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LUANDA, 2024
ESTRATÉGIAS PARA CRESCIMENT0 DAS ACTIVIDADES
TURÍSTICAS NO MUNICÍPIO DE CACUACO EM LUANDA
NOS ANOS (2009-2011)
LUANDA, 2024
FICHA CATALOGRÁFICA
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me dar forças para suportar os meus dias e
iluminar sempre os meus caminhos.
Aos meus pais Fernando Mário (em memória) e Guilhermina Moreira, pura razão
da minha existência. Aos Professores DoutoresTiagoCaungo, Osmilde Miranda, António
Goma, António Bindanda, Manuel Neto, Paulo Beaumont e José Jordão, o meu
agradecimento por estarem sempre preocupados com o destino do curso. O meu muito
obrigado.
Aos malogrados Doutor Moisés Dos Santos e aos Irmãos Roberto Abílio
Cambango, Dinis Capemba Zage, o meu especial agradecimento.
Para os meus amigos Nicolau Pascoal (Xavito), Bento Dos Santos, Manuel Bunga
e Hilário Buba, pela cumplicidade.
v
EPÍGRAFE
Ndjizas Sabino
vi
RESUMO
Estratégia é forma de orientar, tomar decisões numa, Empresa, Instituição pública /privada,
militar, definindo objectivos, procurando oportunidades, ameaças visando obter recursos
garantindo resultados, identificando vantagens competitivas no mercado em que actua .A
Dissertação aborda Estratégias para crescimento das actividades Turísticas no Município de
Cacuaco em Luanda , 2009- 2011, Identifica Similaridade de Desenvolvimento de alguns
Destinos Turísticos estudados na pesquisa , destacando recursos para atrair visitantes ,
preservação, modernização . Tem como objectivo geral Estudar Estratégias para crescimento
das actividades turísticas; objectivos específicos, caracterizar actividades turísticas do
Município de Cacuaco em Luanda, Traçar Estratégias do Município de Cacuaco para
crescimento das actividades turísticas em Luanda nos anos 2009-2011.O estudo foi realizado
no âmbito da obtenção Grau de Mestre em Economia, Ordenamento do Território e
Desenvolvimento Regional. Eescolhido por ser uma área pouco explorada, atendendo melhoria
de vida das populações do Município. Fiz parte sendo professor do Curso de Turismo, Gestão
Hoteleira e Animação da UMA, visto ser especialista na área. A pesquisa utilizada é descritiva,
Dados secundários, terciários, apoiada na bibliográfica, documental, Métodos Indutivo,
Dedutivo, Estatístico. Análise Quali-Quantitativa, descrevendo desenvolvimento
socioeconómico do Município, população, quantificando Estabelecimentos Hoteleiros /
Similares de Luanda, comparação por gráficos, quadros, tabelas, Amostra não-probabilística
por Conveniência, sendo indivíduos com conhecimento do assunto. Procedeu-se a elaboração
de cartas às instituições voltadas ao turismo, aplicação do inquérito, consulta bibliográfica,
online, Observação directa/ Indirecta como técnicas. Os dados foram interpretados à explicação,
análise obtidos do inquérito, consultas bibliográficas, online, a partir das análises integradas.
Obtivemos perfil histórico a partir dos autóctones. Realizou-se análises SWOTT dos Recursos
Turísticos Naturais, Religiosos, Eventos de Desporto, visando identificar pontos fortes, fracos,
ameaças, oportunidades para Desenvolvimento Sustentável.As Estratégias para crescimento
das actividades turísticas no Município Cacuaco em Luanda, 2009-2011 são desconhecidas,
dificultando, optimização, destinação dos esforços, recursos financeiros, não financeiros
eficientemente.
vii
ABSTRACT
Strategy is a way of guiding, making decisions in a Company, public/private institution,
military, defining objectives, looking for opportunities, threats in order to obtain resources,
guaranteeing results, identifying competitive advantages in the market in which it operates. The
Dissertation addresses Strategies for the growth of Tourism activities in the Municipality of
Cacuaco in Luanda, 2009-2011, Identifies Similarities in the Development of some Tourist
Destinations studied in the research, highlighting resources to attract visitors, preservation,
modernization. Its general objective is to study strategies for the growth of tourist activities;
specific objectives, characterize tourist activities in the Municipality of Cacuaco in Luanda,
Outline Strategies for the Municipality of Cacuaco for the growth of tourist activities in Luanda
in the years 2009-2011. The study was carried out within the scope of obtaining a Master's
Degree in Economics, Spatial Planning and Regional development. It was chosen because it is
a little explored area, improving the lives of the population of the Municipality. I took part as a
Professor of the Tourism, Hotel Management and Animation Course at UMA, as I am a
specialist in the area. The research used is descriptive, secondary, tertiary data, supported by
bibliographic, documentary, Inductive, Deductive, Statistical Methods. Quali-Quantitative
Analysis, describing the socioeconomic development of the Municipality, population,
quantifying Hotel / Similar Establishments in Luanda, comparison using graphs, charts, tables,
Non-probabilistic Sample by Convenience, being individuals with knowledge of the subject.
Letters were drawn up to institutions focused on tourism, the survey was carried out,
bibliographical consultation, online, direct/indirect observation as techniques. The data were
interpreted through explanation, analysis obtained from the survey, bibliographic consultations,
online, based on integrated analyses. We obtained a historical profile from the natives. SWOTT
analyzes of Natural and Religious Tourist Resources and Sports Events were carried out, aiming
to identify strengths, weaknesses, threats, opportunities for Sustainable Development.
Strategies for the growth of tourist activities in the Cacuaco Municipality in Luanda, 2009-2011
are unknown, making it difficult, optimization, allocation of efforts, financial and non-financial
resources efficiently.
Keywords: Strategies; Growth; Tourist Activities; Cacuaco.
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Classificação dos Produtos Turísticos.............................................................. 36
Figura 2: Ciclo de vida do produto. ................................................................................. 38
Figura 3: Ciclo de vida do produto: opções na fase de saturação. ...................................40
Figura 4: Ciclo de vida de um Destino Turístico............................................................. 48
Figura 5: Modelo de abordagem da balança turística ...................................................... 51
Figura 6: Principais intervenientes na indústria Turística ............................................... 57
Figura 7: Canal Tradicional de Distribuição. ..................................................................59
Figura 8: Reformulação do Canal de Distribuição: Venda Directa. ................................ 60
Figura 9: Casas de adobe no Bairro Caop-Velha. ........................................................... 73
Figura 10: Panorâmica da Sede de Cacuaco. ...................................................................74
ix
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Factores de Competitividade ..........................................................................29
Quadro 2: Produtos do Turismo ...................................................................................... 36
Quadro 3: O Sector Turismo e suas Actividades. ............................................................ 54
Quadro 4: Exemplos de Necessidades de Informação Turística .....................................58
Quadro 5: Os Quatro grandes sistemas de Distribuição Global. .....................................59
Quadro 6: Mão -de -obra empregue nos anos 2010-2011 comparada com à Geral de
Luanda ............................................................................................................................. 77
Quadro 7: Matriz SWOT- Recursos Turísticos naturais.................................................. 79
Quadro 8: Matriz SWOT-Recursos Turísticos Culturais................................................. 79
Quadro 9: Matriz SWOT-Recursos Turísticos Religiosos. .............................................80
Quadro 10: Eventos de Desporto. .................................................................................... 81
Quadro 11: Calendário de Eventos do Município de Cacuaco. .......................................81
Quadro 12: Caracterização das variáveis do Estudo........................................................ 91
Quadro 13: Inquérito por questionário ao Director Municipal da Cultura e Turismo de
Cacuaco. .......................................................................................................................... 93
Quadro 14: Confirmação e/ou rejeição de Hipóteses ...................................................... 94
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Consumo turístico do Reino Unido. ................................................................ 37
Tabela 2: Rede Hoteleira do Município de Cacuaco-2010..............................................77
Tabela 3: Capacidade instalada no Municipio de Cacuaco-2011. ...................................77
Tabela 4: Análise comparativa do crescimento dos Estabelecimentos Hoteleiros e
Similares dos Municípios de Luanda, 2010-2011. .......................................................... 82
Tabela 5: Análise Comparativa do Crescimento dos Estabelecimentos Hoteleiros e
Similares do Município de Cacuaco em relação à Rede geral de Luanda, 2010-2011. ..83
Tabela 6: Rede geral de Luanda (em síntese) ..................................................................83
Tabela 7: Capacidade instalada no Municipio de Cacuaco em relação à rede geral de
Luanda-2010 .................................................................................................................... 83
Tabela 8: Receitas arrecadadas pelo Estado no Município de Cacuaco nos anos 2009-
2011. ................................................................................................................................ 84
xi
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Estabelecimentos Hoteleiros e Similares dosMunicipios da Província de
Luanda-2010. ................................................................................................................... 82
Gráfico 2: Receitas arrecadadas pelo Estado no Município de Cacuaco, provenientes da
Actividade Turística ........................................................................................................85
xii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xiv
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ...............................................................................................................iv
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................v
EPÍGRAFE .......................................................................................................................vi
LISTA DE TABELAS......................................................................................................xi
1.6- Justificativa................................................................................................................. 6
16
xvii
CAPÍTULO III - ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO E CARACTERIZAÇÃO
17
xviii
3.24- Dificuldades Encontradas:...................................................................................... 91
3.25- Questões Éticas ......................................................................................................91
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS92
4.1-Apresentação de resultados: ...................................................................................... 92
18
xix
CAPÍTULO I - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS.INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A Dissertação a que nos propusemos estruturar e compô-la para ser defendida na
Universidade Metodista de Angola assenta no tema ―Estratégias para Crescimento das
Actividades Turísticas no Município de Cacuaco em Luanda nos anos 2009-2011‖. O
Turismo é uma actividade marcante e relevante nas sociedades pós-industriais, um
fenómeno económico, político, social e cultural dos mais expressivos que se originou e
se desenvolveu com o capitalismo. Nas últimas décadas, as Actividades Turísticas têm
adquirido maior relevância entre as actividades económicas desenvolvidas no mundo.
