COSMETOLOGIA II

Profª Alarisse Fachetti Zoghaib

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1. HISTÓRICO DA COSMETOLOGIA

O uso de cosméticos remonta aproximadamente 30.000 anos. Os homens da pré-história faziam

gravações em rochas e cavernas, e também pintavam o corpo e se tatuavam.

Rituais tribais praticados pelos aborígines dependiam muito da decoração do corpo para
proporcionar efeitos especiais, como a pintura de guerra. A queima de incenso deu origem à palavra
perfume, que no latim quer dizer “através da fumaça”.

Aparentemente os egípcios foram os primeiros usuários de cosméticos e produtos de toucador em

larga escala. Alguns minérios foram utilizados como sombra de olhos e rouge, assim como extratos
vegetais, como a henna. A famosa Cleópatra se banhava com leite de cabra para ter uma pele
suave e macia, e incorporou o símbolo da beleza eterna. Também nesta época, os faraós eram
sepultados em sarcófagos que continham tudo o que era necessário para se manter belo. No
sarcófago de Tutankamon (1400aC) foram encontrados cremes, incenso e potes de azeite usados
na decoração e no tratamento.

Nos manuscritos de Hipócrates, considerado o pai da medicina, já se encontravam orientações

sobre higiene, banhos de água e sol, a importância do ar puro e da atividade física. Nesta época
século II aC, venerava-se uma deusa da beleza feminina, chamada Vênus de Milo.

Na era Romana, por volta do ano 180dC, um médico grego chamado Claudius Galen realizou sua
própria pesquisa científica na manipulação de produtos cosméticos, iniciando assim a era galênica
dos produtos químico-farmacêuticos. Galen desenvolveu um produto chamado Ungentum
Refrigerans, o famoso Cold cream, baseado em cera de abelha. Também nesta época surgiu a
alquimia, uma ciência oculta que se utilizam de formulações cosméticas para atos de magia e
ocultismo.

Durante a Idade Moderna, séculos XVII e XVIII, notam-se a crescente evolução dos cosméticos e
também da utilização de perucas cacheadas. Neste período ainda persistiam os costumes de não
tomar banho regularmente, o que proporcionou o crescimento da população de perfumes, tornando-

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se de grande importância para a economia francesa desde o reinado de Luiz XIV. Contudo, o grande
salto dos perfumes se deu quando Giovanni Maria Farina, estabeleceu-se em Colônia, na Alemanha.
Lá, ele desenvolveu a famosa “água de colônia”.

No início do século XX, os cosméticos saíram das cozinhas e passaram a ser produzidos
industrialmente. David McConnell vendia livros (incluindo Bíblias) de porta em porta e adotou a
estratégia de presentear com pequenas amostras de perfume cada venda. Ele “rapidamente”
percebeu que seus clientes estavam mais interessados nos perfumes do que nos livros, assim
surgiu a gigante empresa Avon.

No Brasil, na segunda metade do século, uma nova empresa surgia na Rua Oscar Freire em São
Paulo, onde dois jovens talentosos desenvolviam produtos de beleza e ensinavam a forma correta
de utilização. Nascia alia a Natura Cosméticos. Em Curitiba, um farmacêutico em sua botica
manipulava fórmulas galênicas e perfumes, e em pouco tempo despontou para a indústria
cosmética, transformando-se em O Boticário.

Nas últimas décadas a indústria cosmética brasileira tem evoluído por uma série de fatores:
 Avanços tecnológicos;
 A criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que materializou os anseios
da indústria na desburocratização dos regulamentos que regem a fabricação de cosméticos,
proporcionando, entre outros, o aumento na velocidade dos lançamentos de novos produtos,
essencial para qualquer tipo de indústria que segue os ditames da moda;
 As atividades das entidades privadas representativas do setor: ABC – Associação Brasileira
de Cosmetologia, representando os químicos cosméticos, e dos representantes das
empresas do setor, liderados pela Associação Brasileira de Produtos de Higiene, Perfumes
e Cosméticos e do Sindicato das Indústrias de Produtos de Toucador do Estado de São
Paulo, cujo trabalho associativo proporcionou resultados no aprimoramento das atividades
da indústria;
 O surgimento das sociedades médicas de dermatologia e de cirurgia plástica, das
sociedades profissionais de estética, entre outras, que instituíram o uso dos cosméticos
específicos com muitos dos seus procedimentos;

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 Evidentemente, não se pode deixar de mencionar o motivo principal da indústria – o

consumidor – que se tornou mais exigente com a qualidade e com os benefícios prometidos.

No final do século XX, a ciência dos cosméticos foi um ato inegável, pois trabalha não só no
embelezamento do corpo, melhorando a imagem pessoal, mas também contribuindo para a
prevenção não só do envelhecimento da pele como também de outros fatores nocivos à saúde.

Tanto se fala nesta evolução da Cosmetologia que em alguns mercados se preconizam o uso de
produtos denominados “cosmecêuticos”, que na excelência da palavra se referem a um produto
cosmético com propriedades terapêuticas.

2. MERCADO COSMÉTICO

Vários fatores têm contribuído para o excelente crescimento do mercado cosmético, dentre eles:
 Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho;
 A utilização de tecnologia de ponta e o conseqüente aumento da produtividade, favorecendo
os preços praticados pelo setor, que têm aumentos menores do que os índices de preços da
economia em geral;
 Lançamentos constantes de novos produtos atendendo cada vez mais as necessidades do
mercado.
 Aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de
juventude.

3. PERFIL EMPRESARIAL

Existem no Brasil 1415 empresas atuando no mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria
e Cosméticos, sendo que 15 empresas de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima
dos R$100 milhões, representam 73,4% do faturamento total. As empresas estão distribuídas por
região/estado da seguinte forma:

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INDUSTRIALIZAÇÃO DOS COSMÉTICOS

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VÁRIAS ETAPAS FAZEM PARTE DA INDUSTRIALIZAÇÃO DE COSMÉTICOS:

4. MERCADO BRASILEIRO

Em relação ao mercado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, conforme dados do

Euromonitor de 2005, o Brasil ocupa a quarta posição. É o segundo mercado em desodorantes e em
produtos infantis, terceiro em produtos para cabelo e perfumaria; o quarto em higiene oral; o quinto
em banho e produtos masculinos; sétimo em cosméticos cores; oitavo em proteção solar; o nono em
pele e o décimo em depilatórios.
5. CONCEITOS BÁSICOS E NOÇÕES GERAIS

Cosmetologia

“Ciência que trata da preparação, estocagem e aplicação de produtos cosméticos, como também
das regras que regem essas atividades – sejam elas de natureza física, química, biológica ou
microbiológica.”
(Dr. Stephan Jellinek)

Cosméticos

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Preparados constituídos por substâncias naturais ou sintéticas ou suas misturas, de uso externo nas
diversas partes do corpo, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e
membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-
los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom
estado. (Anexo I da Resolução 79 – DOU 31/08/00)

Cosmecêuticos

Produtos cosméticos com propriedades terapêuticas. Este termo não é

reconhecido pela ANVISA.

Hipoalergênicos e Não-Comedogênicos

São produtos que provocam menor índice de dermatite de contato, irritações, reações alérgicas e
formação de acne e comedões. São apropriados para peles sensíveis. Suas principais
características são:
 Conter o mínimo de conservantes;
 Não conter corantes ou essências;
 Não apresentar altas concentrações de alguns ácidos graxos, de lanolinas (e derivados), de
óleos vegetais e minerais, e de alguns ésteres;
 Ter formulações simples;
 Ter corantes de baixo potencial alergênico na formulação de produtos de maquilagem.

6. CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS

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Os grupos de produtos estão enquadrados em quatro categorias e classificados quanto ao grau de

risco a que oferecem, dada a sua finalidade de uso, para fins de análise técnica, quanto do seu
pedido de registro, a saber:

Categorias
 Produto de Higiene
 Cosméticos
 Perfume
 Produto de uso infantil

Grau de Risco
 Grau 1: produtos com risco mínimo, ou seja, são produtos de higiene pessoal, cosméticos e
perfumes cuja formulação se caracteriza por possuir propriedades básicas ou elementares,
cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeira informações detalhadas
quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas
do produto.
 Grau 2: produtos com risco potencial, ou seja, são produtos de higiene pessoal, cosméticos
e perfumes cuja formulação possui indicações específicas, cujas características exigem
comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e
restrições de uso.
Funções
 Higienizar: remover da superfície cutânea as impurezas, melhorando seu aspecto e
facilitando suas funções. Ex: shampoos, sabonetes, abrasivos, pasta dentifrícia.
 Conservar/Proteger: manter a pele em bom estado, protegendo-a e conservando as
características que definem a eudermia da pele. Ex: protetor solar, hidratante.
 Reparar/Corrigir: atuar sobre as imperfeições da pele, ocasionadas por alterações
orgânicas ou funcionais, que, geralmente, têm origem em causas externas. Ex. de
imperfeições: melasmas, efélides, manchas senis, acne, rugas.

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 Maquilar/Enfeitar: realçar a beleza da pele e mucosa labial pela aplicação de diversos

produtos coloridos e também corrigir ou dissimular imperfeições. Ex: batons, blushes.

Forma cosmética:

 Emulsão: formada pela combinação de substâncias hidrofílicas (aquosas) e substâncias

lipofílicas (oleosas). Como o óleo e a água não se misturam, torna-se necessário adicionar
uma matéria-prima tensoativa, ou seja, um emulsionante que age como um estabilizador.
Classificação:
 Emulsão Óleo em Água - O/A - Neste tipo de emulsão, a percentagem de água é bem
maior do que a de óleo. Devido a este fato, gotículas minúsculas de óleo são envolvidas
pela água. Este tipo de emulsão é ideal para produtos cosméticos que têm como objetivo
não deixar a pele brilhante, nem muito engordurada.

 Emulsão Água em Óleo A/O - Neste tipo de emulsão, a quantidade de componentes

oleosos é maior do que a de água. A fase externa é formada por óleo e a interna, por
gotículas de água. A emulsão A/O é mais gordurosa, mais pesada e deixa um brilho quando
aplicada à pele.

 Creme: consistente e emulsionado. Dependendo das substâncias utilizadas em sua

formulação, destina-se à limpeza, hidratação ou nutrição.

 Leite ou loção cremosa: emulsão fluida, geralmente O/A. Existem também os “óleos
hidrofílicos”, emulsão A/O, usados principalmente como demaquilantes para qualquer tipo
de pele.

 Loção: solução constituída da mistura de substâncias químicas, podendo ser transparente

ou opaca, incolor ou colorida. O veículo pode ser constituído de água, álcool/água,
água/propilenoglicol. De acordo com a ação a que se destinam são denominadas loções
tônicas, adstringentes, antissépticas, calmantes, hidratantes, etc. Segue alguns exemplos:

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 Loção Aquosa - Água + Princípio Ativo.

Podem ser calmantes, antissépticas.
Ex.: Loção de Camomila

 Loção Alcoólica - Água + Álcool + Princípio Ativo.

Podem ser antissépticas e adstringentes.
Ex.: Loções Capilares.

 Loções Voláteis - Água + Acetona ou éter + Princípio Ativo.

Geralmente são secativas.
Ex.: Loções para acne.

 Gel: sua forma cosmética é viscosa, mucilaginosa, obtida mediante colóides protetores,
transparentes ou não, que, ao secarem, deixam uma película invisível sobre a pele. Por não
conter material graxo é indicada para peles lipídicas.

 Espuma (mousse): emulsão bifásica em que a fase interna é o ar ou outro gás e a externa
é um sólido ou um líquido. É envasada sob pressão.

 Aerossol: dispersão de um líquido e/ou sólido (fase interna) em um gás (fase externa, que
tem maior volume). Esse gás é conhecido como propelente (ex: butano/propano). É
envasado sob pressão.

 Suspensão: são misturas heterogêneas que apresentam uma fase líquida em que se
dispersa outra sólida (facilmente sedimentada). Ex: leite de colônia, pasta d’água, etc.

 Pó: mistura de substâncias que se encontram no estado seco, finamente divididas e

misturadas intimamente. Às vezes, há adição de um líquido (perfume, por exemplo), que
logo é absorvido. Ex: talcos perfumados, pó compacto.

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7. UTILIZAÇÃO DOS PRODUTOS COSMÉTICOS

Os produtos cosméticos destinam-se a várias finalidades:

 Higienização

Remoção das células mortas, maquilagem, secreções sebáceas e impurezas. São produtos que têm
a função de emulsificar os ácidos graxos da pele, como, por exemplo, os sabões e detergentes.

Entretanto podem causar ressecamento excessivo. Sabões alcalinos tendem a deixar a pele mais
áspera e seca, portanto deve-se dar preferência aos sabonetes líquidos e cremosos, elaborados
com tensoativos suaves e de baixa irritabilidade.

Para atenuar o poder de ressecamento da pele são incorporados à formulação dos sabonetes
produtos que conferem caráter emoliente, como, óleos vegetais etoxilados, glicerina, propilenoglicol
e extratos vegetais.

Outras formas destinadas à higienização:

 Leites ou loções de limpeza: retiram as impurezas e a maquilagem, formando um filme
emoliente que deixa a pele com textura macia e suave. Devem ser aplicados na pele com
massagens e retirados com algodão ou lenço limpo.

 Géis de limpeza e soluções hidroalcoólicas: levam em sua composição detergentes

suaves. Podem ou não conter umectantes. Aos produtos de higienização podem-se acrescentar
substâncias abrasivas, que têm como finalidade realizar uma limpeza profunda.

 Tonificação

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Os tônicos são utilizados após a limpeza da pele e antes da hidratação. Sua função é firmar a pele,
reduzir o tamanho dos poros (adstringência), auxiliar a retirada de eventuais resíduos dos leites ou
loções de limpeza e, em geral, restabelecer o pH cutâneo.

A quantidade de álcool presente nesses produtos decresce de acordo com o tipo de pele: oleosa,
normal e seca. Atualmente têm-se utilizado loções tônicas sem álcool por serem menos
sensibilizantes, evitando a desidratação e o ressecamento da pele.

Produtos com ação adstringente:

 Sulfato de zinco;
 Ácidos orgânicos de baixo peso molecular como ácido cítrico, ácido lático;
 Álcoois – etanol é o mais utilizado em soluções hidroalcoólicas;
 Extratos vegetais ricos em taninos – hamamélis.

Os tônicos podem ter princípios ativos com funções específicas:

 Alantoína – ação reepitelizante;
 Pantenol – ação emoliente;
 Alfa-bisabolol – ação antinflamatória;
 Calêndula – ação calmante e cicatrizante.

