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Esta Petição foi enviada ao Excelentíssimo Procurador-Geral da República,

através da carta registrada RJ479700630BR, postada em 21 de Dezembro de


2010 às 13:18 horas.

Este Petição foi entregue ao Sr. Ricardo, Funcionário do PSTU - Partido


Socialista dos trabalhadores Unificado, na Rua da Lapa nº 180 S/L, em
22/12/2010.

Este Petição foi entregue à Sra. Telma, Funcionária do PSOL - Partido


Socialismo e lIBERDADE, na Travessa do Mesquita n21 C, em 04/01/2011.

Petição ADPF da Lei de Equiparação Salarial


Ministério Público Federal
Procuradoria Geral da República
SAF Sul Quadra 4 Conjunto C
70050-900 - Brasília – DF

Ao Excelentíssimo Procurador-Geral da República

Com Base na CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO


BRASIL DE 1988, TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais,
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, Art. 5º
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são
a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de
petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder,

Venho, mui respeitosamente, SUGERIR, que Esta Procuradoria, envida


Todos os Esforços, utilizando-se de TODOS os Meios que dispuser, para que,
seja Argüido o Descumprimento de Preceito Fundamental, do Projeto de
Decreto Legislativo 3036/10, de autoria da Mesa Diretora da Câmara de
Deputados, que equipara os salários de presidente da República, vice-
presidente, ministros de Estado, senadores e deputados aos vencimentos
recebidos atualmente pelos ministros do Supremo Tribunal Federal: RS26.723,13.
Tal parte da CERTEZA de que este Decreto Legislativo FERE DE MORTE
preceitos fundamentais da Constituição da República Federativa do Brasil,
promulgada em 1988.

1ª Premissa: Autonomia Administrativa e Financeira

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e


financeira.

§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos


limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes
orçamentárias.

§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais


interessados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos


Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos


Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas


propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem


encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o
Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a


realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.

CAPÍTULO III
DOS ESTADOS FEDERADOS

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que


adotarem, observados os princípios desta Constituição.

CAPÍTULO IV
Dos Municípios

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras


Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta
Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e
os seguintes limites máximos:

Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os


subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá
ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita
tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e
159, efetivamente realizado no exercício anterior

§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita
com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores

CAPÍTULO V
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Seção I
DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por
lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada
por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição.

Considerações da 1ª Premissa:

A Constituição coloca de forma clara, inquestionável e irrefutável a


independência Administrativa e Financeira dos diversos Órgãos do Poder
Executivo, Legislativo e do Judiciário, nas esferas governamentais (Federal,
Estadual e Municipal).

Em relação à questão, podemos afirmar que a Política Salarial é sua


representação máxima, uma vez que, a mesma é cristalizada através de Plano
de Cargos e Salários, onde estarão definidas as remunerações, diretas e
indiretas, de cada Servidor, em conformidade com critérios, objetivos e subjetivos,
aplicáveis de forma única, principalmente, respeitando as limitações
orçamentárias de cada órgão institucional.

Logo qualquer tipo de equiparação, “por cima”, simplesmente,


desequilibrará a harmonia, intrínseca, do que estiver em vigência, de tal forma,
que a equiparação proporcionará uma situação favorável específica, em
detrimento, dos demais integrantes do Plano de Cargos e Salários.

Portanto, qualquer esforço para equiparar ou ajustar Salários, deve ser


feito, através da revisão dos critérios, e premissas, do Plano de Cargos e
Salários, de forma a promover a JUSTA REMUNERAÇÃO.

2ª Premissa: Impessoalidade

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do


art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a
iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e
os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub-sídio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário


não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies


remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo
e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

Considerações da 2ª Premissa:

A Constituição coloca de forma clara, inquestionável e irrefutável a importância


de que a Remuneração do Servidor Público deve ser administrada com
impessoalidade, isto é, sem qualquer distinção entre os integrantes do Plano
de Cargos e Salários (Art. 37).

Por esta razão, dispõe que a remuneração e o subsídio serão reajustados


por lei específica, através de ÍNDICE ÚNICO. Algo que garantirá o equilíbrio, e a
harmonia, do Plano de Cargos e Salários em vigência (Art. 37 – X).

Por esta mesma razão, VEDA a vinculação ou equiparação de qualquer


espécie para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público (Art. 37 –
XIII).

Portanto, qualquer esforço para equiparar ou ajustar Salários, deve ser


feito, através da revisão dos critérios, e premissas, do Plano de Cargos e
Salários, de forma a promover a JUSTA REMUNERAÇÃO.
3ª Premissa: Planos de Carreira

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no


âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do


sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos


componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,


de 1998)

III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,


de 1998)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de


Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá


ser fixada nos termos do § 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)
Considerações da 3ª Premissa:

A Constituição coloca de forma clara, inquestionável e irrefutável a


obrigatoriedade do Plano de Cargos e Salários, bem como, define suas Linhas
Mestras, uma vez que, reconhece a importância de Critérios, e Premissas,
definidos para se obter a JUSTA REMUNERAÇÃO, a TODOS os Servidores
Públicos (Art. 39),

Por esta razão, podemos afirmar que, se o TOPO da pirâmide esta defasado
em relação a uma outra pirâmide, presumivelmente TODA a Pirâmide também
esta. Logo, não se equilibrará, nem se fará JUSTIÇA, apenas e tão somente,
AJUSTANDO o TOPO, muito pelo contrário, aumentará esta INJUSTIÇA, pois,
introduzirá na Pirâmide, em mesmo contexto, a defasagem identificada.

