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Capitulo I: Introdução

Definir bioquímica segundo alguns autores

A bioquímica ee uma área cujo o objecto de estudo esta voltado as macromoleculas


biológicas. E o seu estudo permite conhecer de forma detalhada as moléculas que
constiuem os seres vivos, por exemplo, as plantas. O presente trabalho da cadeira de
Bioquímica Geral, subordinado ao tema: Ácidos nucleicos, Enzimas e Vitaminas
constitui uma oportunidade, pois através dele, vai se conhecer algumas moléculas
indispensáveis a vida assim como a bioquímica geral como cadeira.

1.1. Objectivo geral

 Fazer a descrição dos ácidos nucleicos, enzimas e vitaminas.

1.1.1. Objectivos especificos

 Descrever os ácidos nucleicos, enzimas e vitaminas;


 Classificar os ácidos nucleicos, enzimas e vitaminas;
 Explicar a importância dos ácidos nucleicos, enzimas e vitaminas.

O trabalho está organizado da seguinte maneira: Ácidos nucleicos, classificação dos


ácidos nucleicos, função dos ácidos nucleicos; Enzimas, importância das enzimas,
classificação das enzimas, nomenclatura das enzimas, constituição das enzimas, forma
de actuação das enzimas, inibição das enzimas, actividade enzimática, as enzimas
actuam fora do organismo, como as enzimas operam, como as enzimas agem no
estômago, como as enzimas influenciam no duodeno e no intestino delgado; Vitaminas,
importância das vitaminas, classificação das vitaminas, as principais vitaminas e suas
funções, grupo das principais vitamina hidrossolúveis (complexo B) e nomenclatura.

Na elaboração do trabalho usou-se o método de consulta bibliográfica e na a sua


respectiva compilação e análise.
Capitulo II: Acidos nucleicos, Enzimas e Vitaminas

2.1. Ácidos nucleicos

Segundo NELSON & SANTOS (s/d), Os ácidos nucleicos são moléculas gigantes
(macromoléculas), formadas por unidades monoméricas menores conhecidas como
nucleótidos.

2.1.1. Classificação dos ácidos nucleicos

Existem dois tipos de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico DNA e ácido


ribonucleico RNA.

Utilizando técnicas apropriadas, foi possível isolar os ácidos nucleicos e identificar os


seus constituintes.

Nos ácidos nucleicos podem identificar-se três constituintes fundamentais:

1. Ácido fosfórico, confere aos ácidos nucleicos as suas características ácidas. Faz
as ligações entre nucleotídeos de uma mesma cadeia. Está presente no DNA e no
RNA.
2. Pentoses, como o próprio nome descreve, é um açúcar formado por cinco
carbonos. Ocorrem dois tipos: a desoxirribose e a ribose.
3. Base nitrogenada, há cinco bases azotadas diferentes, divididas em dois grupos:

• Bases de anel duplo (purinas) - adenina (A) e guanina (G);

• Bases de anel simples (pirimidinas) - timina (T), citosina (C) e uracilo (U).

2.1.2. Função dos ácidos nucleicos

Os ácidos nucleicos são moléculas complexas responsáveis por armazenar e transmitir


as informações genéticas, bem como garantir sua tradução. O armazenamento e a
transmissão dessas informações são garantidos por meio do DNA. A tradução, por sua
vez, é um papel do RNA e nada mais é do que a síntese de proteínas, a qual é orientada
pelas informações genéticas fornecidas pelo DNA. Algumas moléculas de RNA
também apresentam capacidade enzimática, sendo conhecidas como ribozimas.
2.2.1. DNA

O DNA é a molécula que armazena informações genéticas. É formado por três tipos de
nucleotídeos e quatro tipos de bases nitrogenadas (adenina, timina, guanina e citosina)
que irão formar moléculas de DNA distintas conforme a sequência e a quantidade
desses nucleotídeos. No DNA contém informações genicas que coordenam o
desenvolvimento e funcionamento dos seres vivos e alguns vírus, as características
hereditárias são passadas por meio dessa molécula, que tem o principal papel de
armazenar as informações

