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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO AO SOFTWARE ............................................................. 4


1. TECNOLOGIA BIM .................................................................................. 4
2. AUTODESK REVIT ARCHITECTURE ......................................................... 6
3. METODOLOGIA APLICADA .................................................................... 6
2. CONHECENDO O SOFTWARE .............................................................. 8
1. INTERFACE PRINCIPAL ........................................................................... 8
3. PROCESSO CONSTRUTIVO ................................................................ 10
1. TELA INICIAL ........................................................................................ 10
2. DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE PROJETO ............................................ 10
3. DEFINIÇÃO DOS NÍVEIS DO PROJETO (LEVEL) ..................................... 11
4. IMPORTANDO UM ARQUIVO DWG..................................................... 13
5. DESENHANDO TOPOGRAFIA (SITE) ..................................................... 14
6. DESENHANDO PAREDES (WALL) ......................................................... 15
7. DESENHANDO PELES DE VIDRO (CURTAIN WALL) .............................. 18
8. DESENHANDO PORTAS E JANELAS (DOOR / WINDOW) ..................... 21
9. DESENHANDO ESCADAS, RAMPAS E GUARDA-CORPO (STAIR / RAMP /
RAILING) ...................................................................................................... 25
10. DESENHANDO PISOS E LAJES (FLOOR) ............................................ 28
11. PILARES, VIGAS E GRID (STRUCTURAL COLUMN / BEAM / GRID) ... 30
12. DESENHANDO MOBILIÁRIOS (FURNITURE)..................................... 32
4. DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO ........................................................ 32
1. TRAÇANDO CORTES E ELEVAçÕES (SECTION / ELEVATION) ............... 32
2. COTAS, ÁREAS E TEXTOS (ANOTAÇÕES) ............................................. 33

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3. OÇÕES DE VISUALIZAÇÃO ................................................................... 34
4. CRIANDO PRANCHAS (SHEET) ............................................................. 35
5. PLANILHA / QUANTITATIVOS .............................................................. 36
5. RELAÇÃO DE HIERARQUIA................................................................ 37
1. ENTENDENDO O PROCESSO ................................................................ 37
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: ................................................................. 39

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INTRODUÇÃO AO SOFTWARE

1. TECNOLOGIA BIM
No conceito BIM, as informações do projeto encontram-se interligadas por
relações paramétricas, isto é, são processadas em tempo real em todo o
modelo. Tal conceito, que teve origem em meados da década de 1980, foi
popularizado apenas à partir de 2008, após o um evento chamado BIMStorm,
realizado em Los Angeles, evento esse apelidado de “Woodstock da
Engenharia”. Esta tecnologia permite que o projeto se mantenha
compatibilizado em suas várias maneiras de representação.

Mais especificamente em projetos de arquitetura, significa dizer que


abandona-se o conceito de desenho, seja à mão livre ou em prancheta
eletrônica, e introduz-se o conceito de modelagem do edifício. Isso permite
que as várias formas de representação de um projeto, como plantas baixas,
cortes, fachadas e modelo tridimensional mantenham-se compatibilizadas a
todo momento, uma vez que, ao alterar algum elemento em qualquer uma das
vistas, isso será refletido no modelo como um todo.

PLANTAS
BAIXAS

COMPLE
MENTARE CORTES
S
PROJETO

QUANTIT ELEVAÇÕ
ATIVOS ES

4
Tal tecnologia vem crescendo de maneira exponencial ao longo dos últimos
anos. Nos países desenvolvidos (EUA, Austrália, Canadá e países europeus) o
BIM já encontra-se como uma realidade predominante, sendo incorporado
não apenas por escritórios e empresas voltadas para a construção civil, mas
também em órgãos públicos, como é o caso da França e Reino Unido. No Brasil,
embora mais lento, o processo de transição vem se mostrando mais acentuado
a cada ano. O gráfico a seguir, extraído do site americano
http://manufacturers.bimetica.com/, mostra o crescimento da tecnologia nos
EUA a partir do ano 2000:

Entretanto, migrar para o BIM significa implica em grandes mudanças


conceituais em todo o processo projetual, das quais podemos citar as
seguintes dificuldades e benefícios:

Dificuldades:

- mudança de paradigma: rever processo de trabalho, antecipar decisões de


projeto;

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- investimento/infraestrutura: software capacitado, consultoria,
treinamentos, templates e bibliotecas;

- capacitação de profissionais;

- colaboração e integração entre arquitetura e complementares.