Vale ressaltar, que muitas são as variáveis que podem gerar tais defasagens,
no entanto, esta será conseqüência natural da limitação orçamentária de cada
Órgão Público. Afinal, o número de servidores, pura e simplesmente, já é
variável significativa desta distorção.

Portanto, qualquer esforço para equiparar ou ajustar Salários, deve ser


feito, através da revisão dos critérios, e premissas, do Plano de Cargos e
Salários, de forma a promover a JUSTA REMUNERAÇÃO.

4ª Premissa: Equiparação Salarial

Primeiramente, devemos entender que a expressão equiparação salarial tem


em seu bojo teleológico, a equiparação de vencimentos, diretos e indiretos, e
por isso, somente pode ser obtido dentro de um mesmo contexto de política
salarial, onde as remunerações, benefícios diretos e indiretos, tem mesma
característica (Art. 37 – XII),

Por, esta razão, não nos é possível identificar, na equiparação salarial, ora
em questão, o princípio de ISONOMIA, buscado em qualquer equiparação, uma
vez que, as remunerações, incluso benefícios diretos e indiretos, dos Cargos
Públicos pseudamente equiparados “por cima” é significativamente diferente.

Por esta razão, não nos é possível identificar, nos Cargos Públicos
pseudamente equiparados “por cima”, qualquer semelhança funcional,
exceção feita a serem TOPO de Pirâmide Salarial, em seus respectivos Órgãos
Públicos.

Se, em tese, aceitarmos como legítima a equiparação acima, devemos aceitar


que qualquer Cargo dos diversos Planos de Cargos e Salários, nos três poderes,
nas três esferas da Federação, poderá, ou melhor, deverá ser equiparado ao
Maior Salário existente. Como exemplo, cito o Cargo de Médico, que pela
importância, e relevância, pela tese aceita, deve ter mesma remuneração.

Se, em tese, aceitarmos como legítima a equiparação acima, os Ministros de


Todos os Tribunais Superiores, o Procurador-Geral da República e o Superior da
Defensoria Pública deveriam estar inserido, uma vez que, também são TOPO
de seus respectivos Plano de Cargos e Salários.

Quando, então, ressalto que o Supremo Tribunal Federal, não é o Órgão,


administrativamente falando, máximo do Judiciário Brasileiro, uma vez que,
são Suprema Corte Brasileira o STF - Supremo Tribunal Federal (Constitucional,
infraconstitucional ou decorrentes deles), TST – Tribunal Superior do Trabalho
(Trabalho), TSE - Tribunal Superior Eleitoral (Eleitoral), STM - Superior Tribunal
Militar (Militar), STJ - Superior Tribunal de Justiça (Demais Direitos), portanto,
assim como TODOS os Ministros do Executivo, os TODOS os Ministros do
Judiciário deveriam ter MESMA REMUNERAÇÃO.

Portanto, qualquer esforço para equiparar ou ajustar Salários, deve ser


feito, através da revisão dos critérios, e premissas, do Plano de Cargos e
Salários, de forma a promover a JUSTA REMUNERAÇÃO.

5ª Premissa: Entendimento do Supremo Tribunal Federal

Pelo exposto acima, gostaria de ressaltar o entendimento do Supremo


Tribunal Federal sobre este tema, extraído do documento A Constituição e o
Supremo, http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/sumariobd.asp:

"Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que


emanada de autoridade judicial. Mais: é dever de cidadania opor-se à ordem
ilegal; caso contrário, nega-se o Estado de Direito." (HC 73.454, Rel. Min. Maurício
Corrêa, julgamento em 22-4-96, 2ª Turma, DJ de 7-6-96)

“É nula a decisão que recebe denúncia sem fundamentação suficiente sobre a


admissibilidade da ação penal.” (RE 456.673, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento
em 31-3-09, 2ª Turma, DJE de 22-5-09)

“Separação dos poderes. Possibilidade de análise de ato do Poder Executivo pelo


Poder Judiciário. (...) Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e
constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em
vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.” (AI
640.272-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-10-09, 1ª Turma,
DJ de 31-10-07). No mesmo sentido: AI 746.260-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgamento em 9-6-09, 1ª Turma, DJE de 7-8-09.

