Vivemos em uma sociedade em constante evolução, onde se busca obter
indicadores cada vez mais precisos, tais como produtividade, disponibilidade de equipamentos e confiabilidade de processos garantindo assim eficiência no chão de fábrica e um lucro relativamente alto. Denominado “Análise de Falhas” o conceito faz parte do mundo da engenharia de manutenção e se reinventa a cada dia buscando identificar o problema do equipamento, determinar e catalogar melhorias e problemas que possam interferir no ambiente fabril, este processo multidisciplinar tem o colaborador como principal peça mas também necessita de ajuda da direção, engenharia, compras ou qualquer outro setor que esteja em contato com a manutenção. 1. Análise de Falhas O processo é vital para a rotina do setor de manutenção, pois esse método fornece dados que ajudam o mecânico a entender como o equipamento funciona e garantir uma quebra zero e sua confiabilidade. Basicamente na engenharia de manutenção é conhecido como o método que sugere uma ação de bloqueio para futuros problemas que irão impactar na confiabilidade. Toda falha necessariamente tem um ponto de origem, e aspectos como serviços de manutenção anteriores, materiais utilizados no passado, mudanças no ambiente de trabalho e de operador são alguns de perguntas que a engenharia faz com base no processo de análise de falhas e partindo desse pressuposto a metodologia elaborada busca obter uma análise clara da falha, identificar planos que possam sanar o problema, utilizar ferramentas auxiliares tais como o gráfico de pareto, brainstorming, diagrama de causa e efeito e muitos outros além de propiciar a melhoria contínua dos planos de manutenção e para sua necessidade de aplicação olha-se para a criticidade do ativo, a segurança dos operadores, reincidência da falha. As análises de falha foram um banco de dados histórico com soluções para futuros problemas, essas soluções incluem atividades temporárias que irão evitar a quebra do equipamento e ou extinguir pra sempre uma possível quebra, tudo isso buscando confiabilidade após um estudo catalogado. Tratada com a terceira maior tendência mundial em prática de manutenção a análise de falhas vem ganhando espaço no ramo da engenharia de manutenção pois poder prever o problema ou aprender com ele pode ser crucial na buscar por eliminar de uma por todas a falhas recorrentes. Dessa maneira temos duas formas de operar frente a falha, uma busca a confiabilidade do equipamento novo, onde é necessário um estudo do que pode vir a falhar, ações preditivas e então uma ocorrência de falha para que se possa catalogar o problema e outra maneira é a falha após uma intervenção ou seja, com o ativo operando o estudo se dá a partir da falha e não antes dela. Porque devemos erradicar as falhas é uma pergunta relativamente simples, visto que a cada problema extinto temos uma melhoria no setor, um ganho de produtividade, padrões de qualidade novos e uma garantia financeira de que o equipamento não irá nos surpreender e para isso pode se usar de alguns métodos para trabalhar com esse defeito que é a falha, tais como o PDCA, Diagrama dos Porquês, causa e efeito e muitos outros elaborados e pensados na engenharia de manutenção. A manutenção baseada na confiabilidade é abreviada com MBC e consiste em estudos e estratégias para como o nome já diz garantir a confiabilidade dos equipamentos porém ela também define por alguns fatores quais os equipamentos que merecem atenção sendo pela sua importância no processo produtivo, complexidade operacional, custo do equipamento e após escolher o equipamento de estudo o MBC define os modos de falha que podem ocorrer no ativo, o tempo de paralisação para a manutenção do ativo conhecido como “downtime”, a equipe que irá participar da manutenção. Algumas características presentes nessa metodologia buscam preservar o ativo, identificar falhas catastróficas, selecionar tarefas que possam ser benéficas para o equipamento a longo prazo. A sequencia lógica do processo MBC consiste em definir o que é um ativo por exemplo qual parte do equipamento será o fruto do estudo, conhecer e levantar dados sobre o ativo, detalhar sua operação, analisar sua criticidade e por fim concluir se é mais vantajoso garantir a confiabilidade do equipamento ou buscar uma correção quando e se um dia o ativo vier a falhar. Os obstáculos para implementação desse sistema são basicamente de tempo para estudo e falta de tempo para aplicação e de contra partida os benefícios irão fornecer dados racionais para o plano de manutenção, redução nos custos da manutenção preventiva e uma base sistemática para melhoria continua. A falha funcional se dá de acordo com o diagrama da falha, que pode ser estudado e constatado que uma falha demora em média 6 tempos para ser catastrófica, desde o seu início até a sua ruptura, se não for tomada nenhuma ação. A aplicação da metodologia de falha se dá então basicamente com o estudo do problema seja antes dele acontecer para fornecer dados para os planos ou após ele de fato ocorre para que se possa catalogar e então ter ciência do que aconteceu, para isso podem se usar de matrizes para aplicação (softwares). Visto então como um processo capaz de fornecer dados confiáveis, a metodologia de análise de falha nos faz abrir os olhos para a prevenção e assim buscar o tão necessário lucro.