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DECLARAÇÃO
Declaro que este trabalho de fim do curso é resultado da minha investigação pessoal, que todas as fontes
estão devidamente referenciadas, e que nunca foi apresentado para a obtenção de qualquer grau nesta
Universidade, Escola ou em qualquer outra instituição.
Assinatura
___________________________
(Alberto Pensaivo Manhengane Faife)
Data: ____/____/____
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Inhambane,____/____/____
_____________________________________ _________________
Grau e Nome completo do Presidente Rúbrica
_____________________________________ _________________
Grau e Nome completo do Supervisor Rúbrica
_____________________________________ _________________
Grau e Nome completo do Oponente Rúbrica
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DEDICATÓRIA
Dedico o presente trabalho a toda a minha família, pois eles contribuíram bastante para a minha formação.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por todas as conquistas que me concede em minha vida, à Universidade Eduardo
Mondlane, especialmente à Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane, por possuir
profissionais qualificados que contribuíram para a minha formação académica.
Agradeço, em especial, ao dr. Hélder Hugo pela sua paciência e disponibilidade durante a realização
do presente trabalho.
À minha família por ter me dado forcas e apoio no geral para que a minha formação fosse concluída
com sucesso.
A Direcção Provincial de Cultura e Turismo de Inhambane no geral, e em Particular a Chefe do
Departamento das Industrias Culturais e Criativas, por terem me recebido bem, no âmbito do estágio
e da colecta de informação para o presente trabalho, e ao conselho Municipal da Cidade de
Inhambane.
Aos meus colegas e amigos do curso de Curso de Informação Turística 2014, o meu obrigado!
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Resumo
A cultura é um elemento importante, quando se trata de turismo, pois existem vários produtos
turísticos inseridos nos patrimónios histórico-culturais. Desta forma, busca-se na presente pesquisa
explicar o papel da cultura no desenvolvimento do turismo no Município de Inhambane. Este papel da
cultura no desenvolvimento do turismo pode-se verificar nas vertentes específicas da cultura que são
exploradas no turismo: a arte, o património monumental e o lugar específico. Portando, em relação as
artes, refere-se aos espectáculos de música, teatro, museus e galerias de arte que são algumas das
atracções que compõem o chamado produto turístico ligado às artes; quanto ao património
monumental, a cultura assume uma dimensão mais ampla agregando, para além das actividades
artísticas, o património histórico construído e em relação ao lugar específico, este compreende, na sua
totalidade, a gastronomia, o folclore e outras manifestações culturais enraizadas no espírito do lugar.
Os problemas identificados tem a ver com a prática quase que exclusiva do turismo de sol e praia no
Município de Inhambane, mas havendo possibilidade de potencializar outros seguimentos de turismo
como o cultural, devido a existência de vários atractivos histórico-culturais, materiais e imateriais
neste Município. No que tange aos procedimentos metodológicos foram utilizadas como técnicas, a
pesquisa bibliográfica, pesquisa virtual, e a pesquisa documental, sendo que para a colecta de dados
recorreu-se a entrevista e a observação.
Feita a pesquisa observou-se que a cultura não exerce um papel significativo no desenvolvimento do
turismo no Município de Inhambane e recomenda-se que devem definir-se mais estratégias para
potencializar a mesma de modo a contribuir grandemente para o desenvolvimento do turismo neste
Município visto que dispõe-se de atractivos suficientes para o desenvolvimento do turismo cultural.
1. INTRODUÇÃO
O turismo é uma actividade praticada no Município de Inhambane, embora autores afirmem que
a tipologia de turismo mais praticada neste Município é a de sol e praia e pouco se pratica o
turismo cultural, apesar de existir um património cultural suficiente para a prática deste segmento
de turismo. Portanto a presente pesquisa objectiva compreender o papel que a cultura exerce no
desenvolvimento do turismo no Município de Inhambane.
Segundo Richards (2001) citado por Marujo (2014, p. 2) a cultura, na maioria dos casos, constitui
um trunfo importante para o desenvolvimento do turismo. Ela, em muitos casos, é considerada
um factor determinante do crescimento do consumo de lazer e turismo.
A cultura ajuda a determinar o que o turista quer fazer, como resultado de uma educação formal
ou informal, os valores e os costumes culturais. (MACLEOD e CARRIER, 2010) citados por
(MARUJO, 2014, p. 2). Portanto baseando-se na visão dos autores supra citados pode-se
depreender que a cultura é extremamente importante para o turismo visto que estes são
interdependentes e complementam-se, quando o turista desloca-se do seu local de residência
habitual para o destino escolhido, vivencia uma nova cultura, ainda que este não esteja
praticando o turismo cultural, está em contacto com uma nova cultura.