Benefícios:

- modelo interligado;

- a informação dos objetos presente em todas as vistas - compatibilização;

- apresentação, visualização e documentação do projeto de forma mais clara;

- tabelas, quantitativos e memoriais compatibilizados com o modelo;

- estudos, apresentações e visualização mais rápida;

- revisão e atualização do modelo de forma mais precisa;

2. AUTODESK REVIT ARCHITECTURE


O software Autodesk Revit® foi desenvolvido especificamente para a
Modelagem de informação da Construção (BIM), de modo que as informações
estão sempre interligadas e atualizadas de acordo com o andamento do
projeto. Sendo assim, uma alteração que venha a ser efetuada em qualquer
uma das vistas, é automaticamente atualizada nas demais.

3. METODOLOGIA APLICADA
Para o desenvolvimento do workshop, utilizamos como objeto de estudo um
projeto pioneiro do modernismo europeu, elaborado em 1928 pelo arquiteto
francês Le Corbusier.

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Os trabalhos serão desenvolvidos de forma gradual, abordando todos os
elementos construtivos da edificação, tais como: topografia, paredes (curvas e
ortogonais), esquadrias (portas, janelas e peles de vidro), elementos de
circulação vertical (escadas e rampas), estrutura em concreto (lajes, vigas e
pilares), telhados; além de elementos de anotação (textos, cotas, tags, etc.),
edição de famílias e montagem de pranchas.

O resultando final se dará com a documentação integral do projeto, que será


composta por plantas, cortes, fachadas, além do modelo 3D.

IMPORTAÇÃO
DWG

DEFINIÇÃO DE
NÍVEIS

TOPOGRAFIA

ELEMENTOS
CONTRUTIVOS

ANOTAÇÃO

MONTAGEM
DE PRANCHAS

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CONHECENDO O SOFTWARE

1. INTERFACE PRINCIPAL
A interface do Autodesk Revit® utiliza um padrão diagramático semelhante aos
novos softwares do pacote Microsoft Office® e do Autodesk AutoCad®,
possuindo, inclusive, ferramentas de desenho similares as do último.

01.ACESSO RÁPIDO
02.BARRA DE FERRAMENTAS

03.BARRA DE OPÇÕES
04.SELETOR
DE TIPOS
06.NAVEGADOR DE PROJETO
05.BARRA DE PROPRIEDADES

07.ÁREA DE DESENHO

08.CONTROLE DE VISTA

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01. ACESSO RÁPIDO: a barra de acesso rápido contém um conjunto de
ferramentas padrão. É possível personalizar esta barra de ferramentas
para exibir as ferramentas que você usa com maior frequência.

02. BARRA DE FERRAMENTAS: esta barra dará acesso rápido aos


comandos do Revit®. Esses comandos estão organizados em abas onde
cada aba possui ferramentas utilizadas para um mesmo propósito.

03. BARRA DE OPÇOES: esta barra está diretamente relacionada com o


tipo de ferramenta selecionada. Nela pode-se configurar opções de
cada componente funcionando basicamente semelhante a barra de
propriedades.

04. SELETOR DE TIPOS: esta barra estará disponível para selecionar a


função de acordo com o comando que está sendo executado. Muito
utilizada para seleção de componentes a serem utilizados.

05. BARRA DE PROPRIEDADES: é nesta barra que se gerencia todo o tipo


de propriedade dos componentes utilizados e também das vistas.

06. NAVEGADOR DE PROJETO: nesta aba se encontra o mapa de


organização das vistas do projeto em desenvolvimento. Além disto,
também é possível acessar e visualizar todas as famílias e grupos
carregados no arquivo.

07. ÁREA DE DESENHO: é a “folha de desenho” do arquivo, onde


encontram-se todos os elementos projetados.

08. CONTROLE DE VISTA: nesta aba é possível alterar o modo de


apresentação do modelo, bem como definir sombras, níveis de
detalhamento, escala do desenho etc.

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PROCESSO CONSTRUTIVO

1. TELA INICIAL

Na tela inicial é possível abrir um projeto existente (open) ou iniciar um novo


projeto (new) a partir de um template pré programado. A opção de criar um
novo projeto também permite que, ao invés de criar um projeto, se crie um
novo template, deixando-o pré configurado com as opções mais habituais.
Além disso, existem as mesmas opções para arquivos referentes às famílias do
Revit®, podendo-se criar uma nova família ou ainda abrir uma família já
existente.

