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Índice de liquidez geral

O índice de liquidez geral revela a liquidez de longo prazo da empresa.

Sendo LG o índice de liquidez geral; AC o ativo circulante; ARLP o Ativo Realizável a Longo Prazo; PC o
passivo circulante; e PNC o Passivo não circulante.

O ARLP compreende itens como duplicatas a receber de longo prazo, IR a recuperar, aplicações
financeiras de longo prazo.

Não considera todo o ativo total porque existem itens no ativo que não serão convertidos em dinheiro,
nem mesmo a longo prazo, como por exemplo: investimentos, imobilizado e intangível.

Nota: eventualmente a empresa pode sim vender seus ativos de longo prazo e transformá-los em
dinheiro, porém, esse não é um procedimento diário, que faça parte das atividades operacionais da
empresa. Por isso, para fins de análise de liquidez desconsidera-se os ativos do grupo "ativo
permanente".

Índice de liquidez corrente

Um dos índices mais utilizados, mede a capacidade de pagamento de curto prazo da empresa:

É essencial que o índice de liquidez corrente seja pelo menos superior a "1", de forma geral. Porém,
não é bom que a empresa mantenha muito excesso de caixa ou um elevado valor na conta estoque,
pois ela deve utilizar estes recursos para financiar suas operações e não para manter em caixa ou
paralisado em estoques excessivos.

Por isso, há um trade-off que as empresas enfrentam entre manter-se líquida ou aumentar seus
investimentos em ativos menos líquidos, mas que poderão aumentar a rentabilidade da empresa.

O que seria um índice de liquidez corrente aceitável?

 Depende do setor, mas em geral seria em torno de 2;

 Quanto mais previsíveis são os fluxos de caixa, menor será a LC;

 Por exemplo, uma empresa concessionária de serviços públicos possui fluxos de caixa
altamente previsíveis, logo poderá trabalhar com um menor índice de liquidez corrente (LC).

Índice de liquidez seca

Semelhante ao índice de liquidez corrente, o índice de liquidez seca diferencia-se por por excluir os
estoques:

Esta análise não faz muito sentido se a empresa não trabalha com estoques relevantes, como por
exemplo, empresas de serviços ou de tecnologia.
Mas, se a empresa trabalha com estoques valiosos é interessante retirá-los na análise da liquidez. Tirar
o estoque da análise significa desconsiderar a possibilidade de não vender os produtos acabados.

Índice de liquidez imediata

É um índice de liquidez considerado conservador. Ele leva em conta apenas o disponível da empresa
e o compara com o passivo circulante. É expresso como segue:

O índice de liquidez imediata considera o caixa e os equivalentes de caixa (disponível) e sua relação
com o passivo circulante (PC). Reflete a capacidade de pagamento da empresa apenas com aquilo que
já é dinheiro ou é convertido em dinheiro de forma extremamente rápida (equivalentes de caixa, que
representam aplicações de curto prazo com resgate em até 90 dias).

Dificilmente esse índice será maior que "1" na prática. E nem é necessário que seja.

Índice de endividamento

Utiliza-se o Índice de Endividamento Geral para identificar o quão comprometidos estão os ativos
da empresa para financiar o capital de terceiros. O cálculo é simples e toma como base o balanço da
empresa, o qual, como você sabe, é dividido em ativo e passivo de curto e de longo prazo. Apenas para
não ficar dúvidas, temos que:

 Ativos são direitos e Passivos são obrigações (neste artigo explicamos melhor).

 Curto prazo é o período do exercício (ano corrente) enquanto que Longo prazo representa os
próximos exercícios (anos seguintes).

Para calcular o EG, portanto, pega-se o total de capital de terceiros (o qual é composto pelos passivos
de curto e de longo prazo) e divide-se pelo total de ativos da empresa. Em seguida, para encontrar o
valor percentual, multiplica-se o resultado por 100:

EG = (Capital de Terceiros / Ativos) x 100

Para exemplificar, suponha que a empresa XYZ possua os seguintes valores:

 Ativos Totais = R$ 1.000.000,

 Passivos de curto prazo = R$ 200.000

 Passivos de longo prazo = R$ 500.000

Assim, temos que:

EG = (700.000 / 1.000.000) x 100


EG = 70%

O que esse resultado significa? Quanto menor o índice, melhor a empresa está. Portanto, se
analisarmos o resultado sob uma perspectiva financeira, podemos dizer que a organização possui uma
alta dependência do capital de terceiros (70%).

Contudo, é importante observar que o resultado deste indicador de Endividamento deve ser cruzado
com a capacidade de pagamento da empresa. Temos que lembrar ainda que números precisam ser
analisados dentro de um contexto. Claro que um alto EG não é sinônimo de um indicador bom, mas se
os concorrentes encontram-se na mesmo situação, isso não significa necessariamente uma
desvantagem da empresa.