Para o DNA possuir o formato de dupla hélice, os nucleotídeos formam pares de bases
nitrogenadas e se unem através de pontes de hidrogénio, atracções frágeis que se
formam apenas quando um hidrogénio está ligado a um átomo electronegativo e se
aproxima de outro átomo negativo, porém existem regras para essa formação em pares,
a adenina só poderá se parear com a timina e vice-versa, já a guanina se pairará com a
citosina e vice-versa. Portanto a quantidade de adenina no DNA é a mesma da timina e
a quantidade de guanina será a mesma da citosina, As bases nitrogenadas possuem
classificação em bases purinas (adenina e guanina) e bases pirimidinas (timina e
citosina)

A duplicação do DNA é necessária devido à divisão celular, sendo denominada


duplicação semi-conservativa, pois ao ocorrer a separação das fitas de DNA pela
enzima helicase, cada uma das fitas irá servir de molde para a construção de uma nova
fita de DNA, o que faz a nova fita conservar uma parte do DNA antigo, portanto as duas
novas moléculas de DNA terá em sua conformação uma parte do DNA antigo.

2.2.2. Desnaturação do DNA

Em extremos de pH ou quando aquecidos, o DNA nativo sofre desenrolamento


reversível e separação (fusão) das fitas. Isso ocorre devido ao fato de os pares de bases
G≡C serem mais estáveis que os pares A=T, pois possuem ponto de fusão maior. Fitas
simples de DNAs desnaturados de duas espécies podem formar um duplex híbrido e o
grau de hibridização depende da extensão da homologia de sequência. A hibridização é
fundamental para importantes técnicas usadas para estudar e isolar genes específicos e
RNAs.
2.2.3. RNA

O RNA está envolvido no processo de fabricação de proteína. É formado por


nucleotídeos compostos de um fosfato, uma ribose e uma base nitrogenada, que podem
ser uracila, adenina, guanina ou citosina. Possui formato de uma fita hélice e se
diferencia em RNA mensageiro, RNA transportador e RNA ribossomal em procariotos,
porém em eucariotos há a presença de todos os contidos nos procariotos, com adição de
dois RNAs, o snRNA e o micro RNA.

3. Capitulo 2:

3.1. Enzimas

Segundo o Dr. Edward Howell, o primeiro pesquisador das enzimas, “as enzimas são
substâncias proteicas produzidas pelo nosso organismo. São necessários para todas as
reacções químicas que ocorrem no corpo.

Sem enzimas nenhuma actividade alguma vez aconteceria. Nem as vitaminas nem os
minerais nem os hormônios conseguem fazer o seu trabalho – sem enzimas.”

Segundo ainda o Dr. Edward Howell, a falta de enzimas na comida cozida é ainda uma
das razões maiores do envelhecimento e morte precoce. É ainda a causa subjacente da
maior parte das doenças. Se o nosso corpo está ocupado com a digestão de alimentos
cozidos e a produção de enzimas para a saliva, suco gástrico, suco pancreático e sucos
intestinais, então terá de diminuir a produção de enzimas para outros propósitos.
Quando isto acontece, então como pode o corpo produzir enzimas para o trabalho do
cérebro, coração, rins, músculos e os outros órgãos e tecidos. Segundo estudos
científicos recolhidos ao longo de mais de 40 anos pelo Dr. Howell, “o homem é o que
menos enzimas da digestão dos amidos têm no seu sangue, entre todas as criaturas.
3.2. Importância das Enzimas

A importância das enzimas é ilustrada pela ocorrência do albinismo, doença congénita


que se manifesta pela despigmentação da pele, dos cabelos e da íris. O albinismo deve-
se à falta da tirocinasse, uma das muitas enzimas que regulam o metabolismo e as
funções dos organismos vivos.

Enzima é a designação geral de várias proteínas complexas, especializadas na catálise


de reacções biológicas – facilitam e aceleram a maior parte das reacções bioquímicas
que ocorrem no interior das células dos animais, vegetais e microrganismos. Como a
catálise ocorre sem intervenção de reagentes, as enzimas não se consomem ao longo do
processo.