Extensões: Projeto.rvt / Família.rfa / Template.rte / Template Família.rft

Para iniciar o projeto, iremos selecionar o template existente em:

Documentos Curso > template Brazil > DefaultBRAPTB

2. DEFINIÇÃO DAS UNIDADES DE PROJETO


O template básico, que já vem com o software por padrão, se inicia com um
desenho configurado para milímetros. Para alterar essa unidade basta usar as
teclas de atalho UN (units) ou ainda pode-se ir na Barra de Ferramentas >

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Manage > Settings > Project Units. Clicando em Linear, pode-se selecionar a
unidade de projeto desejada, bem como o número de casas decimais e outras
opções relacionadas.

3. DEFINIÇÃO DOS NÍVEIS DO PROJETO (LEVEL)


O segundo passo ao abrir um novo desenho será definir seus níveis e a relação
entre os mesmos. Para isto, no navegador de projetos, deve-se selecionar uma
das elevações e a partir daí começar as configurações.

Por padrão do template, o arquivo inicia com dois níveis, nomeados “Nível 1”
e “Nível 2”. Para criar o terceiro nível basta selecionar o Nível 2 e usar a
ferramenta Copy (CO) ou acessar:

Barra de Ferramentas > Architecture > Datum > Level.

Ao clicar em um dos níveis existentes pode-se mudar a relação entre eles


alterando o valor da dimensão temporária que aparece e ainda alterar o nome
do nível clicando sobre o nome pré configurado.

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Pode-se perceber que os níveis 1 e 2 encontram-se com o símbolo em azul,
enquanto o nível 3 encontra-se com o símbolo em preto. Isso significa que para
o último não há um link para a vista, uma vez que a planta de nível 3 não está
criada. Para criá-la, acessa-se o seguinte caminho:

Barra de Ferramentas > Plan Views > Floor Plans.

Então, clica-se no nível para o qual deseja-se criar uma planta de piso, no caso,
o nível 3. Nota-se que, a partir de então, para qualquer um dos níveis
existentes, há um link para a planta de piso, podendo acessá-la com um duplo
clique no símbolo.

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4. IMPORTANDO UM ARQUIVO DWG
Iniciaremos nosso projeto tendo como base as plantas baixas da Villa Savoye,
em extensão dwg. Antes de importa-la, acessaremos a planta de Nível 1, na
barra de Navegador de Projeto. Feito isso, basta acessar:

Barra de Ferramentas > Insert > Import > Import Cad

Com esta função selecionada abrirá uma janela na qual deve-se escolher o
arquivo bem como os layers a serem importados, a unidade de medida que o
desenho foi graficado, o ponto de inserção e o pavimento de inserção.

No caso, selecionaremos a planta dwg localizada em:

Documentos Curso > Plantas dwg Villa Savoye > VillaSavoye_R02-2014-


FloorPlan-Nível1

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5. DESENHANDO TOPOGRAFIA (SITE)
Todos os comandos referentes ao terreno, sua forma de representação e as
curvas de nível que o formam se encontram na Barra de Ferramentas >
Massing & Site.

Para criar uma topografia baseada em pontos ou algum arquivo CAD deve-se
abrir a vista Terreno (Navegador de Projeto) e utilizar a ferramenta
Toposurface, localizada no mesmo caminho dito anteriormente. Com a opção
Place Point selecionada, deve-se definir um valor de altura para o ponto a ser
inserido na Barra de Opções e posteriormente modelar o terreno com quantos
pontos forem necessários. Após terminar a inserção de pontos, o terreno deve
ser finalizado clicando na opção Finish Surface.

As definições de representação gráfica das linhas da topografia, intervalos de


representação bem como o material podem ser configuradas clicando na seta
abaixo do painel Model Site na Barra de Ferramentas > Massing & Site.

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6. DESENHANDO PAREDES (WALL)
Nesta seção será desenhado todas as paredes do projeto. Para acessar o
comando Parede (Wall) deve-se usar o atalho WA ou ainda acessar:

Barra de Ferramentas > Architecture > Build > Wall.

O Revit® possui algumas paredes pré configuradas no template padrão, para


selecioná-las basta ir no painel Seletor de Tipos.

