Você está na página 1de 33

Modelo Keynesiano Macroeconomia

Prof. Alexandre Gaino


Crise de 29 e a Grande
Depressão

Desemprego Involuntário

Insuficiência de Demanda

TGE: Princípio da Demanda Efetiva


O Produto (Renda) é
determinado pela Demanda
Agregada, não existindo
restrições do lado da oferta
para a expansão do produto
(existem recursos ociosos)

Princípio da Demanda Efetiva


O empresário decide
quantos trabalhadores
contratar e quanto
produzir com base em sua
expectativa de vendas.

A redução dos salários


não aumentará a
demanda por trabalho, se
os empresários não
acreditarem que haverá
Princípio da Demanda Efetiva demanda
produtos.
para seus
Para definir o nível de produção o
Princípio da Demanda empresário confronta duas curvas
Efetiva virtuais:

• Oferta agregada: a renda


necessária para o empresário
oferecer determinado volume de
emprego (reflete os custos)

• Demanda agregada: a renda que o


empresário espera receber por
oferecer determinado volume de
emprego (reflete as expectativas)
Demanda Efetiva

Nível de Produção
Determinação
dos Salários Nível de Emprego

Salário Real (PMgN)


Produto A incerteza em relação ao futuro
e a volatilidade das variáveis
econômicas, justificam o
entesouramento (nem toda a
renda é gasta) por parte dos
agentes.
Demanda Renda A moeda é uma reserva de valor.

Entesoramento

Princípio da Demanda Efetiva


DA = C+ I + G + (X-M)

C: consumo das famílias


I: investimento
G: gastos do governo
X: exportações
M: importações

Composição do PIB pela Ótica


da Demanda Agregada
Atividade 6 – Demanda Efetiva
• Em grupo de até 6 pessoas:
• Faça uma pesquisa sobre os componentes da demanda agregada. Qual
situação da demanda efetiva na economia brasileira?
• Qual o impacto das condições da Demanda Agregada sobre o nível de
produção das empresas? E, sobre as condições de emprego?
• Faça uma pesquisa sobre as condições do investimento (formação bruta
do capital) na economia brasileira. Descreva o desempenho do
investimento no país nos últimos anos. Quais as principais causas desse
desempenho?
• Quais recomendações de políticas o grupo sugere para o avanço da
atividade econômica na economia brasileira.
O consumo depende da renda
disponível
C = C(Yd)
(+)
Função consumo linear
C = c0 + c1Yd

Onde:
c1: Propensão Marginal a Consumir
PMgC -(sensibilidade consumo a
mudanças na renda)
0 ≤ c1 ≤ 1

Consumo Agregado c0: Consumo autônomo


Yd = Y - T
A poupança é a renda não
consumida
S = Y – C(Yd)

Como C = c0 + c1Yd

Então S = - c0 + (1 - c1).Yd

(1- c1): quanto de uma unidade


adicional de renda as pessoas
poupam (PMgS)
Poupança Agregada 0 ≤ 𝑃𝑀𝑔𝑆 ≤ 1
Investimento

Oferta Agregada
Custo do Investimento
Retorno Esperado A eficiência marginal do
do Investimento capital
Demanda Agregada
é a taxa de desconto que
Condições do mercado
iguala o fluxo de receitas
de bens
esperado ao custo do
investimento.
Investimento

$ $
𝐹𝐶! 𝐹𝐶!
Ao tomar a decisão de 𝑃𝑂 = $
1 + 𝐸𝑀𝑔𝐾 $
→$
1 + 𝐸𝑀𝑔𝐾 $
− PO = 0
investimento, o empresário !"# !"#

está interessado no retorno


que um dado bem de capital
lhe conferirá ao longo de sua Se 𝐸𝑀𝑔𝐾 > 𝑖 → 𝐼 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
existência Se 𝐸𝑀𝑔𝐾 ≤ 𝑖 → 𝐼 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
Exemplo
Custo do investimento (preço de oferta do bem de capital) =
R$ 5 milhões