Evidências apontando o Turismo como grande gerador de riquezas e empregos,
envolvendo as mais diferentes profissões num mundo de recursos naturais escassos e
com alta taxa de desemprego, é natural que muitos países, principalmente aqueles em
desenvolvimento, o vejam como fonte de divisas prioritárias no direccionamento dos
investimentos e na saída económica nacional. A sua importância vem sendo reconhecida
tanto pelos países desenvolvidos como pelos que ainda estão em via de
desenvolvimento. Estes últimos apostam que o incremento dasactividades pode alçá-los
ao primeiro mundo, em consequências das vantagens económicas que lhes são
atribuídas, notadamente quanto à geração de emprego e à captação de divisas.
De facto, o Turismo tem estimulado emprego e investimento e tem modificado o
usoda terra e a estrutura económica das áreas Destino, ao mesmo tempo em que a nível
global, efectua uma contribuição positiva para a balança de pagamentos dos países.
Além disso, o Turismo gera Actividades indirectas que atingem os mais variados
sectores da economia, desde a indústria até a agricultura, no entanto estão localizadas no
sector terciário.A harmonia entre mar e Colinas proporciona cenários que fascinam por
suas belezas ao mesmo tempo tão diferentes e tão próximas.O Município de Cacuaco
possui um belíssimo e ensolarado litoral, com uma reduzida estrutura hoteleira e de
serviço.Sua população é a mais heterogênea possível, proveniente de diferentes pontos
do país , pertencendo às diferentes etnias que o país possui a partir da expansão urbana
de Luanda - de 1950 a 1980 principalmente abrigando (juntamente com Cazenga) a leva
populacional do êxodo rural e dos Refugiados de guerra que trouxe migrantes vindos de
outras zonas de Angola.
Quando entramos na região de Cacuaco encontramos o famoso Monumento
histórico de Quifangondo definidor da independência Angolana ocorrida em novembro
de 1975, em Quifangondo, um dos Bairros do Distrito Urbano da Vila Sede de
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Cacuaco.O Município de Cacuaco tem um clima tropical e seco,visto encontrar-se
próximo de Luanda que é uma região árida, porém o clima da região também é
influenciado pela proximidade do mar pela corrente fria de Benguela, não sendo
demasiado quente mas sim húmido nas fazendas e sítios desta região desenvolve-se
também a agricultura, que tem atraído significativos contingentes Turísticos,
transformando numa nova opção para o desenvolvimento de um Turismo sustentável em
terras de Cacuaco, proporcionando a disseminação da educação ambiental e a
preservação dos ecossistemas da região.
Este extraordinário potencial Turístico pode ser realmente aproveitado,
representando uma das mais importantes Actividades económicas do Municipio,
podendo nos próximos anos alcançar níveis maiores, em virtude dos substanciais
investimentos realizados pela iniciativa privada e poder público, no sentido de ampliar a
rede de transportes, hospedagem e serviços turísticos, de modo a proporcionar um maior
conforto e opções de lazer ao Turista nacional e estrangeiro.
Por sua vez, os efeitos dos desenvolvimentos tecnológicos na área das
comunicações, que permitem conectar quase todos os pontos do mundo a custos cada
vez mais reduzidos, não conseguem anular os efeitos da galopante globalização no
aumento das viagens por motivos profissionais.
De facto, é previsível que o comércio externo mundial continue a registar taxas
de crescimento substancialmente mais elevadas do que o produto mundial e que o
investimento externo adquira uma maior expressão.
Desde que garantidas as condições de segurança, quer para a viagem quer para o
período de permanência no Destino, os fluxos Turísticos continuarão a aumentar a taxas
não inferiores ao do crescimento da economia mundial.
É sempre oportuno que em 2010 o número de chegadas de Turistas às fronteiras
internacionais, a Organização Mundial do Turismo previu atingir a cifra de um bilião,
40 vezes mais do que o valor registado em 1950
O Conteúdo da Dissertação está estruturado em 5 (cinco) partes que
correspondem os respectivos capítulos:
No primeiro capítulo faz-se um enquadramento ao tema e sua respectiva
justificação, bem como a formulação do problema e os objectivos da pesquisa.
O segundo capítulo aborda o marco teórico, onde procurou-se fazer um
enquadramento teórico sobre o tema em estudo, recorrendo aos teóricos para suporte das
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abordagens necessárias retiradas em livros, artigos, sites e Monografias relacionadas
com o assunto em estudo.
O terceiro capítulo faz uma breve história sobre o território em estudo, sua
caracterização administrativa e socioeconómica, actividades turísticas com realce em
Luanda, empregos gerados e receitas arrecadadas pelo Turismo no Município.Nele
também aborda o enquadramento metodológico da pesquisa, os métodos utilizados,
técnicas e instrumentos de recolha de dados, População e Amostra, procedimentos de
análise de dados utilizados e variáveis fundamentais do tema em estudo (Dependente e
Independente.).
No quarto capítulo apresentação, análise e discussão dos resultados faz-se a
apresentação das Estratégias estudadas, as respostas sobre o questionário dirigido à
Entidade competente sobre o Turismo no Município, a análise das actividades turísticas
no Município e a confirmação das hipóteses da pesquisa.
No quinto capítulo faz-se as conclusões das informações obtidas e resultados
apurados na pesquisa e por fim, as recomendações para as Entidades competentes.
21
Essas empresas multinacionais tinham o propósito de firmar um padrão de serviços
para ―seduzir‖ os viajantes, oferecendo-lhes promessas de confortos extensivas a todos
os hotéis associados à rede, independentemente dos Destinos Turisticos nos quais
operassem.
22
próximas ou por negócios, com excepção às deslocações em grupos, ligadas às
instituições de ensino, Igrejas e outras. (Castro, 2019 pág 245).
Objectivos Específícos:
23
H3- As potencialidades Turísticas do Município de Cacuaco são subaproveitadas.
1.6- Justificativa:
24
elas, pau e capim, casas feitas de adobes, cobertas de chapa ou capim predominantemente
a norte do Município.
Todavia, é possível crer que esse estudo traga uma nova consciência sobre as
actividades turísticas em relação à outros Municípios da província de Luanda e que possa
também servir de apoio para futuras Investigações.
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CAPÍTULO II- MARCO TEÓRICO
Ao falarmos de turismo, o que nos vem à mente em primeiro lugar, são pessoas
que se deslocam para passear, ver amigos ou parentes, tirar férias e divertir-se. ―Elas
podem usar seu tempo de lazer a praticar desportos, tomar banho de praia, conversar,
cantar, caminhar, passear, ler ou simplesmente aproveitar o ambiente‖ (GOELDNER,
RITCHIE & McINTOSH, 2002, P. 23). Antes de apresentar as definições dadas por
pesquisadores da área do turismo, iremos considerar os significados obtidos através da
consulta à alguns dicionários.
26
Ainda sobre o conceito de turismo, segundo Andrade (2006, p. 32), nos finais do
século XIX e no princípio do século XX surgiu um número significativo de descrições e
conceitos com o objectivo de explicitar a realidade intrínseca do fenómeno turístico. Dada
complexidade do tema, e também das várias contradições de conceitos recém-formulados,
apresentaremos o parecer de diferentes pesquisadores acerca da definição de Turismo, de
ressaltar que os primeiros trabalhos publicados com maior impacto sobre o assunto datam
do período entre as duas grandes guerras mundiais, 1919 – 1938, quando se destacou
autores como Schwinck, Bormann, Morgenroth e Glucksmann, da conhecida Escola de
Berlim.
Á economia, justifica por ser a primeira disciplina a dar maior ênfase ao turismo.
De lembrar ainda que a relação que se estabelece entre a economia e o turismo é bastante
remota.
Para Beni (1998) "é o estudo do homem longe de seu local de residência, da
indústria que satisfaz suas necessidades, e dos impactos que ambos, ele e a indústria,
geram sobre os ambientes físicos, económicos e socioculturais da área receptora‖ no
entendimento de Beni, o deslocamento do Turista para outra localidade tem sobre aquela
localidade efeitos sobre vários sectores daquela comunidade, quer seja no âmbito
económico bem como cultural.
Santos (2010) traz no seu conceito a ideia de turismo como sendo um conjunto de
serviços, serviços estes que devem englobar infraestruturas capazes de atender as
necessidades de quem procura estes serviços
Para Banducci Jr & Barreto (2001),"O turismo, numa abordagem Stricto Sensu, é
um tipo específico de deslocamento praticado por um tipo específico de viajante, que é o
Turista" apesar de curto, este conceito traz a figura Turista que é o centro do turismo.
Estes dois autores também consideram o turismo como um fenómeno social dado que
implica o deslocamento de grandes contingentes de pessoas que passam a ser habitantes
temporários de locais nos quais não residem.
