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A PATERNIDADE DE DEUS E SEUS REFLEXOS

"Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta.
Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.
"Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra?
Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês,
que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!
Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os
Profetas". Mateus 7:7-12

Meditando sobre esse texto vemos Jesus fazendo um comentário acerca do cuidado de Deus
em resposta às nossas necessidades e desejos, quando clamamos e também uma comparação entre
a relação de paternidade e filiação na vida humana e no relacionamento com o Pai celestial.
Finalizando com um resume que resume tudo que era considerado importante na Lei.
Para compreender esse texto e o tema vamos percorrer por alguns aspectos individualmente
para uma posterior reflexão.

1º PATERNIDADE DE DEUS

Uma das primeiras palavras que uma criança aprende é a palavra pai.
Somos acostumados a ela e carregamos dentro de nós um significado pra ela a partir das
nossas vivências de paternidade.
Alguns possuíram pais controladores, pais agressivos, pais passivos, pais indiferentes, pais
ausentes, pais que abandonaram, pais que desrespeitaram, ignoraram, ditadores, sem pralavra.

É comum transferirmos o entendimento de paternidade humana para a paternidade


celestial, quando o correto seria termos a relação Pai e filhos estabelecida pelos moldes eternos.

Precisamos entender que Deus é PAI, nele foi gerado tudo que conhecemos, aquilo que é
visível e invisível.

Contudo, tu és o nosso Abba, Pai. Ainda que Abraão não nos conhecesse e Israel não
tomasse conhecimento de nós; tu, Yahweh, és o nosso Abba, Pai, e desde a antiguidade és
reconhecido entre nós e teu nome é: “Nosso Redentor”. Isaías 63:16 King James

Ele é reconhecido e chamado de Pai desde o antigo testamento, mas Jesus quando esteve na
terra veio nos ensinar por seu modelo, seu exemplo, como deveria ser nosso relacionamento com o
Pai e o que isso traria como reflexo pra nós.

A partir do momento que cremos e recebemos Jesus, recebemos sua missão, sua obra, seu
legado como nosso irmão mais velho temos o poder de sermos feitos filhos de Deus.

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
aos que crêem no seu nome; João 1:12
Recebemos o Espírito de adoção :

Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas
receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai".
Romanos 8:15

Portanto, tendo conhecimento da paternidade celestial, que Deus é nosso PAI, porque, assim,
Ele escolheu. Agora precisamos refletir esse conhecimento através do relacionamento com Ele e
atitudes de filhos.

Ele chama nossa atenção para o fato de que mesmo sendo maus sabemos dar boas coisas aos
filhos, quanto mais o Pai Celestial daria boas coisas aos que pedirem. Mateus 7:11

No versículo equivalente de em Lucas 11:13 o texto diz: Se vocês, apesar de serem


maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no
céu dará o Espírito Santo a quem o pedir! " Lucas 11:13

O fato é o PAI, nosso ABBA, escolheu a nós para sermos seus filhos e como filhos Ele quer
confiança, mas essa virá apenas através do relacionamento com Ele.

No v. 7 de Mateus 7, Jesus expressa o significado dessa confiança no ato de pedir.

Um filho que possui um pai como aqueles citados acima pensariam algumas vezes em pedir
algo a seus pais, mesmo assim, se um filho pede ao pai o que é importante pra ele o pai o atenderá,
sendo possível, apenas por ser Pai.

Aqui Jesus ressalta 3 atitudes diferentes que um filho deve ter em oração, com confiança no
PAI que possui.

ENTRAMOS AGORA NO:

2º A CONFIANÇA DO FILHO EM SEU PAI

Um filho que sabe quem é seu Pai, que se comunica com ele tem liberdade e confiança para
falar sobre o que deseja seu coração. Os três comandos dados por Jesus vêm com garantia de
resposta:

PEDI: é um comando que remete a necessidade. Supõe-se que alguém que pede algo precisa,
que é importante, seja de que natureza for: espiritual, físico, financeiro, emocional...
O pedir nos remete à dependência de nosso Pai.

BUSCAI: A busca gera a compreensão de que algo nos falta, ou que foi perdido.

BATEI: O bater na porta nos fala sobre querer abrigo, ser aceito, protegido.
Jesus quis nos mostrar que podemos nos relacionar com nosso PAI e nos dar uma certeza de
que Ele nos ouve, se importa e se envolve conosco.
Ele diz no v.8: Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao
que bate, abrir-se-lhe-á. Mateus 7:8

Mas Ele também nos encoraja a persistir, pois o relacionamento com Deus precisa de
persistência, a vida de oração precisa de persistência, alguns clamores precisam de persistência .

E Ele também comenta no v. 9 e 10 :

E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?

O Nosso Pai não é um pai distorcido, Ele está atento, não é um sabotador, um turrão, pão
duro, impaciente, mal humorado.

A bíblia nos ensina que nosso Pai é amor, é compassivo, longânimo, misericordioso...
Mas é um Pai que corrige ao filho que ama:

Hebreus 12:7 a 11

7Suportai as dificuldades, aceitando-as como disciplina; Deus vos trata como filhos.
Ora, qual o filho que não passa pela correção do seu pai? 8Mas, se estais sem orientação,
da qual todos se têm tornado participantes, então não sois filhos legítimos, mas
bastardos. 9Além do mais, tínhamos nossos pais humanos que nos educavam, e nós os
respeitávamos. Quanto mais devemos toda obediência ao Pai dos espíritos, para então
vivermos! 10Porquanto, nossos pais nos disciplinavam por um espaço curto de tempo, da
forma que melhor lhes parecia. Deus, entretanto, nos corrige para o nosso bem maior, a fim
de que possamos participar plenamente da sua santidade. 11Toda correção, de fato, no
momento em que ocorre não nos parece ser motivo de contentamento, mas de frustração;
mais tarde, no entanto, produz fruto de justiça e paz para todos aqueles que por ela foram
disciplinados.

Por fim, um filho que confia em seu Pai e o reconhece, sabe que qualquer resposta vinda da
parte Dele tem por finalidade nosso benefício .

3º A FILIAÇÃO GERA RESPONSABILIDADE:

Após nos mostrar a segurança da paternidade celestial, Jesus nos mostra o


resumo da Lei.

Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também
vós, porque esta é a lei e os profetas. Mateus 7:12

Devemos ser um reflexo do amor do Pai, exemplos, assim como Jesus.


O Pai espera uma atitude proativa frente a vida e o relacionamento com os outro, incluindo os irmão
da família de Deus.
O parâmetro principal que devemos usar é fazer aos outros conforme esperamos e queremos que nos
seja feito. Não apenas reagir aos outros conforme o que eles fazem, mas fazermos nós a diferença.

Concluindo:
Ser filho de Deus é uma escolha nossa, um reconhecimento e aceitação que nos cabe viver, uma vez
que o Pai já proporcionou o que era necessário para que isso acontecesse.
Quando vivemos em filiação, entendemos quem nosso Pai é e mantemos relacionamento e
dependência Dele através da oração. Temos confiança Nele e por isso o obedecemos e somos agradecidos à
Ele e nos assemelhamos a Ele.
Refletimos sua essência, seu cuidado e amor.

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