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INTRODUÇÃO

A escolha do tema deu-se pela observação que, na atualidade as pessoas em


geral, estão presenciando de maneira esmagadora o surgimento das novas
tecnologias na comunicação, na sociedade e no cotidiano dos indivíduos, o que
conduz em alterações significativas no modo como cada um vive, interage ou
constrói as suas relações nos espaços socioprofissionais ou mesmo como
desenvolve a sua atividade profissional.

A necessidade de se ter alunos protagonistas no desenvolvimento de seu


processo de ensino e aprendizagem é uma tendência mundial, o que se vindica por
meio de indicadores internacionais como o PISA, e no Brasil é preconizada na Lei de
Diretrizes e Bases Nacional 9394/96 e na recém promulgada Base Nacional Comum
Curricular, a BNCC. No Amazonas pode ser aferido pelo Sistema de Avaliação do
Desempenho dos Estudantes do Estado do Amazonas, o SADEAM, além dos
processos de ingresso nas Universidades presentes no estado. O protagonismo
discente demanda estratégias pedagógicas que o desafie e o fomentem. Neste
sentido, analisar de que maneira as Mostras por área de conhecimento da 3ª série
do Ensino Médio da Escola Estadual Inspetora Dulcineia Varela Moura possibilitam o
protagonismo discente motiva a investigação científica do fenômeno.

Nesse sentido, a escolha do tema foi feita em razão das possibilidades à


cerca da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para
otimização, apoio e ampliação dentro das possíveis contribuições comunicativas e
informáticas nas práticas pedagógicas do professor universitário em seu cotidiano
escolar, pressupondo que essas tecnologias podem se revelar como grandes
ferramentas para a expansão de uma educação de qualidade e da constituição de
uma cidadania. Esse processo pode levar à ampliação da inclusão digital, levando e
potencializando o conhecimento e a informação até onde não havia grandes
interações digitais, oportunizando que se construa uma cidadania “digital” aos cantos
mais remotos do país.

Com a crescente evolução das tecnologias e das comunicações por meios


digitais, vai se tornando relevante um olhar sobre aspectos que englobam a sua
utilização, como a democratização e o acesso das tecnologias a todos, uma vez que
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os mesmos darão ao seu utilizador um poder maior de ouvir e de ser ouvido.


Também é importante destacar o papel da escola nesse processo onde as
possibilidades de atuação da mesma frente à comunidade escolar se tornarão maior
e mais efetiva através dos espaços tecnológicos. As TICs proporcionam ao
universitário não apenas o acesso à informação e ao conhecimento produzido
historicamente pelo homem e disponibilizado em meios digitais, mas também, a
criação e a difusão de sua criação própria (SETTE, 1999).

O mundo da atualidade vive uma constante de mudanças, muitas delas


abruptas, e isso exigem de todos nós uma colocação diferenciada diante as todas
essas transformações. Uma dessas posições é o desafio da utilização das
tecnologias em nosso cotidiano, por exemplo. Por esse motivo, ter os Alunos
protagonistas na construção de seus saberes escolares é o que se exige em um
processo ensino aprendizagem de qualidade, E para desenvolver esse
protagonismo há estratégias que o facilitam e fomentam. Neste sentido, as Mostras
escolares por áreas de conhecimento realizadas pelas 3ª series do Ensino Médio,
turno matutino, da Escola Estadual Inspetora Dulcineia Varela Moura, podem ser
recursos relevantes à consolidação do protagonismo discente como característica
dos alunos da 3ª serie do Ensino Médio na referida escola.

Cada vez mais estamos em frente a novas formas de interagir com o outro e
com o mundo, e essa contemporaneidade traz consigo transformações em nosso
comportamento, nas formas de pensar e agir, em relação ao outro, ao ambiente que
me cerca e aos objetos que estão ao meu redor (Não pode se escrever dissertacão
em 1ª pessoa). Com base nesse contexto, surge a problemática a ser respondida
nesse estudo, que consiste nos seguintes questionamentos.

- De que maneira as Mostras por área de conhecimento da 3ª série do Ensino


Médio da Escola Estadual Inspetora Dulcineia Varela Moura possibilitam o
protagonismo discente?

- Que possibilidades de protagonismo discente há na aprendizagem de alunos


da 3ª serie do EM da EEIDVM com a realização das Mostras por área de
conhecimento?

- Que elementos de protagonismo discente se identificam na confecção e


culminância das Mostras da 3ª serie do Ensino Médio da EEIDVM?
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- Como a realização das Mostras influencia alunos da 3ª serie da EEIDVM na


escolha de cursos no Ensino Superior? (Excluir).

Para responder a esses questionamentos esse estudo assume o objetivo de


analisar como as Mostras por área de conhecimento da 3ª série do Ensino Médio da
Escola Estadual Inspetora Dulcineia Varela Moura possibilitam o protagonismo
discente

. Este por sua vez foi dividido nos específicos: (i) investigar como os
professores universitários podem agregar as TIC (meu objeto de pesquisa não é
professor universitário, mas alunos e professores do Ensino Medio) no processo de
ensino-aprendizagem dentro das universidades (???, não vou pesquisar processo
ensino aprendizagem dentro de universidades, mas na EE Inspetora Dulcinéia
Varela Moura) (ii) pesquisar sobre a importância do uso das TIC no processo ensino-
aprendizagem no ensino superior; e (iii) pontuar as principais das TICS dentro do
PNS e BNCC (Não são meus objetivos específicos)

O fato é que os procedimentos didáticos do século XXI devem privilegiar a


construção coletiva dos conhecimentos mediada pela tecnologia, na qual o professor
é um partícipe proativo que intermedia e orienta esta construção. Dentro deste
contexto pontua-se que as propostas curriculares devem ser relevantes e o
professor deve procurar adequar, diversificar, articular, flexibilizar o currículo de
acordo com o contexto educativo, de modo que a aprendizagem pretendida ocorra e
seja significativa, isto é, faça sentido para quem a incorpora. (Qual a referência
teórica para essa afirmação?)

Porém, esse papel não pode e nem deve ser somente do professor, isso
porque a escola precisa proporcionar novos espaços de construção do
conhecimento para acompanhar a realidade emergente. Sob tal parecer, argumenta-
se que o novo professor do século XXI deve alterar a sua concepção tradicional e
começar por estabelecer pontes com outros universos de informação e abrir-se a
outras situações de aprendizagem. Esse estudo considera que tal “abertura” implica
no uso das novas tecnologias em contexto de sala de aula, desde os primeiros anos
de escolaridade.

