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Faculdade AGES de Jacobina

AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS 50%


2020.1
DISCIPLINA: Mecânica dos Solos 2 DATA: 22/04/2020
Quarta-Feira, 18h45
PROFESSORA: Kharine Prado

ACADÊMICO(A): CURSO:

ASSINATURA DO ACADÊMICO: PERÍODO:


E-MAIL: CEL:

NOTA:______________CONF. POR EXT.:___________,___________


1ª REVISÃO:__________ASSINATURA DO (A) PROFESSOR (A):__________
Critérios de Aplicação da Avaliação
1. As respostas devem ter clareza, coerência, organização, 4. Proibido empréstimo de qualquer material entre 8. Os estudantes que não realizarem a
uso correto da língua portuguesa; alunos; prova de 50% terão a nota de 100%
2. Respostas à caneta azul ou preta, Questões 5. Será vedada a consulta de livros, celulares e dividida por 2 (Avaliação apenas com
respondidas a lápis serão desconsideradas; computadores durante a avaliação. A prova de 50%, assinatura será considerada como não
3. O uso contínuo do portfólio com fins pedagógicos para os será considerada parte do portfólio, podendo ser realizada).
registros dos trabalhos orientados pelos professores, estudos consultada na prova de 100%; 9. Fica o aplicador autorizado a recolher
de casos, tomadas de posição ao final, construído no processo 6. Após recebimento da prova, não será permitida a avaliação em caso de qualquer
de ensino durante as aulas do semestre e demais atividades a saída da sala sem autorização do aplicador; anormalidade
de ensino, será instrumento exclusivo do próprio estudante 7. O aluno que usar de meios ilícitos para realização 10. A etapa de 100% é obrigatória e a
de consulta durante as provas de 50% e 100% para avaliação da prova automaticamente zera a avaliação; sua não realização implicará em nota
das competências, habilidades e atitudes; zero na nota de PC
- A IES fornecerá apenas as folhas de respostas para a resolução - Serão necessárias, no máximo, 2 folhas (= 4 laudas) para a resolução da avaliação.
da prova. Essas folhas serão definitivas. As folhas para rascunho A cópia na Íntegra do material utilizado para consulta automaticamente anulará a
são de responsabilidade do aluno. avaliação do aluno.
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
- Determinar a propagação de tensões na massa do solo
- Compreender capilaridade nos solos
- Analisar os conceitos referentes a permeabilidade do solo
- Calcular como ocorre a percolação de água no solo
- Verificar a interferências de percolação de água no solo

PROPOSIÇÃO DA PROVA
Em texto único apresentar a análise e os cálculos do acréscimo de tensão proveniente de uma carga pontual e compará-la com o
parâmetro de resistência descrito no caso, em seguida discutir o acréscimo de tensão gerado pela carga proveniente do radier dos
prédios e verificar se o solo suportará comparando o valor desse acréscimo com o parâmetro descrito no caso. Também analisar e
discutir por que os solos finos, apesar de mais porosos, apresentam alturas de ascensão capilar maiores e discorrer sobre os valores
típicos de altura de ascensão capilar para solos grossos e solos finos. Calcular a constante K de permeabilidade de acordo com os
dados apresentados no caso e discutir o valor encontrado, comparando-o aos valores parâmetros descritos no caso para o solo em
estudo que irá compor o aterro. Por fim, analisar qual a vazão de percolação por baixo do maciço construído para conter o rio Itapicuru.
TABELA DE CRITÉRIOS PARA A PROPOSTA SOLICITADA
CRITÉRIO VALOR MÁXIMO VALOR OBTIDO
Analisar e calcular o acréscimo de tensão proveniente de uma carga pontual, compará- 10
la com o parâmetro de resistência descrito no caso (Figura 1).
Analisar e discutir o acréscimo de tensão gerado apenas pelo radier dos prédios, 10
verificar se o solo suportará comparando o valor desse acréscimo com o parâmetro
descrito no caso (Figura 2).
Analisar e discutir por que os solos finos, apesar de menos porosos, apresentam alturas 10
de ascensão capilar maiores e também discorrer sobre os valores típicos de altura de
ascensão capilar para solos grossos e solos finos.
Calcular a constante K de permeabilidade de acordo com os dados apresentados no 10
caso e discutir o valor encontrado, comparando-o aos valores parâmetros descritos no
caso para o solo em estudo que irá compor o aterro.
Analisar qual a vazão de água (m³/s) que percolará por baixo do maciço construído 10
como solução à contenção entre o rio Itapicuru e a área do condomínio (Figura 3).
A pura compilação teórica sem as devidas relações com o caso apresentado inviabilizam a nota do critério texto dissertativo
CASO

“O prédio que inclinou com a forte chuva na noite de segunda-feira (15) e foi condenado pela Defesa
Civil desabou na manhã desta quarta-feira (17), na Rua Alexandre Guimarães, no Bairro Nova Porto
Velho, em Porto Velho. Nenhuma pessoa se feriu, pois a área estava isolada desde segunda. A
Defesa Civil identificou as possíveis causas do desabamento, mas aguarda a perícia técnica para
confirmar o relatório junto ao engenheiro contratado pelos proprietários do imóvel.”
Fonte: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2014/09/predio-condenado-apos-inclinacao-desaba-
com-chuva-em-porto-velho.html

As notícias de casos de edifícios apresentando patologias porque o solo não


suporta a sua carga tem sido cada vez mais frequente. Então, um investidor da
cidade de Jacobina que quer dar continuidade ao processo de expansão imobiliária
na cidade resolveu se preocupar melhor com esses fatos, pois construirá em
Jacobina/BA o primeiro complexo de edifícios residenciais.