 Hidratação e Nutrição
Destinados a deixar a pele macia e suave. A desidratação e a diminuição da elasticidade ocorrem
quando a perda de água do estrato córneo é maior que sua reposição. Princípios ativos com ação
hidratante e/ou nutritiva:

PRINCÍPIO ATIVO PROPRIEDADE

Aloe Vera Hidratante
Ácido Glicólico Hidratante
Ácido Lactobiônico Hidratante / Antioxidante
Gluconolactona Hidratante / Antioxidante

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Derivados da vitamina C Hidratante, estimulante celular

Silício Orgânico ARL, Hidratante e estimulante celular
Ácido Hialurônico Hidratante
Extrato de Placenta Nutritivo
Elastina Nutritiva/ Hidratante
Oligoelementos ARL,Nutritivo
Hidroxiprolina Hidratante/Nutritivo
PCA Na Hidratante
Omega Plus Nutritivo
L-Tirosina Hidratante/Nutritivo

 Produtos umectantes
Sua capacidade de absorção de água é reconhecida, “molhando a superfície da pele”. Os produtos
mais usados são propilenoglicol, sorbitol e glicerina.

8. MÁSCARAS FACIAIS

Diferenciam-se de acordo com suas características físico-químicas:

 Géis;
 Pós;
 Líquidos;
 Ceras;
 Pastas;
 Plásticas.

Devem ser de fácil aplicação e remoção e não devem conter produtos que tenham ação
sensibilizante. O efeito das máscaras está diretamente relacionado aos princípios ativos
incorporados. Esse efeito poderá ser adstringente, calmante, relaxante, nutritivo e emoliente.

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 Máscaras úmidas: não formam película e não secam; são oleosas e devem ser aplicadas e
deixadas durante 15 a 20 minutos para que atuem.

 Máscaras cremes: são aplicadas em camada espessa; podem secar completamente,

endurecendo, ou conservando uma certa untuosidade. São eliminadas com a ajuda de esponjas, ou
de algodões úmidos. Atualmente, algumas destas máscaras cremes se colocam uma dezena de
minutos, o excesso é absorvido nos lenços, o resto constitui a base da maquilagem.

 Máscaras géis: São preparações transparentes ou semitransparentes à base de

substâncias gelificantes. A colocação e a retirada são idênticas à citada. Certas máscaras géis à
base de alginatos endurecem após pulverização de uma solução coagulante. São colocadas sobre o
rosto com uma gaze e depois, para retirar, são descoladas.

 Máscaras pós: são constituídas pelas misturas de pós absorventes:

de origem mineral: caolin, bentonita, lamas termais, argila;
de origem vegetal: pó de plantas secas, algas micronizadas.

E com outros constituintes como: adstringentes: alume, taninos; suavizantes: talco;

Estas máscaras se apresentam seja em pó para misturar extemporâneamente com hidrolatos ou
óleos vegetais, sejam prontas para serem empregadas. A ação é absorvente, de limpeza e
adstringente. São, portanto, destinadas a peles gordurosas. A colocação se faz com os dedos ou
pincel; a retirada com esponja ou algodão úmido.

 Máscaras plásticas: São máscaras que aplicamos em camada fina (pincel) e que formam
um filme transparente contínuo e elástico. Após uma secagem rápida são descoladas. Elas possuem
um efeito embelezador rápido.

 Máscaras de gesso: A água adicionada ao gesso, endurece libertando calor. Para dar-lhe
consistência acrescentam-se fibras vegetais. É aplicada com pincel sobre a pele coberta por um

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creme contendo princípios ativos adaptadas ao tipo de pele. O calor provoca uma vasodilatação que
facilita a atração dos princípios ativos; é retirada através de descolamento.

 Máscaras aplicadas a calor: Elas se apresentam sob um aspecto sólido, são colocadas
com pincel após aquecimento em banho maria. Experimenta-se previamente sobre a face interna do
pulso. Estas máscaras são colocadas, às vezes, sobre uma gaze e são retiradas por descolamento.
Estas máscaras secam e endurecem por resfriamento. Sua ação oclusiva favorece a perspiração,
portanto, a umidificação da camada cómea. São aplicadas mornas, o que acarreta uma leve
vasodilatação favorável à penetração dos princípios ativos, que podem ser aplicados previamente
sobre a pele sob forma de cremes, ampolas etc.

9. MATÉRIAS-PRIMAS DE USO COSMÉTICO

Matéria-prima é toda substância pura ou mistura de substâncias que faz parte de uma formulação.
Quanto à natureza química, as matérias-primas podem ser:

Inorgânicas
 Naturais – talco, caolim, bentonita, etc.
 Sintéticas – carbonato de cálcio,
Destaque aos oligoelementos – essenciais ao desempenho de várias funções orgânicas (Se, Si, Cu,
Zn).
Orgânicas
 Naturais – obtidas de vegetais (extrato de Centella asiática, alecrim), de animais (colágeno,
extrato de timo) e de minerais (vaselina, óleo).
 Sintética – ácido salicílico, cânfora.
 Semi-sintética – substâncias naturais que, por necessidade de melhorar sua ação, foram
modificadas em laboratórios. Ex: forma lipossolúvel da vitamina C.

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10. PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS DE USO EM COSMÉTICA

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11. VETORES

Vesículas artificiais, simples ou multilamelares usadas para liberar uma variedade de moléculas ou
complexos moleculares biológicos em células. Tipos de vetores:

 Lipossomos: são pequenas vesículas constituídas por um número variável de folhas ou

pequenas lâminas bimoleculares de fosfolipídeos, separadas uma das outras por
compartimentos aquosos. Esta estrutura semelhante daquela das membranas celulares lhe
permite fusionar com elas, liberando o princípio ativo que ela contém no citoplasma.

 Niossomos: são lipossomos não iônicos, cuja parede não é constituída por fosfolipídeos e
sim por lipídeos não-iônicos.

 Microcápsulas: são pequenas esferas contendo no seio de um invólucro substâncias

líquidas ou aquosas.

 Microesferas: são pequenas esferas contendo no seio de um invólucro substâncias sólidas.

 Colaesferas: são esferas ocas com membranas de colágeno e de glicosaminoglicana que

permite veicular ativos muito diversos.
 Nanocápsulas: são cápsulas ou partículas esféricas extremamente pequenas. Elas
penetram no interior da célula por endocitose. São feitas a base de polímeros naturais ou
sintéticos e são mais estáveis que os lipossomas.

 Sistema transdérmico: são constituídos por várias camadas poliméricas. Este sistema
difunde os ativos de uma maneira progressiva e controlada de camada celular, até a derme.

12. PERMEABILIDADE CUTÂNEA

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É a capacidade que a pele tem de deixar passar, seletivamente, certas substâncias em função de
sua natureza química ou de determinados fatores.

A pele é:
 Permeável, de modo geral, aos gases verdadeiros e a substâncias voláteis, pelo
mecanismo da difusão.
 Relativamente permeável a determinadas substâncias lipossolúveis como hormônios
esteróides, vit. D e provavelmente vit. A. Também os derivados fenólicos (resorcina,
hidroquinona e o próprio fenol) são absorvidos em graus variados.
 Praticamente impermeável a eletrólitos, proteínas e carboidratos. Por exemplo, a
penetração de sais é desprezível, a menos que sejam ionizados. No caso das proteínas e
carboidratos, sua impermeabilidade se deve ao tamanho de suas moléculas e a pouca
solubilidade.

FATORES QUE AFETAM A PERMEAÇÃO DA PELE:

 Biológicos/fisiológicos
Espessura da epiderme.
Idade.
Fluxo sanguíneo.
Hidratação.
Região da pele
Capacidade de associação a outras substâncias da pele.
pH da pele – a alcalinidade aumenta a permeabilidade.

 Físicos/químicos – melhoram a permeação:

Peso molecular baixo.
Emulsões O/A.
Estado de ionização do produto a ser aplicado.
Concentração do ativo.