Essa pesquisa caminhará por uma breve análise literária que abordará
aspectos da inclusão digital na escola, a relação professor x aluno e as possíveis
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mediações através das tecnologias e a formação desse professor para lidar com as
novas práticas educativas dentro das universidades. Também se apresentará a
metodologia de pesquisa além das considerações à cerca da mesma e dos
resultados.
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CAPÍTULO 1 – A ERA DA INFORMAÇÃO

1.1 Tecnologia e sociedade

O mundo tem passado por inúmeras transformações. E uma área que é


afetada por estas mudanças é a da educação. E na contemporaneidade não há
como pensar a Educação sem a escola e, consequentemente, sem o processo
ensino-aprendizagem. Este ocupa papel preponderante para o desenvolvimento
escolar dos alunos, sobretudo à forma como trabalha o arcabouço de seus
conhecimentos, podendo fazê-lo como protagonista ou como aquele que recebe
tudo pronto, apenas para repeti-lo mecanicamente, sem criatividade e criticidade. O
pedagogo brasileiro Paulo Freire já demonstrara os prejuízos resultantes desta
metodologia, a qual denominou de “bancária”, onde o aluno apenas recebe
conhecimentos de seu professor passivamente, sustentando que “ensinar não é
transferir conhecimentos” (FREIRE, 2011, p. 14). No processo de ensino-
aprendizagem o aluno precisa ser protagonista na construção de seus saberes,
desenvolvendo o que Freire denominou de curiosidade epistemológica (2011, p. 27).

Ou seja, refletir sobre a prática pedagógica, na contemporaneidade, implica


trabalhar conteúdos por meio de formas que fomentem a participação dos alunos na
sala de aula; mas, sobretudo, uma participação ativa, na qual ele seja não um mero
espectador dos discursos do professor, mas protagonista, onde seus saberes sejam
valorizados e sua curiosidade epistemológica seja incentivada. Afinal, o
protagonismo discente possibilita o desenvolvimento da autonomia no aluno,
possibilitando-o a buscar conhecimentos de forma independente, redesenhando o
papel do próprio professor de dono do saber para facilitador da aprendizagem. Da
mesma forma, o protagonismo em sala contribui para aulas dinâmicas, divertidas,
estimulando a participação dos alunos e a criatividade nos estudantes, favorecendo
a formação de um sujeito crítico e inovador. (Beleza, ok!).

O ambiente social, econômico e cultural que cerca os cidadãos têm sofrido


alterações com a implantação de novas tecnologias. O uso dos computadores impõe
a necessidade de aquisição de conhecimento. Por este motivo:
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Falar de tecnologia educacional requer que paremos anteriormente para


analisar os conceitos de técnica, tecnologia e ciência, como elementos
básicos para entender o papel que nossa tecnologia particular mais tarde
desempenhará e quais são seus limites de ação. Um dos campos mais
significativos que a tecnologia recebe vem do movimento, o que queremos
fazer entender que qualquer tecnologia não é independente do contexto que
a viu se desenvolver, mas por causa da contratio entre as duas tal relação
ocorre que leva para alguns deles sendo habilitados e desenrolados e
outros, no entanto, não conseguem ver a luz (CABERO, 2001, p. 35).

Em face do que já foi colocado destaca-se um trecho dos estudos de Moran


(2000), onde este pontua que nas perspectivas para o século XXI apontam a
educação como o pilar para alicerçar os ideais de justiça, paz, solidariedade e
liberdade, pois a humanidade tem sido desafiada a testemunhar duas transições
importantes que afetam profundamente a sociedade: O advento da sociedade do
conhecimento e a globalização.

Cabero (2001, p. 42), continua lecionando dentro deste cenário que:

Entender o papel que a tecnologia desempenha na sociedade requer a


análise dos chamados mitos científicos tecnológicos, que são essas
concepções e preconceitos diferentes que temos sobre eles, que
condicionam o papel e o poder que atribuímos a ele e que podem nos levar
a um papel. e o poder que nós atribuímos a ele, e isso pode nos levar a uma
vonfuanza absoluta neles e a uma reflexão não-crítica em sua aplicação.

Partindo dessa premissa pontua-se aqui a necessidade da compreensão


correta da utilização das novas tecnologias na escola como veículo de promoção da
aprendizagem, isso porque o desenvolvimento de uma sociedade do conhecimento
e a importância das novas tecnologias na educação, não só no plano acadêmico,
mas também nos planos social, cultural, cientifico e econômico, entre outros, fazem
do conhecimento tecnológico um dos aspectos relevantes na educação de um
cidadão.

E as universidades? Como ela fica nessa evolução das formas de


comunicação? Podemos buscar em Belloni (1999) uma posição, onde a mesmo cita
que as tecnologias estão ocupando cada vez mais espaço nos contextos
universitários: já temos laboratórios de informática, bibliotecas atualizadas,
equipamentos de áudio e vídeos mais modernos, assim como televisores, câmeras,
filmadores, celulares, computadores, notebooks, etc. O compartilhamento, a
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produção e a divulgação do conhecimento são ampliados progressivamente com a


gama de tecnologias digitais a disposição das pessoas, e também das escolas, e de
acordo com Belloni (1999, p.25), “as TICs estão cada vez mais presentes na vida
cotidiana, no universo dos jovens, sendo essa uma das principais razões para a
integração deles ao processo educativo”. (O assunto não são as TICs – nem o
ambiente universitário – mas o protagonismo dos alunos na elaboração de seus
saberes...)

Entendendo a universidade assim como todos os atores do espaço


acadêmico, principalmente professores e alunos, como utilizadores de novas
tecnologias e participantes nessa nova sociedade da informação, perceberam que
cabe então não apenas a utilização das mesmas despretensiosamente, mas sim
conhecê-las, percebê-las e entendê-las, buscando um maior aproveitamento para
uma melhor resolução de problemas, por exemplo, para melhor compreensão do
mundo e de assuntos do nosso dia-a-dia, podendo se encaminhar então, para uma
procura de caminhos para a sua transformação.

Usar tecnologias no meio educacional universitário requer, querendo ou não,


uma percepção diferenciada da forma de ensinar, de aprender e até de elaborar um
currículo adequado aos novos meios tecnológicos. Algumas características podem
ser ressaltadas, como: integração entre pessoas e tecnologias; complexidade de
elementos e convivência com tipos diferenciados de linguagens e de representação
do conhecimento. Assim faz-se necessário um entendimento maior do potencial de
cada tecnologia e como a sua utilização irá impactar o processo educacional e quais
mudanças trarão ao ambiente universitário. Almeida (2004, p. 02) nesse sentido,
destaca:

Para que seja possível usufruir das contribuições das tecnologias digitais na
escola, é importante considerar suas potencialidades para produzir, criar,
mostrar, manter, atualizar, processar, ordenar. Isso tudo se aproxima das
características da concepção de gestão. Tratar de tecnologias na escola
engloba, na verdade, a compreensão dos processos de gestão de
tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que abarcam relações
dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização,
produção e manutenção.

Almeida (2004) cita ainda quanto à implementação das tecnologias no meio


universitário, que é importante analisarem alguns fatores, como: os domínios dos
aparatos tecnológicos devem vir em conjunto com o domínio do processo
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pedagógico, isto é, não se pode imaginar um professor que se especializa primeiro


em informática, sem antes utilizar essa habilidade como ferramenta pedagógica. A
melhor posição para isso é que ambos – o conhecimento técnico e o pedagógico se
desenvolvam juntos, um na prática do outro.

