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Antiparkinsonianos

O mal de Parkinson é uma doença crônica, neurodegenerativa e progressiva. Vai ocorrer morte
de neurônios dopaminérgicos, na região nigroestriatal – região que comanda os movimentos
voluntários, e os que restam passam a produzir pequenas quantidades de dopamina, então os
que restam vão ter sua efetividade afetada porque vão produzir menor quantidade de
dopamina.

Por ser uma doença crônica o medicamento não cura, apenas retarda a evolução da doença e
controla os sintomas motores. O mal de Parkinson não tem causa estabelecida, mas o
parkinsonismo tem causa, ou seja, outro fator pode causar os mesmos efeitos e sintomas do
Parkinson. Fármacos antipsicoticos pode causar a síndrome parkinsoniana, que apresenta os
mesmos efeitos do mal de Parkinson, mas com causa medicamentosa.

Sintomas – se manifesta quando cerca de 80% da atividade dopaminérgica está diminuída. O


principal sintoma é o tremor de repouso (quando está em repouso ele se intensifica), rigidez
nos braços, pernas e tronco (que faz com que o tronco fique curvado); lentidão nos
movimentos, problemas de equilíbrio e coordenação. No mal de Parkinson há baixos níveis de
dopamina e excesso de acetilcolina (lentidão de movimentos), quando o medicamento
estimula a produção de dopamina, vai haver diminuição de acetilcolina, ou seja, não vai
conseguir ficar equilibrado então os sintomas vão estar relacionado com esses fatores.

Tratamento – os medicamentos atuam estimulando a dopamina, o objetivo do tratamento é


retardar a evolução da doença e controlar os sintomas motores. A maior parte dos
antiparkisonianos são usados em associação com a levodopa para aumentar o efeito dela.

 Medicamentos precursor da dopamina

L-Dopa – O principal medicamento é a L-dopa porem ela perde a efetividade de maneira


rápida, e tem mais efetividade no sintoma motor. Ela atua estimulando a dopamina e os
efeitos adversos ocorre por conta que ela vai estimular também vias normais que liberam
dopamina. Mecanismo de ação – ela é um precursor sintético da dopamina, ou seja, ela é
substrato para a produção da dopamina no SNC, com mais substrato, mais dopamina é
produzida. A enzima que transforma a Levodopa em dopamina é a dopadescarboxilase, então
a levodopa é um pró-fármaco (substancia inativa, que após sofrer metabolização pela enzima,
se torna ativa). Farmacocinética – após a administração, vai ser absorvida no intestino e
atravessa a barreira hematoencefálica (BHE), por meio de um carreador, para chegar no SNC.
Deve ser evitado uso de levodopa com dietas ricas em proteínas porque a proteína é
convertida em aminoácidos e para que o aminoácido entre no sangue vai precisar de um
carreador, e esse carreador vai ficar dividido, ou transporta o fármaco ou o aminoácido
consumido na alimentação.

A principal associação com a levodopa é o inibidor da dopadescarboxilase periférico (o


medicamento se liga a enzima e a inibe, impedindo a transformação da levodopa em
dopamina), essa associação evita os efeitos adversos da dopamina e aumenta a concentração
de levodopa que alcança o SNC.

A dopamina não passa na barreira hematoencefálica para chegar no SNC, por isso não é usada
como fármaco alternativo.
Efeitos adversos relacionado a dopamina – náuseas (porque a dopamina controla o gatilho do
vômito), hipotensão ortostática, arritmia cardíaca.

Efeitos adversos relacionado a levodopa – discinesias, fenômeno on-off

 Agonistas dopaminérgicos

Terapia de substituição da levodopa. Eles ativam os mesmos receptores da dopamina,


imitando a ação da dopamina sem precisar ser convertida.

Efeitos adversos semelhantes aos da levodopa porque esta imitando a dopamina: náuseas e
vômitos, hipotensão ortostática, discinesias, alucinações

Vantagens sobre a levodopaterapia:

 Não necessita conversão enzimática para ação


 Seletividade relativa aos receptores dopaminérgicos
 Não sofrem competição no transporte (não precisa do carreador de aminoácidos nem
no TGI e nem para atravessar a BHE)
 Meia vida mais longa/Controle das flutuações motoras
 Eficaz em pacientes que já desenvolveram fenômeno “on-off”com levodopaterapia
 Metabolismo não gera radicais livres ou metabolitos tóxicos

Desvantagens:

 Menor eficácia na reversão do parkinsonismo;


 Aumenta incidência de distúrbios psiquiátricos associadosaL-dopa

 Inibidores da MAO-B

Inibe a MAO-B e retarda a degradação da dopamina, pode ser usado para intensificar os
efeitos da levodopa. São contraindicados para pacientes com depressão porque pode provocar
efeitos tóxicos.

 Anticolinérgicos - Medicamentos que atuam pela acetilcolina

Agonistas dos receptores muscarinos

Intensifica os efeitos dopaminérgicos, ao bloquear a acetilcolina e assim consegue bloquear os


sintomas associados a acetilcolina.

Efeitos adversos –R muscarínicos

-Midríase com visão turva

-Boca seca

-Taquicardia

-Hipotensão postural

-Constipação

-Retenção urinária

-Confusão mental

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