Com o tema em estudo (Importância da Cultura no Desenvolvimento do Turismo no Município
de Inhambane), pretende-se concretamente tocar nos aspectos específicos da cultura usados
como produto turístico, que de acordo com Ashworth e Pompl (1993) citados por Marujo (2014,
p. 5), a relação entre turismo e cultura pode ser estruturada em três formas sendo essas: a arte, o
património monumental e o lugar específico. Por sua vez, Cunha (2013) citado por Marujo
(2014) afirma que as relações entre turismo e cultura também podem ter um duplo sentido: por
um lado, existe o turismo como um acto cultural ou forma cultural, entendido como o
investimento promocional da cultura. Por outro, o turismo cultural que permite ao homem o
acesso às formas de expressão cultural proporcionando, deste modo, o encontro das culturas pré-
existentes e estabelecendo relações com os valores adquiridos, promovendo e negociando o
acesso a essa cultura e transformando-a num produto. Assim, e para este autor, é o turismo que
combina diversos factores para permitir que um indivíduo possa desfrutar de uma manifestação
de expressão cultural, de heranças históricas, científicas ou do estilo de vida local de uma
comunidade.
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A partir dessa relação é possível vislumbrar uma dinâmica que combina três elementos: cultura,
turismo e desenvolvimento local sustentável do território. O sector do turismo compreende várias
tipologias das quais encontra-se o turismo cultural, que é extremamente importante no que tange
a diversificação da oferta turística, dai que o presente tema aborda também em parte, o turismo
cultural.
O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: no primeiro capítulo encontra-se a
introdução, objectivos e a metodologia; o segundo capítulo é da revisão bibliográfica, e inclui
conceitos sobre turismo, cultura, antecedentes históricos sobre a cultura, relação entre cultura e
turismo e turismo e património; no terceiro capítulo temos a apresentação e discussão dos
resultados (fez-se a apresentação, analise e discussão dos dados colhidos na DPCULTURI nos
seguintes departamentos: Departamento do Património Cultural, Departamento de Turismo,
Departamento das Industrias Culturais e Criativas; no CMCI na vereação da Cultura e vereação
do Turismo; no MUREI e na CPCI, de modo a perceber qual é o papel da cultura no
desenvolvimento do turismo. O quarto capitulo traz as Conclusões e Recomendações e por fim
no quinto capitulo temos as referências bibliográficas.
1.1. Problema
1.2. Justificativa
O interesse por outras culturas é uma das principais motivações turísticas. O turismo cultural
ajuda a reforçar as características locais, valorizar a identidade e avigorar a auto-estima do sítio
receptor. Este tipo de turismo poderia ser praticado em Inhambane, mais isso não acontece. Uma
das razoes é o facto de que a cidade não se encontra preparada para mostrar tudo o que nela é
significativo e valioso, a oferta de atracções e actividades turísticas é muito reduzida.
Actualmente, existem alguns guias turísticos amateurs que ocasionalmente trabalham dando
tours pelos sítios mais centrais da cidade, mas sem uma formação oficial. Outra das razões é que o
estado de conservação dos lugares mas significativos é de degradação, descaracterização, difícil
acesso e apreciação. (SCHETTER, sd).
Havendo um grande interesse pela cultura Moçambicana no geral e do MI em particular, por este
dispor de uma grande diversidade cultural, quer no que tange a gastronomia, manifestações
culturais, edifícios histórico-culturais, mas este, é mais conhecido como destino turístico através
do turismo de sol e praia. De modo a potencializar os atractivos turísticos culturais, é necessário
que haja uma divulgação mais reforçada com vista a permitir que estes elementos possam render
mais divisas e também para que sejam mais conhecidos a nível local, regional, nacional e
internacional.
Acredita-se que o presente trabalho seja importante na perspectiva em que busca conhecer o
papel que a cultura exerce no Município de Inhambane para o desenvolvimento do sector
turístico, identificando os atractivos histórico-culturais, bem como demonstrar de que forma
esses atractivos são usados para alavancar a bolsa de valores turística do Município. Portanto
este tema, a nível social poderá identificar alguns problemas que fazem com que o Município
não esteja a ter uma prática significativa do turismo cultural e de modo a beneficiar a
comunidade local através da criação de mais postos de emprego. A nível económico este tema
poderá contribuir na identificação de problemas e criação de possíveis soluções para a
dinamização do turismo cultural neste Município, as instituições ligadas a cultura e turismo
poderão também servir-se desta pesquisa para aspectos que lhes forem pertinentes visto que o
tema engloba as duas componentes, a cultura e o turismo. Poderá igualmente servir de referência
bibliográfica para pesquisas com conteúdos inerentes ao mesmo assunto.
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1.3. Objectivos
Específicos:
1. Identificar o património cultural do Município de Inhambane;
2. Apresentar a importância da promoção da cultura no desenvolvimento do turismo no
Município de Inhambane e
3. Demonstrar o contributo socioeconómico da cultura, no melhoramento das condições de
vida da população do Município de Inhambane.
1.4. Metodologia
Entrevista: Para a presente pesquisa, opta-se por este instrumento, visto que pretende-se
colher dados qualitativos em instituições já identificadas. Portanto, serão entrevistados
técnicos do Museu Regional de Inhambane; da Casa Provincial da Cultura de Inhambane;
da Direcção Provincial de Cultura e Turismo de Inhambane, Departamento de Turismo,
Departamento das Indústrias Culturais e Criativas e Departamento do Património Cultural
e ao Conselho Municipal da Cidade de Inhambane aos Funcionários da Vereação da
Cultura e do Turismo, sendo um total de 10 pessoas.