Também se devem observar as especificidades de cada tecnologia quanto à


aplicabilidade de cada um em momentos pedagógicos específicos. O autor destaca
que os docentes precisam, além de entender como funciona cada ferramenta, saber
o que cada uma pode oferecer e como podem se exploradas dentro do contexto das
atividades pedagógicas educacionais. “Atualmente, as transformações na sociedade
são grandes, especialmente em razão do uso de novas tecnologias” (BRASIL, 2017,
p. 568).

Nesse ínterim deve-se entender, como afirma Belloni (1999) que a educação
universitária precisa acompanhar o movimento inovador do momento no qual está
inserido, utilizando suas ferramentas e recursos para ampliar e aprimorar seu
processo, encarando que o espaço universitário é, sem dúvida, como citamos, um
espaço de democratização do conhecimento, de informação e de comunicação,
assim como um bom caminho para introduzir as TICs no cotidiano de toda
comunidade escolar. Essa “informação” que, para Valente (1999), é um dos
instrumentos de trabalho da escola, e que deve ser apropriado pela mesma assim
como os jovens se apropria das novas tecnologias, encarando como patrimônio
cultural e bagagem para a construção do conhecimento dos estudantes
universitários.

Para isso, a educação universitária deverá ter como construto basilar não
mais a transmissão de conteúdo ou de informação (como no ensino tradicional), mas
terá que se reinventar na constituição de novos espaços e situações de
aprendizagem, pois “o conhecimento deverá ser fruto do processamento dessa
informação, aplicação dessa informação processada na resolução de problemas
significativos e reflexão sobre os resultados obtidos” (VALENTE, 1999, p. 31).

Considerando a presença, na contemporaneidade, da cultura de massa e


das culturas juvenis, é importante compreender os significados de objetos
derivados da indústria cultural, os instrumentos publicitários utilizados, o
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funcionamento da propaganda e do marketing, sua semiótica e seus


elementos persuasivos, os papéis das novas tecnologias e os aspectos
psicológicos e afetivos do consumismo (BRASIL, 2017, p. 574).

Valente (1999) traz também em seu texto, a disposição que a universidade


tem que possuir para estar aberta a todas essas mudanças, pois, apesar de lentas,
elas acontecem e estão aí em toda a sociedade. O processo de mudança e de
resistência a mudanças na educação é uma constante, porém a de se encarar que
as demandas por essas transformações estão cada vez mais intensas, exigindo uma
postura diferenciada das instituições superiores quanto ao novo cenário tecnológico
social. Ainda assim, com toda a presença das tecnologias nas universidades,
infelizmente, em alguns lugares, computadores têm sido subutilizados, e muitos
ficam encostados, pois as condições materiais de estrutura não permitem, por
vezes, que os mesmos sejam usados. A coletividade ainda é encarada como um
desafio dentro das escolas, e muitos professores trabalham de modo individual, isso
leva a planejamentos individuais que, dependendo do perfil do professor, pode levar
ao escanteamento da inclusão tecnológica na escola. Esse tipo de comportamento
acaba por emperrar a formação, o trabalho criativo e potencial para um espaço
educativo inovador e democrático.

Com relação à utilização das novas tecnologias no âmbito universitário, esse


estudo comenta que as atividades psicológicas intelectuais se dão através das
relações de interação entre indivíduos de uma sociedade, e que assim o ser humano
é resultado de um conjunto coletivo e que age como um todo. Acredita-se ainda que
para compreender a espécie humana seja preciso descobrir os processos naturais e
os mecanismos gerais da sociedade e a história que moldam a estrutura humana.

A autoridade do professor e a autonomia dos alunos são meios pedagógicos


que completam um ao outro, onde através da mediação o professor representa a
sociedade, enquanto o aluno traz sua singularidade e liberdade. No que se diz
respeito à autoridade e autonomia, a interação professor e aluno não está livre de
conflitos, pois um professor autoritário não contribui no crescimento intelectual e
muito menos desenvolve a autonomia e independência dos seus alunos.

O ambiente social, econômico e cultural que cerca os cidadãos têm sofrido


alterações com a implantação das novas tecnologias, o uso dos computadores
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impõe a necessidade de aquisição de conhecimento (RIBEIRO; ESCOLA, 2013).


Escola (2013) de forma sucinta expõe que, o desenvolvimento das tecnologias
constitui indiscutivelmente uma das marcas mais importantes e distintivas dos
séculos XX e XXI, a construção da sociedade da informação e a consolidação do
fenômeno da globalização tornaram ainda mais visível a sua dependência desse
acontecimento.

Em face do que já foi colocado, destaca-se um trecho dos estudos de Moran


(2000), onde este pontua que nas perspectivas para o século XXI apontam a
educação como o pilar para alicerçar os ideais de justiça, paz, solidariedade e
liberdade, pois a humanidade tem sido desafiada a testemunhar duas transições
importantes que afetam profundamente a sociedade: O advento da sociedade do
conhecimento e a globalização.

Cabero (2001, p. 42), continua lecionando dentro deste cenário que:


compreender o papel que a tecnologia desempenha para nossa sociedade, torna-se
necessário analisar os chamados mitos cientistas tecnológicos, que são essas
diferentes concepções e preconceitos que temos sobre eles, que determinam o
papel e o poder que lhe atribuímos (tradução nossa).

Partindo dessa premissa pontua-se aqui a necessidade da compreensão


correta da utilização das novas tecnologias na universidade como veículo de
promoção da aprendizagem, isso porque o desenvolvimento de uma sociedade do
conhecimento e a importância das novas tecnologias na educação, não só no plano
acadêmico, mas também nos planos social, cultural, científico e econômico, entre
outros, fazem do conhecimento tecnológico um dos aspectos relevantes na
educação de um cidadão.

1.2 A FORMAÇÃO DOCENTE NA UTILIZAÇÃO DA MIDIÁTICA

Com relação ao segundo objetivo desse estudo salienta-se que de acordo


com a literatura analisada tem-se ainda que os professores universitários se
encontram, em processo de inclusão digital e também não usam as novas
tecnologias de forma prazerosa e sim como uso formal o que compromete a
mediação pedagógica.
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Temos nos estudos de Rezende e Fusari (2001, p. 215) a seguinte sugestão,


de que: Haja uma articulação entre a formação inicial e a formação de professores
em serviço por intermédio da pesquisa, tendo como eixo central a prática docente
em comunicação multimídia, afirmando “que a formação inicial de professores
precisa estar ‘de olho’ no que está acontecendo no exercício da docência, mas o
docente em exercício tem de estar ‘de olho’ nos cursos de formação inicial de
professores” (grifo original do autor).

A necessidade de incorporar os avanços tecnológicos e da informação na


dentro das universidades não é apenas uma necessidade, trata-se de uma questão
de melhoria da qualidade de ensino. Barbosa (2009 apud GOMES et al. 2013)
complementam que com o surgimento de tais recursos, o aluno recebe a cada
instante diferentes informações, e de formas diferentes, o que tem alterado seus
hábitos e gostos. No contexto educativo, a comunicação recorrendo às tecnologias
depende de que as utiliza (professor ou aluno), das estratégias utilizadas, do
software disponível e da pedagogia que se quer implementar.