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pH alcalino.
Temperatura elevada.
Clima quente e úmido

 Veículos
Poder de penetração e liberação de ativos (lipossomas, nanosferas, fitossomas).
Poder lipossolvente (o desengorduramento da pele pode melhorar a absorção percutânea, pois retira
a barreira lipídica).

 Traumáticos
Se a pele estiver alterada, a penetração será facilitada.

GRAUS DE PERMEAÇÃO CUTÂNEA EM RELAÇÃO AOS TIPOS DE PELE:

 Peles lipídicas e alipídicas – em geral têm grau de penetração menor devido à obstrução
dos orifícios pilossebáceos ou ao pequeno número ou ausência dos mesmos.

 Pele hidratada – quanto mais hidratada, maior a permeabilidade cutânea.

VIAS DE PENETRAÇÃO

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 Transepidérmica – a penetração é muito lenta, mas em função da grande extensão da pele

essa via tem uma importância considerável. Pode ser intercelular ou transcelular.

 Transanexial – orifícios pilossebáceos e folículos pilosos; são consideradas as zonas de

melhor penetrabilidade e, mesmo perfazendo somente cerca de 1%, têm muita importância.

13. PRODUTOS ORGÂNICOS NATURAIS

 Glicídios - de modo geral, são ótimos hidratantes. Ex: mucilagem, lactose. Alguns têm
propriedades espessantes (celulose e seus derivados). Em cosméticos, os oligossacarídeos
ricos em fucose e ramnose apresentam atividades específicas como estimulante dos
fibroblastos, fazendo parte de matérias-primas patenteadas.

 Lipídios - são utilizados em produtos cosméticos como emolientes (cuidado com os cabelos
e a pele). Exercem, geralmente, sua ação de emoliência também por serem oclusivos. Os
lipídios de origem animal, como a lanolina, são menos oclusivos que os de origem vegetal.

 Aminoácidos - são utilizados como hidratantes. Fazem parte no Natural Moisturizing Factor
(NMF). Dos peptídeos, o mais importante é o glutation, que faz parte da enzima
glutationperoxidade, que protege o organismo contra os radicais livres, sendo um ativo
empregado em formulações antienvelhecimento.

Os mais importantes são:

Fenilalanina – podemos considerar este aminoácido como o precursor da melanina, que é uma
cromoproteína.

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Diidroxifenilalanina (Dopa) – aparece em uma das etapas de formação da melanina.

Cistina – encontrado na queratina do cabelo. Contém enxofre em sua molécula.
Prolina e hidroxiprolina (PCA ou ácido pirrilidincarboxílico) – fazem parte da molécula do
colágeno e participam no NMF, sendo, portanto, um ótimo hidratante.

 Proteínas - fazem parte de diversos bioativos, principalmente com propriedades de

hidratação (hidrolisados de colágeno, elastina), regeneração celular (extrato placentário,
extrato de órgãos, etc) e substantividade. Tendo caráter anfótero, as proteínas podem ser
aplicadas, em estética, através de corrente galvânica, respeitando sua polaridade. Muito
importantes também são as nucleoproteínas (RNA e DNA), utilizadas em produtos
cosméticos como bioativos.

 Enzimas - são substâncias macromoleculares, de natureza protéica e, portanto,

termolábeis, que catalisam reações bioquímicas. São sempre produzidas por células vivas,
animais ou vegetais.

Enzimas importantes como princípios ativos em cosméticos:

Bromelina – enzima proteolítica utilizada em peeling biológico e em tratamento estético da celulite,
pois hidrolisa as proteoglicanas, constituintes do tecido intersticial, minimizando edemas. É obtida do
abacaxi.
Papaína – enzima proteolítica com as mesmas propriedades da bromelina. É obtida do mamão.

 Vitaminas - são compostos orgânicos cuja presença, em pequenas quantidades, é

indispensável na ração alimentar para o perfeito desenvolvimento e funcionamento do
organismo animal.
De modo geral agem como biocatalisadores através de enzimas e, como tal, exercem várias
funções, sendo a principal a ação sobre o crescimento. Outras funções específicas estão
relacionadas à sua estrutura molecular. Muitas vitaminas são adicionadas aos produtos cosméticos
com funções diversas, como, por exemplo, estimulantes da proliferação celular e antioxidantes.
Há controvérsias com relação aos benefícios das vitaminas aplicadas topicamente. Porém,
atualmente, já está comprovado que o tratamento local por vitaminas permite aumentar sua

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concentração regional, mostrando resultados mais efetivos e imediatos. Podem ser hidrossolúveis
(complexo B e vitamina C) ou lipossolúveis (vitaminas A, D, E, K e F).

14. Vitaminas Hidrossolúveis

• Vitamina B2 ou riboflavina
• Vitamina B6 ou piridoxina
• Vitamina H ou biotina
• Vitamina B5 ou ácido pantotênico
• Vitamina PP ou Pelagra Preventive Factor
• Vitamina P ou vitamina da permeabilidade
• Vitamina C ou ácido ascórbico

15. Vitaminas Lipossolúveis

• Vitamina A ou retinol
• Vitamina F Fatty-Acids (ácidos graxos essenciais)
• Vitamina E ou tocoferol
• Vitamina D2 ou calciferol
• Vitamina K

16. Oligoelementos

Em tratamentos estéticos também são muito utilizados em máscaras (oligoelementos contidos em

argilas, algas, etc), cremes e loções antienvelhecimento. Podemos considerar como fonte principal
de oligoelementos as algas (Laminaria digitata, as rodofícias, Corallina officinalis, Condrus crispus,
entre outras) e o plâncton marinho.

No segmento cosmético, os principais oligoelementos são:

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 Iodo – utilizado na talassoterapia (do grego thalassa = mar), no tratamento estético da

celulite por cremes que contêm algas (principalmente Fucus vesiculosus). O iodo é importante na
produção do hormônio que regula a glândula tireóide.

 Cálcio – é um mineral essencial para a formação dos ossos. Cerca de 99% do cálcio,
presente no organismo humano, encontra-se nos ossos. O restante auxilia em várias outras funções,
como na neurotransmissão e na coagulação do sangue. Em estética, é importante sua função de
melhorar a permeabilidade da membrana celular, controlando a entrada de nutrientes. Utilizado
principalmente na forma de máscaras e soluções ionizantes.

 Cobre – em estética, sua importância está em ser um dos co-fatores da enzima superóxido-
dismutase (SOD), portanto, redutora dos RL, sendo também co-fator da enzima tirosinase, que
participa do metabolismo para a formação da melanina. No organismo, auxilia na absorção do ferro,
evitando anemias.

 Fósforo – faz parte dos fosfolipídios, essenciais como constituintes das membranas
celulares. No organismo é, portanto, importante para a pele.

 Magnésio – é um elemento necessário a todas as células. Participa da construção óssea e

do metabolismo dos carboidratos. É co-fator de várias enzimas e está ligado a reações biológicas da
derme. Combate a fadiga e o estresse.

 Manganês – traços desse elemento ajudam na formação do tecido conjuntivo, do qual

fazem parte as fibras colágenas e elásticas. É co-fator da enzima SOD, portanto, participa de
formulações antienvelhecimento, principalmente por meio de extratos vegetais ricos nesse
oligoelemento. É um dos constituintes do NMF.

 Potássio – age como eletrólito para manter o nível apropriado de fluidos em nosso
organismo, incluindo a água.

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 26

 Selênio – é co-fator da enzima glutationperoxidase, que protege o organismo contra os

radicais livres, evitando a peroxidação lipídica das membranas celulares. Protege a pele do estresse
oxidativo ambiental, retardando o envelhecimento.

