Você está na página 1de 7

c 


      

      

O formol ou formaldeído, solução a 37%, é um composto líquido claro com várias aplicações,
sendo usado normalmente como preservativo, desinfetante e antisséptico. Também é usado para
embalsamar peças de cadáveres, mas é útil também na confecção de seda artificial, celulose,
tintas e corantes, soluções de ureia, tioureia, resinas melamínicas, vidros, espelhos e explosivos.
O formol também pode ser utilizado para dar firmeza nos tecidos, na confecção de germicidas,
fungicidas agrícolas, na confecção de borracha sintética e na coagulação da borracha natural. É
empregado no endurecimento de gelatinas, albuminas e caseínas. É também usado na fabricação
de drogas e pesticidas.

! 
O formol é tóxico quando ingerido, inalado ou quando entra em contato com a pele, por via
intravenosa, intraperitoneal ou subcutânea. Em concentrações de 20 ppm (partes por milhão) no
ar causa rapidamente irritação nos olhos. Sob a forma de gás é mais perigoso do que em estado
de vapor.

" 
  #  $%     
 &
Em quatro instituições internacionais de pesquisa foi comprovado o potencial carcinogênico do
formaldeido.

r
Em 1995, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou este
composto como sendo carcinogênico para humanos (Grupo 1, julho 2004), tumorogênico,
teratogênico por produzir efeitos na reprodução para humanos. Em estudos
experimentais, demonstraram ser também para algumas espécies de animais.
r
Agência de Proteção Ambiental (EPA), dos EUA: ³O composto foi avaliado pelo grupo
de avaliação de carcinogenicidade da ACGIH e foi considerado suspeito de causar câncer
em humanos ³ [015,415,421].
r
Associação de Saúde e Segurança Ocupacional (OSHA), dos EUA: considera que o
agente é suspeito de causar câncer para humanos.
r
O Programa Nacional de Toxicologia dos EUA (Fourth Annual Report on Carcinogens)
de 1984 considerou que o formaldeído é um agente cancerígeno nas seguintes doses para
ratos:por via oral, 1170 mg/kg/; por via dérmica 350 mg/kg e por via inalatória 15 ppm/6
horas

ß     ! $% 


A inalação deste composto pode causar irritação nos olhos, nariz, mucosas e trato respiratório
superior [036, 151, 301,406]. Em altas concentrações pode causar bronquite, pneumonia ou
laringite [036,151].

Os sintomas mais freqüentes no caso de inalação são fortes dores de cabeça, tosse, falta de ar,
vertigem, dificuldade para respirar e edema pulmonar [215]. O contato com o vapor ou com a
solução pode deixar a pele esbranquiçada, áspera e causar forte sensação de anestesia e necrose
na pele superficial.
>ongos períodos de exposição podem causar dermatite e hipersensibilidade, rachaduras na pele
(ressecamento) e ulcerações principalmente entre os dedos; podem ainda causar conjuntivite
[036,151].

O vapor de formaldeído irrita todas as partes do sistema respiratório superior e também afeta os
olhos. A maioria dos indivíduos pode detectar o formol em concentrações tão baixas como 0.5
ppm e, conforme for aumentando a concentração até o atual limite de Exposição Máxima, a
irritação se dá mais pronunciada.

Medições das concentrações de formaldeído no ar em laboratórios de anatomia no ar têm


apontado níveis entre 0,07 e 2,94 ppm (partes por milhão). Uma relação entre a concentração e
os sintomas podem ser feitos:

0,1 a 0,3 ppm: menor nível no qual tem sido reportada irritação;

0,8 ppm: limiar para o odor (começa a sentir o cheiro);

1 a 2 ppm: limiar de irritação leve;

2 a 3 ppm: irritação dos olhos, nariz e garganta;

4 a 5 ppm: aumento da irritação de membranas mucosas e lacrimejação significativa;

10 a 20 ppm: lacrimejação abundante, severa sensação de queimação, tosse, podendo ser tolerada
por apenas alguns minutos (15 a 16 ppm pode matar camundongos e coelhos após 10 horas de
exposição;

50 a 100 ppm: causa danos severos em 5 a 10 minutos (exposição de camundongos a 700 ppm
pode ser fatal em duas horas).