Existem diversos tipos de enzimas, com acção e finalidade não muito variadas. Assim,
contribuem para que as moléculas dos princípios nutritivos (proteínas, gorduras e
hidratos de carbono) se desdobrem em outras menores, durante a digestão dos
alimentos. Também facilitam a passagem dessas moléculas para o sangue através da
parede intestinal, catalisam a formação de moléculas grandes e complexas destinadas a
produzir os constituintes celulares, favorecem o armazenamento e consumo de energia.
Em termos estritamente fisiológicos, as enzimas também activam as funções da
reprodução, os processos da respiração e da visão e todos os demais mecanismos
biológicos.

3.3. Classificação das Enzimas

As enzimas podem ser classificadas de acordo com vários critérios e dividem-se em


seis classes:

1. Óxido-redutases: São enzimas que catalisam reacções de transferência de electrões,


ou seja: reacções de oxidação-redução. São as Desidrogenases e as Oxidases.

2. Hidrolases: Catalisam reacções de hidrólise de ligação covalente. Ex: As peptidases.

3. Liases: Catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água,


amónia e gás carbónico. As dehidratases e as descarboxilases são bons exemplos.
4. Isomerases: Catalisam reacções de interconversão entre isómeros ópticos ou
geométricos. As epimerases são exemplos.

5. Ligases: Catalisam reacções de formação e novas moléculas a partir da ligação entre


duas já existentes, sempre às custas de energia (ATP). São as Sintetases.

6. Transferases: Enzimas que catalisam reacções de transferência de grupos funcionais


como grupos amina, fosfato, acil, carboxil, etc. Como exemplo temos as Quinases e as
Transaminases.

3.4. Nomenclatura das Enzimas

O nome aplicado às enzimas deriva do nome do substrato sobre o qual elas actuam, a
que se acrescenta a terminação “ase”. Assim, as carboidrases actuam sobre os hidratos
de carbono ou carboidratos, as fosfatases sobre os fosfatos etc. Há ainda nomes
instituídos pela tradição, como a pepsina, a tripsina ou a pancreatina.

3.5. Constituição das enzimas

Do ponto de vista químico, as enzimas caracterizam-se por apresentarem em sua


estrutura uma proteína – substância orgânica complexa que contém nitrogénio em sua
molécula e que, por decomposição hidrolítica ou adição de água, produz aminoácidos.
A maioria das enzimas constitui-se de uma proteína e de um componente chamado co-
fator, que pode estar ausente.

A proteína completa (enzima + co-fator) é a holoenzima. Suprimido o co-fator, a


proteína perde sua actividade e recebe o nome de apoenzima. O co-fator pode ser um
metal (por exemplo, ferro, cobre ou magnésio), uma molécula orgânica de tamanho
médio chamada grupo protético, ou um tipo especial de molécula que actua como
substrato e se conhece como co-enzima. Esse co-fator facilita a função catalítica da
enzima, como é o caso dos metais ou grupos prostéticos, ou participa da própria reacção
catalisada, acção típica das co-enzimas.
3.6. Forma de actuação das enzimas

As moléculas existentes nas células constituem compostos com alto grau de


estabilidade, determinado pela magnitude da energia armazenada nas ligações entre os
átomos que as compõem. Para activar uma reacção, seria preciso energia suficiente para
romper tais ligações.

A presença de enzimas no organismo dispensa a necessidade desse acréscimo de


energia, pois se unem às moléculas para formar compostos complexos intermediários,
que se decompõem e constituem os produtos finais.

As enzimas liberam-se da reacção sem sofrerem mudanças e ficam preparadas para


continuar sua acção de catalisadores na formação de novos produtos. A característica
principal da acção enzimática sobre o organismo é sua especialidade. Cada tipo de
enzima actua sobre um composto ou substrato associado, cuja estrutura deve encaixar-se
à da enzima de modo que os centros activos coincidam perfeitamente.Os grupos
catalíticos dos centros activos de uma enzima actuam com um rendimento mais de um
milhão de vezes maior que o de outras substâncias análogas numa reacção

3.7. Inibição das enzimas

Existem compostos de estrutura semelhante ao substrato de uma enzima que, ao se


unirem ao centro activo desta, impedem que ela desenvolva sua acção catalítica de
maneira irreversível ou reversível (inibição competitiva). Outros inibidores actuam
sobre uma parte da estrutura da enzima diferente do centro activo, de modo que, se esse
centro for afectado, ocorre um bloqueio definitivo da acção da enzima; em caso
contrário, a inibição é reversível (não-competitiva).