Ou seja, a exploração das suas potencialidades requer envolvimento por


parte do utilizador no sentido de explorá-las e assim, desenvolver aprendizagem
consistente. Ao usar os recursos tecnológicos no contexto escolar, como por
exemplo, mídias impressas e DVDs, entre outros, poderá haver a facilitação e a
promoção significativa do conhecimento e do processo de aprendizado, bem como,
na construção do conhecimento e de instrumentos para uma nova forma de educar,
estimulando as múltiplas inteligências e facilitando o processo educacional dentro
das universidades.

Gomes et al. (2013, p. 273) complementam ainda que: torna-se evidente que
as novas tecnologias mudaram muitas coisas. Está mudando a mentalidade dos
nossos alunos, a sua forma de entender e captar a realidade, a sua atitude face ao
conhecimento, o seu modo, em definitivo, de conceber o mundo. A educação não
pode desenvolver-se ao arrepio dessa inovação que, queiramos ou não, já nos
invadiu completamente.

A utilização das Tecnologias da Informação na universidade não é uma


novidade, porém os recursos com finalidades educacionais eram de diferentes tipos,
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tais como jornais, revistas, livros, periódicos impressos e eletrônicos, estes já são
comuns e enriquecem a dinâmica de aprendizagem.

Moran (2000, p. 72-73) em seus estudos elenca uma série de dinâmicas que
podem ser facilitadoras com relação à preparação dos professores para a utilização
do computador e da internet:

A. o primeiro passo é procurar de todas as formas tornarem viável o acesso


frequente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias,
notadamente à internet. É imprescindível que haja salas de aulas conectadas, salas
adequadas para pesquisa, laboratórios bem equipados;

B. o segundo passo é ajudar na familiarização com o computador, com seus


aplicativos e com a internet. Aprender a utilizá-lo no nível básico, como ferramenta.
No nível avançado: dominar as ferramentas da WEB, do e-mail. Aprender a
pesquisar nos search, a participar de listas de discussão, a construir páginas, entre
outros; e,

C. o nível seguinte é auxiliar os alunos na utilização pedagógica da internet e


dos programas multimídia. Ensiná-los a fazer pesquisa. Começar pela pesquisa
aberta, em que há liberdade de escolha do lugar (tema pesquisado livremente), e
pesquisa dirigida, focada para um endereço específico ou um site determinado.
Pesquisa nos sites de busca, nos bancos de dados, nas bibliotecas virtuais, nos
centros de referência.

O mesmo autor ressalta ainda que alguns alunos não aceitam facilmente essa
mudança na forma de ensinar e de aprender. Estão acostumados a receber tudo
pronto do professor, e espera que ele continue “dando aula”, como sinônimo de ele
falar e os alunos escutarem. Alguns professores também criticam essa nova forma,
porque parece um modo de não dar aula, de ficar “brincando” de aula (MORAN,
2000).

No tangente ao uso do computador e de outros recursos tecnológicos no


ensino universitário, muito depende do conjunto de meios ao alcance do professor,
Souto e Escola (2013) doutrinam que cada um tem características próprias,
didáticas, técnicas, expressivas, que o tornam mais indicado para uns fins do que
para outros, e à medida que novos aparelhos vão surgindo assim modificam as
opções determinadas pela função e pela facilidade de uso. Porém, com o decorrer
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do tempo alguns recursos didáticos, perderam suas funcionalidades antes


aproveitadas no ensino, face ao aparecimento de novos materiais e potencialidades
tecnológicas. Importante ressaltar ainda que se tivermos dificuldades no ensino
presencial, não as resolveremos com o virtual.

Estar juntos fisicamente é importante em determinados momentos fortes:


conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto. Conectados, podemos realizar trocas
mais rápidas, cômodas e práticas. Por dificuldades culturais e educacionais de abrir-
nos no presencial, temos mais sucesso na utilização de certas formas de
comunicação à distância. À medida que avançam as tecnologias de comunicação
virtual, o conceito de presencialidade também se altera. Haverá um intercâmbio
muito maior de professores, muitas vezes à distância (MORAN, 2000).

Essa era moderna certamente trouxe aos professores desafios nunca visto e
enfrentado no momento, em outras palavras o professor exerce seu ofício hoje em
contexto inédito, diante de públicos que mudam em referência a programas
repensados, supostamente baseados em novas abordagens e novos paradigmas. O
que observa nesse cenário, e que na atualidade os alunos que vêm para as escolas
trazem consigo as vivências de um contexto complexo, em transformação.
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CAPÍTULO 2 – O RECONHECIMENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

2.1 A imprescindibilidade que tem As novas tecnologias

Complementando ainda acerca do segundo objetivo desse estudo comenta-se que na educação
universitária (????, objeto é Ensino Médio ) o professor, é a estrela, pois ele constrói a educação com
suas próprias mãos, seja através do afeto ou da lei e das regras. Onde o afeto junto ao prazer torna o
interesse, originando assim, a interação com o meio. A inter-relação entre o professor e seus alunos
é contínua, independente do lugar, é através desse convívio afetivo que ocorre a interação com os
objetos e a construção do conhecimento. É essa inter-relação que comanda a base afetiva do
conhecimento.

Merchán e Porras (1994 apud MARQUES; ESCOLA, 2013, p. 280) salientam


que: as novas tecnologias, não têm que se identificar-se, necessariamente, com a
utilização de computadores. Por novas tecnologias devemos entender aqueles
meios eletrônicos que armazenam, criam, recuperam e transmitem a informação
velozmente e em quantidades grandes. A tecnologia abarca, portanto, um campo
muito amplo e o seu potencial deriva de um combinado dos seguintes elementos: (1)
tratamento, armazenamento e recuperação de informação; (2) transmissão de
informação; e, (3) manipulação da informação. (A pesquisa não é sobre TICs, mas
protagonismo discente)

O maior problema não diz respeito à falta de acesso a informações ou às


próprias tecnologias que permitem o acesso, e sim à pouca capacidade
crítica e procedimental para lidar com a variedade e quantidade de
informações e recursos tecnológicos. Conhecer e saber usar as novas
tecnologias implica a aprendizagem de procedimentos para utilizá-las e,
principalmente, de habilidades relacionadas ao tratamento da informação.
Ou seja, aprender a localizar, selecionar, julgar a pertinência, procedência,
utilidade, assim como capacidade para criar e comunicar-se por esses
meios. A escola tem importante papel a cumprir na sociedade, ensinando os
alunos a se relacionar de maneira seletiva e crítica com o universo de
informações a que têm acesso no seu cotidiano (BRASIL, 2000, p. 136).
(Idem, preciso de referenciais teóricos sobre protagonismo discente – não
de TICs).

Nesse sentido, o papel do professor universitário (???)requer dedicação e


habilidades, pois o mesmo não é apenas aquele que transmite o saber para seus
alunos, é a sua ação em sala de aula que irá colaborar para uma aprendizagem
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adequada. Portanto, é fundamental trabalhar não só conteúdos, mas também as


relações afetivas, pois a interação entre professor-aluno é importante para a
adaptação do aluno ao processo escolar.

