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Aula 16

Tema: OBESIDADE

Professora Candice Almeida

Professor João Filipe Magnani


contato@redacaodecampeao.com.br; www.redacaodecampeao.com.br
TEMA: OBESIDADE
ONU alerta para ‘globalização da obesidade’ em reunião do G20
(https://nacoesunidas.org/onu-alerta-para-globalizacao-da-obesidade-em-reuniao-do-g20/) Publicado em 13/05/2019
Em reunião dos ministros da Agricultura do G20, em os atuais desafios de nutrição envolvem não apenas a
Niigata, no Japão, o chefe da Organização das Nações Unidas disponibilidade de comida para todos, mas também a garantia
para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da da qualidade no que chega ao consumidor.
Silva, alertou na sexta-feira (11) para o que descreveu como “Embora a fome esteja principalmente circunscrita às
uma “globalização da obesidade”. Atualmente, mais de 2 áreas afetadas por conflitos ou pelos impactos da mudança
bilhões de pessoas no mundo estão acima do peso. Mais de climática, a obesidade está em toda parte: estamos
670 milhões delas são obesas. testemunhando sua globalização”, acrescentou Graziano.
De acordo com a FAO, a obesidade agrava os riscos de Oito dos 20 países com as maiores taxas de aumento da
doenças crônicas como diabetes, hipertensão, problemas obesidade adulta estão na África. No mundo, das 38 milhões
cardíacos e algumas formas de câncer. Projeções sugerem que de crianças com excesso de peso, na faixa etária abaixo dos
o número de pessoas obesas no planeta deve ultrapassar em cinco anos, quase metade está na Ásia.
breve os 821 milhões de indivíduos que sofrem com a fome. A Em nível global, o sobrepeso e a obesidade têm um custo
inversão já foi registrada na América Latina e Caribe. exorbitante para a saúde e em perdas de produtividade — os
“A fome é o pior tipo de desnutrição e deve ser enfrentada, prejuízos são estimados em 2 trilhões de dólares por ano. O
mas temos que ter em mente que outras formas de desnutrição, montante é equivalente ao impacto do tabagismo ou dos
como a obesidade, também estão causando danos cada vez conflitos armados.
maiores e graves à humanidade”, ressaltou Graziano da Silva Papel das empresas
na reunião com lideranças do G20. Na visão da FAO, promover uma boa nutrição e dietas
Para o dirigente, a obesidade deve ser combatida por saudáveis não é uma tarefa individual, mas uma
meio de fortes parcerias público-privadas. “Para abordar os responsabilidade pública, que não se limita aos governos.
problemas interligados da fome, obesidade e mudanças “Somente com o envolvimento do setor privado e da
climáticas, a comunidade internacional precisa introduzir sociedade civil esta questão séria pode ser resolvida. Para
normas e padrões que transformem os sistemas alimentares, regulamentar sistemas alimentares sustentáveis para dietas
de modo que eles forneçam, de maneira sustentável, alimentos saudáveis, é preciso o apoio da indústria alimentícia”, afirmou
saudáveis e nutritivos para todos”, cobrou o chefe da FAO. Graziano.
O especialista explicou que os atuais sistemas O chefe da FAO citou o exemplo do Chile, onde relatos
alimentares estão deixando de oferecer às pessoas alimentos sugerem que a adoção de um sistema mais claro de rotulagem
saudáveis e os nutrientes necessários em uma dieta adequada. de alimentos levou à redução da obesidade entre crianças.
“Como resultado, as pessoas estão comendo cada vez
mais”, disse o dirigente da agência da ONU, que explicou que
JORNAL DA USP - 02/05/2019
Obesidade infantil é três vezes maior que desnutrição no Brasil
Problemas são decorrentes da má nutrição por acesso inadequado aos alimentos, afirma especialista da EERP
A má nutrição infantojuvenil atinge em maior ou menor grau Segundo a professora, o maior problema da má nutrição está na
todas as regiões do Brasil. E, antes de se falar em causas como dificuldade de acesso aos alimentos em algumas regiões do Brasil e,
sedentarismo ou problemas endócrinos, é preciso dizer que os principalmente, na escolha inadequada dos alimentos.
alimentos são os grandes vilões dessa história. Para ela, nas regiões mais remotas do Norte e do Nordeste pode
A má nutrição gera duas consequências: a desnutrição, de um ocorrer dificuldade de acesso aos alimentos, mas o grande problema é
lado, e, do outro, um problema em maior escala, a obesidade. Cerca que os alimentos industrializados, que são mais acessíveis por serem
de 7% das crianças de até 10 anos no Brasil sofrem com desnutrição, mais baratos, vão ganhando a preferência dos pais e crianças.