Em virtude de sua natureza proteica, as enzimas desnaturam-se e inactivam-se acima de


60o C ou em presença de meios muito ácidos ou muito alcalinos.
3.8. Actividade Enzimática

A actividade enzimática é influenciada principalmente pela temperatura, pH e tempo.

• Temperatura

Seguindo o comportamento das reacções químicas, a velocidade da actividade


enzimática aumenta quando se aumenta a temperatura. Entretanto, a velocidade da
reacção aumenta até um máximo, após determinada temperatura a velocidade declina
rapidamente, mesmo aumentando a temperatura.

Isso ocorre por que a estrutura tridimensional das enzimas se rompe, impossibilitando-a
de formar o complexo enzima-substrato. Pode-se dizer que a velocidade de reacção
aumenta ou diminui por um factor de 2 a cada variação de 10 graus centígrados na faixa
de 10° a 70°.

No caso do pão, esse factor é importante pois, assim que o pão entra no forno, a
temperatura no seu interior é menor que na parte de fora.

Assim as enzimas agem no açúcar com grande rapidez na primeira metade do tempo de
assadura. Após isso são destruídas.

• pH

Assim como no caso da temperatura, existe um valor para actividade óptima o qual,
após ele ocorre um rápido decréscimo.

• Tempo

A actividade enzimática é influenciada directamente pela acção do tempo. Quanto mais


tempo a enzima estiver em contacto com o substrato, mais produtos serão produzidos,
enquanto houver substrato.
3.8.1. O resultado da acção das enzimas

• Prevenção contra pele áspera: promove a renovação das células da pele.


• Prevenção do envelhecimento: impede a formação de radicais livres, que causam o
envelhecimento.
• Prevenção dos sintomas de senilidade: renova as células responsáveis pelas funções
cerebrais.
• Alívio de sintomas do cansaço: previne o acúmulo das substâncias que o causam.
• Aumento da imunidade: activa as células relacionadas à imunidade.
• Prevenção da obesidade: digere e absorve as substâncias responsáveis pela obesidade.

3.8.2. Os sintomas da falta de enzimas são:

• Sono após as refeições, desânimo.


• Excesso de gases no trato digestivo.
• Dor de estômago, azia, enjoo.
• Diarreia, constipação, fezes mal cheirosas.
• Alergia a certos alimentos, atopia.
• Tontura.
• Pele áspera.
• Cólica menstrual, menstruação irregular.
• Enrijecimento dos músculos ao redor dos ombros.
• Enxaqueca, insónia.

3.8.3. Doenças causadas pela falta de enzimas:

• Gastrite e colite.
• Inflamação do pâncreas (aguda ou crónica).
• Diminuição do ácido estomacal.
• Hemorróidas.
• Inflamação da traqueia.
• Reumatismo.
• Asma.
• Catarata.
• Cistite.
• Arritmia.
• Alergia a pólen.
• Câncer.

3.8.4. Motivos da diminuição das enzimas:

• Aumento da idade.
• Hábitos alimentares inadequados.
• Poluição.

3.9. As enzimas actuam fora do organismo.

Enzimas actuam na obtenção do álcool a partir dos açúcares (e dos açúcares a partir dos
amidos), reduzem o nitrogénio e o fósforo dos dejectos orgânicos, actuam nos bolos
(evitam que solem), aceleram a produção de cerveja, actuam na produção dos queijos e
removem a lactose, funcionam em detergentes, actuam em amaciantes de roupa, actuam
na produção de couros, actuam na produção de papel, actuam na produção de dextrose,
frutose (usados em confeitos e refrigerantes), amaciam o algodão e clareiam o vinho e
sucos.