De acordo com a FAMESC (2012, p. 30) A entrevista é uma das técnicas utilizadas na
colecta de dados primários. Para que a entrevista se efective com sucesso é necessário ter
um plano para a entrevista, de forma que as informações necessárias não deixem de ser
colhidas. As entrevistas podem ter o carácter exploratório ou ser de colecta de
informações.
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1.4.3 Amostragem
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Conceitos de Cultura
Segundo Tylor (1871) citado por Laraia (2001, p. 25) a Cultura é todo complexo que inclui
conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos
adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade".
Na visão de Laraia (2001, p. 68) cultura é o modo de ver o mundo, as apreciações de ordem
moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são
assim produtos de uma herança cultural, ou seja, resultado da operação de uma determinada
cultura.
Portanto, para a presente pesquisa adopta-se a definição de Eduard Tylor, visto que este autor,
em sua definição trouxe mais elementos específicos da cultura que são buscados no turismo.
2. 2. Conceitos de Turismo
Para o conceito de Turismo, na presente pesquisa opta-se pela abordagem trazida pela OMT,
devido a incorporação de vários elementos na mesma, mas de uma forma resumida.
A cultura é o principal elemento desta pesquisa, considerando que procura-se o papel da mesma
no desenvolvimento do turismo no Município de Inhambane. Desta forma, optou-se em trazer
alguns antecedentes Históricos deste conceito, com vista a perceber a sua evolução.
No final do século XVIII e no princípio do seguinte, o termo germânico Kultur era utilizado para
simbolizar todos os aspectos espirituais de uma comunidade, enquanto a palavra francesa
Civilization referia-se principalmente às realizações materiais de um povo. Ambos os termos
foram sintetizados por Edward Tylor (1832-1917) no vocábulo inglês Culture, que "tomado em
seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte,
moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como
membro de uma sociedade". (LARAIA, 2001, p. 25)
É importante que a comunidade participe no processo turístico, pois se for inserida no processo
de valorização da cultura local pode actuar directamente em diferentes tarefas e, assim, pode
assumir uma maior responsabilidade na preservação da sua identidade cultural através da difusão
das suas riquezas culturais. Por outro lado, e a nível turístico, a sua participação fornece ao
destino uma maior originalidade. Note-se que a actividade turística sempre procurou retratar a
cultura com base na vivência humana e, por isso, não se deve analisar o turismo de forma isolada
do seu contexto social. Por outro lado, a cultura e o turismo têm uma relação mutuamente
vantajosa, ou seja, a conexão entre cultura e turismo pode ser benéfica para reforçar a
atractividade e a competitividade de países, regiões e cidades.
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Portanto, “criar uma forte relação entre turismo e cultura pode ajudar os destinos a serem mais
atraentes e competitivos como locais para viver, visitar ou trabalhar” (Richards, 2009, p. 17).
Durante a maior parte do séc. XX, e de acordo com Richards (2009), a cultura e o turismo foram
vistos como aspectos distintos dos destinos. Por um lado, os recursos culturais eram percebidos
como parte do património cultural dos destinos onde estavam relacionados com a educação da
população local e a identidade cultural. Por outro, o turismo era visto como uma actividade de
lazer separada da vida quotidiana e da cultura da população local. Segundo o autor, esta visão
mudou gradualmente no final do século, uma vez que o papel da cultura foi um elemento
distintivo de outros destinos. Como se pode verificar no quadro seguinte, a articulação crescente
entre a cultura e o turismo foi estimulada por uma série de factores (Quadro 1).
Segundo Richards (2009) citado por Marujo (2014, p. 4) a estimulação dos factores acima
referidos fez com que a cultura passasse a ser cada vez mais utilizada como um aspecto do
produto turístico e da imagem estratégica do destino. O turismo, por sua vez, foi sendo integrado
nas estratégias de desenvolvimento cultural como um meio de preservação do património. No
campo do turismo, “a cultura impõe-se como metáfora intermediária de uma disputa que não a
perfilha como um meio, mas apenas como um guia instrumental das suas práticas” (SANTOS,
2007, p. 111).
Por outro lado, “o binómio cultura-turismo é o resultado dos processos de mercantilização e
reificação da cultura e do património cultural” (PÉREZ, 2009, p. 112) citado por (MARUJO,
2014, p. 4). Segundo Barretto (2007, p. 22), é possível falar de uma „cultura do turismo‟, dado
que o turismo é também um fenómeno cultural historicamente determinado. Assim sendo,
“poderíamos dizer que a cultura do turismo ou as culturas do turismo estão constituídas pelas
regras que regem o comportamento dos turistas na fase de preparação durante as suas viagens e
no regresso dos mesmos, regras estas que estão socialmente determinadas” (BARRETO, 2007, p.
21). Para esta antropóloga, os estudos sobre as tipologias turísticas e sobre o comportamento dos
turistas permitem atestar que existem culturas turísticas diferentes em função dos grupos sociais
que as praticam. A autora refere que a cultura turística dos viajantes com níveis educacionais
mais baixos é diferente da cultura turística daqueles que têm mais alfabetização. Por outro lado,
argumenta que “são diferentes as regras para viajar, o porquê, o para onde e a forma”
(BARRETO, 2007, p. 22). De facto, as motivações, as expectativas e o consumo de experiências
turísticas culturais variam de indivíduo para indivíduo.