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Portanto nesta secção fez-se abordagem relativamente o conceito de turismo.
Onde pode-se observar que o turismo está associado a deslocação de um lugar para outro,
com o fim recreativo. Na medida que esta deslocação não é permanente. Pois a entidade
que rege o turismo a nível mundial (OMT), no seu conceito destaca que a deslocação é
por um período consecutivo inferior a um ano. Desta feita, na secção a seguir veremos a
evolução do turismo ao longo do tempo, começando das peregrinações na idade média
até a figura de Thomas Cook.
Segundo Barreto (2001), outro importante marco nessa evolução das peregrinações
religiosas ao longo da Idade Média deu-se no século IX, quando foi descoberta o túmulo
de Santiago de Compostela. A partir de então, iniciaram-se as primeiras excursões pagas
registadas pela história, excursões estas que contavam com líderes de equipas que
conheciam os principais pontos do caminho, organizavam o grupo e estipulavam as regras
de horário, alimentação e orações. Sendo que três séculos mais tarde (no século XII), um
monge chamado Aymeric Picaud, organizou um roteiro completo de viagem indicando o
caminho a partir da França até ao túmulo de Santiago de Compostela, sendo esse
documento, conhecido como o primeiro guia turístico impresso da história. De acordo
com Ignarra (2003), nesse mesmo período os reis católicos europeus organizavam
expedições religiosas e militar rumo a Jerusalém, o objectivo dos mesmos era o de libertar
29
Jerusalém do domínio muçulmano. Essas expedições eram denominadas de cruzadas.
(Idem)
O autor acrescenta que esta prática, também começou a ser adoptada por nobres de outros
países e por esta razão surgiram no século XIX com maior frequência as expressões
Touring e Tourisme para denominar o Grand Tour, que podia durar até dois ou três anos
e era realizado na companhia de servos e de um tutor de confiança da família. Assim, os
termos turismo e Turista denominavam, respectivamente, as viagens e os jovens dos
países europeus filhos de nobres, e em alguns casos os comerciantes ricos, que se
deslocavam com o objectivo de aprimorar sua educação e estabelecerem contactos
políticos, comerciais e diplomáticos nas cidades europeias mais importantes.
31
2.4. Antecedentes históricos do Turismo em Angola.
Face à situação de abandono por parte dos portugueses deixando mais de 90% das
unidades Hoteleiras e Ssimilares do país, as mesmas foram intervencionadas com base no
Decreto-Lei n.º 128/75, de 7 de Outubro, em que se criou paralelamente o Centro de
Controlo e Gestão dos Estabelecimentos da Hotelaria, Restaurantes e Similares da
Província de Luanda. Naquele período priorizou-se a actividade comercial, sendo que a
Secretaria de Estado do Comércio e Turismo empenhou-se fundamentalmente na
reorganização e reestruturação do Sector do Comércio que se encontrava completamente
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desarticulada ou quase inexistente, sem operadores oficiais para atender as carências da
população em bens alimentares e outros bens de primeira necessidade (Ministério da
Cultura e Turismo).
Em Luanda foi criada a ANGOTEL – UEE, de âmbito local, a qual foi atribuída a
tutela dos hotéis Trópico, Panorama", Turismo, Costa do Sol, Alameda, Continental e
Globo (Ministério da Cultura e Turismo), sendo que hoje, apenas dois estão em pleno
funcionamento, nomeadamente os Hotéis Trópico e o Continental.
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Angola aderiu à OMT - Organização Mundial do Turismo - na 8ª Assembleia Geral
realizada em Paris no ano de 1989, trazendo assim vantagens palpáveis que ajudaram a
desenvolver o clima propício que se gerou com a assinatura dos acordos de paz, no ano
de 1992.
2.5.1-Significado de Estratégia
Estratégia é um termo que tem origem no grego strategia, que significa ―arte do
general‖, ela é utilizada para designar um conjunto de acções e planos coordenados e
integrados, desenvolvidos para atingir objectivos específicos. Em outras palavras,
Estratégia é a definição de um plano de acção que visa alcançar um determinado
resultado.
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Em cada um dos contextos, a estratégia pode ter objectivos diferentes, mas sua
essência é sempre a mesma: planeare coordenar acções para alcançar um objectivo
específico.
Para ser eficaz, a estratégia deve ser flexível e adaptável, pois as condições externas
podem mudar rápidamente. Além disso, é importante que ela seja baseada numa análise
profunda do ambiente em que será implementada e nas capacidades e recursos
disponíveis.
Com o tempo, o termo passou a ser utilizado em outras áreas, como na política e
nos negócios e ganhou uma conotação mais extensa. Actualmente, a estratégia é vista
como um processo fundamental para a tomada de decisões em diversas áreas, incluindo
a gestão empresarial, governamental, militar e outros campos em que seja necessário
planear acções para alcançar determinados objectivos
Para Porter (1991) estratégia é criar uma posição exclusiva e valiosa, envolvendo um
diferente conjunto de actividades. Ela está preocupada com objectivos de longo prazo e os
meios para alcançá-los, que afectam o sistema como um todo.
Ferreira (1986) define estratégia como ―Arte de aplicar os meios disponíveis com
vista à consecução de objectivos específicos‖, ou ―Arte de explorar condições favoráveis
com o fim de alcançar objectivos específicos‖.
Para Mintzberb & Quinn (2001), Estratégia é o padrão ou plano que integra as
principais metas, políticas e sequência de acções de uma organização num todo coerente.
Uma estratégia bem formulada ajuda a ordenar e alocar os recursos de uma organização para
uma postura singular e viável, com bases em suas competências internas e relativas,
36
mudanças no ambiente antecipadas e providências contingentes realizadas por oponentes
inteligentes.
Para Mário (2023), a Estratégia é uma forma de orientar e tomar decisões numa
organização, empresa, instituição pública ou privada ou uma unidade militar, etc para
definir objectivos específicos e metas procurando as melhores oportunidades e ameaças
no meio externo e interno visando obter recursos de forma eficiente e eficaz para atingir
resultados, podendo identificar vantagens competitivas e organizá-las para obter melhor
posição no mercado ou no sector em que actua.
Mesmo podendo ser para diferentes fins, a estratégia como um todo mobiliza os
diversos recursos, tanto tangíveis (bens, direitos e obrigações) quanto intangíveis (pessoas
/capital intelectual) de uma empresa em prol de um objectivo específico a longo prazo.
Logo, a natureza da estratégia é o longo prazo. O que não é medido não é gerenciado
(Kaplan e Norton, 2016). Para gerenciar a execução da estratégia através das metas,
define-se indicadores de desempenho para o acompanharde forma organizada e eficaz a
evolução destas metas.
Crescimento: são estratégias voltadas para aumento dos lucros das vendas ou da
participação de mercado, aumentandoo valor da empresa. Isso significa que existem
situações favoráveis no mercado que podem transformar em oportunidades.
37
Nesse cenário, a empresa busca lançar novos produtos e aumentar o volume de
vendas. Algumas acções referentes às Estratégias de crescimento são:
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No contexto do Turismo, as Estratégias referem-se ao planeamento e à
implementação de acções coordenadas com o objectivo de atingir metas específicas
relacionadas ao desenvolvimento e à gestão de Destinos, empresas e produtos turísticos.
Tais metas podem incluir o aumento do número de visitantes, a promoção da cultura local,
a diversificação da oferta turística, o desenvolvimento sustentável e o aumento da receita.
As Estratégias são orientações que auxiliam os diversos stakeholders do Turismo a tomar
decisões informadas e alocar recursos de forma eficiente. A elaboração e implementação
de Estratégias eficazes desempenham um papel essencial na dinâmica do
desenvolvimento. (Hall &Lew, 2009) O Turismo, sendo uma indústria multifacetada e
competitiva, requer uma abordagem cuidadosamente planeada para atrair e satisfazer os
Turistas, bem como promover o crescimento económico. O Turismo é uma força motriz
vital para a economia de muitos países e regiões em todo o mundo. Como um sector que
abrange hospitalidade, transporte, entretenimento e muitos outros aspectos, o Turismo
cria empregos, gera receita e estimula o investimento em infraestrutura. No entanto, para
que o potencial do turismo seja plenamente realizado, é crucial que as estratégias
adequadas sejam aplicadas.
Conforme discutido por Ritchie & Crouch (2003), a identificação das características
únicas de um destino, como recursos naturais, culturais e históricos, é o primeiro passo
para atrair visitantes. Posteriormente, a criação de planos e acções coordenadas é
necessária para acomodar esses visitantes. Por exemplo, um Destino pode adoptar uma
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estratégia de preservação do seu património cultural enquanto investe na modernização
da infraestrutura turística.
41
Isso pode envolver inovação na oferta de produtos e serviços, bem como a melhoria da
infraestrutura e da qualidade dos serviços Turísticos.
Estratégias de crises e resiliência são essenciais para lidar com situações de crise,
como pandemias. De acordo com Faulkner e Russell (2000), a criação de planos de
contingência e a diversificação das fontes de receita são medidas importantes para
garantir a resiliência do sector turístico.
Um factor crítico que não pode ser negligenciado nas estratégias de Turismo é a
acessibilidade. Investimentos em infraestruturas de apoio ao Turismo modernos e
sistemas de transporte eficientes, desempenham um papel vital na atractividade de um
Destino.