Escola (2005apud MARQUES; ESCOLA, 2013, p. 286) destacam que:


“contrariamente à rapidez das múltiplas inovações tecnológicas, bem como do
fenômeno de obsolescência correlacionado, os ritmos da mudança no setor
educativo primam pela morosidade, em que a principal fragilidade, reside numa
insuficiente consideração do contexto no qual os computadores podem ser
utilizados”. Ainda dentro desse contexto Faria (2004) completa que as mudanças por
que passa a sociedade exigem um sistema educacional renovado. O mercado de
trabalho precisa de pessoas mais qualificadas, com mais conhecimento (e não só
informação), mas também muito mais criativas, que pensem, tenham iniciativa,
autonomia, domínio de novas tecnologias e competência para resolver as questões
que se apresentam no cotidiano da vida.

O computador e a Internet são produtos da indústria cultural que se


constituem em instrumentos da sociedade capitalista, cujo acesso ainda é de
poucos. Assim, a informática na educação universitária é indispensável, neste
momento histórico de desenvolvimento tecnológico, para o processo de
democratização da escola pública, porque se entende que a desigualdade de
oportunidades educacionais pode ter como consequência a desigualdade econômica
e social (ANDRADE; TERUYA, 2007).

Frente a este cenário Oliveira e Ferreira (2009) destacam a relevância da


quebra dos estereótipos educacionais como sendo fundamental hoje no contexto
educacional desde a educação infantil a primeira etapa da educação básica até o
ensino médio. Remetendo os alunos a novas possibilidades e visualizações acerca
do mundo em que vivem e ainda oferecendo possibilidades de aproveitar cada
momento intensamente para criar, formar. Reformulando seus conceitos para que
eles possam agir e interatuar no mundo.

O uso das TICs na educação universitária vem crescendo demasiadamente e


a busca de novos modelos pedagógicos acompanham essa evolução tecnológica.
Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) surgem como instrumentos para
essa nova modalidade de ensino-aprendizagem, pois facilita a disponibilidade e
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acessibilidade da informação no ciberespaço, possibilitando ao professor não


somente dominá-los, mas, sobretudo, desenvolver uma postura crítica em relação a
eles (OLIVEIRA, 2005).

Entendemos que a função do professor é o de “ensinar”, tendo como


premissa a efetiva aprendizagem dos alunos. Os resultados do processo educativo
estão intimamente relacionados com a prática pedagógica desenvolvida pelo
docente. O que ensinar? Para quê e quem ensinar? Como ensinar? Para responder
a estas questões é necessário conhecer as teorias educacionais e assumir um
posicionamento consistente com uma corrente de pensamento educacional.
(ANDRADE; TERUYA, 2000).

Colocar à disposição do aluno variados recursos de comunicação, em que,


este se utiliza de múltiplos meios de acesso às informações, torna o processo
ensino/aprendizagem mais que uma simples aula e utilizando recursos disponíveis
na Internet podemos proporcionar uma aprendizagem interativa e colaborativa.

2.2 METODOLOGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE ENSINO

O protagonismo discente nas escolas, muitas vezes, revela-se preocupante,


pois alguns professores temendo sair de sua zona de conforto de uma prática
pedagógica calcada em pressupostos que contrariam ou negam ese protagonismo,
fazem resistência, inibindo assim a autonomia epistemológica de alunos.

Nas metodologias fundamentadas no protagonismo discente, professor e


aluno se educam em comunhão, como preconizava Freire (1981, p. 79). Ambos
desejam melhor qualidade na aprendizagem, autonomia, prática reflexiva, crítica e a
construção de conhecimentos significativos. Teoria e prática andam de mãos dadas.
Um professor que opta pelo protagonismo discente como metodologia sabe que o
aluno é um sujeito único, criativo, inovador, transformador e capaz de alcançar e
produzir uma aprendizagem relevante.

Por fim, o terceiro objetivo desse estudo é conceituar e distinguir as mídias


impressas e tecnológicas que podem ser utilizadas como ferramentas de ensino,
dentro dessa conjuntura Moran (2000) salienta que as perspectivas para o século
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XXI apontam a educação como o pilar para alicerçar os ideais de justiça, paz,
solidariedade e liberdade. A humanidade tem sido desafiada a testemunhar duas
transições importantes que afetam profundamente a sociedade: O advento da
sociedade do conhecimento e a globalização.

Onde de acordo com Oliveira (2005) sobressai que o uso Pedagógico do


Computador e da Internet na universidade como veículo de promoção da
aprendizagem é uma temática que suscita uma série de reflexões e consequentes
ações nas pessoas envolvidas com a tarefa educativa, na tentativa de buscar
caminhos que ampliem a qualidade do ensino e da aprendizagem.

Ao mesmo tempo em que a tecnologia contribui para aproximar as


diferentes culturas, aumentando as possibilidades de comunicação, ela
também gera a centralização na produção do conhecimento e do capital,
pois o acesso ao mundo da tecnologia e informação ainda é restrito a uma
parcela da população planetária. Há uma grande distância entre os
indivíduos que dominam a tecnologia, os que são apenas consumidores e
os que não têm condições nem de consumir, pois não têm acesso às novas
tecnologias da informação e comunicação. Ter informação não significa ter
conhecimento. Se, por um lado, o conhecimento depende de informação,
por outro, a informação por si só não produz novas formas de representação
e compreensão da realidade (BRASIL, 2000, p. 136).

Essa afirmação nos leva a pensar enquanto docente na transformação do


espaço-tempo educativo num campo de onde emergem atividades curriculares que
articulem os conteúdos às ações, o saber ao viver. Isso implica superar a
fragmentação do currículo escolar, organizado em disciplinas. A acelerada mudança
em todos os níveis leva a ponderar sobre uma educação planetária, mundial e
globalizante.

Dentro desse contexto Valente (1993, p. 31) doutrina que: “o uso pedagógico
do computador permite ao professor percorrer concepções de aprendizagem que
contrapõem a escola tradicional, onde a relação que o sujeito estabelece com o
objeto define novos universos de construção do conhecimento.” Nesse caso, o
objetivo da formação desse profissional não deve ser a aquisição de técnicas ou
metodologias de ensino, mas de conhecer profundamente o processo de
aprendizagem.
17

Do ponto de vista econômico e político, basta analisar a história da


humanidade para constatar como o domínio tecnológico e,
consequentemente, o desenvolvimento sempre estiveram associados ao
poder. As novas tecnologias da informação são decisivas no
desenvolvimento de qualquer país. Quando não é possível produzir
tecnologia é necessário importá-la. E isso leva não somente à dependência,
como a processos de inclusão ou exclusão no mundo atual. Do ponto de
vista social, as pessoas que não têm acesso a esses meios ficam sem
condições de plena participação no mundo atual, o que acentua ainda mais
as desigualdades já existentes (BRASIL, 2000, p. 136).