A concessão de cultura associada ao turismo estabelece-se por meio do património cultural,
sendo este o seu principal atractivo (BARRETO, 2007) Citado por (MARUJO, 2014, p. 4).
No entanto, essa relação é diversificada dado que cada país ou região responde de forma
diferente aos desafios do turismo. Ou seja, trabalham o turismo em função da sua história e da
essência da sua cultura.
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Cunha (2013) citado por Marujo (2014, p. 4) afirma que as relações entre turismo e cultura
também podem ter um duplo sentido: por um lado, existe o turismo como um ato cultural ou
forma cultural, entendido como o investimento promocional da cultura. Por outro, o turismo
cultural que permite ao homem o acesso às formas de expressão cultural proporcionando, deste
modo, o encontro das culturas pré-existentes e estabelecendo relações com os valores adquiridos,
promovendo e negociando o acesso a essa cultura e transformando-a num produto. Assim, e para
este autor, é o turismo que combina diversos factores para permitir que um indivíduo possa
desfrutar de uma manifestação de expressão cultural, de heranças históricas, científicas ou do
estilo de vida local de uma comunidade. A partir dessa relação é possível vislumbrar uma
dinâmica que combina três elementos: cultura, turismo e desenvolvimento local sustentável do
território (CUNHA, 2013) citado por (MARUJO 2014, p. 4). Segundo Mathieson e Wall (1982)
citados por Marujo (2014, p. 4) existem três formas de cultura que atraem os turistas: a) as
formas de cultura inanimada como, por exemplo, a visita a monumentos históricos; b) as formas
de cultura retratadas na vida quotidiana do destino turístico e que, em muitos casos, constituem
uma das motivações principais para muitos turistas; c) as formas de cultura especialmente
animadas e que podem envolver acontecimentos especiais como, por exemplo, as feiras
medievais ou festas com tradições culturais.
A cultura é um elemento fundamental quando se trata de turismo, porém nem todos os elementos
da cultura são aproveitados e relacionam-se com o turismo. Existem elementos da cultura,
específicos e principais usados no turismo, que são, a arte, o património monumental e o lugar
específico conforme os autores abaixo evidenciam.
De acordo com Ashworth e Pompl (1993), a relação entre turismo e cultura pode ser estruturada
em três formas:
A primeira forma estabelece-se entre o turismo e a arte. Nesta relação, a cultura pode ser
usada como um atributo para atrair turistas a determinados destinos.
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Espectáculos de música, teatro, museus e galerias de arte são algumas das atracões que compõem
o chamado produto turístico ligado às artes. Assistir, por exemplo, a espectáculos na condição de
turista pode conferir status a algumas pessoas e confirmar a integração num determinado grupo
social (HENRIQUES, 2003). Por outro lado, Hughes (2002) considera que a combinação de
cultura e turismo numa viagem de férias ligada às artes pode ser um modo efectivo de
demonstrar identidade, superioridade e diferenciação.
A segunda forma da relação entre turismo e cultura está relacionada com o turismo e o
património monumental. Neste caso, a cultura assume uma dimensão mais ampla agregando,
para além das actividades artísticas, o património histórico construído (HENRIQUES 2003).
A terceira forma estabelece-se entre o turismo e um lugar específico que compreende, na sua
totalidade, a gastronomia, o folclore e outras manifestações culturais enraizadas no espírito do
lugar.
Saliente-se que as identidades e diferenças culturais, transformadas em produtos de consumo,
têm contribuído claramente para o desenvolvimento do turismo em muitas localidades. De facto
as diversidades culturais, concretizadas através do património cultural material e imaterial,
constituem o grande atractivo para o desenvolvimento do turismo regional ou local. Tais
diferenças fazem com que o turismo conquiste uma maior visibilidade no mercado que,
actualmente, está cada vez mais competitivo e globalizado. Portanto, o turismo vive muito da
diversidade cultural existente em todo o mundo, daí que exista uma forte ligação do turismo com
a cultura. Por isso, “é impossível desconsiderar a cultura como uma das mais importantes
motivações das viagens turísticas” (RUSCHMANN, 2008, p. 50).
A cultura é o grande vector que torna possível conhecer os pormenores de uma região ou
localidade e de um dado momento histórico sendo, dessa forma, um factor de grande relevância
para os povos. Portanto, sem cultura não há turismo (URRY, 1996) e (RICHARDS, 2007)
citados por (MARUJO, 2014, p. 5). Ou seja, “não pode existir turismo sem cultura, daí que
possamos falar em cultura turística, pois o turismo é uma expressão cultural” (PÉREZ, 2009, p.
108). Ou seja o turismo, pela sua essência e natureza, implica uma procura pelas diferenças que
são projectadas pela cultura material e imaterial. Assim, a cultura é “aquela cultura viva,
praticada pela comunidade no seu quotidiano. Não é um espectáculo, que se inicia quando o
autocarro de visitantes chega, mas uma actividade que a comunidade exerce rotineiramente”
(GASTAL, 1998, p. 129).
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É verdade que o turismo, sobretudo quando em excesso, pode afectar a arena cultural de uma
região ou localidade, mas também é um facto que ele surge como um instrumento de reafirmação
de culturas. Note-se que uma das grandes tendências na revitalização de um local está no
desenvolvimento de uma herança, ou seja, na preservação da história dos lugares, do seu
património, das suas gentes e dos seus costumes culturais.
