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Tema – O RESUMO E A SÍNTESE

ELABORAÇÃO DE UM RESUMO

Trabalhar é Criar Vida!

O ser humano trabalha quando cria a vida ou melhora as condições de vida. O


trabalho transforma a natureza para obter sustento e bem-estar, criando entre as
pessoas as relações sociais que marcam o quotidiano. No entanto, às vezes o
trabalho é algo penoso, forçado, um esforço obrigatório, pouco reconfortante. Isso
pode ser percebido na origem da palavra trabalho, que vem do latim tripallium, o
nome de um instrumento com o qual se castigavam os escravos no tempo do
Império Romano (...). Trabalhador também se chama operário, que vem de opera
em latim, isto é, obra.
Nada mais emocionante do que parar para ver um trabalhador em actividade: o
calceteiro que examina a pedra para descobrir seu "rosto", antes de assentá-la; o
carregador que retesa os músculos e faz uma verdadeira ginástica para colocar o
fardo na cabeça; o pedreiro que nivela o reboco com capricho; o ferreiro que sabe
dosar a martelada para dar à peça a forma desejada; a cozinheira que coloca o
tempero na medida certa e mexe e remexe a comida na panela; a agilidade da
rendeira; a habilidade da bordadeira; a delicadeza da ceramista... São gestos belos,
dignos e criativos.
É a dignidade do trabalho que transforma e dá mais-valia às coisas da natureza,
enobrecendo e dignificando a própria pessoa que trabalha. Isso se refere a todo tipo
de trabalho, tanto manual como artístico, científico, técnico e mais.

Maria Teresa Tedesco Consultora de Língua Portuguesa

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RESUMO/CORRECÇÃO DO EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Trabalhar é Criar Vida!

O Homem trabalha quando cria a vida, isto é com o trabalho ele obtém sustento,
bem-estar e relações sociais. Apesar disso, o trabalho é algo penoso, forçado, um
esforço obrigatório, pouco reconfortante. Isso compara-se a origem do termo,
tripallium, em latim, que era instrumento para castigar os escravos no Império
Romano. Trabalhador também era operário, que em latim era opera, agora obra.
Mesmo com todo esse esforço, é bonito ver um trabalhador exercendo qualquer tipo
de actividade. Não importa o tipo de trabalho, pois qualquer um deles dignifica, dá
mais-valia a natureza e enobrecendo a quem trabalha.

Maria Teresa Tedesco Consultora de Língua Portuguesa

Caros estudantes, se forem a observar ao fazermos o resumo, seguimos passo a


passo os parágrafos do texto original. Apesar disso, tentamos no máximo reduzir o
número de palavras e tivemos o cuidado de não emitir uma opinião pessoal.
Portanto, no resumo o autor não faz nenhum juízo de valor. Por mais que se tenha
mais que um texto original, ao se fazer um resumo, deve-se resumir um texto de
cada vez. Sempre com o cuidado de não ultrapassar 1/3 do texto original.

Na síntese o autor dela tem a liberdade de alterar a ordem dos parágrafos do texto
original desde momento que não altere o sentido da informação. Portanto, na
síntese, o autor pode fazer o seu juízo de valor. E a síntese pode ser feita a partir de
dois ou mais textos originais, que abordam o mesmo assunto. Quer dizer, a pessoa
quem faz a síntese, passa a ser o autor do novo texto. De igual modo, deve-se fazer
atenção de não ultrapassar 1/3 do texto original. Podemos dizer também, que uma
síntese compara-se a um trabalho de pesquisa científica; em que consultamos dois
ou mais autores de modo a ter várias ideias, que nos inspirem em desenvolver a
pesquisa.

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EXERCÍCIO - Com base nessa explicação, agora é a vossa vez de fazerem a
síntese do texto abaixo transcrito.

TEXTO

HIV – SIDA, DOENCA JOVEM

A África subsariana alberga quase dois terços dos jovens que vivem com o
HIV- cerca de 6,2 milhões, 75 por cento dos quais do sexo feminino. Os
africanos estão a iniciar a sua vida sexual muito mais cedo; muitos antes de
terem feito 15 anos. Entre os factores que favorecem este despertar precoce
para a sexualidade contam-se a imparável deslocação para as cidades, a
exposição a valores e comportamentos contraditórios, o colapso das formas
tradicionais de lidar com a sexualidade e a procriação - e, sem dúvida, a
pobreza.
Quando o SIDA começou a alastrar na região, havia mais homens infectados
do que mulheres, mas hoje a média é de treze mulheres para dez homens. É
na faixa etária dos 15-24 anos que a desproporção mais se faz sentir; de tal
maneira que já se olha para o SIDA como uma “doença feminina”. Portanto,
isso deve-se ao facto das raparigas estarem a iniciar a sua vida sexual mais
cedo do que os rapazes e, tendencialmente, com parceiros muito mais velhos.

José Vieira
Além-Mar

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Referências Bibliográficas

1. Câmara Jr, J. M. (2009). Manual de expressão oral e escrita (26ª ed.).


Petrópolis: Editora Vozes.
2. Martins, D. S. Zilberknop, L.S (1999). Português Instrumental. 20ͣ ͣ ed. Porto
Alegre: Clube dos editores;

3. Rei, J. E. (2000). Curso de redacção II: O texto. Porto: Porto Editora.

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