A ingestão causa imediata e intensa dor na boca e faringe [151]. Provoca dores abdominais com
náuseas, vômito e possível perda de consciência [036,151,301]. Outros sintomas como
proteinúria, acidose, hematemesis, hematúria, anúria, vertigem, coma e morte por falência
respiratória também podem ser observados [031].

Ocasionalmente pode ocorrer diarréia (com possibilidade de sangue nas fezes), pele pálida, fria e
úmida, além de sinais de choque como dificuldade de micção, convulsões, e estupor.
A ingestão também pode ocasionar inflamação e ulceração /coagulação com necrose na mucosa
gastro-intestinal [151].

Também podem ser observadas lesões como corrosão no estômago e estrias esofágicas e colapso
circulatório e nos rins após a ingestão. A inalação ou aspiração do produto pode provocar severas
alterações pulmonares ao entrar em contato com o meio ácido estomacal [151]. Outras
consequências são danos degenerativos no fígado, rins, coração e cérebro.[301, 455].
 ! $% 
 
No estado líquido ou vapor é irritante para pele, olhos e mucosas. [036,151,301,406]. Também é
um potente irritante do trato respiratório. É absorvido através da pele [169]. Pode causar
lacrimejamento [455].

'  $(


Segundo a OSHA, o limite máximo permitido de exposição contínua é de 5 ppm, sendo que, nos
casos de pico, a concentração máxima deve ser de 10 ppm. A OSHA classificou o formol como
irritante e com potencial cancerígeno.

O Criteria Document publicado pelo Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional dos
EUA (NIOSH) recomenda que o limite máximo presente no ar seja de 0.1 ppm/15M e o uso de
luvas e máscaras durante a manipulação do produto. A máscara deve ter filtro especial para
vapores orgânicos.

)  $(   


Sendo um composto com suspeita de causar câncer em humanos, todo cuidado deve ser tomado
durante a manipulação do formol. Deve ser estocado em temperatura ambiente, mas não inferior
a 15º C (60 F). Deve ser protegido da luz e hermeticamente fechado para evitar contato com a
atmosfera e com a luz.

Em caso de derramamento deve-se usar papel absorvente para retirada do líquido. Deve-se retirar
toda a roupa contaminada e colocá-la em recipiente adequado para ser descontaminação Caso
tenha havido contato com a pele, deve-se lavar a superfície com sabão e água.

)  $( * 


Nome químico:: formaldeído a 37%
Fórmula química: CH2O
Fórmula estrutural: H2C=O
Sinônimos: formalina, formol, formalit, ivalon, Karsan, > soform, Oxometano, Oximetileno.

)  $() + 


Descrição: composto líquido claro
Peso molecular: 30.03
Ponto de ebulição: 96 C [031,036]
Solubilidade: água: >=100 mg/m> @ 20.5 C (RAD); DMSO : >=100 mg/m> @ 20.5 C (RAD);
95%; etanol : >=100 mg/m> @ 20.5 C (RAD); acetona : >=100 mg/m> @ 20.5 C (RAD)
Volatilidade : pressão de vapor: 93.60 mm Hg @ 38 C (RAD)
densidade do vapor: 1.0 [451]
flamabilidade: Este composto tem seu flash point em 85 C0 (185 F) (058). É um composto
combustível.
pH: 2.8-4.0 [031]

'   
O formol é um composto químico com enorme capacidade de redução, especialmente na
presença de álcalis. É incompatível com amônia, álcalis, tanino, bissulfetos, preparações à base
de ferro, prata, potássio e iodo. Reage com albumina, caseína, Agar-agar formando compostos
insolúveis . É violentamente reativo com óxidos, nitrometano, carbonato de manganês e
peróxidos.