 Silício – é essencial para o desenvolvimento e a manutenção do tecido conjuntivo, em

particular para a produção de colágeno e das proteoglicanas, que constituem o tecido intersticial da
derme. O silício está presente em todas as células. Sua concentração diminui com a idade, trazendo
como conseqüência linhas de expressão e rugas. O silício orgânico participa de vários ativos
utilizados em cosméticos (hidratantes, regeneradores do tecido conjuntivo, ARL).

 Zinco – é um co-fator essencial de grande variedade de enzimas envolvidas na síntese de

proteínas, na divisão celular e no metabolismo de lipídios e carboidratos, tendo também um papel
importante na função do sistema imune. Apresenta atividade antioxidante (co-fator da enzima SOD),
antienvelhecimento, de reparo tecidual, de cicatrização de ferimentos, seborreguladora e ação
antiinflamatória.

17. PRINCÍPIOS ATIVOS DE USO COSMÉTICO

Os princípios ativos são responsáveis pela ação característica de cada cosmético.

Podem ser de origem vegetal, animal, obtidos sinteticamente ou por biotecnologia.

BIOATIVOS DE ORIGEM VEGETAL

Atualmente cresce cada vez mais o interesse pela utilização de produtos vegetais, tanto de vista
farmacológico como cosmetológico.

 Extratos – são preparações líquidas obtidas pela extração de princípios ativos por diversos
métodos, veiculados principalmente em propilenoglicol, dando origem aos extratos glicólicos.

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18. Extratos Vegetais mais Utilizados em Cosméticos

Nome Vulgar Princípios Ativos Ação Cosmética e Conc. Usual

Agrião Flavonóides, vitaminas A, Antiseborréica, antiacnéica, antisséptica
B1, B2, ferro, iodo, cálcio, 1 a 5%
manganês, heterosídeos.

Alcaçuz Ácido glicirrízico, glicídeos, Antinflamatória e antialérgica. Para peles

glicirrizina,fitoesteróis, sensíveis.
flavonóides.

Alecrim Óleos essenciais, Antisseborréica,

heterosídeos, flavonóides, anti-acnéica.
saponinas, ácidos orgânicos. 1 a 10%

Vitaminas, sais minerais, Tonificante, hidratante,

proteínas, iodo, 3 a 10%.
polissacarídeos.

Algas Marinhas

Aloína, mucilagem, hidrato Emoliente, umectante, calmante. 1 a 10%.

de carbono.

Aloe Vera

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Óleos essenciais, ácidos Estimulante, adstringente, rubefaciente.

Arnica graxos, flavonóides, 1 a 2%
fitoesteróis, carotenóides.

Aveia Proteínas, vit. Do complexo Hidratante, emoliente, revitalizante.

B, vit. A e E, enzimas, sais 1 a 5%
de cálcio, e, Na e K.

Taninos, óleos essenciais, Antisseborréica, antiacnéica e antisséptica.

resinas, heterosídeos 1 a 5%

Bardana
Ácido tânico, óleos Estimulante, antisseborréica, coadjuvante no
essenciais, saponinas, tratamento de celulite.
heterosídeos 2 a 5%

Betula

Óleos essenciais, Calmante, cicatrizante; reduz a vermelhidão

flavonóides, resinas, a.a., e. e irritação da pele. 2 a 10%.
Málico, saponinas

Calêndula
Óleos essenciais, vit. C, Calmante, emoliente, protetora contra o sol.
flavonóides, derivados 2 a 10%
azulênicos, bisabolol.

Camomila

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Capsaicina, vit. B1, B2, C, Rubefaciente, estimulante. 2 a 10%

PP

Capsicum

Heterosídeos, açúcares, Anticaspa, anti-seborréica, estimulante da

pectinas, resinas, vitamina C circulação periférica.
1 a 6%.

Capuchinha

Saponinas, flavonóides, Vasoconstrictora, coadjuvante no tratamento

taninos, heterosídeos da celulite, indicado para varizes.
1 a 5%.

Castanha-da-Índia
Heterosídeos, ácidos Adstringente, cicatrizante, elasticizante;
orgânicos, taninos. utilizada em produtos para celulite e estrias.
3 a 5%.

Cavalinha
Alcalóides, óleos essenciais, Cicatrizante, ativa a microcirculação do tec.
saponinas, flavonóides. Conjuntivo e o metabolismo do fibroblasto;
anticelulítica, antinflamatória. 1 a 10%.

Centella asiática
Mucilagem, taninos, Cicatrizante, emoliente, antiacnéica.
alantoína, alcalóides, óleo 1 a 5%
essencial

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Confrei

Óleo essencial, flavonóides Antinflamatório, ARL, emoliente,

vasoprotetora, vasomotora.
1 a 5%

Ginkgo biloba

Óleos essenciais, tanino, Adstringente, refrescante. 1 a 5%.

resinas, mucilagens, e.
Gálico.

Hamamélis

Ácidos orgânicos, Calmante, elasticizante.

glicosídeos, hederina e 1 a 10%.
inositol.

Hera

Vit. C, resinas, óleos Adstringente, antisséptico, calmante, cicatrizante.

essenciais, taninos. 1 a 3%.

Hipericum

Mucilagens, flavonóides, Emoliente, calmante.

tanino, antocianina 2 a 10%.
(malvina)

Malva

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Resina, óleos essenciais, Antisséptica, descongestionante

saponinas ácidas, taninos 1 a 5%.

Melissa

Óleos essenciais, taninos, Antisséptica, refrescante, regula as ecreções

flavonóides, nicotinamida sebáceas.
1 a 2%.
Menta

Inositol, óleo essencial, Antisséptica, regula as secreções sebáceas,

aminoácidos, antinflamatória.
vitamina C 2 a 5%
Nogueira

Lipídios, mucilagem, Calmante, emoliente, descongestionante.

proteínas, vitaminas A, 1 a 3%.
B1, B2 e C.
Pepino

Açúcares, saponinas, óleo Estimulante, tônica.

essencial, vitaminas e 1 a 5%.
pectinas

Pfaffia

Açúcares, saponinas, óleo Estimulante, tônica.

essencial, vitaminas e 1 a 5%.
pectinas
Ginseng

Taninos, saponinas, óleos Antisséptica, antisseborréica.

essenciais, flavonóides. 1 a 5%.

Sálvia

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Flavonóides Regeneradora, antinflamatória

1 a 5%

Tepescohuite (Mimosa

Mucilagem, tanino, óleo Calmante, emoliente

essencial, flavonóides 1 a 5%

Tília

Ácidos orgânicos, taninos, Adstringente, ARL, revitalizante, tônico capilar. 1

sais minerais, a 5%.
carotenóides.
Urtiga

 Óleos vegetais fixos - o óleo vegetal é uma gordura extraída de plantas formada por
triglicerídio. Apesar de, em princípio, outras partes da planta poderem ser utilizadas na extração de
óleo, na prática este é extraído na sua maioria (quase exclusivamente) das sementes.

19. Principais Óleos Vegetais

Produto Constituintes Aplicação e

Conc. Usual
Rico em vit. E e pró-vitamina F. Cremes e óleos para massagem, cremes
Fração insaponificável rica em nutritivos.
fitosteróis, o que facilita sua 1 a 10%.
Abacate (fruto absorção na pele.

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Limonóides e triperpenos (f. Emoliente, cicatrizante, antinflamatório e

insaponificável). Ác. Palmítico, antisséptico.
oléico, linoléico e mirístico.