Os destinos turísticos de maior sucesso são aqueles que conseguem criar uma sinergia positiva
entre cultura e turismo. (RICHARDS, 2009) citado por (MARUJO, 2014, p. 5) e, por isso, a
exploração da cultura enquanto atributo distintivo de cada lugar é, cada vez mais, estimulada
pelos promotores do turismo. Os destinos para conquistarem turistas precisam de os estimular de
uma forma atractiva e sedutora. Note-se que “a maneira pela qual os destinos são apresentados
ou a promessa é retratada, é fundamental para a decisão de compra dos turistas”
(RUSCHMANN, 2001, p. 12). Deste modo, os promotores do turismo procuram criar
significados que possam contemplar o “olhar” dos turistas. Ou seja, atracões inventadas,
construções de significações culturais para encantar as expectativas dos visitantes (URRY,
1996). Citado por MARUJO (2014, p. 5) Assim, “é o diferente que a sociedade anfitriã sabe que
deve exibir enfaticamente, consciente do que se espera dela por parte de quem acorre
turisticamente a visitá-la”.
2. 6. Turismo e Património
Uma das reflexões que destacamos neste exercício é o papel do património na constituição do
atractivo turístico. Este posicionamento pode ser explicado por dois factores: o primeiro ressalta
a crescente importância que os processos de patrimonialização têm na actualidade e, no segundo
factor, considera-se o interesse também crescente que o património vem adquirindo na formação
do atractivo turístico, especialmente no quadro das modalidades denominadas como turismo
alternativo. (BERTONCELLO, 2008) citado por ( MAXLHAIEIE E CASTROGIOANNI, 2014,
p. 361).
É sobre esse último factor que incide a nossa discussão. A respeito da primeira questão,
consideramos as reflexões de Choay (2001) segundo Maxlhaieie e Castrogioanni, 2014, p. 361),
ao assinalar que a pós-modernidade é caracterizada por presenciar uma verdadeira „explosão
patrimonial‟, coexistindo com vários processos de patrimonialização dos bens e de vários
atributos.
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A condição do património, de ser algo comum ou compartilhado por todos, é outra vertente que
também pode ser questionada, pois, se ele é resultado de um processo de selecção levado a cabo
por actores sociais concretos, é evidente que estará definido pelos critérios que estes atores
estabelecerem e que, de modo mais ou menos directo, se darão em função de intencionalidades
sociais específicas, como assinala (PRATS, 1998) citado por (MAXLHAIEIE e
CASTROGIOANNI, 2014, p. 362).
Observamos que as características intrínsecas do que se patrimonializa sustentam a função de
legitimar as eleições realizadas a partir de critérios sociais actuais, que não deixam de ser
critérios processuais (históricos) e objectivos que sustentam tais escolhas.
O aproveitamento turístico do património se instalou com forte intensidade a partir de uma visão
que propõe o uso turístico como alternativa viável para garantir seu desfrute e valorização por
parte da população (ou especificamente daqueles que podem ser turistas), considerando que
através do Turismo se gerariam os recursos necessários para sua gestão e preservação. Este
fenómeno se correlaciona com o crescimento e conhecimento dos produtos da cultura, e também
das manifestações relacionadas com a natureza, cuja hierarquia e importância estão além de
qualquer questionamento. Não obstante, de igual modo que sucede com o património no sentido
restrito, também seu aproveitamento turístico merece algumas considerações sobre que os
engendram (BERTONCELLO, 2008) citado por (MAXLHAIEIE e CASTROGIOANNI, 2014,
p. 362). Seguindo esta linha de argumentação, cabe questionar em primeiro lugar, sobre qual é o
património valorizado pelo turismo, o que frequentemente passa a ser denominado como
património turístico, já que por circunstância está claro que não se trata de todo património,
senão uma parte deste; e que atores estão por detrás desta valorização. Retomando Prats (1998) e
Bertoncello (2008) citados por Maxlhaieie e Castrogioanni (2014, p. 362), compreendemos que
uma resposta a estas indagações se estrutura em torno das características intrínsecas do
património, relacionadas, por exemplo, com sua carga simbólica, seus atributos de beleza ou
singularidade, e a genialidade de sua expressão. Diante disso, nos deparamos com o fato de que
existem vários tipos de patrimónios, que por suas próprias características, seriam mais adequados
na sua conversão/transfiguração em atractivos turísticos. Outra resposta coloca em ênfase os
turistas, reconhecendo neste caso, que são as necessidades e expectativas destes atores que
orientam a selecção do património a ser convertido em atractivo turístico; as técnicas de
marketing serão adoptadas para aperfeiçoar esta selecção.
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Este processo coloca desafios interessantes à gestão do património, pois esta escolha pode não
ser concordante com os critérios de relevância e de significado que orientam a activação e
legitimação patrimonial (BERTONCELLO, 2008) apud MAXLHAIEIE e CASTROGIOANNI,
2014, p. 362). Assim, constatamos que expressões patrimoniais de grande valor para uma
determinada sociedade podem ter valor reduzido para os turistas, ou vice-versa. Por outro lado,
aquelas expressões patrimoniais valorizadas pelo Turismo adquirem uma vantagem valorativa
que pode interferir nos critérios que orientam sua activação e sua relação com as outras formas
de valoração. Reconhecemos que a compreensão do património é um processo complexo e
conflituante (não finito, sobretudo na contemporaneidade), não por considerar seus elementos
constitutivos, mas, sobretudo pelos atores envolvidos e por detrás da elaboração deste
entendimento, tal como sustenta Bertoncello (2008) citado por Maxlhaieie e Castrogioanni
(2014, p. 362).