“Em conclusão, o Tribunal, por maioria, julgou procedente pedido formulado em


ação declaratória de constitucionalidade, proposta pelo Presidente da República e
pelas Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, para declarar a
constitucionalidade do art. 1º da Lei n. 9.494/97 (...). Entendeu-se, tendo em vista
a jurisprudência do STF no sentido da admissibilidade de leis restritivas ao poder
geral de cautela do juiz, desde que fundadas no critério da razoabilidade, que
a referida norma não viola o princípio do livre acesso ao Judiciário (CF, art. 5º,
XXXV). O Min. Menezes Direito, acompanhando o relator, acrescentou aos seus
fundamentos que a tutela antecipada é criação legal, que poderia ter vindo ao
mundo jurídico com mais exigências do que veio, ou até mesmo poderia ser
revogada pelo legislador ordinário. Asseverou que seria uma contradição afirmar
que o instituto criado pela lei oriunda do Poder Legislativo competente não
pudesse ser revogada, substituída ou modificada, haja vista que isto estaria
na raiz das sociedades democráticas, não sendo admissível trocar as
competências distribuídas pela CF. Considerou que o Supremo tem o dever
maior de interpretar a Constituição, cabendo-lhe dizer se uma lei votada pelo
Parlamento está ou não em conformidade com o Texto Magno, sendo
imperativo que, para isso, encontre a viabilidade constitucional de assim
proceder. Concluiu que, no caso, o fato de o Congresso Nacional votar lei,
impondo condições para o deferimento da tutela antecipada, instituto processual
nascido do processo legislativo, não cria qualquer limitação ao direito do
magistrado enquanto manifestação do Poder do Estado, presente que as
limitações guardam consonância com o sistema positivo. Frisou que os limites
para concessão de antecipação da tutela criados pela lei sob exame não
discrepam da disciplina positiva que impõe o duplo grau obrigatório de jurisdição
nas sentenças contra a União, os Estados e os Municípios, bem assim as
respectivas autarquias e fundações de direito público, alcançando até mesmo os
embargos do devedor julgados procedentes, no todo ou em parte, contra a
Fazenda Pública, não se podendo dizer que tal regra seja inconstitucional. Os
Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Ellen Gracie e Gilmar Mendes
incorporaram aos seus votos os adendos do Min. Menezes Direito.” (ADC 4, Rel.
p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em 1º-10-08, Plenário, Informativo 522);

6ª Premissa: Teoria da Relatividade

A teoria da relatividade nos apresenta a importância do referencial


utilizado, uma vez que, mudando o referencial, algo que era VERDADEIRO
possa passar a ser FALSO, ou vice-versa. Quando então, ressalto que são os
referenciais que dão corpo à fundamentação, logo, estando os mesmos
equivocados, a própria fundamentação é um COMPLETO EQUÍVOCO.

Conclusão:

Nossa Constituição é RICA, CLARA e JUSTA quanto a Administração das


Políticas Salariais entre os Poderes Constituídos e as Esferas de Governo
(Federal, Estadual e Municipal), de tal forma, que especifica critérios, incluso a
criação de Plano de cargos e Salários com utilização de índices sem
distinção para alteração salarial (Art. 39, Art. 37 – X), bem como, determina
limites.
Quando então, chamo a atenção para o fato de que VEDA (Art. 37 – XIII)
qualquer Vinculação ou Equiparação de pessoal, bem como, determina que o
Legislativo e o Judiciário NÂO PODEM ter em suas respectivas folhas de
pagamentos VENCIMENTOS maiores que os PAGOS pelo Executivo (Art. 37 –
XII).

De tal forma, que em existindo, é determinada a REDUÇÃO SALARIAL (Art.


37 – XII), por isso, sempre que algum membro do Legislativo, ou do Judiciário,
receber VENCIMENTOS maiores que os PAGOS pelo Executivo, deve se igualar
“por baixo”.

Portanto, o “Projeto de Decreto Legislativo 3036/10, de autoria da Mesa


Diretora da Câmara de Deputados, que equipara os salários de presidente da
República, vice-presidente, ministros de Estado, senadores e deputados aos
vencimentos recebidos atualmente pelos ministros do Supremo Tribunal
Federal: RS26.723,13”, concretamente, AFRONTA a DETERMINAÇÃO
CONSTITUCIONAL acima mencionada.

Algo que de forma inquestionável, e irrefutável, nos permite afirmar, que o


Decreto Legislativo 3036/10 é INCONSTITUCIONAL.

Com renovados VOTOS de Estima, Consideração e Respeito, subscrevo-me,

Atenciosamente,

Plinio Marcos Moreira da Rocha


Rua Gustavo Sampaio nº 112 apto 603
LEME – Rio de Janeiro – RJ
CEP – 22010-010
Tel. (21) 2542-7710
Cópia da Carteira de Trabalho em anexo

PENSO, NÃO SÓ EXISTO, ME FAÇO PRESENTE.

Presumivelmente o único Brasileiro COMUM, que mesmo não sendo Advogado,


nem Bacharel, nem Estudante de Direito, teve suas práticas inscritas na 6ª edição do
Prêmio INNOVARE, calcadas no CAOS JURÍDICO que tem como premissa base o
PURO FAZER DE CONTAS, reconhecidas, e DEFERIDAS pelo Conselho Julgador,
conforme documento INNOVARE - Um Brasileiro COMUM no meio Jurídico,
http://www.scribd.com/doc/24252669/INNOVARE-Um-Brasileiro-COMUM-no-meio-
Juridico

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