Além disso, a acessibilidade, um pilar central das Estratégias de Turismo, não pode
ser subestimada (Weaver, 2006). O investimento em infraestrutura de transporte eficiente
e seguro é fundamental para garantir que os Turistas possam chegar fácilmente ao Destino
e se movimentar com conforto durante a estadia. Estratégias responsáveis que consideram
o impacto ambiental e social são cruciais para garantir a preservação dos recursos naturais
e culturais, bem como a atractividade a longo prazo do Destino.
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sustentável das atividades turísticas e promoverá o desenvolvimento econômico local, ao
mesmo tempo em que conserva e destaca o rico patrimônio cultural e natural de Angola.
44
A sustentabilidade no turismo não é apenas uma abordagem ética, mas também uma
estratégia inteligente para garantir o crescimento a longo prazo da indústria do turismo.
Um turismo sustentável deve fazer um uso adequado dos recursos ambientais, respeitar a
autenticidade sociocultural das comunidades e assegurar que as actividades económicas
sejam viáveis no longo prazo. Requer ainda a participação informada dos stakeholders,
a monitorização constante dos seus impactes, mantendo um elevado nível de satisfação
dos Turistas (Ezequias, 2020).Em 2015, as Nações Unidas aprovaram a Agenda 2030,
constituída por 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O Turismo tem contribuído directa e indirectamente para todos os ODS, tendo sido
incluído sobretudo nos Objectivos 8 (crescimento económico sustentável), 12 (consumo
e produção sustentáveis) e 14 (uso sustentável dos oceanos e recursos marinhos). A nível
europeu, foi apresentado o Pacto Ecológico Europeu que visa transformar a União
Europeia numa economia moderna, mais eficiente e competitiva quanto ao
aproveitamento de recursos(Ezequias, 2020).
Infraestrutura e Conectividade
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Serviços e Hospitalidade
A qualidade dos serviços oferecidos aos Turistas é outro factor-chave. Isso inclui a
hospitalidade da população local, a qualidade do serviço em hotéis e restaurantes, bem
como a capacidade de lidar com necessidades específicas dos visitantes.Investir em
treinamento e capacitação da força de trabalho do sector de Turismo é fundamental para
garantir que os Turistas tenham experiências memoráveis (PRODESI, 2020).
Custo e Acessibilidade
A política de preços deve ser equilibrada para garantir que o Destino seja
competitivo em comparação com outros países da região.
Diversidade Geográfica
Segurança e Estabilidade
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comunidades locais. Além disso, a preservação do património cultural e ambiental não
apenas atrai Turistas, mas também contribui para a identidade e qualidade de vida das
populações locais. (Abrantes, 2012).
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a) Uma boa parte dos investimentos turísticos não é realizada por razões comerciais,
mas antes por razões de carácter social, educativo, cultural ou ambiental, como os
investimentos em centros de informação, parques nacionais ou protecção do ambiente,
recuperação e protecção do património cultural;
Além destas diferenças que colocam problemas de avaliação, a análise dos efeitos
económicos dos investimentos turisticos e dificultada pela imprecisão dos limites do
sector turistico pela dificuldade em imputar ao Turismo o valor de certos investimentos
que, embora por ele requeridos, se destinam à satisfação de necessidades próprias da
população local: abastecimiento de água, saneamento, comunicações, transportes e
muitos outros.
Capital humano: valor ganho de renda potencial incorporado nos indivíduos e inclui
habilidade inerente à pessoa, o talento, a educação e as habilidades adquiridas.
48
Tecnologia: força motora principal do Crescimento económico. Históricamente o
desenvolvimento tecnológico proporciona um aumento da produtividade do trabalho,
tornando-se fundamental para o Crescimento económico.
Segundo Cunha (2013 b), a actividade turística enquadra-se num dos sectores da
economia, podendo gerar crescimento no aumento a longo prazo da capacidade de um
país oferecer à população, bens económicos cada vez mais diversificados, baseando esta
capacidade crescente numa tecnologia avançada nos ajustes institucionais e ideológicos
que esta exige. O Turismo emergiu como uma das indústrias mais dinâmicas e
impactantes do mundo, desempenhando um papel significativo nas economias globais.
Examinar as tendências e dados estatísticos relacionados ao crescimento dasactividades
turísticas em nível global é fundamental para compreender a importância desse sector em
constante evolução.
49
restrições forem aliviadas e a confiança dos viajantes for restaurada. A conscientização
sobre questões de saúde e segurança nas viagens aumentou consideravelmente devido à
pandemia.
50
enfrenta desafios relacionados à superlotação, preservação do património cultural e
exploração da força de trabalho.
Asnecessidades que originam a procura das viagens não são necessidades de comer,
beber, dormir ou vestir, mas sim de outra natureza: evasão, descoberta, novas
experiências ou reencontro. As pessoas não viajam, em geral, para dormir ou comer, mas
por razões derivadas das suas motivações Turísticas, que implicam uma deslocação e
originam a produção de novos bens e serviços. O visitante («Ser Turístico») é unificador
e integrador de um vasto conjunto de necessidades que dão origem a novas Actividades,
a novos fenómenos e a novos comportamentos. À medida que se vai desenvolvendo, vai-
se tornando numa actividade que responde à satisfação de necessidades múltiplas de
ordem intelectual, fisica, psicológica, cultural, social.
51
2.12.1 Produtos Turísticos
Assim, o produto turístico «sol e mar» é constituído pelo próprio sol, mar e praia, o
alojamento, a animação, os restaurantes, a informação e organização da viagem, os
estabelecimentos comerciais e os serviços diversos. De acordo com esta concepção, os
52
hotéis ou a gastronomia não são um produto turístico, mas sim um dos seus elementos
constitutivos.
Dada a confusão frequente que se estabelece entre produtos turísticos e tipos de turismo,
convém esclarecer que estes resultam de factores psicológicos, sociais, culturais ou
profissionais, intrínsecos aos indivíduos e associados a uma atracção: o desejo de
vivenciar a natureza (fator psicológico) pode ser satisfeito por visitas a parques naturais,
passeios nas montanhas, ou simplesmente viajando para locais rurais (atracções). Pelo
contrário, um produto resulta de um acto produtivo, uma decisão externa ao indivíduo
com o fim de comercialização com objcetivos económicos ou de desenvolvimento. O
objectivo da criação de produtos e serviços é o de garantir o desenvolvimento contínuo
dos negócios e, para as empresas, a manutenção ou aumento das suas margens de lucro.
Para alcançar estes objectivos, quer as organizações públicas quer as empresas
programam o lançamento de produtos segundo cinco princípios: produto certo, no
lugarcerto, no tempo certo, ao preço certo e nas quantidades certas.
Produtos:
Não específicos
Específicos do Turismo
Produtos específicos
Produtos não específicos
a. Alojamento
Hotéis e similares
Residências secundárias por conta própria ou gratuitas
Restauração e bebidas
Transporte e passageiros
Transporte ferroviário interurbano
Transporte rodoviário
Transporte por água
54
Transporte aéreo
Serviços auxiliares de transporte
Aluguer de equipamentos de transporte
Serviços de manutenção e reparação
Agências de viagens, operadores e guias turísticos
Agências de viagens
Operadores turísticos
Informação turística e guia
Serviços culturais
Artes (espetáculos)
Museus e outros serviços culturais
Recreação e lazer
Serviços desportivos e recreativos
Outros serviços de recreação e lazer
Outros serviços de Turismo
Serviços financeiros
Serviços de aluguer de bens
Outros serviços de Turismo
I.I. Produtos conexos (serviços de transporte, circuito em aeronaves, exploração de autoestradas,
manutenção física e sauna, venda a retalho, serviços de tradução e interpretação, transportes
interurbanos e não urbanos, etc.)
II. Produtos não específicos
Fonte: Conta Satélite do Turismo. OMT, 1999.
55
Figura 2: Ciclo de vida do produto.
56
mercado. A saturação surge quando as vendas atingem o máximo e o produto ou o serviço
alcançou o maior grau possível de penetração no mercado. A produção em massa e as
novas tecnologias provocam a redução dos preços, pelo que a produção começa a deixar
de ser viável economicamente.
Muitos produtos mantêm-se na fase de saturação durante anos, mas muitos deles
tornam-se obsoletos dando lugar à inovação de outros produtos que substituem os
anteriores. Dá-se o declínio, em que a procura se reduz rapidamente, as despesas de
publicidade são baixas e inicia-se a fase de prejuízos e os produtos tendem a desaparecer
e, muitas vezes, com eles, as próprias empresas. Nem todos os produtos, porém, têm o
mesmo ciclo de vida. Alguns têm uma fase embrionária muito longa e por vezes não
chegam a ser introduzidos no mercado como é o caso de certos medicamentos para o
cancro, outros têm-na muito curta mas também crescem e morrem rápidamente: caso de
uma discoteca que tem um rápido sucesso mas que passa de moda poucos anos depois.
Há também produtos cujo ciclo de vida é muito longo podendo prolongar a sua
existência por muitas décadas como é o caso dos jeans. Em todos os casos, o ciclo de vida
é um instrumento útil para descrever como nascem e se desenvolvem os produtos,
podendo utilizar-se como um meio para avaliar os efeitos do mercado e da concorrência.