Para criar uma parede específica, deve-se clicar em Edit Type, localizado na
Barra de Propriedades e então selecionar Duplicate, dando assim um nome
para a nova parede a ser criada. Feito isso, deve-se clicar em Edit no campo
Structure, para assim configurar as camadas da parede propriamente dita, suas
espessuras e acabamentos, por exemplo, reboco, pintura, isolamento térmico,
etc. No caso, criaremos dois tipos de parede:

- “VS – Parede 20cm”, sendo composta por 17cm de estrutura e 1,5 de


acabamento em ambos os lados;

- “VS - Parede 10cm”, sendo composta por 7cm de estrutura e 1,5 de


acabamento em ambos os lados;

Uma vez definidas as camadas e suas respectivas espessuras, iremos criar


materiais para as mesmas. Para a estrutura da parede, criaremos o material
“.Alvenaria”, para o acabamento criaremos o material “.Pintura Branca”. Para

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isso, clicaremos no texto “By Category”, na coluna de material,
posteriormente, em “...”:

Feito isto, abrirá a janela de materiais, que também pode ser acessada pelo
seguinte caminho:

Barra de Ferramentas > Manage > Materials

Para criarmos os materiais mencionados anteriormente, basta clicar em


“Create New Material”:

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Uma vez criado nosso material, podemos substituir sua aparência,
selecionando materiais da biblioteca da própria Autodesk. Nota-se que, na aba
“Graphics”, temos as seguintes situações:

Shaded: representação do material quando selecionamos a opção “shaded” no


estilo visual da vista;

Surface Pattern: representação do material quando visto em superfície;

Cut Patter: representação do material quando o cortamos em uma vista.

Com a vista do Nível 1 selecionada e a parede criada, devemos agora desenha-


la no projeto. Para isso, basta definirmos sua altura na Barra de Opções,
vinculando ela ao nível superior (Nível 2), e a linha de referência para o
desenho (Wall Centerline, Finish Face: Exterior, Finish Face: Interior, Core
Centerline, Core Face: Exterior, Core Face: Interior), Essa referência de desenho
das paredes pode ser alterado através da barra de espaço. Além de escolher a
geometria a ser desenhada (linhas, retângulos, polígonos, arcos e pick lines).

Recomenda-se sempre vincular as paredes em níveis para que, ao alterar os


níveis, as alturas das paredes sejam ajustadas automaticamente.

Nota-se que, mesmo tendo configurado as camadas de nossas paredes, elas


estão representadas com espessura única. Para visualizar as camadas que
criamos, devemos alterar o nível de detalhamento da vista para médio ou alto
em:

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7. DESENHANDO PELES DE VIDRO (CURTAIN WALL)
A parede cortina, ou pele de vidro nada mais é do que um novo tipo de parede
como estudado na seção anterior. Para acessar este comando utiliza-se o
mesmo atalho mencionado nas paredes simples (WA), ou ainda a mesma
sequência de comandos, diferenciando-se apenas em selecionar Curtain Wall
no painel Seletor de Tipos. Muitas das configurações necessárias para o
desenho de uma parede simples se aplicam para o desenho das paredes
cortinas.

Antes de iniciarmos nossa pele de vidro, criaremos o montante que será


utilizado na mesma. Para isto, basta acessar:

Barra de Propriedades > Architecture > Mullion

Ao acessar o comando, editaremos o tipo do montante pré-carregado no


projeto, duplicaremos, chamando-o de “VS – Montante 3x10”.

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Definiremos 10cm de espessura e 1,5cm para ambos os lados, criando, ainda,
o material “.Alumínio Preto” para aplicação. Podemos, ainda, aplicar um
deslocamento de ½ da espessura, ou seja, 5cm, caso desejemos desenhar
nossa pele de vidro pela face.

Feito isto, podemos criar nossa pele de vidro, acessando:

Barra de Propriedades > Architecture > Wall

Com base em uma pele de vidro pré-carregada em nosso projeto, criaremos a


nossa, denominando-a de “VS – Pele de Vidro – M30cm”

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As configurações a serem
especificadas ficam por conta
da grade vertical (vertical
grid), da grade horizontal
(horizontal grid), dos
montantes verticais (vertical
mullion) e dos montantes
horizontais (horizontal
mullion).

Definiremos um eixo vertical máximo de 30cm, e eixo


horizontal “nenhum”. Aplicaremos o montante que criamos tanto nos
montantes verticais como horizontais.

Para inserir nosso montante horizontal a 90cm do piso, acessaremos:

Barra de Propriedades > Architecture > Curtain Grid

E, então, inseri-lo no modelo 3D:

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8. DESENHANDO PORTAS, JANELAS (DOOR / WINDOW) E WALL SHAFT
Para selecionar a ferramenta porta deve-se usar o atalho DR (Door) ou ainda
em:

Barra de Ferramentas > Architecture > Build > Door.