Andiroba (óleo
Vitamina E e ácidos graxos Batons, bronzeadores, óleos de banho e
insaturados. massagem, cremes para prevenção de estrias.
1 a 10%

Avelã (óleo)

Ácido linoléico (17%). A Batons, bronzeadores, óleos de banho e

amêndoa contém 45 a 50% de massagem, cremes para prevenção de estrias.
material oleoso. 1 a 10%

Amêndoas (óleo)

Rico em ác. láurico, mirístico e Hidratante e emoliente. Fonte de outras

oléico. substâncias para uso na cosmetologia.

Babaçu (sementes)
Pró-vitamina A e ácidos graxos. Regenerador do tec. celular (eczemas);
previne a desidratação da pele. 1 a 5%

Borragem (óleo)

Beta-caroteno e outros Alivia queimaduras, cicatrizante. Usado como

carotenóides. Derivados do ác. corante natural em alimentos e cosméticos.
oléico, é comparado ao óleo de ARL. Utilizado s produtos de proteção solar e

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Buriti (óleo) oliva. pós-sol.

Carotenóides, pró-vitamina A e Queimaduras e inflamações. Acelera a

ácidos graxos reepitelização. Usado em produtos pós-sol (1
a 6%)

Calêndula (flores)

Vit. A e E, esteróis(beta- Regula o equilíbrio hídrico e atividade dos

sitosterol e stigmasterol), alcoóis lipídeos na camada córnea. Cicatrizante,
triterpênicos (alfa e beta- hidratante, protege contra a perda de água
amirina), oligoelementos (Ca, Fe, transepidérmica.
Castanha do Pará
Zn, K e Se), proteínas, caseína.
(sementes)
Rico em ác. oléico e linolênico.

Rico em ácidos oléico e Rico em Vit. E, tem ação oxidante e evita a

linolênico. formação de rugas. 1 a 5%

Damasco (óleo)

Contém sesamol, filtro solar Melhora a barreira de proteção da pele.

natural e ác. linoléico e Emoliente, sendo usado em FS. É um
linolênico. transportador para aromaterapia. 1 a 5%

Gergelim (óleo)

Rico em vitamina E. Loções para pele seca, óleo pós-banho. 1 a

5%

Gérmen de trigo

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(óleo)

Rico em vitamina E e ác. graxos Emoliente, tem as mesmas aplicações que o

insaturados. óleo de semente de uvas. 1 a 5%

Girassol (sementes)
Ác. Eicosenóico e docosenóico e Previne a perspiração, o aparecimento de
icosenol. Esteróis em pequena linhas de expressão e rugas. Dissolve o sebo
quantidade. Livre de triglicérides engastado nos folículos pilosos. Não se oxida
(não dando sensação de facilmente, resistindo à rancificação.
untuosidade como os outros 1 a 10%
Jojoba (sementes) óleos)

Ác. graxos monoinsaturados e Emoliente, auxilia a reposição de ác.

alto teor de ác. palmitoléico. palmitoléico em peles envelhecidas.
1 a 6%

Macadâmia
(sementes)

Rico em ác. linoléico (77%) e Regula as atividades das glândulas sebáceas.

palmítico, bioflavonóides. Útil em xampus e cremes faciais.
1 a 10%

Maracujá (óleo)

Vit. A e proteínas. Rico em ác. Cremes, xampus e condicionadores (cabelos

insaturados (53%) e saturados, danificados)
principalmente o palmítico

Pequi

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(polpa e sementes)

Rico em ácidos graxos Prevenção de eczemas, aumenta a tolerância

essenciais da pele aos raios UV. 2 a 10%

Prímula

Ác. ricinoléico, ricinoelaídico. Propriedades plastificantes. Batons e

Protetores labiais.
1 a 15%.
Rícino (óleo)
Rico em vit. F Cremes para queimaduras, nutritivos.
1 a 10%

Rosa mosqueta
(óleo)
Ác. linoléico e linolênico. Vit. E. Hidratante, previne estrias.
2 a 10%.

Uva (sementes)

Trimiristina (tb encontrada na Emoliente

noz-moscada), ac. palmítico,
láurico e mirístico.
Ucuuba (sementes)

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20. MANTEIGAS

Obtida da Theobroma grandiflorum. Produto da Amazônia, naturalmente

refinado. Contém fitoesteróis, dando equilíbrio hídrico-lipídico á camada
córnea e estimulando o processo de cicatrização. Tem ação
antinflamatória. 2 a 5%
Cupuaçu (sementes)
Obtida da Theobroma grandiflorum. Produto da Amazônia, naturalmente
refinado. Contém fitoesteróis, dando equilíbrio hídrico-lipídico á camada
córnea e estimulando o processo de cicatrização. Tem ação
antinflamatória. 2 a 5%
Cupuaçu (sementes)
Ação antioxidante, auxiliando no tratamento de pele envelhecida.
Propriedades emolientes e revitalizantes.

Oliva, abacate e
manga
Obtida da Theobroma cacao. Constituída principalmente de glicerídeos do
ácido palmítico e oléico. Propriedades emolientes.

Cacau (sementes
Obtida da Butyrospermum parkii K. árvore africana. Rica em lipídeos (45 a
55%), constituídos por uma mistura equilibrada de ácido oléico e esteárico.
Utilizado como ungüento para massagem corporal, emoliente para cabelo,
suavizante de ferimentos e eritema. Nutritivo, emoliente, protetor solar e
Karité (sementes coadjuvante na elasticidade cutânea.

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Cera sólida. Uso similar ao da manteiga de karité. Não é oleosa ao tato e é

suave à pele.

Shorea

 Óleos Essenciais e Óleos Resinas - substâncias vegetais que acompanham a fração

oleosa. Se assemelham ao material lipídico, porém são destiláveis com vapor d’água, dotados de
aroma e apresentam estrutura química bem diferente. São extraídos do caule, folhas e flores.
Exemplos:

Óleo-resina extraído da Copaifera officinalis. Contém ácido copaíbico e

paracopaíbico, cariofileno e cadineno. A resina é formada pela oxidação da
essência exposta ao ar. Antimicrobinao, antinflamatório, cicatrizante. Indicado
para tratamento de psoríase.

Copaíba
Obtido da Betula alba. Tem ação estimulante e antisséptica. Indicado em
loções para peles oleosas.

Bétula
Obtido da Melaleuca alternifolia. Conhecido como óleo de cajeput. Ação
germicida, bacteriostático e fungistático. Utilizado no tratamento do acne e em
queimaduras. Importância cosmética: pefumar e aromaterapia.

Melaleuca

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21. TRATAMENTOS COSMÉTICOS

PRINCÍPIOS ATIVOS MAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DO ACNE:

 Higienizantes – tensoativos capazes de emulsionar o material graxo e as impurezas,

removendo-os. São utilizados tensoativos menos agressivos como os anfóteros (betaínas de côco) e
os não-iônicos (alquil poliglicosídeos). Nas formulações higienizantes, são incluídos ainda,
esfoliantes, queratolíticos, antissépticos, calmantes, etc.

 Esfoliantes – promovem uma leve descamação. Os principais são as microesferas de

polietileno, pó de cavalinha, pó de semente de damasco, casca de nozes, púmice (complexo de
silicatos de alumínio, potássio e sódio) de origem vulcânica, e glicosferas de papaína.

 Queratolíticos – removem as células epiteliais em diferentes níveis de profundidade.

Podem ser utilizados a resorcina (1 a 4% - suave e 20 a 40% - intenso), ácido salicílico (1 a 5%),
ácido glicólico (0,5 a 10% - cosmético e 40 a 70% (peeling químico).