Considerando este conjunto de tipos de inovação, esta pode definir-se como sendo
a introdução de um novo produto ou de uma melhoria significativa nos produtos
existentes, a criação de um novo processo, um novo método de marketing, ou uma
organização ou novas práticas de negócios, organização do local de trabalho, bem como
o estabelecimento de novas relações externas (OCDE, 2005).
58
No Turismo encontramos vários exemplos de produtos que atingiram as fases de
maturidade e declínio. No primeiro caso encontram-se vários centros de desporto de
inverno (esqui) que, após alguns anos de crescimento espectacular, começaram a ver as
suas vendas a entrar na fase de estagnação, procurando depois conquistar novos
segmentos de mercado e a diversificação.
No segundo caso encontra-se grande parte das estâncias termais que, após o boom
dos anos 20, não souberam adaptar-se às novas tendências do mercado e às novas
preferências dos consumidores. Pelo contrário, os modernos health resorts encontram-se,
em muitos destinos, na fase de introdução. Avariável produto Turístico a idealizar tem
como Questão Básica a Oferta Turística resumindo-a como conjunto de recursos naturais
e artificiais, equipamentos, bens e serviços que provoquem a deslocação de visitantes,
satisfazendo suas necessidades resultantes da deslocação e permanência e que são
exigidas por estas necessidades. Porém, sua contribuição no crescimento das Actividades
Turísticas nos leva a Conhecer novos lugares, novas culturas, desejode Descanso e Renda
da população receptora.
Morrisson (1996), citado por Costa explica que o Turismo apresenta não só um
conjunto de características comuns aos demais serviços como também um conjunto de
características próprias.
59
cada momento, as vendas estão limitadas pela capacidade de produção instalada para o
período. A capacidade de produção não-utilizada nos períodos de menor procura (época
baixa) não pode ser transferida para os períodos de maior procura (época alta). Em síntese,
perante a impossibilidade de constituir stocks, os níveis de produção têm que acompanhar
as flutuações da procura.
Exposição aos serviços reduzida e intensa - muitos serviços são utilizados por
períodos relativamente longos, nomeadamente banca e seguros, enquanto as viagens têm
um horizonte temporal curto e circunstanciado. No entanto, a intensidade da exposição é
muito elevada, estando sujeita a uma permanente avaliação.
Maior grau de emoção e de irracionalidade no acto da compra-as características
psicográficas do consumidor têm um papel determinante na escolha, sendo impossível a
obtenção de um volume de informação sobre as alternativas existentes que permita uma
tomada de decisão racional (com informação plena).
Local de consumo distante- especialmente nas viagens internacionais, o local de
consumo está muito distante do domicílio do turista. Caso se trate de uma primeira visita,
o turista tem que confiar nas fontes de informação pois não tem possibilidade de realizar
qualquer tipo de viagem prévia para verificar se se trata do tipo de destino que procura.
Importâncias dos canais de distribuição – os distribuidores assumem um papel
determinante dado que, muitas vezes, a compra ocorre de forma desconcentrada a
centenas de quilómetros do local de consumo sem que seja possível a presença de
estruturas próprias do produtor. Para além disso, os operadores turísticos, através da
criação de packages com vários serviços (por exemplo: transporte, alojamento,
alimentação, aluguer de viatura e atracções), transformam-se em "produtores".
Maior dependência de serviços complementares - o acto de viajar exige a
intervenção de diferentes entidades prestadoras de serviços que contribuem para o grau
de satisfação final. Um excelente desempenho do alojamento pode ter um significado
reduzido se os restantes serviços consumidos no destino apresentarem níveis de qualidade
insatisfatórios.
Muitos desses serviços complementares apresentam um forte grau de
fragmentação, isto é, são muito numerosos os agentes económicos envolvidos o que
dificulta o controlo global da qualidade. Por exemplo, 96% das empresas de alojamento
60
e restauração dos países membros da União Europeia são micro-empresas com um
número inferior a 10 empregados (CCE, 1995).
Alguns são locais de passagem que podem possuir suficientes fatores de atração
para justificarem uma curta visita, mas que não possuem condições de permanência, ao
passo que outros, pelo contrário, são dotados de um amplo conjunto de factores e de
equipamentos que não só produzem uma forte atracção como também justificam e
permitem permanências de duração mais ou menos longa. Os primeiros dão origem a
intervenções simples ou isoladas para proporcionar as condições de visita; os segundos
originam intervenções complexas e permanentes e pressupõem a existência de
organizações que garantam o seu desenvolvimento.
Deste modo podemos observar os Destinos segundo duas ópticas: uma que tem
como objectivo identificar os lugares visitados pelos visitantes e outra cujo objectivo é o
de identificar os espaços territoriais, onde se desenvolve um complexo de inter-relações
que garante a existência de factores de atracção bem como o processo de produção e
consumo com vista a satisfazer necessidades turísticas.
61
De acordo com a primeira óptica, todos os locais aonde se dirigem visitantes são
Destinos independentemente da duração da sua permanência e, segundo a OMT, poderão
classificar-se em:
Destino Principal - Local ou país onde o visitante permanece mais tempo do que em
qualquer outro;
Destino a Distância Máxima - Local ou país visitado mais longe da residência;
Destino Motivante - Local ou país preferido pelo visitante de entre todos aqueles que
visita e que corresponde à principal razão da viagem.
Muitos dos lugares visitados que podem incluir-se nesta tipologia não constituem
os espaços cuja característica é a de neles se estabelecerem, com carácter de permanência,
relações de produção e consumo turísticos com predomínio sobre as demais ou em
proporção significativa destas, e que constituem a base do desenvolvimento turístico de
um país ou de uma região.
Por sua vez, a OMT, através do Grupo de Peritos em Gestão de Destinos, abordou,
em 2002, da seguinte forma a noção de «Destino Turístico» (Timón, 2004): «um Destino
Turístico local é um espaço no qual um visitante está pelo menos uma noite. Inclui
serviços de apoio, atracções e recursos turísticos.
62
identifica os Destinos como conjuntos de elementos e relações diferentes das que existiam
antes do aparecimento desses elementos.
Além disso, implica a existência de uma fronteira administrativa que, na maior parte
dos casos, foi estabelecida por razões alheias ao Turismo, e mesmo antes de este se ter
funda as interdependências que entre eles se estabelecem e que dão origem a realidades
desenvolvidas.
A existência de uma fronteira poderá ser útil e prática (por exemplo, aprovação de
projectos), mas, pela sua natureza, "as fronteiras de um Destino não devem ser traçadas
por factores de ordem administrativa" (Barbosa, 2012): esta tem origem em decisões
políticas enquanto as primeiras resultam da existência de recursos que originam
deslocações das quais derivam interdependências e interrelações que constituem um
sistema.
Em qualquer dos casos as transformações a que o espaço territorial fica sujeito dão
origem a novas relações, modificam as suas características e fazem nascer novas
actividades de que resulta uma nova estruturação espacial onde se concentra uma
constelação de atracções e serviços que garantem uma produção turística diversificada.
63
Um destino é, assim, antes de tudo, um território modificado com «alguma forma
de limite real ou percebido» (Kotler et al., 1998) mas é também um complexo onde se
estabelece uma relação sistémica entre recursos, infraestruturas e serviços que garantem
um processo de produção e consumo com vista a satisfazer as necessidades turísticas.
64
d) Acolhimento e cultura, ou seja, o espírito, as atitudes e os comportamentos
existentes em relação aos visitantes bem como as manifestações culturais (música, dança
e outras actividades artísticas, o desporto e outras formas de animação). O
desenvolvimento de todos os elementos que concorrem para o acolhimento (hospitalidade
em sentido amplo) constitui um dos mais importantes aspectos da Actividade Turística;
A análise dos Destinos Turísticos tem levado à conclusão de que um Destino evolui
segundo um ciclo que começa por um período inicial de descoberta passando, depois, por
uma fase de expansão com aumento dos visitantes e crescimento das infraestruturas,
equipamentos e serviços até se transformar num Destino massificado. A fase seguinte
será o declínio ou o rejuvenescimento, tudo dependendo da qualidade dos recursos
existentes e de capacidade dos responsáveis.Muitos modelos têm sido desenvolvidos,
principalmente a partir dos trabalhos de Gilbert (1939) e de Christaller (1963), que
desenvolveram o conceito da evolução dos Destinos em três fases (descoberta,
crescimento e declínio), mas aquele que atraiu maior atenção e discussão foi o de Butler
(1980), segundo o qual a evolução dos Destinos se opera de acordo com um ciclo
constituído pelos seguintes estádios ou fases (ver figura 4):
65
1. Exploração - Estádio caracterizado por poucos Turistas aventureiros atraídos
pelos aspectos naturais do local que não possui, ainda, facilidades públicas para os
receber.
66
É nesta fase que podem ocorrer problemas e em que o controlo do setor público
pode ser afectado, tornando-se necessário adaptar o planeamento local e regional para
atenuar problemas e adoptar medidas de adaptação aos mercados geradores. Os visitantes
tornam-se mais dependentes das viagens organizadas pelos operadores turísticos.
De facto, os estudos levados a cabo em relação a vários destinos têm mostrado uma
grande adaptabilidade a alguns deles, mas em relação a outros verificam-se desvios apesar
das semelhanças encontradas (Agarwall, 1997). Formica e Uysal (1996) procederam à
análise da evolução da Itália como Destino Turístico, de acordo com o modelo do ciclo
de vida e concluíram que a fase de introdução se verificou entre 1760 e 1949, desenvolveu
o seu crescimento entre 1950 e 1973 e atingiu a maturidade entre 1974 e 1987.
