 de dezembro de 2018. Vale
lembrar que o indicador mostra, basicamente, o patamar de solvência apresentado pela
instituição como proporção de seus ativos ponderados pelo risco (conforme
regulamentação definida pelo Banco Central). 

Embora esse índice venha apresentando queda (piora) consistente nos últimos anos -
basicamente, em função do alto valor de sua carteira ponderado pelo risco de
inadimplência da mesma -, a Omni tem conseguido manter o seu índice de Basileia acima
de 13%, patamar muito próximo do mínimo aceitável do ponto de vista de solvência de
uma instituição financeira.

Dessa forma, resolvemos positivar a Omni para investimento em seus títulos de renda fixa
com restrições:

- não exceder o prazo máximo de 1 (um) ano de vencimento em títulos de sua emissão;

- não superar a alocação máxima de 5% em títulos de sua emissão na sua carteira de


renda fixa.

Avaliação Banco Indusval


 

Avaliação do Banco Indusval: negativa

O Banco Indusval & Partners (BI&P) é um banco médio nacional de capital aberto com
ações negociadas na Bolsa (B3). Ele passou por reestruturação societária no 1T19, quando
foi feito o aporte de cerca de R$ 250 milhões em capital pelos seus acionistas, e um deles,
Roberto de Rezende Barbosa, se tornou sócio majoritário.
 

A capitalização veio em conjunto com mudanças na operação do banco, assim como na


sua direção executiva. Essas mudanças sugerem uma tentativa de “recomeço” da direção
e dos acionistas do BI&P, no sentido de redirecionar sua estratégia em busca de resultados
financeiros positivos no futuro.

Nota-se que, junto a uma orientação mais rigorosa na análise de crédito, houve uma
redução da ordem de 43,1% na carteira de crédito expandida (empréstimos, fianças, etc.)
do banco nos últimos 12 meses, tendo passado a contabilizar cerca de R$ 590 milhões no
1T19. 

A alavancagem patrimonial (carteira de empréstimos/patrimônio líquido) permanece


estável há algum tempo, próxima a 5 vezes o seu patrimônio líquido. Isso aconteceu tanto
no balanço referente ao 1T19 (5,47 vezes) quanto no do 4T18 (4,84 vezes) e no do mesmo
período do ano passado (5,15 vezes). 

Vale observar que o valor do patrimônio líquido (R$ 108,8 milhões) registrado no fim do
1T19 ainda não contempla o aporte de capital de R$ 250 milhões, o que deve reduzir
significativamente a alavancagem — para algo em torno de 1,65 vez.

Apesar de ter apresentado boa perspectiva de solvência com folgada posição de liquidez
no 1T19 — com recursos da ordem de R$ 778 milhões em caixa (sem considerar o recente
aumento de capital) — e uma boa gestão de ativos e passivos, ele apresenta problemas de
rentabilidade em sua operação.

A margem financeira líquida do BI&P (o equivalente do “retorno sobre o ativo” nas


empresas não financeiras) tem sido muito fraca nos últimos trimestres e,
consequentemente, comprometido o resultado do banco.

 
Foi registrado prejuízo de R$ 37 milhões no trimestre (1T19) devido tanto à queda de
receitas originadas pela redução da sua carteira de crédito, quanto pela “sobrecarga” de
despesas administrativas com acréscimo motivado pela implantação operacional do
SmartBank, braço digital do banco. 

Em nossa opinião, o principal desafio do BI&P daqui para a frente é rentabilizar o seu
ativo (que registrou, no fim do 1T19, cerca de R$ 2,2 bilhões), de forma a melhorar o seu
desempenho e lucro. Isso ainda não aconteceu.

Entendemos que esse objetivo faz parte de um processo, demandando tempo para
readequar as operações do banco nessa direção. Dessa forma, mantemos nossa avaliação
negativa para o BI&P até que ele mostre que conseguiu superar esse desafio e consolide
uma operação rentável e sustentável ao longo do tempo.

[Início]

Acontecimentos da semana 

O destaque da última semana foi a aprovação do texto-base da reforma da Previdência na


comissão especial da Câmara dos Deputados, na sexta-feira (5), pelo placar de 36 votos a
13. Agora o texto será submetido ao plenário da Câmara, no qual precisa ser aprovado por
pelo menos 308 votos em dois turnos para, então, ser encaminhado ao Senado Federal.
Conforme informações veiculadas na imprensa, o governo pode contar com mais votos do
que os necessários para aprovação da matéria.

 
No que diz respeito ao conteúdo da reforma, destacamos como principal ponto a
manutenção de uma economia próxima à almejada pela equipe econômica (cerca de R$ 1
trilhão em dez anos). Resta saber se o texto estará blindado contra novas investidas de
grupos de interesses nesta próxima fase.