Nesse sentido, o processo de mudança paradigmática atinge todas as


instituições e em especial a educação e o ensino nos diversos níveis, principalmente
nas universidades. E essas mudanças exigem da população uma aprendizagem
constante (Moran, 2000). De acordo com Tardy (1993 apud SAMPAIO; LEITE, 1999,
p. 09) temos que: Os alunos já pertencem a uma civilização que podemos chamar
de icônica, enquanto os professores ainda pertencem a uma civilização pré-icônica.
Esse fato não pode ser ignorado. Por essa razão, todo esforço deve ser despendido
no sentido de uma preparação sólida do professor para lidar, inclusive, com a
presença das tecnologias que exigem novas habilidades das pessoas. Caso
contrário, “seria como se um analfabeto tivesse a pretensão de ensinar a alguém
que já sabe ler o bom uso da língua”.

O advento da economia globalizada e a forte influência dos avanços dos


meios de comunicação e da informática aliados à mudança de paradigma da ciência
não comportam um ensino conservador repetitivo e acrítico nas universidades que
se caracterize por uma prática pedagógica conservadora, repetitiva e acrítica.

A produção do saber nas áreas do conhecimento leva o professor e o aluno a


buscar processos de investigação e pesquisa. O aluno precisa ultrapassar o papel
de passivo, de escutar, ler, decorar e de repetidor fiel dos ensinamentos do
professor e tornar-se criativo, crítico, pesquisador e atuante para produzir
conhecimento. Entre as principais mídias impressas e tecnológicas que podem ser
utilizadas em sala de aula na prática docente, podem listar: computador e a Internet,
Lista eletrônica/Fórum, Aulas-pesquisa, e a Construção cooperativa.

Nesse cenário, o computador e seus inúmeros recursos nos permitem


pesquisar, simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos
conceitos, ideias, produzir novos textos, avaliações e experiência, que vão desde
seguir algo pronto (tutorial), até criar algo diferente, sozinho ou com outros. Quando
18

em rede, o computador se converte em um meio de comunicação extremamente


poderoso para o ensino e aprendizagem. A Internet nos permite ensinar e aprender
tanto nos cursos presenciais como nos cursos à distância (MORAN, 2000).

O computador, enquanto ferramenta, não é um instrumento que ensina o


aluno, mas ferramenta com a qual o aluno desenvolve determinada tarefa seja na
escola ou fora dela. Permite também que sejam explorados aspectos pedagógicos
que desenvolveram com material tradicional (OLIVEIRA, 2005).

Barroso e Escola (2013, p. 213) acrescentam ainda que: a evolução


prodigiosa da informática e o surgimento da internet tornaram a educação de hoje
num fenômeno rico de potencialidades, onde as fronteiras e barreiras geográficas
tendem a esbater-se. Hoje, o mais importante limite/barreira no acesso ao
conhecimento é o domínio estrutural, prendendo-se com questões de cobertura, de
fornecimento de serviços de dados ou, com a ausência de equipamento informático.
As barreiras do mundo físico forma ultrapassados em poucas décadas, elevando o
conhecimento humano à escala global e de acesso generalizado, dando assim, um
novo significado ao conceito de tecnologia educativa, que passa a designar-se como
sendo uma interligação complexa de recursos de onde se salienta a interatividade
dos sujeitos, métodos, ideias e meios para atingir um fim, de forma a promover e a
estimular a aprendizagem humana.

É fundamental estabelecer uma relação com os alunos, procurando conhecê-


los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e perspectivas futuras,
descobrindo as competências dos alunos em cada classe, e que contribuições
poderiam dar ao curso, permite ao educador construir caminhos de aprendizagem
em cada etapa do processo educativo. Em síntese, a sala de aula, pode se tornar
um ambiente de relações, com perspectivas de novas capacidades, inclusive
didáticas, sob tal parecer, pontua-se que a maneira que ocorre a relação professor e
aluno, pode refletir de maneira positiva no aprendizado, seja pelos conteúdos ou
pela própria satisfação profissional ou pessoal do professor.

Por esse motivo a sala de aula deve ser um espaço adequado para o
desenvolvimento da criação e a afetividade, pois na relação professor-aluno exige-
se afeto, devendo assim, garantir através dessa relação o bem-estar, para que o
trabalho docente possa ocorrer de maneira satisfatória e que o aluno seja motivado,
19

o que irá resultar em uma aprendizagem significativa. A vida na classe está voltada
para a relação de interação, onde o professor explica, pergunta, responde, sempre
em comunicação com seus alunos, que por sua vez interagem como respostas, seja
escutando, perguntando, ou respondendo, haverá sempre uma troca de informações
de ambas as partes.

É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos


alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar
atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se
instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras. A
menção ao uso de computadores, dentro de um amplo leque de materiais,
pode parecer descabida perante as reais condições das escolas, pois
muitas não têm sequer giz para trabalhar. Sem dúvida essa é uma
preocupação que exige posicionamento e investimento em alternativas
criativas para que as metas sejam atingidas (BRASIL, 200, p. 96).

O professor em algumas circunstâncias deixa claro o tipo de relação que


pretende ter com seu aluno, quando no primeiro dia de aula, as primeiras
impressões que são transmitidas através do diálogo, podem se condicionar para o
bem ou para o mal, onde as expectativas, os medos, a disposição da classe,
dependem dessas impressões que o professor transmite. Sob tal imperativo,
ressalta-se que o professor tem o dever de ajudar o aluno em seu aprendizado,
através da transmissão do conhecimento, definindo assim suas habilidades na
relação professor-aluno, na busca de um objetivo profissional, seja através do
sucesso ou fracasso, pois essa relação desenvolve o aprendizado integral do aluno.

Considerando que as novas tecnologias exercem influência, às vezes


negativa, outras vezes positiva, no conjunto das relações sociais, é
necessário assegurar aos estudantes a análise e o uso consciente e crítico
dessas tecnologias, observando seus objetivos circunstanciais e suas
finalidades a médio e longo prazos, explorando suas potencialidades e
evidenciando seus limites na configuração do mundo contemporâneo
(BRASIL, 2017, p. 562).

No ato de ensinar, do processo educativo, é indispensável o tipo de relação


que o professor determina com seus alunos, para assim ocorrer o processo de
ensino-aprendizagem. Pois os alunos consideram como um bom professor, aquele
que é competente, que domina os conteúdos, que dá boas aulas e que
20

principalmente interage de maneira positiva, se tornando um professor querido e


respeitado, esta aceitação afetiva é o tipo de professor que os alunos esperam para
ser bem aceito na sala de aula.

Com base nessa premissa, tem-se que na sala de aula o professor deve
preservar a inteligência emocional, e por vez, os alunos como seres capazes de
compreender e questionar com uma contribuição significativa no ensino. A
afetividade entre ambos tende a contribuir na valorização e na autoestima do aluno,
favorecendo para o sucesso no processo de ensino-aprendizagem.
21

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA

Neste trabalho, se utilizou a pesquisa qualitativa, que Vergara (2009, p. 42)


descreve como aquela que: Expõe características de determinada população ou de
determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e
definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve,
embora sirva de base para tal explicação.