A realidade, porém, não confirma esta conclusão na medida em que países com
elevados défices da respectiva balança turística estão na fase de crescimento turístico
(caso do Brasil) e outros situam-se entre os principais Destinos Turísticos mundiais (casos
da Alemanha ou Reino Unido).
70
concorrem para o acesso e fruição da atracção turística, tais como estradas, aeroportos,
diversidade de hotéis e de equipamentos de restauração, transportes, agências de
recepçãoque organizam excursões-comércio local, infraestrutura técnica de saneamento,
vias de acesso e segurança e serviços, estes indispensáveis numa determinada oferta
turística.
Assim, o país tem aumentado, de forma modesta, o PIB do sector, mas comparando
a posição de Angola à de países africanos, tais como Egipto, Nigéria, Quénia, África do
Sul, nota-se que é preciso melhorar a colocação no contexto internacional, visto ser um
sector que se espera como alavanca de receitas para o Estado e como porta de entrada de
divisas para o país.Com base nos resultados do estudo realizado pelo INE, em 2019, o
sector do Turismo representava cerca de 3% do PIB, uma quota muito aquém do desejado
e que pode ser trabalhada de forma a alcançar resultados mais encorajadores para o sector.
Nessa perspectiva, é importante que o Estado, os Municípios e a iniciativa privada
entendam a importância estratégica do Turismo, não apenas em termos de lucro gerado,
mas no impacto benéfico que exerce a nível da geração de emprego e renda.
73
necessidades, mas adquirem também outros que são destinados aos residentes como, por
exemplo, medicamentos em farmácias, vestuário, selos de correio ou autoestradas.
Portanto, todos os bens e serviços que os visi- tantes adquirem fazem parte da procura
turística. No caso de ser correcta e se mantiver a estrutura dos gastos de não residentes
determinada em 2003, os seus gastos em <<vestuário e calçado>> ultrapassará os 255
milhões de euros e os realizados na aquisição de artigos domésticos e decoração andará
pelos 284 milhões, valores que evidenciam a importância das compras de produtos não
classificáveis como turísticos. Deste modo, não é fácil determinar, com rigor, o valor da
procura turística porque ela se dilui na procura de vários sectores produtivos, em
particular, quando se trata do Turismo interno.
74
integrante da experiência da viagem. Existem cinco categorias principais intervenientes
no sector do Turismo (ver Figura 7):
Turistas;
Oferta Hotelaria (alojamento, serviços de alimentação e bebidas), Convenções e
Congressos, Atracções e Entretenimento;
Transportes Companhias Aéreas, Cruzeiros, Rent-a-car, Operadores de Transportes
Terrestres (em aeroportos e outras formas de transporte local);
Intermediários (operadores turísticos e agências de viagens);
Organizações de Marketing de Destinos Turístico.
Organizações de Marketing de
Destinos Turísticos
-Hotelaria Operadores
Mercados
-Convenções e Turísticos –
Turísticos
Congressos Agências de Viagens
- Atracções e
Entretenimento
Transportes
Companhias Aéreas
Cruzeiros
Rent-a-car
Operadores Terrestres
Fonte: (Costa et. al. 2004)
75
perecibilidade - que diferenciam o Turismo de outros produtos, contribui para a elevada
intensidade da informação no sector.
Até meados dos anos 70, cada SRC era apenas utilizado para informação da
companhia aérea a que pertencia. Em 1976, os sistemas Apollo (United Airlines) e Sabre
(American Airlines) foram ampliados de forma a fornecer informação a outras
companhias aéreas e alugados a agências de viagens nos Estados Unidos.
Na Europa e Ásia, até finais dos anos 80, nenhum SRC estava disponível para ser
utilizado por agências de viagens. Em 1987, dois consórcios europeus de companhias
aéreas e um de companhias asiáticas, desenvolveram SRCS para serem usados por
agências de viagens, respectivamente, Amadeus, Galileu e Abacus. Em 1990, foi criado
o Worldspan, com participação do Abacus.
Hotéis Rent-a-car
Companhias
Aéreas
SDG
Agências de Viagens
Hotéis Rent-a-car
Companhias
Aéreas
Internet
Consumidores
Fonte: (Costa et al 2004)
Em resposta a esta actuação, os SDGs criaram interfaces na Web com as suas Bases
de Dados, o que ocasionou a oportunidade para fornecedores não- -tradicionais
oferecerem capacidades de reserva. Um exemplo disto é a parceria entre a Microsoft e a
Worldspan com o site Expedia. Outro exemplo, é o da Internet Travel Network, uma
empresa sediada em Palo Alto, Califórnia, que disponibiliza um website que oferece uma
vasta gama de produtos turísticos em mais de cinquenta países. Os quatro grandes
operadores na Net Travelocity, Expedia, Internet Travel Network e PreviewTravel -
atingiram vendas acima de um bilião de dólares em 1998.
60
e modelo de negócio.Recentemente, Travelocity e PreviewTravel, entraram num processo
de fusão que criou o líder de viagens online na maior categoria de comércio electrónico
com uma base de clientes superior a 17 milhões, a que correspondem vendas superiores
a 1 bilião de dólares em 1999, mais do dobro de vendas da segunda maior agência online.
Esta nova empresa é o 3º maior site de comércio electrónico depois da Amazon e da eBay,
e é já uma das 10 maiores agências de viagens do mundo. Esta empresa desenvolve-se a
partir de parcerias estratégicas com alguns dos mais importantes portais da Internet,
incluindo Online/Netscape, Yahoo, Lycos, Go Network, Excite, @Home e Compuserve.
A Sabre (Travelocity)possui 70% das acções, enquanto os acionistas do PreviewTravel
ficaram com 30%. Esta transacção fortaleceu a posição de liderança da Sabre como o
SDG número 1 na Internet.
61
Faz-se referência concretamente da deficiência do provimento de serviços a nível
das redes técnicas, saneamento básico, serviços de comunicação, internet, fornecimento
de água e energia eléctrica. Situação de falta que obriga os produtores de bens e serviços
turísticos e não turísticos a se socorrerem de fontes alternativas, tornando o produto ao
consumidor bastante mais oneroso.
A nível dos similares da hotelaria precisa-se também de uma diversificação que, tal
como no alojamento, não ignore a necessária dispersão espacial e a proporcional
distribuição geográfica dos equipamentos de Restauração e Diversão, tendo em conta a
heterogeneidade do público quanto ao poder aquisitivo e outras características socio
biográficas.
62
higiénicas e sanitárias, exercendo a Actividade de forma ilegal e com prejuízos para o
Estado a nível da massa tributária.
64
A clientela é heterogénea, as carruagens ou os autocarros executivos são escassos
e não vão para além do conforto dos assentos, os terminais de transportes e as
estações ao longo da via são lastimáveis do ponto de vista do acolhimento e das
condições de higiene. As paragens para aliviar os passageiros das suas
necessidades fisiológicas ou para restaurar energias por via da alimentação são em
mercados informais, com produção de comida a céu aberto e servida em barracas.
Reduzido poder de compra do Angolano: o cidadão Angolano médio é
fundamentalmente pobre, com dificuldades para suprir as necessidades
elementares de habitação, saúde e alimentação ao longo do mês. A maioria da
população vive do setor informal. Segundo o INE (2016), a taxa de emprego
nacional é de apenas 40%, sendo que a maioria é funcionário público, pertencente
a carreira não técnica, auferindo ordenados base abaixo dos quarenta e cinco mil
Kwanzas (Decreto Presidencial, 126/14). Mesmo antes da deterioração das contas
do país o poder de compra do Angolano comum não tinha condição de impactar
o sector do Turismo.
65
Pouca produção interna: o custo de vida elevado nas principais cidades de
Angola e a carestia dos preços de muitos produtos essenciais está bastante
relacionado com a pouca produção interna. Segundo informação que tem sido
veiculada por alguns governantes do sector produtivo, a produção no país cobre
apenas 15% das suas necessidades. É por esta razão que temos uma situação de
crise agudizada porque a produção interna não cobre as necessidades de
importação que têm sido bastante dificultadas devido à escassez de divisas.
Todavia, a avaliação negativa do país tem sido potenciada pelas acções menos
conseguidas dos próprios Angolanos. O país é visto como tendo um regime fechado,
pouco democrático, com burocracia excessiva nos serviços consulares para concepção de
vistos aos interessados em visitá-lo. Está muito mal cotado em relação a alguns ratings
internacionais que medem a qualidade de vida dos países, boa governação, desempenho
económico, etc. Para citar alguns exemplos, Angola é considerada dos piores países do
mundo em termos de índice de desenvolvimento humano, é dos países mais corruptos do
mundo e dos piores em termos de transparência e ambiente favorável para realizar
negócios.
66
Portanto, um currículo muito pouco apelativo para Turista e o potencial visitante.
esperamos pela nova medidado Executivo Angolano pela Supressão de vistos para países
emissores anunciada neste ano de apresentação do estudo em causa e a sua efectiva
aplicação.
Na verdade, o país ainda não possui localidades que se podem considerar Destinos
Turísticos na acepção da palavra, que garantam fluxos turísticos regulares com viagens
baseadas nas férias e no lazer. Ao visitante não lhe é disponibilizado um roteiro turístico,
a não ser que seja feito isoladamente para acudir necessidades específicas.
