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O meio

aquático I

Aula 3
Prof. Dr. Arisvaldo Méllo
Prof. Dr. Joaquin B. Garcia
2

Bacia Hidrográfica

Zona de erosão
Área de
drenagem

Zona de armazenamento e
transporte

Lago ou
Oceano Zona de deposição

Zona de erosão Zona de armazenamento e transporte Zona de deposição


 Maior declividade  Declividade elevada  Declividade baixa
 Frequência e duração de cheias  Deposição de sedimentos e  Ampla planície de inundação
dependem das chuvas nutrientes na planície de  Sinuosidade dos rios
 Estreita zona ripária inundação  Deposição de sedimento maior
erosão e transporte
 Cheias sazonais
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Características Físicas das B. Hidrográficas


 Área(influencia o regime de fluxo)
 Forma

Bacia Triangular Bacia Alongada

Vazão
Tempo

Bacia Circular
Vazão

Tempo
Vazão

Tempo
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Características Físicas das B. Hidrográficas


 Tipo de solo
 Arenoso e profundo: menor escoamento
superficial
 Argiloso e raso: maior escoamento superficial
 Uso do solo
 Áreas de floresta: maior interceptação e maior
consumo de água
 Agricultura: redução da MO e da capacidade
de armazenamento de água no solo
 Áreas urbanas: redução da infiltração e
aumento de picos de cheia
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Características Físicas das B. Hidrográficas

 Declividade da bacia e dos rios


 Densidade de drenagem
 Ordem dos cursos d’água

1 1
1
1 2
2 1
2 1
3 1
2

3
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Dinâmica da planície de inundação


 Combinação do depósito do material aluvial
(assoreamento) e retirada da superfície
(degradação)
 Assoreamento: responsável pela formação da
planície
 Degradação: quando o fornecimento de
sedimento é menor que a retirada
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Ecossistemas ribeirinhos (zona ripária)

 Interface entre os ecossistemas aquático e


terrestre
 Mata ciliar, alta diversidade de espécies e alta
produtividade
 Diversidade depende do fluxo hidrológico,
sedimentos, MO, formação do solo, etc.
 MO do ecossistema terrestre converge e passa
através da zona ripária (conecta a bacia com
o rio)
 Conecta área de montante com as de jusante
da rede de drenagem
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Fauna aquática

MO (partícula grossa)  Fauna aquática de invertebrados


MO terrestre trituradores
 Biodiversidade limitada (temp.,  luz,
Nutrientes  nutrientes)
𝑃
< 1 sistema heterótrofo
𝑅

 Biodiversidade mais alta ( temp.,


fitoplâncton prospera)

𝑃
>1
𝑅

 Baixa diversidade
Nutrientes terrestre
 Menor turbidez
Menor MO terrestre
Nutrientes 𝑃
<1 sistema heterótrofo
𝑅
MO (partícula fina)
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Código Florestal (Lei Federal 12651/2012


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Código Florestal (Lei Federal 12651/2012


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Sistema de aproveitamento de recursos hídricos

U2 = 4 m3/s

U4 = 2 m3/s QAmbiental = 1 m3/s

U1 = 3 m3/s

U3 = 2 m3/s
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Sistema de aproveitamento de recursos hídricos


U2 = 4 m3/s U4 = 2 m3/s

QAmbiental = 1 m3/s

U1 = 3 m3/s
U3 = 2 m3/s
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O Processo de Poluição das Água

 Resultado da associação entre os seguintes


fatores
 Usos múltiplos
 Capacidade de dissolver as substâncias com
as quais entra em contato
 Ausência ou ineficácia de sistemas de
tratamento de esgotos e efluentes
 Lançamento indevido ou deliberado de
poluentes nos corpos d’água
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Tipos de poluição
Exemplo de Poluição Pontual

 A forma pela qual os


poluentes são
introduzidos nos corpos
d’água
 Poluição Pontual:

fontes fixas, com


lançamentos que
podem ser
controlados
 Poluição difusa: não

há um padrão no
lançamento

Fonte: http://site.sabesp.com.br
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Processo de autodepuração

(http://7fbiolugar.blogspot.com.br)
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Principais poluentes
 Compostos orgânicos biodegradáveis
 Organismos patogênicos capazes de provocar
doenças (vírus, bactérias e protozoários)
 Nutrientes
 Substâncias tóxicas
 Metais pesados, compostos orgânicos recalcitrantes
e demais substâncias químicas utilizadas pelo
Homem
 Outros poluentes
 Sólidos em Suspensão
 Substâncias Radioativas
 Poluição Térmica
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Comportamento dos Poluentes no Meio Aquático

 Mecanismos físicos, químicos e biológicos


alteram o comportamento dos poluentes e
suas respectivas concentrações
 Diluição e ação hidrodinâmica
 Ação de microrganismos (autodepuração)
 Ação da gravidade, incidência de luz e temperatura
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Controle da poluição hídrica