No que tange à formulação dos objetivos, utilizou-se da pesquisa bibliográfica,


que Vergara (2009, p. 43) define como “o estudo sistematizado desenvolvido com
base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é,
material acessível ao público em geral”. Também, foi utilizada a tipologia de
pesquisa exploratória, que Beuren et al. (2006, p. 80-81) vinculam ao tipo de
pesquisa em que há pouca disponibilidade de conhecimentos e literatura sobre o
tema pesquisado, implicando que:

Por meio do estudo exploratório, busca-se conhecer com maior


profundidade o assunto, de modo a torná-lo mais claro ou construir
questões importantes para a condução da pesquisa. [...] explorar um
assunto significa reunir mais conhecimento e incorporar características
inéditas, bem como buscar novas dimensões até então não conhecidas. O
estudo exploratório apresenta-se como um primeiro passo no campo
científico, a fim de possibilitar a realização de outros tipos de pesquisa
acerca do mesmo tema, como a pesquisa descritiva e a pesquisa
explicativa.

Utilizou-se o método dedutivo, porque segundo Gil (2007, p. 27), é um método


que “parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita
chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de
sua lógica”.
22

CAPÍTULO IV. ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO

Nos dias de hoje muitos professores universitários, sentem que a cultura das
novas mídias interfere no tempo e nas culturas familiares e consequentemente,
surgem os questionamentos dos valores estabelecidos nas bases mais tradicionais
da família, isso também está relacionada, ao mesmo tempo, que muitos pais sentem
que seus filhos estão se apropriando muito rapidamente das novas tecnologias, de
forma a atingirem uma competência com as mídias muito superior à deles.

Como foi descrito acima, existe de certa forma uma diferença de gerações
com relação à utilização das mídias digitais. A utilização das novas mídias enquanto
definida com um utilitário educacional está situada na relação entre comunicação e
educação. Destaca-se ainda que as ferramentas midiáticas mais conhecidas pelos
docentes são na seguinte ordem: Internet, Vídeo e Fotos.

Para se compreender a relação entre as novas tecnologias e as novas


gerações, primeiramente torna-se necessário considerar o conceito de cultura em si,
de acordo com Escola (2013), cultura seria concebida a partir da ação humana em
sociedade.

Buscando transcender a compreensão do conceito de cultura restrito às


linguagens artísticas, o PNC entende a cultura a partir de três dimensões:
simbólica, cidadã e econômica. A primeira parte de uma visão antropológica
“e se propõe a ‘cultivar’ as infinitas possibilidades de criação simbólica
expressas em modos de vida, motivações, crenças religiosas, valores,
práticas, rituais e identidades” (BRASIL, 2017, p. 21).

Nesse parecer Heinsfeld e Silva (2018, 674) comentam que “ao se definir a
cultura imersa nas tecnologias digitais, considera-se uma alteração no paradigma
das relações culturais entre sujeitos e mídias, que emerge de uma ruptura na
concepção, produção, reprodução e difusão da informação e, por que não, do
conhecimento. Essa nova cultura aparece relacionada à comunicação e à
conectividade global”.

Ou seja, quando os professores utilizam as novas tecnologias, eles


necessitam de certo conhecimento prático, combinado com a perspectiva analítica e
o conhecimento sobre as linguagens específicas dos meios, entre as ferramentas
23

que os professores não conhecem podemos citar na seguinte ordem: Podcasts, Wiki
e Micro blog1. Ao usarmos o termo “mídias” estamos incluindo uma série de meios
de comunicação podemos estar incluindo: imprensa, meios de comunicação social
(sons e imagens), filmes e por fim as redes sociais. Em termos novas tecnologias
enquanto campo educacional é comum à distinção entre um ensino das mídias e um
ensino que usa as mídias como recurso.

Contudo, também é imprescindível que a escola compreenda e incorpore


mais as novas linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando
possibilidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque
para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação mais
consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do
universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover a
aprendizagem, a interação e o compartilhamento de significados entre
professores e estudantes. (BRASIL, 2017, p. 57).

No tangente ao uso do computador e de outros recursos tecnológicos no


ensino, muito depende do conjunto de meios ao alcance do professor. Cada um tem
características próprias, didáticas, técnicas, expressivas, que o tornam mais indicado
para uns fins do que para outros, e à medida que novos aparelhos vão surgindo
assim modificam as opções determinadas pela função e pela facilidade de uso.
Alguns recursos didáticos de outrora, perderam sua funcionabilidade antes
aproveitadas no ensino, face ao aparecimento de novos materiais e potencialidades
tecnológicas (SOUTO; ESCOLA, 2013).

De acordo com Pischetola (apud Heinsfeld e Silva, 2018, p. 670), tem-se que:

Mais recentemente, com a inserção das tecnologias digitais nos espaços


escolares, tem se tornado evidente que ainda há muito que se discutir, em
termos dos significados dessa inserção para os diferentes autores que
compõem esses espaços. No entanto, parece que as pesquisas acerca do
papel da tecnologia na formação discente se mostram, em sua maioria,
tanto acríticos quanto superficiais, parecendo sugerir que o único critério a

1
Podcast - Recurso de áudio que pode ser utilizado para disponibilizar parte de uma aula ou
explicações que os alunos possam fazer download e estudar quantas vezes achar necessário.
Também podem ser utilizadas para entrevistas ou dar opiniões.
Wiki - Página de escrita coletiva, ideal para criação e edição conjunta por pessoas distantes que
queiram contribuir em trabalhos cooperativos, elaborando textos. Exemplo: Wikipédia.
Microblog - Permite a troca de mensagens com até 140 caracteres, é um canal que pode ser utilizado
para debater e divulgar ideias em tempo real, servindo como quadro de avisos, compartilhar links,
desenvolver escrita progressiva e colaborativa para criar micronarrativas e até mesmo aprender outro
idioma. Exemplo: Twiter. (BARBOSA, 2011).
24

ser adotado pelas políticas públicas diz respeito a disponibilização física dos
equipamentos e das redes de internet.

Importante ressaltar ainda que se tivermos dificuldades no ensino presencial,


não as resolveremos com o virtual. Podemos tentar a síntese dos dois modos de
comunicação: o presencial e o virtual, valorizando o melhor de cada um deles.
Nesse sentido, destaca-se que o currículo escolar não ser limitado apenas à
transmissão de conhecimento, que vem se acumulando nos últimos anos.

“A tecnologia tem papel fundamental na Base. Sua compreensão e utilização


é tão importante que um dos pilares da Base trata especificamente da cultura digital
e de como ela deve ser encarada no processo de ensino e aprendizagem”
(SANTOS, 2020, p. 05). Nesse sentido, o currículo escolar deve buscar habilitar a
essas novas gerações a desenvolver novos conhecimentos. Para dar contar desse
novo desafio, o currículo escolar não dar preferência ao aluno, e sim ao
conhecimento que esse aluno tem direito, a fim de que se explorem suas
potencialidades em sala de aula.