67
materialização da proposta avançada pelos órgãos de Turismo de constituição duma
operadora nacional é fundamental. Mas para isso é preciso dotá-la de capacidades e
autonomia para negociar junto dos produtores de serviço, gerindo, distribuindo e
ajustando melhor a oferta e a procura.
68
CAPÍTULO III - ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO E
CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO EM ESTUDO.
Cacuaco ascendeu o título de Vila no ano de 1936, ano que foi instalada a
Administração, segundo dados fornecidos por alguma entidade tradicional.
O actual centro comercial Municipal era habitado por populares que por força do
regime colonial, foram obrigados a morar no bairro dos Imbondeiros e Mulenvos.
Também serviu como ponto de passagem da linha férrea que ía até à Funda.
Os registos de 1936 atestam que a localidade de Cacuaco era uma pequena Vila de
Pescadores. Os registos atestam, porém, que o reino do Ndongo tinha como importante
localidade do comércio pesqueiro pelo menos desde o Séc.XVI.
69
Uma das personalidades mais marcantes do Cacuaco é a Viúva do primeiro Soba
deste Município, António Moreira, falecido em 1991, Co-fundador da Vila e é recordado
hoje num marco, no largo com o seu nome junto do mercado Municipal.
Para além deste facto histórico local, outras datas e locais históricos são também
comemoradas as festas anuais da Igreja de Santo António de Kifangondo.
O mar, as praias, montanhas, rio e lagoas, são atracções que levam muitas pessoas
desejosas de conhecer imagens que se tornam marcas do Município.Cacuaco é um dos
70
Municípios de Luanda com maior potencial de crescimento. Essencialmente agrícola, mas
também adequado para prática de pecuária e pesca em terras extremamente férteis. A
pesca marítima e a fluvial também é praticada pelos Munícipes. Os peixes Cacusso e
bagre são os mais capturados e que também atraem Turistas nacionais e estrangeiros no
Panguila.
71
Centro de Saúde da Funda: Possui uma capacidade de 20 camas, com serviços
idênticos ao anterior. Centro de Saúde Ndala Mulemba: Tem uma capaciadade de
30 camas eum atendimento que varia entre os 50 à 70 pacientes por dia, e mesmos
serviços aos anteriores. As febres, paludismo (ou malária) são apresentados como
doenças mais frequentes pelos agregados do Municipio, seguidos da diarreia e
doenças respiratórias.
72
Figura 9: Casas de adobe no Bairro Caop-Velha.
O Município conta com 13 Mercados sendo a Maxi, Shoprite e Pepe como formais
localizados na estrada directa de Cacuaco.
Água e Energia:
O Município sede abastece-se de água potável a partir da rede geral que fornece
água à Luanda, com excepção da comuna da Funda, que possui uma pequena extensão
própria de tratamento de água, as outras localidades dependem directamente de água
corrente do rio Bengo. Em termos de energia eléctrica, o município possui estrutura
73
fornecida pela E.N.E, a sua utilidade para fins económicos e sociais por parte dos
consumidores, necessita uma intervenção mais cuidada. (Agostinho Miguel Lima-
Boletim informativo da Administração de Cacuaco-2004).
74
Cabolombo-Viana-Kifangondo e terciárias não asfaltadas que ligam a Sede Municipal e
restantes localidades e fronteiras particularizando-se a estrada da Funda, uma importante
zona agro-pecuária, exploração mineira e de Turismo (Lagoas da Kilunda). Com a
implementaçãodo Programa Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM), Cacuaco
dá passos largos para o seu desenvolvimento.
3.6-Principais Localidades:
A principal cidade é a Vila Sede do Cacuaco que fica situada na Baía e é uma zona de
pequenas colinas e vales. Segue-se depois as localidades de Kifangondo e Caop- Funda à
Norte, pouco desenvolvidas urbanisticamente, o Distrito Urbano do Kicolo a Sul com
uma grande densidade populacional, com Sede Administrativa na estrada directa do Km
14, próximo da IntercomercialMoagem.Outras localidades de interesse social são os
bairros 4 de Fevereiro e Mulenvos de baixo (Pré-urbano e rural), situados a Sul e Leste
da Barra do Bengo, a Norte da costa marítima.
75
Vidrul que fabrica copos, garrafas e outros artefactos de vidros, a Siderurgia nacional,
para recuperação e produção de ferro, a Icer com os seus tijolos e telhas, a Beta bloco,
para produção de blocos para construção, a Angonabeiro para café instantâneo.O
Município é rico em inertes, tais como terra vermelha, burgau, argila, calcário, pedras.
Esses recursos têm sido explorados para obras de construção e outros fins, fabrico de
cimento como calcário (Cimangola). Os produtos de pesca têm servido para consumo
alimentar e comercialização.
Em águas interiores encontramos o saboroso Cacusso que faz delícia dos foliões de
fim de semanas e o bagre que as vezes é transportado para as províncias do interior. Aos
fins de semana, é frequente ver-se verdadeiras filas de viaturas em direção ao Panguila
que hoje é pertença da província do Bengo.Neste lugar vende-se Cacusso grelhado com
todos os acompanhantes como mandioca cozida, feijão de óleo palma, farinha musseque,
banana cozida e outros. A agricultura é no Cacuaco uma prioridade. A proximidade do
rio Bengo, a fertilidade do solo e o esforço dos homens fazem do Cacuaco um dos maiores
polos da cintura verde da capital.
3.8-Estruturas Administrativas.
Comuna: Funda.
Distrito Urbano da Vila Sede de Cacuaco;
Distrito Urbano do Kicolo;
Distrito Urbano dos Mulenvos de Baixo;
Distrito Urbano do Sequele.
76
3.9-Actividade Turística no Município de Cacuaco 2010-201
Quadro 6: Mão -de -obra empregue nos anos 2010-2011 comparada com à Geral de Luanda.
77
3.10-Análise dos Lugares Turísticos do Município de Cacuaco.
Com a nova Divisão Administrativa de Luanda, o Município conta com 8 Lugares
Turísticos, nomeadamente: Praia Sede ou Baía; Boca do rio ou praia da Barra do Bengo;
Igreja de São João Baptista; Igreja de Santo António de Kifangondo; Marco histórico de
Kifangondo; Busto de António Moreira; Praça do Artesanato (inoperante devido a um
incêndio) e Albergaria dos antigos caminhos de ferro.
79
Quadro 9: Matriz SWOT-Recursos Turísticos Religiosos.
80
Quadro 10: Eventos de Desporto.
81
Gráfico 1: Estabelecimentos Hoteleiros e Similares dosMunicipios da Província de Luanda-2010.
350
317
300
250
195
200 179
144
150
118 123
104 99
100
73
50
0
Cac Caz Ing Mai Rang Sambi K.kiax Samb Viana
Tabela 4: Análise comparativa do crescimento dos Estabelecimentos Hoteleiros e Similares dos Municípios
de Luanda, 2010-2011.
82
3.13-Análise Comparativa do Crescimento dos Estabelecimentos Hoteleiros
e Similares do Município de Cacuaco em relação à Rede geral de Luanda,
2010-2011.
Rede Hot/Similares de
Anos Cacuaco Rede Hot/Similares de Luanda Percentagem
2010 73 1.367 5,34%
2011 92 1.435 6,41%
Fonte: Direcção Provincial da Hotelaria e Turismo (2023)
83
para a formação da renda familiar e para o crescimento da economia do país. Assim, o
sector Hoteleiro da Província de Luanda no ano 2010, segundo fonte: Direcção Provincial
da Hotelaria e Turismo, empregou 19.073 Cidadãos dos quais 694 são do Município de
Cacuaco, representando 3,6% do total geral de emprego naquele ano.
Nos anos 2009, 2010 e Junho de 2011, O Sector do Turismo de Cacuaco, segundo fonte
Repartição Fiscal do Cacuaco", contribuiu para os cofres do Estado o seguinte:
Tabela 8: Receitas arrecadadas pelo Estado no Município de Cacuaco nos anos 2009-2011.
Anos Valores em
Kwanzas
2009 24.633.172,00
2010 46.806.574,00
2011 11.027.457,00
Total Geral 82.467.203,00
Fonte: Elaboração própria (2023).
84
Gráfico 2: Receitas arrecadadas pelo Estado no Município de Cacuaco, provenientes da Actividade
Turística.
7
6
5
4
11.027.457,00
3 46.806.574,00
24.633.172,00
2
1
0
2009 2010 2011
Reabilitação e/ou construção das infraestruturas tais como rede de estradas, rede
de energia eléctrica, rede de saneamento básico, rede de telecomunicações e rede de
esgotos permitirão a deslocação de Turistas de Luanda para o resto do país passando na
estrada directa de Cacuaco-Bengo-Uige, pela estrada da Funda vai-se ao Centro e Sul do
país.
Elas permitirão maior conforto aos Turistas e empregará maior mão-de-obra local.
A implementação do transporte marítimo como experiência táxi trará para o Município
benefícios como a contratação de mão-de-obra, a facilidade de deslocação de Turistas e
Excursionistas para a Cidade e vice-versa em curto espaço de tempo. A conservação do
Monumento Histórico do Kifangondo permitirá o desfrute do mesmo para as gerações
vindouras, o que trará receitas para o Município.
85
A criação de Agências de viagem em vários pontos do município permitirá o
fomento interno no Município.