A expectativa é de que o plenário da casa possa aprovar o projeto antes mesmo do recesso
parlamentar (17 de julho), de modo que se inicie o segundo semestre faltando apenas a
aprovação do texto pelo Senado.

No nosso entender, uma possível aprovação da reforma no plenário da Câmara já


representaria a queda do último fator de risco que vem impedindo o BC de iniciar um
novo ciclo de corte de juros já na próxima reunião do Copom (30 e 31 de julho). Afinal, os
dados recentes da atividade econômica seguem decepcionando, enquanto as expectativas
e projeções de inflação — tanto para este ano quanto para 2020 — seguem abaixo dos
centros da meta. 

De olho na possibilidade de novas quedas na Selic, o mercado de juros doméstico já


começa a precificar até mesmo cortes acima de 0,25% ao ano para as duas próximas
reuniões do Copom. Esse movimento, aliado à queda dos prêmios de risco na curva de
juros, segue proporcionando um ambiente favorável para que as taxas de juros dos títulos
públicos negociados no Tesouro Direto continuem a testar as suas mínimas históricas.

Diante desse cenário, o que esperar dos investimentos em renda fixa?

Conforme temos destacado nos últimos plantões de dúvidas, entendemos que o mercado
já se antecipou (ao menos em boa parte) à aprovação da reforma da Previdência, bem
como à queda da Selic para um patamar próximo a 5,5% ao ano no fim de 2019. Assim,
vemos pouco espaço para ganhos tanto em títulos prefixados quanto em indexados à
inflação de prazos longos, como o caso do Tesouro IPCA+ 2035 e do Tesouro IPCA+ 2045.

 
Nesse sentido, enxergamos o fundo de debêntures incentivadas Kinea Infra como uma
boa alternativa aos títulos mencionados acima, desde que atendidas nossas sugestões
sobre preços máximos de aquisição de suas cotas em Bolsa. Se você ainda possui dúvidas
sobre como investir no fundo, não deixe de assistir ao nosso último plantão de dúvidas.
Lá esclarecemos boa parte das dúvidas de nossos assinantes relacionadas a essa nova
classe de ativos sugeridos pela série High Yield. 

Um abraço e ótimos investimentos!

[Início]

Carteira de referência do High Yield


3. 
Taxa/cotação Taxamínima/cotação Entrada Peso na Aplicação
Ativo/título Emissor Vencimento Onde encontrar
atual máxima para compra válida?* carteira mínima**

Tesouro Selic 2025 ou BTG Tesouro


01/03/2025 0,02% Qualquer uma SIM 25% R$ 1.000
Pactual Tesouro Selic Nacional
Tesouro Direto

Tesouro
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 2,89% 3,70% NÃO 25% RS 1.000
Nacional
Tesouro Direto

LCI ou LCA Daycoval 1 ano 97% do CDI 95% do CDI SIM 25% R$ 1.000

Daycoval  

Banco
LCI 1 ano 95% do CDI 95% do CDI SIM 15% R$ 600 Banco
Inter
Inter

Não tem
No home broker pelo Ticker
Fundo Kinea Infra Kinea (liquidez R$ 138 R$ 136,55*** NÃO 10% RS 400
(KDIF-FID01B0)
diária) 

*Não = quando a taxa atual está abaixo da considerada mínima para compra; Sim = taxa atual acima da taxa mínima.

**É o valor mínimo de investimento em cada título para que você obtenha exatamente a alocação sugerida pela carteira.

***Não sugerimos investimentos no fundo caso a cota de mercado esteja acima desse valor.

A carteira High Yield – Renda Fixa é a carteira principal da nossa série. Sugerimos esta


carteira para o  investidor de per l conservador  ou  moderado  que deseja investir em um
cardápio de títulos de excelente qualidade de crédito (públicos e privados) para o médio e
o longo prazo, com rentabilidade atrativa e que visa superar o CDI.

Ela será gerida de forma dinâmica e ativa, procurando aproveitar as boas oportunidades
existentes no mercado de renda fixa brasileiro.

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Demais carteiras
 

Como dito, a  HY – Renda Fixa  será a nossa carteira de referência (e a sugerimos para
aqueles que pretendem obter elevados retornos financeiros ao longo do tempo
balanceando sempre a relação risco x retorno de seus investimentos). 

No entanto, sabemos que cada assinante possui a sua particularidade no que se refere ao
objetivo pessoal com os investimentos. Seja por questões de perfil (conservador,
moderado ou arrojado), seja por restrição de liquidez ou, ainda, por pura preferência.

Nesse sentido, optamos por elaborar, além da nossa carteira principal, carteiras opcionais
para investidores que se identificarem com o propósito que cada uma visa atender!