3.10. Como as enzimas operam

Elas controlam várias funções vitais incluindo os processos metabólicos que convertem
nutrientes em energia e em novos materiais para as células, além de acelerar a reacção
dos processos bioquímicos, tornando-os mais eficientes. As enzimas se conectam às
substâncias reagentes e enfraquecem certas ligações químicas, de modo que menos
energia (de activação) é necessária para que as reacções ocorram. Se as enzimas
estivessem ausentes, as reacções químicas seriam lentas demais para dar suporte à vida.
As enzimas são bastante específicas, decompondo ou compondo apenas certas
substâncias em certas condições de temperatura, pH e concentração do substrato
(substância na qual a enzima actua). Algumas transformações envolvem várias enzimas
como a da glicose em água e gás carbónico que leva 25 passos, cada passo com a
participação de várias enzimas. Quando as enzimas são aquecidas, elas aceleram ainda
mais as reacções, mas apenas até certo ponto a partir do qual elas se modificam e
perdem suas propriedades catalisadoras. Quando a temperatura cai, as enzimas voltam
ao seu estado anterior.
3.11. Como as enzimas agem no estômago.

O estômago recebe o bolo alimentar e o piloro é fechado para que o bolo alimentar não
passe imediatamente para o duodeno. O estômago, por meio das glândulas gástricas,
libera o suco gástrico que é constituído por água, ácido clorídrico (a 0,5% de
concentração), mucos, pelas enzimas pepsina (várias proteases) e, nos bebés, a renina. O
estômago então se contrai ritmicamente (movimentos peristálticos), o que permite a
mistura do bolo alimentar com o suco gástrico. A água permite que os alimentos se
dissolvam ou fiquem em suspensão. O ácido clorídrico reage com o pepsinogénio parar
gerar a pepsina, dá o grau de acidez ideal para a pepsina actuar e destrói muitas das
bactérias ingeridas nos alimentos. O muco lubrifica o alimento e protege as paredes do
estômago dos efeitos do ácido e das proteases. A pepsina permite a conversão das
proteínas em polipeptídeos e aminoácidos e a renina coagula a proteína do leite. Quando
a digestão estomacal é concluída, o piloro vai abrindo e liberando a pasta ácida semi-
líquida (quimo) do estômago para o duodeno em pequenas quantidades. Os líquidos
demoram pouco a passar para o duodeno mas o estômago vai liberando seu conteúdo
meia-hora após o início da refeição e só é esvaziado de 2 a 3 horas depois, dependendo
do tipo do alimento.

3.12. Como as enzimas influenciam no duodeno e no intestino delgado

O quimo recebido do estômago é misturado ao suco pancreático e intestinal (com


enzimas proteolíticas) e à bílis, que são lançados no duodeno através de canais.

O suco pancreático possui diversas enzimas, entre as quais a tripsina (transforma


proteínas em amino-ácidos), a amilase (transforma amido e dextrina em maltose), a
maltase (transforma maltose em glicose) e a lipase pancreática (transforma gordura em
ácidos graxos e glicerina). Algumas glândulas que revestem o intestino segregam as
enzimas sacarase (transforma sucrose em glicose e frutose), maltase, lactase (transforma
lactose em glicose e galactose), lipase, amilase e erepsina que em parte formam o suco
intestinal. A ausência ou baixa actividade da lactase pode causar vários graus de
intolerância ao leite. O fígado emite a bílis, que apesar de não provocar transformações
alimentares, facilita a digestão diluindo o conteúdo intestinal, funcionando como
antisséptico, reduzindo a tensão superficial das gotas ou glóbulos de gordura (o que
facilita a digestão pela lipase do pâncreas e do intestino) e impedindo-as de se aglutinar
graças aos sais biliares. A bílis é uma substância alcalina de cor verde e amarga e
neutraliza a acidez do quimo vindo do estômago. Depois de concluída a digestão
intestinal, a massa alimentar fica reduzida a uma pasta semi-líquida de aspecto leitoso
(quilo) formada principalmente por água, sais minerais, glicose, glicerina, ácidos graxos
e aminoácidos, todos prontos para serem absorvidos.