O processo de seleção da porta se dá semelhante ao da seleção de um tipo de


parede já existente. Com o comando ativo, no painel Seletor de Tipos, deve-se
escolher um entre as famílias de portas pré existentes.

Para ser inserida no projeto, uma porta deve possuir um hospedeiro (Host),
esse hospedeiro deve sempre ser uma parede simples, desta forma, se o
mouse estiver posicionado em algum lugar que não seja uma parede o
software não permitirá a inserção da mesma.

Clicando no botão Edit Type, quando o comando porta estiver ativo, pode-se
criar dentro dos parâmetros existentes na família diversos tipos de dimensões
e acabamentos. Além das famílias pré carregadas no template, existe a
possibilidade de carregar diversas outras famílias da mesma categoria clicando
no botão Load Family.

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No caso, criaremos dois tipos de portas:

- “VS – Porta 80x210cm”;

- “VS – Porta 60x210cm”.

Para isso, alteraremos os parâmetros de altura e largura, além de criar o


material “.Madeira” para a estrutura de nossa porta.

Uma vez inseridas todas as portas, daremos início ao 2º pavimento, seguindo


o mesmo procedimento:

1. No navegador de projeto, acessar a planta de “Nível 2”;

2. Importar a planta DWG VillaSavoye_R02-2014-FloorPlan-Nível2;

3. Modelar todas as paredes;

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4. Inserir todas as portas.

O processo de criação das janelas é extremamente semelhante ao das portas,


para não se dizer igual. A única diferença entre as funções é o fato das janelas
possuírem um parâmetro a mais: Altura do Peitoril (Sill Height). Parâmetro
este que é editado na própria Barra de Propriedades, não sendo necessário
duplicar uma janela apenas para alterar esta dimensão.

Criaremos dois tipos de janelas:

- “VS – Janela 227,5x100cm”;

- “VS – Janela 30x100cm”.

Para isso, alteraremos os parâmetros de altura e largura, além aplicar o


material “.Alumínio Preto”, que já tínhamos criado anteriormente, para a
estrutura de nossa janela.

Para possibilitar a aplicação das janelas no local correto, teremos de ativar a


opção “Wireframe” no estilo visual de nossa vista, além de baixo nível de
detalhamento. Recomenda-se utilizar o comando “align” para uma melhor
precisão do posicionamento, pelo atalho AL ou em:

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Barra de Propriedades > Modify > Align

Para criar um “shaft” (vão) em uma parede, utilizaremos a ferramenta


presente em:

Barra de Propriedades > Architecture > Wall

Uma vez ativado o comando, precisamos selecionar a parede na qual


desejamos criar o vão. Após, faremos o croqui do vão a ser criado. Na vista 3D,
com o vão selecionado, configuraremos seus deslocamentos na barra de
propriedades, de modo a ter uma precisão exata:

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9. DESENHANDO ESCADAS, RAMPAS E GUARDA-CORPO (STAIR /
RAMP / RAILING)
A partir do Revit 2013 houveram alterações significativas na parte de criação
de escadas. É importante salientar que inicialmente o software vem pré
configurado para calcular a construção da escada com base na Lei de Blondel,
onde 63 < 2h+b < 64.

O comando Escada encontra-se na Barra de Ferramentas > Architecture > Build


> Stair e seu processo de criação pode se dar de duas formas ou sketch
(rascunho do desenho, como era feito nas versões anteriores do software) ou
por componente, como será mostrado a seguir.

Com o comando ativo deve-se selecionar o tipo que se deseja criar no Seletor
de Tipos. Para adicionar um novo tipo de escada, deve-se duplicar um pré
existente e configurar seus parâmetros como altura máxima do degrau, base
mínima do degrau e largura mínima bem como seus materiais de acabamento.

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Após os ajustes feitos, parte-se para
o processo de criação propriamente
dito. Deve-se selecionar geometria
de criação do sentido da escada
(Run). Feito isso, ao iniciar o desenho o software automaticamente informa a
quantidade de degraus já criados além dos que ainda estão faltando.

Como a escada normalmente está vinculada a dois pavimentos, ao se alterar o


entrepiso, as alturas dos degraus automaticamente serão ajustadas.
Entretanto, se a altura do degrau extrapolar o limite definido anteriormente,
o software acusará um erro de ligação entre pavimentos.