4.
Taxa/cotação Taxa mínima/cotação Entrada Peso na Pagamento
Ativo/título Emissor Vencimento Onde encontrar
atual máxima para compra válida?* carteira de juro

Tesouro Selic 2025 ou BTG Tesouro


01/03/2025 0,02% Qualquer uma SIM 10% Não tem
Pactual Tesouro Selic Nacional
Tesouro Direto

Tesouro IPCA+com juros Tesouro Fevereiro e


15/08/2026 2,97% 3,50% NÃO 30%
semestrais 2026 Nacional Agosto
Tesouro Direto

Tesouro IPCA+com juros Tesouro Maio e


15/05/2035 3,46% 3,80% NÃO 30%
semestrais 2035 Nacional novembro
Tesouro Direto

Tesouro Prefixado com juros Tesouro Janeiro e


01/01/2029 7,19% 8,70% NÃO 20%
semestrais 2029 Nacional Julho
Tesouro Direto

Não tem
Maio e No home broker pelo Ticker
Fundo Kinea Infra Kinea (liquidez R$ 138 R$ 136,55** NÃO 10%
novembro (KDIF-FID01B0)
diária) 

*Não = quando a taxa atual está abaixo da considerada mínima para compra; Sim = taxa atual acima da taxa mínima.

**Não sugerimos investimentos no fundo caso a cota de mercado esteja acima desse valor.

Sugerimos a carteira HY – Renda Programada para os assinantes que se interessam por


uma aplicação exclusivamente de longo prazo, com um enfoque no recebimento de juros
periódicos para complemento de renda.

A carteira é sugerida para investidores de perfil conservador, moderado ou arrojado.

A sugestão de alocação inicial foi realizada com títulos do Tesouro Nacional, mas estamos
atentos a oportunidades interessantes que surjam no mercado de títulos privados – como
novas emissões de debêntures, por exemplo.

Por fim, cabe algumas observações sobre esta carteira:


 

i) A carteira é essencialmente para geração de renda e poupança ao longo do tempo. Por


isso, os títulos sugeridos foram escolhidos com o objetivo de serem carregados até o
vencimento. Por não possuir caráter especulativo, esta carteira não é sugerida aos
assinantes que pretendam realizar o resgate de seus investimentos antes do vencimento
dos títulos;

ii) É importante ressaltar que não existe qualquer possibilidade de perda se os títulos
forem levados até a data de vencimento. Em caso de necessidade de resgatá-los antes,
poderá ocorrer algum decréscimo, a depender dos preços de mercado dos títulos no
momento da negociação.

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5. 
Taxa Taxa mínima de Entrada Peso na Aplicação Onde
Título Emissor Vencimento
atual compra válida?* carteira mínima** encontrar

Tesouro Selic 2025 ou BTG Pactual Tesouro


01/03/2025 0,02% Qualquer uma SIM 70% R$ 156,44
Tesouro Selic Nacional Tesouro
Direto

Tesouro
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 2,89% 3,70% NÃO 30% RS 55,87
Nacional Tesouro
Direto

*Não = quando a taxa atual está abaixo da considerada mínima para compra; Sim = taxa atual acima da taxa mínima.

**É o valor mínimo de investimento em cada título para que você obtenha exatamente a alocação sugerida pela carteira.

A HY – Títulos Públicos foi criada para investidores de


perfil conservador e/ou moderado que preferem investir somente em títulos públicos do
Tesouro Direto.

Ela representa também uma ótima alternativa para investidores iniciantes, pois o valor
mínimo necessário para se comprar um título público do Tesouro Nacional atualmente é
de R$ 30. 

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6. 
Título Emissor Categoria/Indexador Prazo

CRI Ipiranga Pós-fixado 25/10/2022

CDB Paraná Banco Pós-fixado 2 anos

Debênture (CCCI22) Intercement Pós-fixado 19/04/2022

Debênture (CMDT33) Cemig Distribuição IPCA 15/02/2025

A carteira tradicional da antiga série  Empiricus Renda Fixa  não foi esquecida! Ela
apenas mudou de nome e passará a se chamar Carteira Legado.

No entanto, a Carteira Legado permanecerá sem alterações ao longo do tempo (até que os
títulos pertencentes a ela vençam).

Ou seja, não serão realizadas novas sugestões para ela. Apenas faremos o
acompanhamento periódico dos títulos privados da carteira a cada divulgação dos
balanços trimestrais de  seus  emissores, no que diz respeito ao risco de crédito de seus
títulos. 

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Como você avalia este conteúdo?

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Luiz Rogé
Autor

Marx Silveira
Assistente

Rafael Brandimarti
Editor

Erika Sá
Editora

Associada à: ANATEC, Instituto Palavra Aberta e Câmara Brasileira do Livro

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