V  
Pode se transformar em nuvem especialmente em baixas temperaturas. Pode sofrer oxidação na
presença do ar e da luz.

') , 
-) 

[015] >ewis, R.J., Sr. and R.>. Tatken, Eds. Registr of Toxic Effects
of Chemical Substances. On-line Ed. National Institute for
Occupational Safet and Health. Cincinnati, OH. >P8925000.
March 13, 1989.

[017] Weast, R.C., M.J. Astle, and W.H. Be er, Eds. CRC Handbook of
Chemistr and Ph sics. 67th Ed. CRC Press, Inc. Boca Raton,
F>. 1986. p. C-278, #7047.

[025] Buckingham, J., Ed. Dictionar of Organic Compounds. 5th Ed.


Chapman and Hall. New York. 1982. Vol. 3, p. 2676, #F-00656.

[031] Windholz, M., Ed. The Merck Index. 10th Ed. Merck and Co.
Rahwa , NJ. 1983. pp. 604-605, #4120.

[036] Bretherick, >., Ed. Hazards in the Chemical >aborator . 4th Ed.
The Ro al Societ of Chemistr . >ondon. 1986. pp. 344-345.

[043] Sax, N.I. and Richard J. >ewis, Sr. Dangerous Properties of Industrial
Materials. 7th Ed. Van Nostrand Reinhold. New York. 1989.
Vol. III, pp. 1764-1765, #EMV000.

[047] Weast, R.C. and M.J. Astle, Eds. CRC Handbook of Data on
Organic Compounds. CRC Press, Inc. Boca Raton, F>.
1985. Vol. I, p. 641, #E00210.

[051] Sax, N. Irving, Ed. Dangerous Properties of Industrial Materials


Report. Bi-monthl Updates. Van Nostrand Reinhold Compan , Inc.
New York. Vol. 1, #4, pp. 70-72; Vol. 3, #3, pp. 71-76.

[055] Verschueren, K. Handbook of Environmental Data on Organic


Chemicals. 2nd Ed. Van Nostrand Reinhold. New York. 1983.
pp. 678-683.
[058] Information Handling Services. Material Safet Data Sheets
Service. Microfiche Ed. Bimonthl Updates. Februar /March 1989.
1988. #5833-103, A-10.

[062] Sax, N.I. and R.J. >ewis Sr., Eds. Hawle s Condensed Chemical
Dictionar . 11th Ed. Van Nostrand Reinhold. New York. 1987.
pp. 536-537.

[082] U.S. Environmental Protection Agenc , Office of Toxic Substances.


Toxic Substances Control Act Chemical Substance Inventor : 1985
Edition. 5 Vols. U.S. Environmental Protection Agenc .
Washington, D.C. Januar 1986. >isted.

[099] Grant, W. Morton, M.D. Toxicolog of the E e. 3rd Ed. Charles


C. Thomas, Publisher. Springfield, I>. 1986. pp. 442-446.

[107] Occupational Health Services, Inc. Hazardline. Occupational


Health Services, Inc. New York. >isted.

[110] Oak Ridge National >aborator . Environmental Mutagen Information


Center (EMIC), Bibliographic Data Base. Oak Ridge National
>aborator . Oak Ridge, TN. >isted.

[120] Oak Ridge National >aborator . Environmental Teratogen Information


Center (ETIC), Bibliographic Data Base. Oak Ridge National
>aborator . Oak Ridge, TN. >isted.

[151] Gosselin, R.E., H.C. Hodge, and R.P. Smith. Clinical Toxicolog
of Commercial Products. 5th Ed. Williams and Wilkins, Co.
Baltimore. 1984. p. II-187, #482; pp. III-196 to III-198.

[165] Wiswesser, W.J., Ed. Pesticide Index. Entomological Societ


of America. College Park, MD. 1976. p. 118.