Esse complexo residencial será composto por 6 (seis) prédios, cada


um com 12 (doze) pavimentos e em cada pavimento 4 (quatro),
totalizando 288 unidades habitacionais. O Complexo Residencial
Itapicuru, assim denominado, será uma incorporação de uma
empresa local e contará com investimento privado, financiado pelo
Banco do Brasil e executado pela Construtora Andrade Ltda.

Na fase de elaboração do projeto foram visitados diversos locais na


cidade para sua possível implantação. A avaliação do local levou-se
em consideração os aspectos do mercado imobiliário quanto a sua
valorização para venda. O local escolhido foi zona de expansão da
cidade, BR 324, próximo a Faculdade Ages.

Inicialmente realizou-se um levantamento topográfico do lote e os


resultados estão apresentados na Figura 1. Observa-se, a partir da Figura 1 – Levantamento topográfico
figura, que trata-se de um terreno com um considerável desnível, havendo a necessidade de regularização.

A empresa de consultoria contratada para iniciar a elaboração dos projetos recebeu o levantamento topográfico, e verificou que
antes de qualquer outra coisa, o solo do terreno deveria ser analisado, para analisar os níveis de tensões nas camadas, presença
de lençol freático etc, como também estudar o solo da jazida que tomaria como empréstimo o material necessário para a
regularização e o aterro. A empresa de consultoria designou um engenheiro civil para resolver essas questões.

Empresa de Consultoria: engenheiro deveremos realizar ensaios de análise do solo do


terreno que será construído o Complexo Residencial Itapicuru. Sim, vamos realizar a
sondagem, analisar o perfil do solo e a posição do lençol freático no terreno, pois esses
edifícios acrescentará carga ao terreno e não quero ter problemas futuros. Além dos
edifícios, terá que ser realizado aterro de regularização até que chegue ao nível desejado
de projeto.
Engenheiro: Ok, irei providenciar.

O Engenheiro providenciou os ensaios necessários e em pouco tempo entregou a Empresa


de Consultoria.

Engenheiro: Por fim, temos a sondagem com as informações que deseja.


Empresa de Consultoria: Ótimo trabalho, vou analisar, na verdade já poderemos fazer
alguns cálculos juntos. Faremos o seguinte, existirá uma construção de um reservatório elevado que transmitirá ao solo uma
carga pontual, conforme Figura 01, então já podemos determinar o acréscimo de tensão vertical com z=3 e r=3. Esse acréscimo
de tensão não poderá exceder a 16,0kPa, pois o solo ainda tem que ser levado em consideração as pressões geostáticas, se
não poderá vir ao rompimento.
Engenheiro: Entendi. Acredito que possa já calcular a sobrecarga gerada apenas pelo radier dos prédios. O que acha? No
radier já temos o valor da sobrecarga total do prédio. Na Figura 2 apresenta-se os detalhes, trata-se de uma placa superficial de
4m x 10m e está submetida a uma pressão uniforme de 340kPa. Quando fiz a sondagem fiz os cálculos e o máximo de
sobrecarga dos edifícios que o solo suportaria era de 50kPa, logo acho importante fazer esse cálculo porque podemos fazer
algo melhorar o solo de fundação.

[Escolha a data]
Empresa de Consultoria: Sim, vamos fazer logo isso! Tem um outro ponto a ser levantado. A jazida que vamos retirar o material,
segundo a granulometria é um silte-argiloso, como o lençol freático pelo perfil do solo está relativamente alto, será que teremos
problema com ascensão capilar.
Engenheiro: Vou pesquisar que tipo de problema teremos já que teremos um
aterro com solo fino e lhe falarei. Ah... poderia enviar o solo desse aterro para
análise de permeabilidade, para não termos problemas provenientes da
infiltração da água, pois para um solo de aterro desse tipo temos que ter uma
constante de permeabilidade K, entre 1x10-8 e 1x10-3 .
Empresa de Consultoria: Sim, vamos aos testes de permeabilidade, para esse
tipo de solo existe um tipo específico, utilizando um tipo de permeâmetro
característico. Leve a amostra naquele laboratório que já temos parceria.
Engenheiro: Ok, levarei lá.

O Engenheiro providenciou o ensaio de permeabilidade mas o laboratório


apenas lhe entregou os dados e pediu que ele mesmo fizesse os cálculos.
Dados do ensaio de permeabilidade, abaixo:

• Comprimento da amostra=203 mm
• Área da amostra de solo= 10,3 cm2
• Área do Piezômetro = 0,39cm²
• Diferença de carga no tempo t=0 = 508mm
• Diferença de carga no tempo t=0 = 180s = 305mm

Engenheiro: Os resultados do valor K já tenho, mas farei um breve relatório comparando-o com os parâmetros para o tipo de
solos que será usado no aterro.
Empresa de Consultoria: Ok. Outro caso a ser resolvido
é que o condomínio estará ao lado do rio Itapicuru e
sabemos que a percolação de água será inevitável, fora
que o rio poderá avançar no condomínio em dias de
enchentes. Logo, como solução instalamos uma barreira de
contenção em concreto, conforme Figura 3, nesse sentido
temos que calcular a vazão em m³/s que teremos na
percolação. Utilizar nos cálculos a constante de
permeabilidade, K igual a 1 x 10-4.
Engenheiro: Muito bom, vou apresentar o relatório
contendo todos os estudos.

[Escolha a data]

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