4. Capitulo 3:

4.1. Vitaminas

Segundo o bioquímico (POLACO C. FUNK). As vitaminas são as substâncias orgânicas


que estão presentes nos alimentos e que são necessárias para o equilíbrio das funções
vitais.

As vitaminas devem ser ingeridas em doses certas e de forma equilibrada para


o bom funcionamento fisiológico. O organismo humano não pode sintetizar uma grande
parte das vitaminas essenciais, daí ser imprescindível obtê-las a partir da alimentação.

4.2. Importância das Vitaminas

As vitaminas são essenciais para garantir o funcionamento adequado do nosso


organismo. Elas actuam, principalmente, como catalisadores de reacção dentro dele.
Vale lembrar que os catalisadores nada mais são que substâncias que garantem que uma
reacção química aconteça de forma mais rápida e utilizando menos energia.

As vitaminas são importantes na transformação de energia, algumas são antioxidantes


e são essenciais para o funcionamento dos vários sistemas do corpo, inclusive o nosso
sistema imunológico.

4.3. Classificação das Vitaminas

As vitaminas são tradicionalmente classificadas em dois grandes grupos: o das


vitaminas hidrossolúveis e o das vitaminas lipossolúveis. Essa classificação leva em
consideração a sua solubilidade, não estando relacionada, por exemplo, com a função
que elas desempenham no nosso organismo.
• Lipossolúveis

São aquelas solúveis em gordura e caracterizam-se por se acumularem no fígado e na


gordura do corpo (tecido adiposo). Como exemplo de vitaminas lipossolúveis temos as
vitaminas A, D, E e K.

• Hidrossolúveis

São aquelas solúveis em água. Como exemplo de vitaminas hidrossolúveis temos a


vitamina C e as vitaminas do complexo B.

4.4. As principais vitaminas e suas funções

• Vitamina A: possui um papel muito importante na visão, no crescimento,


desenvolvimento e manutenção da pele e na imunidade. Onde encontrar: alimentos de
origem animal (fígado, ovo, leite, atum, queijo), vegetais folhosos verde-escuros, frutas
amarelo-alaranjadas e vermelhas.

• Vitamina D: é fundamental no metabolismo dos ossos, ajudando na prevenção de


doenças como raquitismo, osteomalácia e osteoporose. Onde encontrar: óleo de fígado
de peixe, manteiga, nata, gema de ovo, salmão e luz do sol.

• Vitamina E: é uma vitamina com importante função antioxidante, com excelente


característica de defesa contra efeitos nocivos dos radicais livres. Está relacionada à
prevenção de condições associadas ao estresse oxidativo, como envelhecimento, câncer
e doença cardiovascular. Onde encontrar: grãos integrais, amêndoas, óleo de milho, óleo
de soja, nozes, gérmen de trigo.

• Vitamina C: directamente ligada à formação de colágeno, manutenção e integridade


das paredes capilares e à formação dos glóbulos vermelhos do sangue, além de actuar
no metabolismo de alguns aminoácidos e vitaminas do complexo B e auxiliar na
facilitação da absorção do ferro, na formação dos dentes e ossos e favorecimento da
cicatrização de queimaduras. Age na primeira linha de defesa contra radicais livres,
promovendo resistência a infecções através da actividade imunológica de algumas
células de defesa e do processo de reacção inflamatória. Onde encontrar: acerola, melão,
brócolis, manga, kiwi, abacaxi, morango, limão, laranja e maracujá.
• Vitamina K: importante para uma boa coagulação sanguínea, estando presente na
gordura dos alimentos especialmente de origem vegetal - é uma vitamina lipossolúvel.
Onde encontrar: alimentos verdes, como vegetais de folhas e legumes como couve,
couve-de-bruxelas, brócolis, salsa. Quando há alterações nos níveis de vitamina K no
sangue, o principal sintoma é alteração na coagulação sanguínea do indivíduo

4.4.1. Grupo das principais vitamina hidrossolúveis (complexo B)

• Vitamina B1 (tiamina): mantém o sistema nervoso e circulatório em bom


funcionamento. Previne o envelhecimento, melhora a função cerebral, combate a
depressão e a fadiga. Onde encontrar: vegetais de folhas (alface romana, espinafre),
beringela, cogumelos, grãos de cereais integrais, feijão, nozes, atum, carne bovina e de
aves. Pessoas com deficiência de vitamina B1 apresentam inapetência, baixa aceitação
da dieta e consequente perda de peso, confusão mental e fraqueza muscular. Em casos
mais graves pode haver comprometimento do coração.