Fluxo de receita esperada = R$ 1,2 milhão/ano

Eficiência Período (n) = 6 anos

Marginal do 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑂𝑓𝑒𝑟𝑡𝑎 𝑃𝑉 = -


$
𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑀𝑇
1 + 𝐸𝑀𝑔𝐾 $
Capital $
!"#

1,2
5=$ % → 𝐸𝑀𝑔𝐾 = 11,5305%
1 + 𝐸𝑀𝑔𝐾
!"#

Na hipótese da Taxa de Juros = 14%, o empresário não


investirá
VALOR TECLA RESULTADO

5.000 [CHS] [PV]


Eficiência
Marginal do 1.200 [PMT]
Capital
6 [n]

[i] 11,5305 %

Exemplo (usando uma calculadora financeira)

[n] [i%] [PV] [PMT]


Volatilidade do
Investimento

• A Eficiência Marginal do Capital é muito


instável, uma vez que é calculada a partir
de expectativas dos empresários,
• Cuja base de formação é bastante
precária, dada a incerteza em relação ao
futuro.
• O investimento sofre fortes oscilações,
impactando a demanda agregada e a
atividade econômica.
Política Fiscal

Escolha de impostos (T) e


gastos do governo (G)

Para Keynes a política fiscal


deveria ter um papel
anticíclico

Compensar a insuficiência
de demanda privada
Multiplicador
Keynesiano

Desemprego

Gasto Demanda Produto/


Autônomo Agregada Renda

Consumo PMgC (c1)


No primeiro momento, o aumento na demanda é
igual ao aumento dos gastos públicos

Para satisfazer este aumento de demanda as


empresas aumentam sua produção na mesma
intensidade
A origem do O aumento da produção implica que a renda será
multiplicador aumentada na mesma proporção

O aumento da renda levará a um aumento no


consumo, que levará a um novo aumento na
demanda da ordem de c1 x ∆G
Ocasionando um novo aumento da produção e da
renda, que levará a um terceiro aumento da
demanda igual a c1∆G x c1 e assim por diante
𝒀=𝑪+𝑰+𝑮

𝑌 = 𝑐F + 𝑐G 𝑌 − 𝑇 + 𝐼 + 𝐺

Determinação do 𝑌 = 𝑐F + 𝑐G𝑌 − 𝑐G𝑇 + 𝐼 + 𝐺


𝑌 − 𝑐G𝑌 = 𝑐F − 𝑐G𝑇 + 𝐼 + 𝐺
produto de equilíbrio 1 − 𝑐G 𝑌 = 𝑐F − 𝑐G𝑇 + 𝐼 + 𝐺

1
𝑌= 𝑐F − 𝑐G𝑇 + 𝐼 + 𝐺
1 − 𝑐G
• Multiplicador keynesiano:

1
𝑘= >1
1 − 𝑐G

• Multiplicador de gastos

∆𝑌 = 𝑘×∆𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜𝑠

• Multiplicador de tributos

∆𝑌 = 𝑘×−𝑐G∆𝑇

−𝑐G
Multiplicador Keynesiano ∆𝑌 =
1 − 𝑐G
×∆𝑇
Suponha que a PMgC seja 0,6, qual o efeito
de um aumento dos gastos públicos de R$
1 milhão sobre o nível de renda e produto?

1
Multiplicador ∆𝑌 =
1 − 𝑐G
×∆𝐺
Exemplo
1
∆𝑌 = ×1
1 − 0,6

∆𝑌 = 2,5×1 = 2,5 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠


1 æ __
ö
Y= ç c0 + I + G - c1T ÷
Teorema do 1 - c1 è ø
Orçamento DG > 0 ® DY1 =
1
DG
1 - c1
Equilibrado
c1
DT > 0 ® DY2 = DT
1 - c1
1 c1
DY = DY1 + DY2 = DG + DT
1 - c1 1 - c1
O que aconteceria se o DG = DT = Z
governo aumentasse seus 1 - c1
gastos e a tributação na DY = Z =Z
1 - c1
mesma proporção?
Aumentando G e T na mesma magnitude, a
renda de equilíbrio aumentará no mesmo
valor.
Suponha que a um dado nível de renda os
consumidores decidam poupar mais
Reduzindo o consumo, haverá uma redução
da demanda que por sua vez levará a uma
diminuição da produção

O que acontece com a poupança?