No caso, utilizaremos o comando de escada “by sketch”, definindo o limite, o


espelho e o caminho da escada. Atentar para não haver linhas sobrepostas,
pois, nesse caso, não será possível finalizar o comando.

Finalizado o croqui, e posteriormente o comando, temos nossa escada


representada corretamente em planta e modelada tridimensionalmente.

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O comando de inserção de rampas se
localiza na Barra de Ferramentas >
Architecture > Circulation > Ramp. O
processo de criação das rampas é
muito semelhante ao da escada, se
antes, na escada, preocupou-se em
alterar a altura dos degraus, agora, o
ponto principal a ser definido é a
porcentagem de inclinação da rampa.

Para criar um tipo de rampa com a


inclinação desejada, deve-se acessar
Edit Type, duplicar e então configurar o
penúltimo parâmetro (Ramp Max
Slope). Além deste, outro parâmetro importante a ser definido é o
comprimento máximo da rampa antes de um patamar (Maximum Incline
Lenght).

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Para criar um Guarda-Corpo (Rainling)
utilizasse o comando localizado na
Barra de Ferramentas > Architecture >
Circulation > Railing. Seu processo de
criação é extremamente simples, basta
selecionar o comando, desenhar a
forma desejada (Linhas, Retângulos,
Polígonos, Arcos, etc.) e finalizar o
comando através do Finish Edit Mode.
Além disso, como todas as outras
famílias presentes no software, seus
parâmetros e especificações podem
ser alterados e escolhidos através do
painel de propriedades. Lá, é possível
configurar a altura do guarda corpo, inserção de perfis horizontais (Rail
Structure) e inserção de montantes verticais (Baluster Placement).

10. DESENHANDO PISOS E LAJES (FLOOR)


O processo de criação de lajes e pisos são idênticas. Para acessar este comando
deve-se ir em:

Barra de Propriedades > Architecture > Build > Floor

Com o comando ativo a Barra de Propriedades passa a conter as opções


geométricas para a criação do perímetro dos pisos ou lajes. Podendo escolher
entre linhas, retângulos, polígonos entre outras formas. O mais aconselhável,
quando desejar-se um alinhamento com as paredes, é utilizar a ferramenta
Pick Walls, para que o piso acompanhe as paredes caso estas sejam
movimentadas. Após o término de criação de um perímetro fechado, basta
clicar em Finish Edit Mode, no canto superior da Barra de Ferramentas.

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Nota-se que, por estarmos na ferramenta de croqui, todas as demais abas
ficam bloqueadas, até que tal croqui seja devidamente finalizado.

Por padrão, o nível de acabamento do piso é exatamente no nível do Level


criado, sendo assim, quando se for fazer um piso de acabamento propriamente
dito deve-se usar um Offset = 0, já se a intenção for fazer uma laje, o Offset
aplicado deve ser = -5cm ou igual a medida negativa do piso. Esses Offsets
podem ser configurados na Barra de Propriedades no campo Height Offset
From Level.

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OFFSET POSITIVO

OFFSET NEGATIVO

Para criar novos tipos de lajes e pisos o processo é muito semelhante ao de


criação de novas paredes simples. Na Barra de Propriedades > Edit Type >
Duplicate, após isso seleciona-se o nome do novo piso a ser criado
posteriormente no campo Structure clique em Edit, configurando as camadas
do piso, seus materiais e espessuras, idêntico às características da parede.

Obs.: Vale ressaltar que embora não a ferramenta telhado (Roof) bão esteja
no desenvolvimento do projeto modelado, o software também conta com esta
função e seu processo de construção é muito semelhante ao de uma laje,
sendo as inclinações das arestas (Slop) sua única diferença.

Barra de Ferramentas > Architecture > Build > Roof

11. PILARES, VIGAS E GRID (STRUCTURAL COLUMN / BEAM / GRID)


Para acessar o comando Pilar deve-se acessar:

Barra de Ferramentas > Structure > Structure > Column

A utilização desse comando é bem simples, com o comando ativo deve-se


selecionar qual o tipo de pilar a ser empregado no Seletor de Tipos, e então
configurar sua altura na Barra de Opções.

Para a criação de novas seções de pilares o processo é semelhante ao de todas


as outras famílias: na Barra de Propriedades > Edit Type > Duplicate caso a
seção desejada seja a pré configurada pelo template padrão. Caso seja

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necessário pode-se carregar uma nova família, carregando assim uma nova
seção.