• Vitamina B2 (riboflavina): previne a catarata, ajuda na reparação e manutenção da


pele e na produção do hormónio adrenalina. Onde encontrar: vegetais, grãos integrais,
leite e carnes.

• Vitamina B3 (nicotinamida): reduz triglicérides e colesterol. Auxilia no


funcionamento adequado do sistema nervoso e imunológico. Onde encontrar: levedura,
carnes magras de bovinos e de aves, fígado, leite, gema de ovos, cereais integrais,
vegetais de folhas (brócolis, espinafre), aspargos, cenoura, batata-doce, frutas secas,
tomate, abacate.

• Vitamina B5 (ácido pantotênico): auxilia na formação de células vermelhas do


sangue e na desintoxicação química. Previne a degeneração de cartilagens e ajuda na
construção de anticorpos. Onde encontrar: carnes, ovos, leite, grãos integrais,
amendoim, levedura, vegetais, algumas frutas (como abacate), ovário de peixes de água
fria, geleia real.

• Vitamina B6 (piridoxina): reduz o risco de doenças cardíacas, ajuda na manutenção


do sistema nervoso central e no sistema imunológico. Além disso, alivia enxaquecas e
náuseas. Onde encontrar: cereais integrais, semente de girassol, soja, amendoim, feijão,
aves, peixes, banana, tomate, abacate e espinafre.
• Vitamina B7 (biotina): promove o crescimento celular, auxilia na produção de ácidos
graxos e redução de açúcar no sangue. A vitamina B7 previne a calvície e também alivia
dores musculares. Onde encontrar: carne de aves, fígado, rins, gema de ovo, couve-flor,
ervilha.

• Vitamina B9 (ácido fólico): Promove a saúde dos cabelos e da pele, além de ser
essencial na síntese de DNA. A vitamina B9 fornece nutrientes para garantir a
manutenção dos sistemas imunológico, circulatório e nervoso. A B9 também ajuda no
combate do câncer de mama e de cólon. Fontes: folhas verdes, fígado, carnes, peixes,
cereais integrais e leguminosas.

• Vitamina B12 (cobalamina): Age sobre os glóbulos vermelhos, células nervosas, no


equilíbrio hormonal e na beleza da pele. Onde encontrar: fígado, rins, carnes, peixes,
ovos, leite, queijo. Quando o consumo de alimentos ricos em vitamina B12 é pequeno,
deve-se tomar um suplemento alimentar dessa vitamina para evitar a anemia e outras
complicações. A falta de vitamina B12 pode provocar alterações neurológicas e anemia
megaloblástica.

4.5. Nomenclatura

A razão pela qual as vitaminas saltam directamente da E para a K é porque as vitaminas


F a J foram reclassificadas ao longo do tempo, descartadas em função de falsos indícios
ou renomeadas devido à sua relação com a vitamina B, que entretanto de tornou
um complexo de vitaminas. Também existem uma série de vitaminas B em falta que
foram reclassificadas ou que se determinou não serem vitaminas. Por exemplo, a
vitamina B9 é o ácido fólico, dos quais cinco folatos estavam classificados de B11 a
B16. Estas formas ou não eram nutrientes essenciais, ou não tinham actividade
biológica, ou eram tóxicas ou não tinham efeitos assinaláveis em seres humanos. Alguns
números elevados, como as alegadas vitaminas B21 e B22 não são reconhecidas como
vitaminas pela ciência, e só são denominadas assim por alguns praticantes de medicina
natural. Existem também outras vitaminas D que são reconhecidas como outras
substâncias, mas que algumas fontes do mesmo tipo numeram até D7.
5. Conclusão

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