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O termo agente é usado neste sentido apenas pela doutrina. As leis, sobretudo
portuguesas e moçambicanas, quando pretendem referir-se genericamente a todos quantos
prestam serviços a pessoa colectiva de direito público, empregam a expressão servidor,
seguida a indicação da entidade servida. O exercício de funções ao serviço de uma pessoa
colectiva de direito público constitui elemento essencial da definição. Assim, os empregados
das pessoas coletivas de direito privado que por lei ou contrato estejam investidas numa tarefa
da Administração (pessoas coletivas de utilidade pública administrativa, ou sociedade de
interesse coletivo) não são agentes administrativos.2
Por outro lado, não importa o caráter público ou privado do título pelo qual o
indivíduo exerce a sua actividade. Em uma empresa pública, os empregados que nela prestam
serviços por contrato de trabalho são agentes administrativos se a empresa for pessoa
colectiva de direito público, o que não são, como acontece com os funcionários. Por vezes, no
mesmo indivíduo reúnem-se as qualidades d titular de um órgão e de agente, porém são
distintas as actividades que cada um deles correspondem: o órgão é um elemento criador no
plano jurídico, ao passo que, o agente desempenha um papel predominantemente técnico.3
1
CAETANO, Marcelo, Manual de Direito Administrativo, Tomo II, 10a Edição, Almedina, Coimbra,
2007, página 641.
2
Idem, pagina 643.
3
Idem.
mediante uma relação jurídica estabelecida entre ele e a pessoa colectiva que o emprega; a
esta relação estabelecida denomina-se por relação de serviço.
4
CAETANO, Marcelo, Manual de Direito Administrativo, Tomo II, 10a Edição, Almedina, Coimbra,
2007, página 644.
5
É o que sucede nos casos em que por efeito de guerra, revolta ou calamidade desaparecem ou não
podem intervir os agentes de direito, tornando-se indispensável que as pessoas com mais autoridade natural, com
mais desembaraço ou com melhores condições assegurem, no interesse da comunidade o funcionamento dos
serviços ou o exercício dos poderes, independentemente do processo regular estabelecido por lei para a
investidura nessas funções.