No caso, criaremos a seguinte coluna:

- “VS – Pilar 20cm”

Uma ferramenta bastante utilizada para uma leitura melhor da estrutura é a


marcação dos eixos dos pilares nas vistas 2D (Plantas, Cortes e Elevações). Para
isso, com um grid previamente criado, deve-se clicar na opção At Grids,
localizada no canto superior da Barra de Ferramentas quando o comando
estiver ativo. Com a opção selecionada, basta selecionar os Grids nas direções
x e y e o programa vai inserir um pilar em cada intersecção de Grid. Esta opção
se torna ainda mais útil por vincular um pilar ao Grid de origem, ou seja, ao
movimentar um Grid toda a linha de pilares vinculada se movimentará
automaticamente. Após a inserção, pode-se mover cada pilar individualmente,
através do comando “move”, sob o atalho MV.

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A ferramenta utilizada para a composição de vigas
localiza-se na Barra de Ferramentas > Structure >
Structure > Beam. Seu processo de criação é
bastante semelhante ao dos pilares, podendo ainda
ser utilizado a mesma função de inserção nas
intersecções de Grids.

12. DESENHANDO MOBILIÁRIOS (FURNITURE)


Para acessar o comando mobiliário deve-se ir a Barra de Ferramentas >
Architecture > Build > Component. Com o comando ativo, basta selecionar no
barra Seletor de Tipos algum mobiliário pré-carregado no arquivo e inseri-lo no
projeto.

Caso precise carregar ao projeto algum arquivo de alguma família externa,


basta clicar no canto superior direito da Barra de Ferramentas (com o
comando Component ativo) na opção Load Family e então carregá-lo.

DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO

1. TRAÇANDO CORTES E ELEVAÇÕES (SECTION / ELEVATION)


A ferramenta de traçado dos cortes é sem dúvida uma das funções mais
revolucionárias do software. Com a característica do projeto ser em 3
dimensões, podemos fazer cortes e visualizar elevações de qualquer ângulo e
em qualquer lugar do projeto, evitando assim muitos erros que talvez não
fossem percebidos em 2 dimensões.

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Para criar um corte, deve-se acessar alguma planta baixa do projeto no
Navegador de Projeto, e selecionar a ferramenta através da Barra de
Ferramentas > View > Create > Section ou ainda na guia de Acesso Rápido
selecionando diretamente a função.

Outra característica importante desta ferramenta e bastante útil é o fato de


possibilitar desvios ao longo do traçado do corte. Para isto basta clicar sobre a
linha de corte criada e na Barra de Ferramentas, com o corte selecionado,
aparecerá no canto superior a função Split Segment. Com esta função ativada
é só clicar sobre a linha do corte e facilmente criar quantos desvios forem
necessários.

As elevações possuem características muito semelhantes às do corte, sendo


acessadas pelo menos caminho citado anteriormente: Barra de Ferramentas >
View > Create > Elevation. Com o comando selecionado é só posicionar o
mouse perto de algum plano ou parede e a marcação automaticamente se
inclinará paralela a mesma, sendo a vista desejada é só clicar e está pronta a
elevação.

2. COTAS, ÁREAS E TEXTOS (ANOTAÇÕES)


Antes de iniciar o tópico referente às anotações do desenho, vale ressaltar que
esta seção (Annotate localizada na Barra de Ferramentas) de informações
ficam restritas às vistas nas quais elas são aplicadas.

Para contabilizar a área de pisos, a ferramenta utilizada é o Room localizada na


Barra de Ferramentas > Architecture > Room & Area > Room ou ainda pelo

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atalho RM. Para que esta ferramenta funcione e contabilize áreas conforme
sua função devemos ter um ambiente fechado por paredes. Por alguma
decisão projetual não existir paredes dividindo os ambientes mas ainda assim
se querer que a contabilização da área seja correta deve-se usar o comando
Room Separation, localizada na mesma aba de ferramentas ou ainda pelo
atalho RS.

A ferramenta de cotas pode ser


acessada pela Barra de
Ferramentas > Annotate >
Dimension > (Aligned, Linear,
Radial, etc.) ou ainda pelo
atalho DI. Sua aplicação se
assemelha a utilização de cotas
e anotações do AutoCad. A
única diferença marcante em relação ao procedimento, é que ao invés de
pontos de referência, no Revit se utilizam planos, como por exemplo a face de
uma parede.

A ferramenta de texto pode ser encontrada na Barra de Ferramentas >


Annotate > Text > Text ou ainda pelo atalho TX. O processo de criação de novos
estilos de texto é semelhante ao de todas as outras famílias previamente
explicadas, seguindo o padrão Barra de Propriedades > Edit Type > Duplicate.