Paradoxo da 𝑆 = −𝑐; + 1 + 𝑐< 𝑌 − 𝑇
poupança
C0 diminuirá aumentando S, porém a renda
irá diminuir também. Qual será o resultado?

Como 𝐼 = 𝑆 + 𝑇 − 𝐺 , uma vez que I, G e T


não se alteram, então S também não se
alterará
𝑻 = 𝒕𝒀
Onde t = participação do imposto no
produto (0 < t < 1)

𝐼 = 𝐼F
𝐺 = 𝐺F
𝐶 = 𝐶F + 𝑐G 𝑌 − 𝑇 = 𝐶F + 𝑐G 𝑌 − 𝑡𝑌
Multiplicador Keynesiano
com estabilizador 𝐷𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺
automático
𝑌 = 𝐶F + 𝑐G 𝑌 − 𝑡𝑌 + 𝐼F + 𝐺F

1 1
𝑌= <
1 − 𝑐G + 𝑐G𝑡 1 − 𝑐G
O governo pode • Obviamente que não! Muitos fatores
não incorporados no modelo afetam
definir o nível esta decisão
de produto da
economia? • Aprovação pelo legislativo
• Comportamento do mercado externo
• Investimento não é constante e depende
das expectativas
• Déficits orçamentários e dívida pública
• Inflação
Uma vez atingido o limite
da capacidade produtiva,
uma expansão de
demanda levará à
elevação dos preços.
O hiato inflacionário é o
resultado do excesso de
demanda em uma
situação de pleno
emprego
Hiato Inflacionário
A Teoria da Preferência pela Liquidez

Keynes desenvolveu a
De acordo com a teoria, a
teoria da preferência pela
taxa de juros se ajusta
liquidez para explicar o
para equilibrar a oferta e
que determina a taxa de
demanda por moeda.
juros da economia.
Oferta monetária

A oferta monetária é controlada pelo BC por meio de:


• Operações de mercado aberto
• Exigências de reservas (depósitos compulsórios)
• Mudanças na taxa de redesconto

A quantidade de moeda ofertada não depende da taxa de juros.


Determinada pela comparação entre

1. O custo de oportunidade de reter moeda


pode ser medido taxa nominal de juros
𝑖 =𝑟+𝜋

Demanda por 2. O prêmio pela liquidez - as pessoas escolhem


moeda reter moeda porque
• dinheiro pode ser usado para comprar
bens e serviços.
• permite aproveitar oportunidades de
negócios inesperados.
• reduz o risco em momentos de
volatilidade do mercado de títulos.
Determinação • Taxa de juros que equilibra a oferta monetária
e a demanda por moeda
da taxa de
juros 𝑀 = 𝐿 $𝑌; 𝑖
+ -

• Como a taxa de juros afeta a decisão de


investimento, o mercado monetário afeta o
nível de atividade da economia.
Política Monetária
As políticas fiscais compensatórias
tenderiam a ser muito mais
eficientes do que os instrumentos
monetários, cuja eficácia
dependeria:

• da capacidade da política
monetária afetar as taxas de juros

• e que está não seja sobrepujada


por alterações na eficiência
marginal do capital.
Atividade 7 – Política Monetária
• Em grupo de até 6 pessoas:
• Faça uma pesquisa sobre o mercado financeiro nos últimos tempos. Quais
foram as aplicações financeiras foram mais procuradas nesse período.
• Quais os tipos de aplicações financeiras tiveram a maior queda no
mercado, no mesmo período?
• Discuta no grupo e faça uma análise sobre quais motivos explicam a
diferença de comportamento das aplicações financeiras apresentadas.
• Por fim, você diria que esse comportamento é convergente com a Teoria da
Preferência pela Liquidez? Porque?

Você também pode gostar