A Reabilitação da linha férrea Luanda–Cacuaco-Funda permitirá maior fluxo de
Turistas e Excursionistas, viajando a preços acessíveis, com maior segurança e
menor tempo. Facilitando a compra de produtos e o escoamento para as várias
artérias da cidade de Luanda.
Estrategias de Preservaçao:
86
Destinos que valorizam e protegem o seu património atraem vistantes interessados em
experiências culturais e naturais genuínas, o que pode aumentar o Turismo e gerar
receitas.
Estrategias de Modernizaçâo:
87
1- O maior empenho deve estar na melhoria e na promoção dos Recursos e
Atracções Turísticas com os quais o Município conta.
88
3.20-População e Amostra:
3.21- Procedimentos:
89
Cacuaco), documentos e sites da internet (documentaçãoindirecta), e em casos extremos
o telefone.
Perfil Histórico: obter dos autóctenes (fontes orais), informações que ajudam a
compreensão das nomenclaturas de alguns bairros e Lugares Turísticos. Todas essas
ferramentas do trabalho científico e metodológico serão aplicadas em correspondência
com as fases de cada objectivo da pesquisa.
O passado pode ser recente ou distante no tempo. (Alvarenga, 2012, pg. 60). É
importante assinalar que quem elabora informações de fontes secundárias e terciárias, são
Especialistas na área desse conhecimento e merecem reconhecimento pelos seus esforços.
90
V.I. EstratégiadoMunicípio de Cacuaco.
Quadro 12: Caracterização das variáveis do Estudo.
91
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE
RESULTADOS
4.1-Apresentação de resultados:
Quanto ao objectivo geral, devemos afirmar que foi alcançado, pois se chega a
compreensão de que as Estratégias para Crescimento das Actividades Turísticas trarão
um contributo considerável no desenvolvimento do Município com a criação de vários
postos de emprego, aumento de renda das famílias locais. Nas abordagens dos Teóricos
por nós consultados ficou explícito que elas não se limitam a um conjunto estático de
directrizes. pelo contrário, são adaptadas continuamente para reflectir as mudanças nas
preferências dos Turistas, a evolução das tecnologias de viagem e os desafios ambientais
e socioeconómicos emergentes.
92
água, sistemas de recolha de resíduos, mais escolas, bibliotecas, hospitais e clínicas,
alargamento das vias de acesso ao Município.
Quadro 13: Inquérito por questionário ao Director Municipal da Cultura e Turismo de Cacuaco.
Perguntas Respostas
R𝟏 :
Transportes: Cacuaco apresenta um deficit de
transportes bastante considerável. Para deslocação de
passageiros de longo curso existe apenas uma empresa
interprovincial (TRANSMAIA). Também conta com os
préstimos da TCUL, ANGO -REAL e os Táxis privados,
assim como as Moto-Táxis.
Alojamento: Cacuaco tem umvasto número de
Como se caracterizam as Alojamentos, mas um tanto deficientes devido a
𝐩𝟏 Actividades Turísticas no existência de um único hotel de um único Aldeamento e
Município de Cacuaco? da localização de muitas unidades de Alojamento se
encontrarem em zonas periféricas.
Alimentação:o Município conta para além dos
Estabelecimentos Hoteleiros e Similares sobretudo na
Vila Sede de Cacuaco, várias Barracas de Comes e bebes
informais. É necessário que se aposte na qualificação dos
profissionais do sector e na melhoria do sector e na
melhoria dos aspectos dos estabelecimentos existentes
com vista a atrair visitantes.
Entretenimento ou Diversão:O Município conta com
agrupamentos musicais Kazola, Banda Luz de Àfrica,
Cris Ngunza, Agostino e algumas Esplanadas que nos
fins de semana tocam o Karaok e música ao vivo.
𝐩𝟐 Quais as potencialidades R𝟐 :
turísticas inventariadas no As potencialidades turísticas inventariadas no Município
Município de Cacuaco? de Cacuaco são:
- Igreja de São João Baptista
- Praia da Boca do Rio
- Albergaria dos antigos caminhos de Ferro da Funda
- Praia da Vila Sede de Cacuaco
- Busto António Moreira
- Marco Histórico de Kifangondo
93
Quadro 14: Confirmação e/ou rejeição de Hipóteses
Foram destacadas oito (8) Estratégias para Crescimento das actividades turísticas
quesão:
Igreja de São João Baptista, Praia da Boca do Rio, Albergaria dos antigos caminhos de
Ferro da Funda, Praia da Vila Sede de Cacuaco, Busto António Moreira e Marco Histórico
de Kifangondo e . Praça do Artesanato (inoperante)..
95
As mutações que sector sofreu desde a fusão com outros Ministérios, a mudança de
quadros, etc, fez com que não houvesse dados fidedígnos sobre Estratégias.
96
CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões
Com os resultados apurados e com o enfoque das discussões apresentadas,
deduzimos que as actividadesturísticaspodem servir de força motriz para o
desenvolvimento local em Cacuaco, pois trará consigo benefícios económicos, estímulos
sociais, posicionando a localidade no mercado turístico, melhorando a sua imagem.
Sector político, para este sector a medida poderá gerar prestígio internacional para
a localidade, deste prestígio a promoção de investimentos e a coesão social para a
população local.
97
Estrategias para a Preservaçao de Património e asEstrategia para Modernizaçao da
Infraestrutura Turistica. sendo similares a que o autor adoptouem detrimento dos estudos
realizados por teóricos como Ritchie &Crouch (2003), Hall&Lew (2009),
McKercher&DuCros (2002) e Cooper (2008) respectivamente dando resposta ao
Município de Cacuaco, pelo facto de defendermos um maior aproveitamento e
preservação das suas potencialidades Turísticas.
98
Dando resposta ao objectivo geral, deduzimos que a Entidade pesquisada nos anos
em estudo, a ―Inexistência de Estratégias para crescimento das actividades turísticas no
Município de Cacuaco em Luanda‖.
5.2 Recomendações
Com a obtenção dos resultados da Análise e Discussão é imperioso recomendar as
seguintes entidades:
99
Linhas para investigações futuras
100
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SITES DA INTERNET
www.Visitmozambique.net/pt/content/.../ acessoem Julho de 2023 às 20h23
www.sabercom.furg.bracesso em 6 de Julho de 2023 às 19h21
https.//pt.m.wikipedia.org/wiki/Turismo acesso em 09 de Julho de 2023 às 22h35
Jornal de Angola, - Notícias – Turismo, a Indústria da Prosperidade – Edição de 12 de
Outubro de 2021 – Disponível em:https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/turismo-a-
industria-da-prosperidadeacesso em 14 de Julho de 2023 às 12h17
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cacuaco acesso em 19 de Julho de 2023, às 17:23min.
Acelerar o Turismo em Angola – CEDESAdisponível
em:https://www.cedesa.pt/2022/05/22/acelerar-o-turismo-em-angola/acesso em 23 de
Julho de2023, às 15h14.
Jornal de Angola — Notícias, “O Turismo é o „petróleo verde‟ para a diversificação da
economia nacional” Edição de 27 de Setembro de 2023, às 09h30. Disponível em:
https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/o-turismo-e-o-petroleo-verde-para-a-
diversificacao-da-economia-nacional/acesso em 24 de Setembro de 2023, às 18h23
Jornal Expansão(2014),―O que se passou em 2011 e 2012 na Economia Angolana, 1ª
parte.” Disponível em:
https://expansao.co.ao/opiniao/interior/o-que-se-passou-em-2011-e-2012-na-economia-
angolana--i-parte-13411.html acesso em 25 de Setembro de 2023, às 20h55min
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/turismo/
acesso em 26 de Setembro de 2023, às 10:45min.
104
APÊNDICES
105
Apêndice 2 — Declaração do autor sob o trabalho de investigação
Declaração
Eu Manuel Fernando Mário, declaro por minha honra que a Dissertação sob o tema
Estratégias para Crescimento das Actividades Turísticas no Município de Cacuaco em
Luanda nos anos 2009-2011 submetida para efeitos de avaliação para obtenção do grau
de Mestre em Economia, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional na
Universidade Metodista de Angola é da minha exclusiva autoria, basea-se em
investigação própria e constitui um texto original que não foi por mim anteriormente
utilizado para fins académicos ou qualquer outra instituição.
Declaro também que procedi a correcta identificação e utilização das fontes, não
incorrendo em qualquer das modalidades reconhecidas de plágio, nomeadamente:
106
Apêndice 3 — Solicitação de Informação à Repartição Fiscal do Município de
Cacuaco, Luanda
107
Apêndice 4 - Solicitaçao de Recolha de dados e entrevistas para o Trabalho de Fim de
Curso (Dissertação).
108
Apêndice 5 - Inquérito por Questionário dirigido ao Director Municipal da Cultura e
Turismo de Cacuaco
109
2- Quais as potencialidades turisticas do município de Cacuaco?
R: As potencialidades turísticas inventariadas no Município de Cacuaco são:
- Igreja de São João Baptista
- Praia da Boca do Rio
- Albergaria dos antigos caminhos de Ferro da Funda
- Praia da Vila Sede de Cacuaco
- Busto António Moreira
- Marco Histórico de Kifangondo
- Igreja Santo António de Kifangondo
R: A pergunta é pertinente, mas atendendo as diversas mutações que o sector sofreu desde
a fusão com outros Ministério, a mudança de quadros, etc, não há dados fidediguinos,
acerca das Estratégias.
110
ANEXOS
111