Composição do Endividamento (CE)

O Indicador de Composição de Endividamento serve para identificar a composição do Endividamento


de uma empresa, mostrando se ele é mais de curto ou longo prazo.

O cálculo é simples, e encontra-se o resultado com a divisão do passivo de curto prazo pela soma do
passivo de curto prazo + passivo de longo prazo. Em seguida, para encontrar o valor percentual,
multiplica-se o resultado por 100:

CE = [Passivo de curto prazo / (Passivo de longo prazo + Passivo de curto prazo)] x 100

Utilizando o exemplo da empresa XYZ:

 Passivos de curto prazo = R$ 200.000

 Passivos de longo prazo = R$ 500.000

Assim, temos que:

CE = [200.000 / (500.000 + 200.000)] x 100


CE = 28,57%

O que esse resultado significa? Indo direto ao ponto, significa que a composição do Endividamento é
28,57% de curto prazo e 71,43% de longo prazo. Para a CE, um menor valor percentual é ótimo para a
empresa, pois indica que ela possui um tempo maior para quitar as dívidas, já que a maioria delas está
no longo prazo.

Índices de rentabilidade: aprenda a calcular

Índices de rentabilidade são as evidências de que a empresa é – ou não – rentável. De que ela dá lucro.
Assim sendo, os índices de rentabilidade são aqueles que mais interessam aos sócios e gestores,
porque demonstram o retorno dos recursos aplicados em um empreendimento ou em um projeto. Por
isso, é um dos principais indicadores de desempenho de um negócio (seguem algumas dicas sobre
indicadores de desempenho). Estão ao lado de índices de endividamento, margem líquida, e tantos
outros dados financeiros.

Quando você assume um negócio ou o gerenciamento de uma equipe, assume também uma série de
responsabilidades. Traçar um planejamento estratégico, estabelecer metas e métricas, motivar e
engajar a equipe para alcançá-las, comandar processos, entre muitas outras. No entanto, todo esse
(monumental) esforço não fará sentido se o negócio não se provar rentável. Ou seja, se os
investimentos realizados não derem retorno. E a única forma de verificar isso é usando índices de
rentabilidade.

A propósito: depois de entender mais sobre índices de rentabilidade, leia este artigo sobre lucro
real. Ele vai te ajudar na questão do regime de impostos.

Como calcular os índices de rentabilidade?

A calculadora está por perto? Então é hora de pegá-la. Mas não será nada muito complexo, nós
prometemos.

Existem alguns índices que podem comprovar a rentabilidade da sua empresa: o índice de margem, de
ativos e de retorno de capital. Vamos investigar melhor cada um deles:
Índice de margem

A margem é o valor que a empresa está ganhando ao vender seu produto. E este índice costuma ser
dividido em duas partes: margem operacional e margem líquida.

Ml= LL (Lucro Líquido)/ VL (Vendas Liquidas)

A margem operacional mede o que chamamos de lucro puro de cada unidade vendida, ignorando as
despesas financeiras e outras obrigações, como impostos e tributos. Para descobrirmos o valor da
margem operacional, precisamos dividir o lucro operacional pelo número de unidades vendidas.

Um exemplo para esclarecer as coisas: imagine uma empresa de software que tenha sido fundada há
um ano. Suponha que a empresa teve um lucro operacional de R$ 1.000.000, tendo vendido 1.000
licenças. Ou seja, a margem operacional (lucro puro) foi de R$ 1.000,00.

Já a margem líquida mostra o grau de lucratividade líquida do negócio depois de deduzidos todos os
gastos. Na prática, ela aponta realmente se a empresa está dando certo ou não. Para medi-la,
multiplicamos o lucro líquido por 100 e dividimos o resultado pelas vendas líquidas. O resultado final
apontará o lucro da empresa obtido para cada real de receita líquida.

Assim, assumindo que nossa empresa de software tenha tido um lucro líquido de R$ 80.000,00 e
vendas líquidas de R$ 120.000,00, então, temos:

ML = 80.000 x 100/120.000 = 66,67% de retorno para cada real da receita líquida.

Índices de ativos

O retorno sobre o ativo calcula a rentabilidade do ativo – ou seja, o investimento de que falamos ali
em cima. Isto ocorre admitindo somente os aportes feitos, independentemente de onde vieram os
recursos.

RA= LL (Lucro Líquido) / PL Médio (PL Inicial + PL Final/ 2)

Para calculá-lo, multiplica-se o lucro líquido por 100 e divide-se o resultado pelo valor do ativo. Ou
seja, no caso da nossa empresa de software, assumindo que o investimento tenha sido de R$ 150.000,
teríamos:

RA (retorno sobre o ativo) = 80.000 x 100/150.000 = 53,33%

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