mas a obesidade atinge quase o triplo, 20% das crianças. E é uma Esses, segundo a professora, são os piores, porque possuem
proporção que só aumenta com o passar dos anos. conservantes, aditivos e muito açúcar. “São os alimentos
A análise é da professora Rosane Pilot Pessa, do Departamento industrializados que geram a obesidade, porque faz com que as
de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de crianças não tenham refeições com proteínas e carboidratos
Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. balanceados”, afirma.
Alimentos industrializados estão acabando com culturas locais, diz
médico - FOLHA DE S.PAULO, 03.mai.2019
Se alguma vez você ouviu que deve evitar os alimentos E, para ele, a indústria que produz os ultraprocessados
ultraprocessados pelo bem da sua saúde, agradeça ao médico tem culpa no cartório.
Carlos Augusto Monteiro. Apesar de o consumo desses alimentos ter aumentado
Cunhado por ele, o termo ultraprocessado se refere a nas últimas décadas no Brasil, seu nível não se compara ao de
alimentos que são feitos essencialmente a partir de matéria- países como EUA e Inglaterra, onde mais da metade das
prima barata (farinha, óleo e açúcar, por exemplo) e aditivos calorias diárias ingeridas vem de alimentos processados. Mas
que dão cor, sabor, textura e outras características para tornar ainda há tempo de reverter a tendência no Brasil, diz o
o alimento mais atraente. Macarrão instantâneo, salgadinhos e professor.
refrigerantes fazem parte da lista. “Em outros países as pessoas não cozinham, têm só um
Monteiro, que é professor titular da USP e um dos mais micro-ondas e geladeira em casa. Tudo é pronto, o café é
relevantes pesquisadores brasileiros segundo o relatório instantâneo. Aqui as pessoas se sentam à mesa para comer. A
Highly Cited Researchers, da consultoria Clarivate Analytics, gente ainda não passou do limite em que recuperar a
afirma que o mundo está se alimentando de uma forma cada alimentação tradicional significa voltar a ter um fogão em
vez mais padronizada e, por isso, a cultura gastronômica está casa.”
se perdendo. Obesidade, diabetes, hipertensão, câncer e outras Monteiro participa de discussões na ONU, coordenou a
doenças associadas ao consumo de alimentos de baixa elaboração do “Guia alimentar para a população brasileira” e
qualidade nutricional estão aumentando. idealizou o Vigitel, sistema que, por meio de contato telefônico,
estima os fatores de risco para doenças crônicas presentes no
Brasil. Aos 71 anos, apesar do cenário desfavorável que aditivos e produzir uma linha de produtos de baixíssimo custo
descreve, ele se diz otimista. e que competem com o que chamamos de alimento de verdade,
“A nossa relação com a comida é algo bonito, intangível, que não passou por uma reengenharia.
e está mais perto da que franceses e italianos têm do que a dos O DNA do queijo é o leite; do pão, o trigo. E no alimento
americanos. Talvez isso explique o sucesso dos programas de ultraprocessado? Você não sabe. Você olha na lista de
culinária.” ingredientes e não consegue nem entender o que tem ali.
Milhares de produtos processados são lançados a cada ano:
Processamento de alimentos refrigerantes, snacks, doces, miojo, maionese, caldo de carne.
Nos anos 1980 e 1990, o alimento sai do campo para as
fábricas. Da soja, tira-se o óleo, do milho e do trigo, o Riscos à saúde
carboidrato; da cana, o açúcar. Se você coloca no seu organismo todo dia 15 ou 20
Os alimentos ultraprocessados são feitos juntando um moléculas estranhas, a chance de todas serem ruins para a
ou mais desses elementos com muita tecnologia e aditivos saúde é pequena, mas a chance de pelo menos uma criar
cosméticos, como corantes, saborizantes, texturizantes. problemas é grande. Quem contrata os testes de segurança
Hoje já são mais de 2.000 aditivos aprovados. Eles para liberar os aditivos é a própria indústria.
permitem que você pegue farinha de trigo e açúcar, coloque Ela usa usa modelos experimentais para saber se esses
uma gota de um saborizante de amêndoa e crie um biscoito que aditivos causam câncer em algumas semanas ou meses, mas há
parece ter usado 10% de amêndoas na receita. O lucro é muitas outras doenças que eles podem gerar. Existe uma
enorme. preocupação toxicológica. Imagina se eles estão avaliando
Uma fábrica dos EUA pode comprar soja do Brasil, inflamação crônica? Não há segurança nessa questão.
milho do México e açúcar da Jamaica pelo preço mais barato,
juntar tudo numa fábrica de alta tecnologia usando esses