 Cicatrizantes – alantoína (0,01 a 2%) e Aloe vera (1 a 10%).

 Antinflamatórios e descongestionantes – ácido glicirrízico, alfa-bisabolol, azuleno,

bardana, calêndula e camomila.

 Antissépticos e adstringentes – taninos (hamamélis, gerânio, tomilho ou poejo, arnica,

bétula e alecrim); phytosphingosine (inibe o crescimentode microrganismos gram-positivos e
fungos); óleo de melaleuca (0,5 a 5%); Epicutin TT (5 a 10% em emulsões, géis-cremes, emulsões
oil-free e géis fluidos); óxido de zindo; sulfato de zindo; cânfora; própolis; sopholiance (bactericida
natural de origem vegetal).

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 Antisseborréicos – bentonita, caulim, Takallophane® (silicato de alumínio adsorvedor do

sebo na concentração de 3 a 8%).

 Reguladores da secreção sebácea – Tiosilina® ; abietoil soy polypeptide; vitamina B6 ou

cloridrato de piridoxina (sua deficiência provoca uma dermatite semelhante à seborréica); biotina ou
vitamina H (co-fator para enzimas envolvidas na síntese de ácidos graxos); Unitrienol T-27
(intermedia a síntese do esqualeno e do colesterol); biosulfocos (adstringente e antibacteriano na
concentração de 0,2 a 1,5%); Regu-SEB® (regula o sebo pela inibição da 5-alfa redutase).

Princípios Ativos Coadjuvantes Mais Utilizados em Acne

P.A. Propriedades Conc. Usual

Ác. Azeláico Antiacnéico, com propriedades 10 – 20%
(Uso dermat.) clareadoras
Ác. Glicirrízico Antinflamatório não-hormonal, 0,1 – 2%
descongestionante

Ác. Glicólico Regula a queratinização e diminui as 0,5 – 10%

ligações entre os corneócitos. Estimula a (acne)
atividade colagênica. 40 – 70%(peeling)
Ác. Salicílico Queratolítico 1 – 5%

Agrião Antiacnéico, antiseborréico 1 – 5%

(Extrato)
Alantoína Regeneradora, queratolítica 0,1 – 2%

Aloe vera Hidratante, regeneradora 1 – 10%

Apricot Kernel (pó Limpeza da pele, esfoliação suave 1 – 6%

do caroço do
damasco

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Azuleno Antinflamatório 1 – 6%

Bardana Adstringente, calmante 1 – 5%

(Extrato)

Calêndula Cicatrizante, antinflamatória 1 – 5%

(Extrato)
Camomila Calmante, antinflamatória 1 – 5%
(Extrato)
Cânfora Calmante, antisséptica 0,5 – 1%
(Uso dermat.)
Clindamicina Bactericida 1 – 2%
(Uso dermat.)

Eritromicina Bactericida 2%
(Uso dermat.)

Etil lactato Diminui a proliferação do P. acnes 1 – 5%

(Uso dermat.)
Hamamélis Adstringente 1 – 5%
(Extrato)
Irgasan (Uso Antibacteriano 0,1 – 2%
dermat.)

Microesferas de Limpeza da pele, esfoliação suave 1 – 8%

polietilenoglicol

Peróxido de Esfoliante, inibe o crescimento de P. 5 – 10%

benzoila acnes (Uso dermat.)
Própolis Antimicrobiano, antinflamatório 1 – 5%
(Extrato)
Resorcina Esfoliante 1 – 4% (acne)
(Uso dermat.) 20 – 50% (esfoliante)
Sílica Esfoliante 1 – 6%

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Sulfato de Zinco Adstringente, antisséptico 0,5 – 1%

Takalophane® Adsorve os ác. graxos insaturados, 3 – 8%

antisseborréico

Tretinoína ou Ác. Esfoliante, diminui a aderência entre os 0,025 – 0,1%

Retinóico corneócitos
(Uso dermat.)

22. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

O envelhecimento cutâneo é uma série de transformações que ocorrem no organismo em

decorrência do tempo vivido.
CAUSAS

 Intrínsecas – processo natural, em que se observa queda das funções vitais, renovação
celular comprometida e falha imunológica. Também chamado de envelhecimento
cronológico, pois está ligado ao tempo vivido.
 Extrínsecas – agressões de fatores externos como poluição ambiental, fumo, álcool e
principalmente a exposição exagerado ao sol (fotoenvelhecimento).
EFEITOS

 Físicos – pele seca, rugas, flacidez, alteração da pigmentação, perda de massa corpórea,
etc.
 Fisiológicos e mentais – alterações das secreções glandulares (timo), perda da
capacidade imunológica, problemas hormonais (estrógenos). Aterosclerose, perda de
memória, etc.

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23. RADICAIS LIVRES

O envelhecimento cutâneo está diretamente relacionado aos RL que são altamente reativos e
instáveis e se formam a partir da energia recebida por um átomo de oxigênio que é extremamente
reativo porque de alguma forma perdeu um elétron de sua camada mais externa. Os RL poderão
causar danos à membrana celular, provocando morte ou mau funcionamento da célula. Para se
defender dos efeitos adversos provocados pelos RL, os organismos criaram mecanismos de defesas
como a existência de um sistema enzimático que neutraliza os RL. São componentes desse sistema:

 Superóxido-dismutase (SOD) – apresenta como co-fatores o cobre, zinco e magnésio.

 Glutationperoxidade – constituída pela glutationa (cisteína e glicina). Tem como co-fator o
Se, na forma de seleniocisteína.
 Catalases – reduzem o peróxido de hidrogênio formado nessas reações com a água e o
oxigênio molecular.

Outros compostos também interferem, protegendo os organismos contra os RL, por via oral ou
tópica, diminuindo assim seus efeitos danosos. Exemplos:

 AHA’s – ác. lático, ác. mandélico, ác. málico, ác. tartárico, ác. glicólico. Possuem a função
de diminuir a coesão dos corneócitos, reduzindo o espessamento da camada córnea e
atenuando rugas finas.

 Serenoa repens (saw palmeto, sabal ou palma de abanico) – contém uma grande variedade
de ácidos graxos e fitoesteróis. Na medicina é usado como diurético e sedante nas cistites.
Na cosmética como antienvelhecimento.

 Beta-hidroxi-ácido – obtido de vegetal. Utilizado com as mesmas finalidades dos AHA’s na

concentração de 0,33 a 1,3%.

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 Betaglucan – obtido de uma levedura por biotecnologia. Ação ARL, estimulante da

atividade de células específicas do sistema imune da pele na concentração de 0,01 a
0,05%.

 Raffermine – hidrolisado da flor de soja. Agente firmador da estrutura molecular da derme,

aumenta a firmeza da pele, além de reorganizar as fibras de colágenos e proteger as fibras
de elastina. Concentração usual de 2 a 5%.

 Vitamina A e carotenóides – o beta-caroteno é um precursor da vitamina A

 Vitamina C – evita a peroxidação lipídica das membranas celulares. Efeito sinérgico com a
vitamina E.

 Vitamina E – antioxidante e protetora da membrana celular.

Grande parte do desenvolvimento das MP está dirigida às peles sensíveis devido ao aumento das
mesmas. Pesquisadores concentram esforços em selecionar microrganismos que vivem em
condições extremas (desertos, cavernas), os quais, para sobreviver nesses ambientes, desenvolvem
moléculas biológicas específicas e exclusivas. Assim há uma boa perspectiva de ativos mais
específicos e eficazes ao auxílio à beleza e à saúde da pele.