Portanto, sem desconsiderar outras possibilidades de ler o património, tanto as mencionadas (sob
o enfoque de uma determinada comunidade, do ponto de vista do turista, ou na lógica do
reconhecimento institucional, como o da Unesco), assim como as formas não identificadas
(património como construção social), nossa preocupação ressalta a necessidade de se abordar o
património sob o olhar do sujeito que o atribui como valor turístico, isto é, do turista,
considerado como principal actor da transformação do património em património turístico, ou da
sua turistificação. Por meio desta leitura complexa, pretendemos discutir de que forma o
património cultural produz o município de Inhambane, configurando-o em paisagem atractiva
turisticamente, discussão essa que será possibilitada por meio do levantamento do património em
referência e da posterior averiguação de seu potencial na diversificação da oferta turística local,
complementando e/ou substituindo as formas tradicionais do Turismo. Assim, o património cultural
do Município de Inhambane, que alimenta a beleza do cenário e a sua atmosfera única, e o distingue de
outros municípios turísticos moçambicanos, deve ser reactivado turisticamente, não na lógica
unidimensional de substituir o tradicional turismo de sol, areia e mar, pelo turismo cultural e de
experiências, para complementar e diversificar a experiência turística e garantir maior qualidade no
produto turístico global. Não obstante, acreditamos que para uma verdadeira animação da vida cultural é
preciso mais do que a criação de espaços culturais: é necessária também a revitalização de instituições e
iniciativas o património natural constitui o principal motivo das viagens turísticas para o Município de
Inhambane.
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Contudo, este lugar, possui ainda uma rica variedade de atractivos patrimoniais culturais de
diferentes influências (geográfica, histórica e cultural), que o engendram como „símbolo‟ do
património cultural de Moçambique. Estes elementos precisam ser considerados a médio e longo
prazos, como estratégia para manter os actuais e captar potenciais turistas, e proporcionar a estes
sujeitos uma oferta rica e experiência diversificada, por meio da combinação das atracções
naturais e culturais. (Maxlhaieie e Castrogeovanni, 2014)
26
Neste capítulo faz-se a apresentação e discussão dos resultados obtidos durante a pesquisa
indicando a caracterização geográfica e histórica do MI, assim como a lista das manifestações
culturais e patrimónios culturais existentes e praticados neste Município.
Conforme Chambule et al. (2009) citado por Benjamim (2016, p.62), o MI localiza-se a cerca de
480 km da cidade de Maputo e a 30 km da EN1, podendo ser acessível via terrestre por dois
ramais de entrada, pelo desvio de Lindela ou pelo desvio de Agostinho Neto; pode ser acessível
via aérea pelos voos directos de Johannesburg (África do Sul), voos de Maputo ou voos que
ligam Johannesburg e Vilankulo (localizada no norte da província de Inhambane a 300 km do
MI); pode ainda ser acessível via marítima, uma vez que possui uma baía com boa profundidade.
Inhambane é a capital da Província e o respectivo município ocupa uma superfície de 195 km²,
isto é, uma área de 0.3% do território total provincial, delimitado a norte pela Baía de Inhambane
(Oceano Índico), a sul pelo Distrito de Jangamo, através do Rio Guiúa, a este pelo Oceano Índico
e a Oeste pela Baía de Inhambane (vide Figura 1).
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Construída pelos Portugueses como entreposto comercial em 1535, Inhambane é uma das
cidades mais antigas da África Austral. O seu nascimento remoto de 1498, quando Vasco da
Gama chega à Baía de Inhambane. O facto de a população local ter colaborado com gesto de boa
fé, levou a que fosse designado por “Terra de Boa Gente”.O Município da cidade de Inhambane
identifica-se como Terra de Boa Gente, designação que se supõe ter sido atribuída por Vasco da
Gama a 10 de Janeiro de 1498.
„‟Ceune‟‟ é o nome tradicional da povoação sede., deste modo, Campos Vieira diz que o “céu” é
adaptação de “sede” para designar “Inhambane Sede”.
Sobre a origem do termo Inhambane, existem várias versões: a mais comum refere que quando
Vasco da Gama perguntou aos nativos o nome da terra onde se encontrava a casa do Chefe, este
convidou-o a entrar em bitonga, dizendo “Gu Bela Nhumbale” e Vasco da Gama com o lápis e
papel na mão registou Inhambane (CABRAL, 1975, p. 67- 68).
28
Logo de início foram notáveis as condições naturais favoráveis à criação de um centro comercial,
devido às facilidades de acesso por mar e, em 1534 foi estabelecido o primeiro entreposto
comercial. O comércio de ouro controlado essencialmente pelos Holandeses era o que de início
predominava no local, até que em 1728 os portugueses se estabeleceram definitivamente na
povoação, embargando o comércio dos Holandeses, expulsando-os em 1731.