Obesidade, mal planetário


IMAGEM DE ABERTURA - Quando deixou seu no centro das cidades, os cidadãos deslocaram-se
emprego de soldador para fundar, em 1985, a para a periferia, formando subúrbios em todas as
empresa Goliath Casket, sem dúvida Forrest Davis não direções. Na falta de uma rede de transporte público
imaginava alcançar tão grande sucesso. Em uma digno desse nome – exceto nas metrópoles –, as
América com menos de 15% de obesos, o mercado de distâncias cada vez mais longas tornaram o carro
“caixão gigante” era incerto. Desde então, a medida indispensável para a maior parte dos deslocamentos
da cintura do país aumentou consideravelmente. cotidianos. Desde os anos 1960, o número de pessoas
Enquanto a pequena empresa familiar do leste de obrigadas a sair de seu bairro de residência para ir
Indiana vendia apenas um caixão do modelo “triplo” trabalhar multiplicou-se por 3, e a distância percorrida
por ano no fim dos anos 1980, ela entrega hoje cinco de carro, por 3,5. A cada semana, um norte-
por mês. Com mais de um terço de adultos com americano passa mais de dez horas em seu
sobrepeso e outro terço de obesos, os Estados Unidos automóvel. Um tempo totalmente sem atividade física
aparecem hoje entre os países mais gordos do que favorece o ganho de peso: de acordo com um
planeta. estudo realizado na região de Atlanta, cada hora a
O mercado entrou em sintonia com essa nova mais passada por dia atrás de um volante aumenta
estrutura. Entre as empresas que tentam se adaptar em 6% as chances de ser acometido pela obesidade,
ao fenômeno e oferecem produtos especialmente enquanto um pouco mais de 800 metros percorridos a
destinados a pessoas obesas – poltronas maiores para pé reduzem essa probabilidade em cerca de 5%.
estádios e teatros, colchões king size, sites de Mas, quando se trata da diminuição da atividade
encontro para solteiros gordinhos etc. – e as que física, o tempo gasto dentro do carro conta pouco em
pretendem fornecer soluções para moderar o peso, os comparação às 40 horas gastas toda semana diante
lucros adquiridos são estimados em dezenas de de uma tela (televisão,
bilhões de dólares. TESE - As causas para o ganho de computador, videogame). Ligada de manhã até a
peso generalizado nos Estados Unidos são, entretanto, noite, a TV tornou-se o elemento central de
conhecidas: o modo de vida dos norte-americanos, numerosos lares. Ademais, esse lazer totalmente
que, há trinta anos, (1) consomem mais e (2) sedentário impele seus adeptos ao consumismo,
eliminam menos calorias. direcionando, com seu fluxo incessante de
(2) Baseado no culto ao consumo e ao progresso publicidade, as práticas alimentares dos
tecnológico, o American way of life favorece a falta de telespectadores, em particular dos mais jovens, para
atividade física. Elevador, escada rolante, controle o consumo exagerado.
remoto: “Essas invenções diminuíram a quantidade de A constatação dessa realidade acarreta outra, que
calorias que queimamos sem perceber”, explicam Eric contradiz a argumentação teórica do mercado de
A. Finkelstein e Laurie Zuckerman. Um mal que veio alimentação: é possível um indivíduo comer além do
para o bem? Ou seja, livrando-se de certas tarefas que seu corpo precisa. Essa afirmação não é ainda
domésticas, os norte-americanos não poderiam se uma evidência. De fato, se uma pessoa pode comprar
dedicar a atividades de lazer que permitem gastar uma camisa da moda ou um celular de última geração
energia? Sim, mas esse tempo é essencialmente que não têm real utilidade, por que ela absorveria
utilizado em frente a uma tela ou atrás de um volante. voluntariamente mais calorias do que seu organismo
O modelo urbano dominante encoraja o uso cada necessita, com a possibilidade de colocar sua saúde
vez mais excessivo do carro. No pós-Segunda Guerra em risco? O metabolismo humano deveria assim fazer
Mundial, em resposta à alta dos preços das moradias da alimentação um mercado de crescimento lento,