Sob tal parecer, destaca-se a importância que a Base Nacional Comum


Curricular (BNCC) em caracterizar-se não como uma proposta da totalidade do
currículo, mas como um instrumento de gestão pedagógica, ao qual deve ser
acrescida uma parte diversificada, em consonância com a realidade particular de
cada escola (BRASIL, 2017), seguindo em suas diferentes modalidades escolares,
conforme observa-se nos estudos de Santos (2020):

Na Educação Infantil, a tecnologia se insere dentro de um dos direitos de


aprendizagem e desenvolvimento do aluno. Ela deve ser utilizada para
estimular sua curiosidade, o pensamento criativo, lógico e crítico, o
desenvolvimento motor e a linguagem (p. 06).
No Ensino Fundamental, a tecnologia aparece de forma mais direta nas
competências específicas de cada área do conhecimento, que defendem
que o seu uso seja feito de forma crítica, significativa, reflexiva e ética (p.
07).
A tecnologia tem papel central no Ensino Médio. O documento da Base
entende que, por vivermos em uma época fortemente marcada pelo
desenvolvimento tecnológico, existe um impacto profundo no funcionamento
da sociedade e, portanto, no mundo do trabalho, para o qual o aluno deve
ser preparado (p. 19).
25

De acordo com estudos de Ricco (2020) a nova BNCC, reconhece o papel


fundamental da tecnologia e estabelece que o estudante deva dominar o universo
digital, sendo capaz, portanto, de fazer um uso qualificado e ético das diversas
ferramentas existentes e de compreender o pensamento computacional e os
impactos da tecnologia na vida das pessoas e da sociedade, pois as novas
tecnologias contribuem para o aprendizado em todas as áreas do Ensino
Fundamental, nesse sentido os alunos precisam desenvolver (até o fim do
Fundamental):

- Utilização de ferramentas digitais: precisam ser capazes de usar


ferramentas multimídia e periféricos para aprender e produzir.

- Produção multimídia: utilizar recursos tecnológicos para desenhar,


desenvolver, publicar e apresentar produtos (como páginas de web, aplicativos
móveis e animações, por exemplo) para demonstrar conhecimentos e resolver
problemas.

- Linguagens de programação: usar linguagens de programação para


solucionar problemas.

- Domínio de algoritmos: compreender e escrever algoritmos, utilizar os


passos básicos da solução de problemas por algoritmo para resolver questões.

- Domínio de algoritmos: compreender e escrever algoritmos, utilizar os


passos básicos da solução de problemas por algoritmo para resolver questões.

- Visualização e análise de dados: interpretar e representar dados de diversas


maneiras, inclusive em textos, sons, imagens e números.

- Mundo digital: entender o impacto das tecnologias na vida das pessoas e na


sociedade, incluindo nas relações sociais, culturais e comerciais.

- Uso ético: utilizar tecnologias, mídias e dispositivos de comunicação


modernos de maneira ética, sendo capaz de comparar comportamentos adequados
e inadequados.

Atualmente, a falta de acesso e o uso limitado das tecnologias ampliam as


desigualdades. Afinal, quem sabe usá-las está mais preparado para os
desafios do mundo. Por isso, priorizou-se a inclusão de uma competência
geral que aponta para o domínio desse universo e aparece transversalizada
em habilidades de todos os componentes curriculares. As escolas precisam
26

assegurar a infraestrutura. Para os professores, fica a tarefa de qualificar o


uso para que os alunos façam o melhor proveito desses recursos (RICCO,
2020).

Em concordância a esse cenário, tem-se ainda:

Apesar de todas as orientações, pode ser um desafio utilizar a tecnologia


em sala para o desenvolvimento das habilidades e competências previstas
na BNCC. Por outro lado, já existem experiências com diversas
metodologias pedagógicas que podem ser aproveitadas pelos professores
(SANTOS, 2020, p. 27).

No Ensino Superior, esse estudo ganha relevância, pois incorpora-se o


processo de produção do ensino, pois deve-se destacar as alterações provocadas
pelas novas tecnologias no setor produtivo, fator desencadeador de mudanças
substanciais nas relações de trabalho, na geração de emprego e na distribuição de
renda em diferentes escalas (BRASIL, 2017.

Em seus estudos, Francisco (2018, p. 9) comenta que; “a BNCC demonstra


uma valorização dos processos que possibilitem a inserção dos alunos nas mais
atualizadas práticas comunicativas”. Por fim, salienta-se que estar juntos fisicamente
é importante em determinados momentos fortes: conhecer-nos, criar elos, confiança,
afeto. Conectados, podemos realizar trocas mais rápidas, cômodas e práticas. Por
dificuldades culturais e educacionais de abrir-nos no presencial, temos mais sucesso
na utilização de certas formas de comunicação a distancia. À medida que avançam
as tecnologias de comunicação virtual, o conceito de presencialidade também se
altera. Haverá um intercâmbio muito maior de professores, muitas vezes à distância
(MORAN, 2000).
27
28

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na atualidade o ensino de forma geral está mais envolvido com a utilização


de novas mídias, devido ao contexto de uma crescente globalização e
comercialização. Os processos tecnológicos no campo das comunicações
desenvolvem-se de forma cada vez mais acelerada. As informações sofrem
modificações praticamente em questão de minutos, isso pode ser observado nos
noticiários, ou com a disponibilização de novas plataformas de mídia e
comunicações.

Em consequência a todas essas mutações, surge uma questão fundamental


da disseminação das mídias e como será o acesso a elas. Os jovens de hoje podem
ser considerados como inovadores em relação às novas tecnologias. Em grande
parte, concordamos com essa visão, visto que eles já estão especialistas no teclado,
aceito que antigamente se fazia necessário primeiramente faz uso das aulas de
datilografia. Os alunos, habituados a frequentar as aulas sentados, enfileirados e em
silêncio terão que enfrentar uma nova postura nessas novas décadas. O paradigma
antigo era baseado na transmissão do professor, na memorização dos alunos e
numa aprendizagem competitiva e individualista.

O desafio imposto aos docentes é mudar o eixo do ensinar para os caminhos


que levam a aprender. O reconhecimento da era digital como uma nova forma de
caracterizar o conhecimento não implica descartar todo o caminho trilhado pela
linguagem oral e escrito. A abertura de novos horizontes mais aproximados da
realidade contemporânea e das exigências da sociedade do conhecimento depende
de uma reflexão crítica do papel da informática na aprendizagem e dos benefícios
que a era digital pode trazer para o aluno como cidadão.

Porém falta ainda aos nossos estudantes uma compreensão cultural profunda
com relação à correta utilização das mídias e ferramentas, de forma a se beneficiar
desse recurso. Após a realização desse estudo devemos observar os modos como o
uso de mídia no tempo de lazer pode contribuir para colocar em questão o programa
educacional e romper tradições sobre o que é a aprendizagem. Isso pode ocorrer
tanto em relação às atividades acadêmicas quanto aos projetos transdisciplinares,
devendo ser um objetivo explícito da escola, trabalhando mais profundamente com
29

as mídias e qualificando as habilidades profissionais dos estudantes, fortalecendo


suas competências analíticas.
30

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