A Vila embora tenha sido criada a 9 de Maio de 1761, ascendeu à categoria da cidade apenas a
12 de Agosto de 1956, ao abrigo da Portaria nº11594/56.
Em 1867, foi elaborado o Primeiro Código de Postura que em Novembro de 1871 procedeu-se ao
alinhamento das ruas, becos e travessas tortuosas da Vila, bem como foram alargadas algumas.
Em 1983, parte da região de Maxixe foi integrada e passou a pertencer a Cidade de Inhambane.
Em 1986, foi classificada com nível C. e que actualmente e na sequência da deliberação da
Assembleia Municipal da Cidade de Inhambane é celebrado o dia do Município à 12 de Agosto
de cada ano ao invés de 16 de Junho. Segundo o CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DE
INHAMBANE (2009).
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Portanto questionados sobre a sustentabilidade dos patrimónios culturais, Luís e Deve ambos
foram unânimes em responder que o uso dos Patrimónios Culturais não é sustentável no MI e o
Sr. Artiel afirma que é pouco rentável. Acrescentaram, Luís Luís e Artiel, que estes locais
poderão ser rentáveis e/ou mais rentáveis num futuro próximo, visto que já foi publicado o
decreto 44/2018 que inclui as tabelas de cobranças nas visitas aos Museus, Centros de
Interpretação e Locais Históricos Públicos.
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Quanto as actividades que os turistas mais buscam para se entreter no MI, ambos responderam
que são as culturais e outras, acrescentando O chefe do Departamento do Turismo da
DPCULTURI Sr. Mamerto, as actividades desportivas.
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Questionados acerca do tipo de actividades que mais trazem divisas para o MI, ambos foram
unânimes, a Sra. Raquel da Vereação do Turismo do MI e o Sr. Mamerto do Departamento de
Turismo da DPCULTURI, afirmam que são as actividades culturais e outras.
Colocada a questão sobre a renda de divisas advinda das actividades culturais se estão num
nível aceitável ou não, ambos foram unânimes em afirmar que não, e sustentaram da seguinte
forma: A Vereação do Turismo aponta para a falta de publicidade, divulgação da nossa cultura
e a própria valorização. O Departamento do Turismo refere-se a falta de estratégias de
transformação da Cultura (nas diversas Manifestações) num Produto Turístico competitivo.
Do lado social há uma interacção por parte dos turistas com a comunidade local, havendo
intercâmbio cultural. O Sr. Horácio Mbande afirma que o contributo económico das
manifestações culturais seria mais notável se o MI tivesse mais feiras culturais e espectáculos
frequentes, do lado social as manifestações culturais mantém as tradições, o carisma social, a
convivência, a interacção social e a conivência entre os artistas.
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Questionados sobre a avaliação que se faz sobre a relação entre a cultura e o turismo, do ponto de
vista do papel da cultura no desenvolvimento do turismo, a Sra. Raquel da Vereação do Turismo
respondeu que, há interdependência entre os dois sectores. E por sua vez o Sr. Mamerto do
Departamento do Turismo, afirma que os dois sectores são inseparáveis para um
desenvolvimento robusto do mercado do turismo.
Perguntados sobre a existência de acções levadas acabo pelas duas entidades Vereação do
Turismo do MI, e Departamento do Turismo da DPCULTUTURI, de modo a alavancar o
segmento de turismo cultural, ambos responderam que sim e sustentaram das seguintes formas: o
DT, afirma estimular aos serviços de guias locais para tornar os locais de interesse cultural cada
vez mais agregados ao leque da oferta turística e incentivo aos operadores a criar pacotes
culturais. Portanto a VC, afirma fazer palestras nas escolas.
4. CONCLUSÕES E RECOMENDACÕES
No final da pesquisa foi possível perceber que, o estudo da cultura pertence essencialmente ao
campo das ciências sociais e, por isso, possui uma gama de significados de acordo com o
contexto em que é analisado. Alguns académicos de formação em antropologia, sociologia,
história, geografia e até filosofia, estudaram o fenómeno da cultura e forneceram uma plataforma
relevante para muitas áreas das ciências sociais como, por exemplo, o turismo (IVANOVIC,
2008) apud (MARUJO, 2014, P. 2).
O Município de Inhambane dispõe de vários atractivos turísticos histórico-culturais desde
espectáculos de música, teatro, museus e galerias de arte, património histórico construído e a
gastronomia, o folclore e outras manifestações culturais enraizadas no espírito do lugar que
necessitam de ser potencializados para que possam render divisas e contribuir para o
desenvolvimento do turismo. Os eventos culturais também têm um papel importante na
composição do produto turístico-cultural, visto que estes englobam várias manifestações
culturais. Informações colhidas no CMCI (2018) e na DPCULTURI (2018) revelam que dentre
as manifestações culturais supracitadas existem as que constituem motivação de deslocamento do
turista do seu local de residência habitual para vivenciá-las, o que evidencia a existência de
procura desses atractivos e da prática do turismo baseado na cultura. Devido a pouca utilização
do produto turístico-cultural por parte dos operadores turísticos locais em seus pacotes turísticos,
as actividades culturais fazem parte das que menos metem divisas a este Município pois carecem
de melhoramentos em aspectos como, promoção da cultura e na oferta suficiente do produto
turístico cultural.