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fixado com base no crescimento da população. (1) No ela oferecia um prato com 450 gramas, eles comiam
entanto, em 1970, um norte-americano consumia 280, mas se o prato tinha 700 gramas eles devoravam
2.200 calorias por dia – ou seja, a quantidade 425, ou seja, 50% a mais do que a quantidade que os
recomendada; 40 anos depois, ele absorve 2.700. tinha deixado satisfeitos no dia anterior.
Uma política salarial que engorda A estratégia supersize
Para aumentar os lucros, as indústrias de alimentos Hábeis conhecedoras desse aspecto da psicologia
souberam romper essa limitação natural. Elas humana, as redes de fast-foodcolocaram em prática
inundaram as revistas de novos produtos, a fim de essa estratégia do supersize: mediante alguns dólares
suscitar no consumidor um desejo constante de a mais (mas uma quantia pequena o suficiente para
descoberta. Entre 1990 e o fim dos anos 2000, mais criar um efeito de promoção vantajosa), o cliente pode
de 116 mil novos produtos surgiram nas prateleiras “aumentar” seu pedido, ter uma bebida maior, um
dos supermercados. Entrar na seção “Bebidas” de um hambúrguer a mais no lanche ou uma porção dupla de
mercado norte-americano é suficiente para perceber a batatas fritas. Para satisfazer as novas expectativas
inventividade dos arquitetos dessa “diversificação da dos consumidores, todos os restaurantes tiveram de
oferta”: refrigerantes de sabores os mais variados e adaptar as quantidades oferecidas. Há quarenta anos,
derivações de Coca-Cola, sem açúcar, sem cafeína, de o único formato de bebida vendido pelo McDonald’s
cereja, de limão (taiti ou siciliano), de baunilha... Essa era de 200 ml; o menor copo tem agora 350 ml, e o
estratégia se revela de uma eficácia assustadora: por maior, quase 1 litro. O único hambúrguer vendido na
ano, cada norte-americano toma 178 litros de época é hoje servido para as crianças, e os adultos o
refrigerante com açúcar, em contrapartida aos 85 comem apenas como aperitivo.
litros em 1970 e 135 em 1980. Graças às propagandas, como os mais pobres, os
As empresas também buscaram novos clientes nas jovens norte-americanos constituem um mercado
classes baixas. Graças à sofisticação crescente dos relativamente recente. Durante muito tempo, os
procedimentos de embalagem, conservação e gastos alimentares eram de responsabilidade
distribuição, os produtos industrializados, exclusiva dos pais. O aumento do poder de compra da
particularmente calóricos, custam menos do que os maioria e a mudança do olhar sobre os desejos infantis
alimentos frescos. Em outras palavras, um dólar de fizeram das crianças consumidores plenos. O mestre
salgadinhos enche mais o estômago do que um dólar do marketing para crianças, James McNeal, ex-
de cenouras. Se os norte-americanos respeitassem os professor da Texas A&M University, estimava no New
“conselhos alimentares” prescritos pelo governo, eles York Times(20 abr. 2011) que elas influenciam a cada
iriam gastar US$ 400 a mais por ano. A política salarial ano mais de 8% dos gastos de seus familiares com
norte-americana faz os mais pobres engordarem. De comida e bebida, isto é, US$ 100 bilhões.
acordo com o Wall Street Journal de 7 de julho de Elas são particularmente bajuladas pela
2011, mais de um terço dos adultos que vivem com publicidade. Estima-se que uma criança norte-
menos de US$ 15 mil por ano é obeso, enquanto americana é exposta em média a 25 mil propagandas
24,6% dos que ganham mais do que US$ 50 mil estão televisivas a cada ano, das quais mais de 20% são