27. FILTROS SOLARES

“Produtos cosméticos formulados com o objetivo principal de filtrar ou bloquear s radiações nociva à
pele, conservando sua eudermia.”

A luz e o calor fornecidos pelo sol são muito importantes para o bem-estar fisiológico e psicológico
do organismo, pois ativam a circulação e estimulam a produção de vitamina D, necessária à
formação óssea. Porém, exposições inadequadas agridem a pele, deixando-a mais seca, enrugada
e com manchas senis, sendo responsáveis pelo câncer de pele.

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Além da proteção natural da melanina, existem outros meios de proteção:

 Meios físicos – refletem ou dispersam a radiação UV pela formação de filme sobre a pele.
Ex: óxido de zinco e dióxido de titânio.
 Meios químicos – absorvem a radiação UV, neutralizando-as. São eficazes, mas
geralmente fotossensibilizantes, não sendo indicados para crianças com menos de 6 meses
de idade, especialmente pelo risco de absorção percutânea de suas moléculas. Os mais
utilizados são: PABA, ácido cinâmico e derivados, salicilatos, benzofenonas, entre outros.

Os FPS podem ser influenciados por:

 Veículos - a forma de creme permite a obtenção de FPS mais altos.

 Ingredientes da fórmula – alguns reduzem a eficiência dos FS (altas concentrações de
etanol, óleo mineral, vaselina sólida, ésteres ramificados diminuem o comprimento de onda
máximo de absorção dos FPS.)
 Associação de filtros solares - aumentam o FPS; substâncias como silicone, formam
película uniforme sobre a pele.
 Alguns derivados vegetais - alecrim, amor-perfeito, café verde, entre outros, que são
absorventes moderados de radiação UV.

28. FOTOSSENSIBILIZAÇÃO

Constitui-se numa manifestação cutânea devido a uma reação mediada pela luz. Os filtros solares
químicos, por serem extremamente fotorreativos, ou seja, apresentam a habilidade para absorver
radiação e tornarem-se quimicamente fotorreativos, podendo ser potencialmente

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 46

fotossensibilizantes. Porém, se forem considerados os trabalhos químicos de fotossensibilização

realizados com essas reações adversas produzidas pelos filtros são muito pequenas.

Tais condições tornam-se desnecessárias quando utilizamos os filtros solares físicos, cujo potencial
fotossensibilizante é considerado nulo.

RISCO DE MELANOMA À EXPOSIÇÃO SOLAR

A incidência de melanoma maligno de pele tem aumentado em vários países nos últimos quarenta
anos. Tal fato vem sendo alvo de preocupação para as autoridades de saúde pública desses países
e muitas campanhas de prevenção e diagnóstico precoce têm sido realizadas nos últimos anos. O
melanoma cutâneo é, potencialmente hoje, um câncer que pode ser curado se tratado
precocemente, mas sua letalidade ainda é alta nos casos em que a doença é diagnosticada em fase
não inicial. A evidência de que as pessoas de pele clara têm maior pré-disposição para o
desenvolvimento deste tipo de câncer é fortalecida ao se verificar que os coeficientes de ocorrência,
em populações de raça negra e amarela, são inferiores às de raça branca.

33. USO DA ARGILA EM ESTÉTICA

Os antigos egípcios utilizavam a argila como um dos componentes no embalsamento das múmias e
para a preservação de alimentos de origem animal.

Posteriormente as suas inúmeras propriedades foram sendo estudadas e descobertas, pois a argila
é rica em minerais e oligoelementos. Acredita-se que as suas propriedades homoestáticas são
devidas às trocas energéticas, iônicas e radiônicas exercidas pelos elétrons livres, existentes nos
minerais de sua composição, tais como: manganês, magnésio, alumínio, ferro, sílica, titânio, cobre,
zinco, cálcio, fósforo, potássio, boro, selênio, lítio, níquel, sódio e outros.

Para a sua utilização, existem alguns requisitos básicos e cuidados especiais na hora da sua
extração, dentre eles:

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 Local deve ser inócuo,

 Não retirar de terrenos úmidos,
 Escolher a argila com a coloração desejada (cada cor é rica em determinados minerais que
lhe confere uma propriedade específica),
 A retirada da argila deve ser uma profundidade mínima de 4m,
 Pode ser usada ao natural ou depurada, isto é, dissolver em água potável, decantá-la e
secá-la.
 A sua indicação se estende às todas as partes do corpo:
 No rosto, pescoço, mãos, braços e corpo
 É utilizada para tratamento de manchas senis, tratamento de acne, efeito redutor, anti-
celulite, flacidez e desintoxicante.
 Exploraremos nesta oficina o seu efeito desintoxicante e redutor.

CONTRA-INDICAÇÕES

 Não se aplica a técnica em peles com lesões muito profundas, pois a argila faz uma
varredura do tecido afetado e pode aprofundar a ferida,
 Peles alípicas (secas).

PROPRIEDADES

 A capacidade de absorção de todo tipo de secreção;

 A ação bactericida anti-séptica, promovendo a limpeza e drenagem de feridas;
 A ação revitalizante, analgésica, cicatrizante, desodorizante, tonificadora e catalisadora, isto
é, estimula o metabolismo geral e, por esse motivo, também auxilia os processos de
emagrecimento.

Também apresenta como benefício o poder de remineralização da pele, a remoção das impurezas,
refrescância e descongestionamento, além de ativar a circulação.

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TIPOS EXISTENTES NO MERCADO E PROPRIEDADES

 Argila Amarela: Tem ótimo efeito tensor. O percentual elevado de Silício é indicado para
rejuvenescimento e tratamentos estéticos. Tem alta capacidade de troca de cátions e ânions.
Combate e retarda o envelhecimento, nutre com sais minerais necessários para um tecido mais
rígido e saudável sem deixá-lo ressecado.

 Argila Vermelha: É efetiva em feridas e atrite. Tem ação secativa e anti-stress - Usada para
reduzir acne e seborréia.

 Argila Rosa: Tem ótimo efeito estético redutor de medidas. Auxilia na queima e redução de
gordura localizada. Ideal para peles cansadas e sem viço. Vitaliza a pele (brilho). Devolve a
luminosidade natural da pele.

 Argila Negra: Material muito nobre, raramente encontrado tão puro. É um agente
rejuvenescedor e antiinflamatório. Melhora a circulação periférica, favorecendo a reprodução
celular.

 Argila Marrom: Argila rara devido a sua pureza. Seu elevado teor de silício, alumínio,
titânio, juntamente com seu baixo teor de ferro é indicada para tratamento de acne. Também
indicada para tratamentos de saúde: reumatismo, bursite, artrose, osteoporose, feridas e luxações.

 Argila Verde: Estrias, celulite, gordura localizada e manchas. Nutre o tecido com sais
minerais. Secativa de acne. Desintoxicação corporal, facial e capilar.

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Referências Bibliográficas

Rebello, Teresa e Bezerra, Sandra V. – Guia de Produtos Cosméticos – Ed. Senac – 6ª ed. – São
Paulo.

Hernandez, Micheline e Mercier-Fresnel, Marie-Madeleine – Manual de Cosmetologia – Ed. Revinter

– 3ª ed. – Rio de Janeiro.

Revista Racine – Set/Out 2001

Apostila do Curso de Cosmetologia do Portal Educação, 2007.

Barata, E.A.F. A cosmetologia: princípios básicos. São Paulo: Tecnopress, 2002.176p.

Bechelli, L.M. Compendio de dermatologia. Ed.6 Atheneu, 1998.

Bork, K; Brauninger, W. Dermatologia Clínica: Diagnóstico e terapia. 2.ed.São Paulo: Manole, 1998.

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