(Enquadramento dos corpos d’água)

 Instrumento de gestão (Lei Federal 9.433/1997)


 Permitir a ocupação das bacias hidrográficas e
o uso desejado da água, conseguindo um nível
adequado de controle dos resíduos
 Resolução Conama 357/2005
 Classificação
 Diretrizes ambientais
 Condições e padrões de lançamento de efluentes
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Águas Doces (salinidade  0,5 g/L)


Classe Especial Classe 1

 ao abastecimento para  abastecimento para consumo


consumo humano, com
humano, após tratamento
desinfecção
simplificado
 à preservação do equilíbrio
natural das comunidades  à proteção das comunidades
aquáticas aquáticas
 à preservação dos ambientes  à recreação de contato primário,
aquáticos em unidades de (Resolução CONAMA 274/2000)
conservação de proteção  à irrigação de hortaliças que são
integral consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que
sejam ingeridas cruas sem remoção
de película
 à proteção das comunidades
aquáticas em Terras Indígenas
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Águas Doces
Classe 2 Classe 3
 ao abastecimento para  ao abastecimento para consumo
consumo humano, após humano, após tratamento
tratamento convencional convencional ou avançado;
 à proteção das comunidades  à irrigação de culturas arbóreas,
aquáticas cerealíferas e forrageiras;
 à recreação de contato primário  à pesca amadora;
(Resolução CONAMA 274/2000;  à recreação de contato secundário
 à irrigação de hortaliças, plantas  à dessedentação de animais
frutíferas e de parques, jardins,
campos de esporte e lazer, com
os quais o público possa vir a ter
contato direto Classe 4
 à aquicultura e à atividade de
pesca  à navegação
 à harmonia paisagística
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Cinética do processo de autodepuração


Modelo de Streeter-Phelps

Demanda bioquímica de oxigênio

dL 𝑥
 k1L  L  L0e k1t 𝑡=
𝑈
dt
K1 – taxa de desoxigenação (dia-1)
L – DBO remanescente ao fim de t (mg O2/L)

DBOt  Lo  Lt
DBOt - Oxigênio consumido para decomposição da MO do
início até t (mg O2/L)

Meio K1

Água residual não tratada 0,35 – 0,70

Água residual tratada / Rio contaminado 0,10 – 0,25

K1 depende da temperatura
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Saturação de OD Variação do déficit de oxigênio em


função do tempo
ODs  14,65  0, 41T  0,008T 2

Variação do déficit de oxigênio


Dt 
k 2  k1

k1 L0 k1t k2t
e e  D0 e  k2t
dD
 k1L  k2 D D0 – déficit de OD em t = t0 (Do = ODs – OD0)
dt
D – déficit de OD no instante t (ODs – ODt) Variação do déficit de oxigênio ao
K1 – taxa de desoxigenação (dia-1)
K2 – taxa de reoxigenação (dia-1)
longo do curso de água

x x – distância (m)
U
K 2  3,9 3 t U – velocidade da água (m/s)
h U

h – profundidade da água (m)


k1 L0   k1 U 
x x x
k2 k2
U – velocidade média da água (m/s)
Dx  e  e U   D0 e U
k 2  k1  

K 2,T  K 2 1, 025 
T  20
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Balanço de massa

Qe.Ce Q = Qe +Qr

𝑄 ∙ 𝐶𝑜 = 𝑄𝑒 ∙ 𝐶𝑒 + 𝑄𝑟 ∙ 𝐶𝑟
Qr.Cr Q.Co
𝑄𝑒 + 𝑄𝑟 ∙ 𝐶𝑜 = 𝑄𝑒 ∙ 𝐶𝑒 + 𝑄𝑟 ∙ 𝐶𝑟

𝑄𝑒 ∙ 𝐶𝑒 + 𝑄𝑟 ∙ 𝐶𝑟
𝐶𝑜 =
𝑄𝑒 + 𝑄𝑟
0 x

Lançamento 1 Lançamento 2

Qr.Cr BM 1 BM 2 x
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Exercício

dL
 k1L  L  L0e k1t k1 L0   k1 Ux  k2
x
  k2
x
dt Dx  e e U
  D0e
U

0,7620000
k2  k1  

L  16, 7  e 34819,2
 10, 79 mg/L 0, 76 16, 7  0,76 34819,2 1,84 34819,2 
20000 20000
1,84
20000

Dx  e e   2, 65  e 34819,2
 4, 43 mg/L
1,84  0, 76  

ODS  14,65  0, 41 20  0,008  202  9,65 mg/L
Dx  ODs  ODx
Do  9,65  7  2,65 mg/L ODx  ODs  Dx
ODx  9, 65  4, 43  5, 22 mg/L
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Fim
Derísio, J.C. Introdução ao controle de poluição ambiental. Ed. 4. São
Paulo: Oficina de Textos, 2012. (Capítulo 2)

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