A promoção da cultura é feita a nível das entidades competentes como é o caso da DPCULTURI
e do CMCI, porém ainda existe o desafio de se continuar a criar e buscar novas ideias e desenhar
novas estratégias para que haja um melhoramento de modo que a divulgação desses patrimónios
chegue com mais abrangência aos turistas. A oferta turística-cultural é feita por parte dos
operadores turísticos locais através de pacotes turísticos que incluam actividades culturais, sendo
um facto que do lado da procura verifica-se um número considerável de turistas que demandam
actividades culturais em pacotes turísticos em detrimento do que é oferecido no mercado.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a) Livros
6. DENCKER, Ada de Freitas Menete (2002) Métodos e técnicas de pesquisa em turismo 6ª ed.
São Paulo. Brasil: Futura.
14. GASTAL, S. (1998). Turismo e cultura: por uma relação sem diletantismos. Porto Alegre:
EDPUCRS-RS.
41
15. GIL, António Carlos (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo. Atlas.
17. HUGHES, H. (2002). Culture and tourism: a framework for further analysis. Vol. 7.
Managing Leisure.
18. IVANOVIC, M. (2008). Cultural tourism. Cape Town, South Africa: KenMcGillivray.
19. LAKATOS, Eva Maria. (1992). Metodologia de trabalho científico: Procedimentos básicos,
pesquisa bibliográfica, projecto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 4ª ed. São
Paulo. Atlas, Brasil.
20. LARAIA, Roque de Barros (2001). Cultura: um conceito antroplogico. 14ª ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor.
22. MARUJO, Noémi (2014). a cultura, o turismo e o turista: que relação? Universidade de.
Portugal: Évora/ISCE/IGOT-CEG.
23. MATHIESON, A. e WALL, G. (1982). Tourism: Economic: physical and social impacts.
Nova York: Wiley & Sons.
24. MOTA, Keila Cristina Nicolau. (2001). Marketing Turístico: Promovendo uma actividade
Sazonal. São Paulo: Atlas.
27. TYLOR, Edward .(1871). Primitive Culture. Nova York, Harper Torchbooks.
28. URRY, J. (1996). O olhar do turista. São Paulo: Studio Nobel – Sesc.
b) Legislação Consultada
d) Links e Websites
4. https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/5923/3/Anexo_N%C2%BA%2001.pdf.
Consultado a 14-12-2018 as 11h:55.
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APÊNDICE
4. Quais são as actividades que os Turistas do Município de Inhambane mais buscam para
se entreter?
Se não, porque?
8. Do ponto de vista de receitas, de que tipo de actividades o turismo rende mais divisas?
9. Ainda sobre as receitas advindas do turismo, será que as actividades culturais estão num
nível aceitável em termos de renda de divisas?
6
11. O que indicam as estatísticas feitas na última época alta do turismo, em termos de procura
de formas alternativas de turismo ao de sol e mar, olhando em especifico para o turismo
cultural?
12. Que avaliação se faz da relação entre a Cultura e o Turismo, do ponto de vista do papel
da cultura no desenvolvimento do turismo?
13. Existem acções de incentivo aos operadores turísticos para a incorporação de mais
actividades culturais nos pacotes turísticos?
15. Existem acções levadas a cabo pelo Departamento do Turismo, de modo a alavancar o
segmento de Turismo Cultural, atendendo que o Município de Inhambane não só é rico
em praias mais também na sua diversidade cultural?
4. Quais são as actividades que os Turistas do Município de Inhambane mais buscam para
se entreter?
Se não, porque?
8. Do ponto de vista de receitas, de que tipo de actividades o turismo rende mais divisas?
9. Ainda sobre as receitas advindas do turismo, será que as actividades culturais estão num
nível aceitável em termos de renda de divisas?
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11. O que indicam as estatísticas feitas na última época alta do turismo, em termos de procura
de formas alternativas de turismo ao de sol e mar, olhando em especifico para o turismo
cultural?
12. Que avaliação se faz da relação entre a Cultura e o Turismo, do ponto de vista do papel
da cultura no desenvolvimento do turismo?
13. Existem acções de incentivo aos operadores turísticos para a incorporação de mais
actividades culturais nos pacotes turísticos?
15. Existem acções levadas a cabo pelo Departamento do Turismo, de modo a alavancar o
segmento de Turismo Cultural, atendendo que o Município de Inhambane não só é rico
em praias mais também na sua diversidade cultural?
Esta entrevista é dirigida aos funcionários do MUREI. Com o mesmo, pretende-se recolher dados
e informações sobre as manifestações culturais no Município de Inhambane. Este instrumento
metodológico enquadra-se numa investigação no âmbito de trabalho de fim de curso realizado
pelo estudante da Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane (ESHTI) e os resultados
obtidos serão utilizados apenas para fins académico (monografia).
Não existem respostas certas ou erradas. Por isso lhe solicito que responda de forma espontânea
e sincera a todas questões.
3. Dentre os Patrimónios Culturais existentes neste Município, quais são os mais visitados?
9. Dentre os Patrimónios Culturais existentes neste Município, quais são os mais visitados?
11. Se sim, porque que são mais divulgados em detrimento dos outros?