3. OÇÕES DE VISUALIZAÇÃO
O processo de finalização do desenho é um dos grandes destaques do Revit
em relação a outros softwares. O painel de controle de tudo o que será exibido
na vista pode ser acessado através do Visibility Graphics, podendo ser
acionado diretamente pelo atalho VG ou ainda pelo caminho Barra de
Ferramentas > View > Graphics > Visibility Graphics

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Com o comando Color Fill Legend (Barra de Ferramentas > Annotate > Color Fill
> Color Fill Legend ) pode-se
criar plantas coloridas com
uma grande facilidade. Já com
os Rooms adicionados ao
desenho, basta selecionar o
comando e automaticamente o
software atribuirá uma cor
para cada ambiente
especificado, podendo ser
posteriormente alterado de acordo com a
preferência do usuário

Lembrando que alguns elementos na


representação dos componentes construtivos
como hachura, dependem diretamente das
opções de configuração dos materiais.

4. CRIANDO PRANCHAS (SHEET)


Para criar uma prancha de trabalho no Revit
deve-se acessar a Barra de Ferramentas > View > Sheet Composition > Sheet.
Ao selecionar o comando, o software abrirá uma janela para a escolha do
tamanho de folha desejado, caso ainda não exista deve-se carregar uma
família com o tamanho desejado ou ainda alterar os parâmetros (Barra de
Propriedades) de uma folha existente.

Uma vez criada, a prancha ficará acessível no Navegador de Projeto, e para


adicionar desenhos a esta prancha, basta arrastá-los diretamente do
Navegador de Projetos a ela. Vale ressaltar que uma vista pode estar presente

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em apenas uma prancha, para adicioná-la em outra, deve-se duplicar a vista
clicando sobre ela no Navegador de Projeto com o Botão Direito do Mouse >
Duplicate View > Duplicate, Duplicate With Detailing ou Duplicate as a
Dependent.

5. PLANILHA / QUANTITATIVOS
Outra grande vantagem de se trabalhar com a tecnologia BIM é a possibilidade
de gerar quantitativos com tudo o que foi projetado. O software cria um banco
de dados, sendo assim é possível criar tabelas de quantitativos de pisos, áreas,
esquadrias, alvenaria, etc.

O comando de criação de planilhas pode ser acessado através da Barra de


Ferramentas > View > Create > Schedules.

Após, selecionaremos o componente do qual desejamos gerar uma tabela de


quantitativos, neste caso, “structural columns”.

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Após, selecionaremos os campos que desejamos em nossa tabela. No caso,
“tipo” (type), “comprimento” (lenght) e “volume”. Dando “ok”, podemos
visualizar tais informações e quantitativos das colunas de nosso projeto. Por
estar vinculada ao mesmo, ao realizar qualquer alteração de
dimensionamento em tal componente, a tabela se ajustará automaticamente.

RELAÇÃO DE HIERARQUIA

1. ENTENDENDO O PROCESSO
O banco de dados do Revit já é bastante extenso e vem crescendo ao longo do
tempo conforme a necessidade dos usuários, que por sua vez colaboram para
a criação de novos componentes.

A relação de hierarquia entre os elementos de projeto no Revit se dá de acordo


com o organograma abaixo:

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CATEGORIA COLUNA

FAMÍLIA COLUNA
REDONDA
COLUNA
RETANGULAR

TIPO Ø = 20 cm Ø = 40 cm 20x40 cm

Sendo assim, é possível criar novas famílias de acordo com a necessidade,


alterar parâmetros de famílias já existentes ou ainda fazer o download das
mesmas em sites como o www.revitcity.com

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Como já mencionei anteriormente, softwares que se utilizam da tecnologia


BIM estão ganhando força de maneira exponencial no mercado da construção
civil, de modo que grandes escritórios de Arquitetura e Engenharia, bem como
órgãos públicos de países do mundo inteiro estão migrando para esta
metodologia de trabalho. Sabe-se que, embora haja uma queda de produção
na fase inicial por conta da adaptação, a otimização e o aumento de produção
do trabalho, assim como o ganho em qualidade na representação gráfica das
ideias de projeto são apenas uma questão de tempo.

Agradeço a todos pela iniciativa e sugiro a utilização do software de maneira


contínua. Sendo assim, me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos
de dúvidas posteriores que venham a surgir.

thiago@costathiago.com

Thiago

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