[169] Hartle , Douglas B.Sc., Ph.D., M.I.Inf.Sc. and Hamish Kidd B.Sc., Eds.
The Agrochemicals Handbook. 2nd Ed. The Ro al Societ of Chemistr .
Nottingham, England. 1987. >isted.

[172] Worthing, C.R., Ed. The Pesticide Manual, A World Compendium.


8th Ed. British Crop Protection Council. >ondon, England.
1987. p. 431.

[173] Ha es, W.J., Jr. Pesticides Studied in Man. Williams and


Wilkins. Baltimore. 1982. p. 579.
[186] Sittig, Marshall, Ed. Pesticide Manufacturing and Toxic Materials
Control Enc clopedia. No es Data Corporation. Park Ridge, NJ.
1980. pp. 429-430.

[215] Rom, William N., Ed. Environmental and Occupational Medicine.


>ittle, Brown and Compan . Boston. 1983. pp. 525-526.

[275] Aldrich Chemical Compan . Aldrich Catalog/Handbook of Fine


Chemical. Aldrich Chemical Co., Inc. Milwaukee, WI.
1988. p. 762, #F1,558-7.

[295] Re nolds, James E.F., Ed. Martindale The Extra Pharmacopoeia. 28th Ed.
The Pharmaceutical Press. >ondon. 1982. pp. 563-564.

[301] Dreisbach, R.H. Handbook of Poisoning: Prevention, Diagnosis


and Treatment. 11th Ed. >ange Medical Publications. >os
Altos, CA. 1983. pp. 200-202.

[326] Office of the Federal Register National Archives and Records


Administration. Code of Federal Regulations, Title 29, >abor,
Parts 1900 to 1910. U.S. Government Printing Office.
Washington. 1987. p. 681.

[346] Sittig, M. Handbook of Toxic and Hazardous Chemicals and Carcinogens.


2nd Ed. No es, Publications. Park Ridge, NJ. 1985. pp. 462-464.

[395] International Agenc for Research on Cancer, World Health


Organization. IARC Monographs on the Evaluation of
Carcinogenic Risk of Chemicals to Man. International
Agenc for Research on Cancer. Geneva. Vol. 29, pp. 345-389.
Supplement 7, p. 211-216.

[406] Goodman, >.S., A. Gilman, F. Murad and T.W. Rall, Eds. The
Pharmacological Basis of Therapeutics. 7th Ed. Macmillan
Publishing Co. New York. 1985. pp. 962-963, 1631.

[415] American Conference of Governmental Industrial H gienists.


Threshold >imit Values and Biological Exposure Indices
for 1988-1989. American Conference of Governmental
Industrial H gienists. Cincinnati, OH. 1988. p. 22.

[421] American Conference of Governmental Industrial H gienists.


Documentation of the Threshold >imit Values. 5th Ed.
American Conference of Governmental Industrial H gienists.
Cincinnati, OH. 1986. pp. 276-277.
[451] National Fire Protection Association. Fire Protection Guide on
Hazardous Materials. 9th Ed. National Fire Protection
Association. Quinc , MA. 1986. p. 325M-54.

[455] The Pharmaceutical Societ of Great Britain. The Pharmaceutical Codex.


11th Edition. The Pharmaceutical Press. >ondon. 1979. pp. 372-373.

[545] Office of the Federal Register National Archives and Records


Administration. Federal Register, Dept. of >abor, Part III.
U.S. Government Printing Office. Washington. Januar 19, 1989.
p. 2959.

[610] Clansk , Kenneth B., Ed. Suspect Chemicals Sourcebook: A Guide to


Industrial Chemicals Covered Under Major Federal Regulator and
Advisor Programs. Ro tech Publications, Inc. Burlingame, CA.
1990. Update, p. xv.

[620] United States National Toxicolog Program. Chemical Status Report.


NTP Chemtrack S stem. Research Triangle Park, NC. November 6, 1990.
>isted.

Você também pode gostar