nessa situação. relacionadas à alimentação.
A diminuição dos custos de produção não apenas SOLUÇÕES -Diante das práticas agressivas da
inverteu a relação secular dos pobres com a indústria alimentícia, os poderes públicos ficaram por
alimentação (da carência ao consumo excessivo), mas muito tempo sem agir. O mercado de junk foodatinge
também alterou a distribuição econômica do mercado. somas estratosféricas – em 2011, segundo
Atualmente, a alimentação por si só constitui uma estatísticas do Financial Times (9-10 jun. 2012), a
parte muito pequena do preço de venda de um venda mundial de pizzas e defast-foodcresceu para
produto – em relação à embalagem, promoção, US$ 706 bilhões – e as grandes marcas podem dedicar
concepção etc. –, por isso se tornou mais rentável meios desmedidos em defesa de seus interesses.
vender grandes quantidades em um mesmo Contudo, o mercado vem se fechando lentamente. A
recipiente. No Walmart, por exemplo, uma obesidade chegou a tais proporções que os problemas
embalagem com 321 gramas de chocolate com que ela causa (depressão, discriminação, riscos à
amendoim e caramelo custa US$ 3,58, ao passo que saúde, perda de produtividade etc.) preocupam toda
1.100 gramas saem por US$ 8,98. Menos de três a sociedade. Com cerca de 200 mil mortes por ano –
vezes o preço e quase quatro vezes maior: para ficando abaixo do tabaco (mais de 400 mil mortes),
aproveitar o bom negócio, muitos clientes, em mas bem à frente do álcool e dos acidentes
particular os mais modestos, optam pelo segundo automotivos –, ela tornou-se a segunda causa de
formato. “mortes evitáveis”.
Uma boa notícia seria pensarmos que o argumento Nos últimos anos, o governo federal multiplicou os
econômico se une às necessidades ecológicas. dispositivos: incentivo à atividade física para jovens,
Entretanto, “existe alguma coisa em nossa psicologia criação de um selo garantindo os valores nutritivos de
que nos faz comer mais quando há mais comida a um produto, proibição da venda de refrigerantes nas
nosso alcance”, explica a nutricionista Marion Nestle. escolas, entre outros. Em escala local, os estados e os
Prova disso é que Barbara Rolls, professora da municípios também adotam legislações cada vez mais
Universidade da Pensilvânia, reuniu um grupo de impositivas. Em maio de 2012, a cidade de Nova York
homens jovens e magros, habitualmente muito proibiu a venda de bebidas supersized com açúcar em
atentos à forma física, e lhes serviu todos os dias restaurantes, cinemas e estádios. Para se garantir, as
pratos de macarrão com queijo em quantidades multinacionais se voltam agora para os novos
diferentes, depois mediu seu consumo cotidiano: se

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mercados, menos saturados que os Estados Unidos e, (Benoît Bréville, Le Monde Diplomatique)
sobretudo, menos controlados.
Drauzio Varella - “Sejamos claros: a medicina não sabe tratar obesidade. Descontados os conselhos dietéticos
ou as cirurgias bariátricas indicadas para os casos extremos, quase nada temos a oferecer. Se os médicos não
dispõem da pílula mágica, a responsabilidade com o peso e a sobrevivência é individual. É cada um por si e Deus
por ninguém, porque gula é um dos pecados capitais”.

MÃOS À OBRA

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema: “A OBESIDADE EM DEBATE NO BRASIL E NO MUNDO” apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opiniões para defender seu ponto de vista. O texto deverá ter no mínimo 7 (sete) e no máximo 30 (trinta)
linhas escritas.

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