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MÚSCULO ESQUELÉTICO

 Geração de força para a locomoção e respiração;


 Geração de forca para a sustentação corporal;
 Produção de calor.

O músculo esquelético está ligado ao esqueleto por tecido conjuntivo denominado de tendão.

Uma extremidade do músculo está ligada a um osso que não se move, sendo a ‘origem’, e a outra extremidade está ligada ao
osso que executa o movimento, sendo a ‘inserção’.

Fáscia é um tipo de tecido conjuntivo que separa músculos individuais (fibras musculares) e mantém eles no lugar.

EPIMÍSIO SARCOLEMA

PERIMÍSIO SARCOPLASMA (CITOPLASMA)

ENDOMÍSIO

O sarcoplasma possui proteínas celulares, organelas (mitocôndrias situadas paralelas as miofibrilas) e miofibrilas (se estendem
ao longo do comprimento da fibra muscular). Essas miofibrilas possuem dois tipos de filamentos proteicos importantíssimos
para o processo de contração muscular, sendo:

 Miosina (filamentos espessos);


 6 cadeias polipeptídicas (2 pesadas e 4 leves). As duas pesadas se espiralam entre si, formando uma dupla hélice
(cauda ou haste). As quatro leves fazem parte da cabeça, duas para cada cabeça (possuem a enzima ATPase,
possibilitando a quebra do ATP liberando energia para o processo de contração).
 Actina (filamentos finos)  troponina e tropomiosina.
 2 filamento helicoidais. A troponina tem forte afinidade com os íons cálcio.

As miofibrilas são divididas em pequenos sarcômeros (limitados pela linha Z), sendo que cada sarcômero possui uma porção
de miosina (porção escura – banda A), uma porção de actina (porção clara – banda I) e ao centro do sarcômero, uma porção
de miosina sem sobreposição de actina (zona H).
 O que mantém os filamentos no lugar são as moléculas de ‘titina’.

O sarcoplasma possui uma rede de canais membranosos que envolvem cada miofibrila, sendo chamado de retículo
sarcoplasmático, e estes têm uma função essencial: armazenamento de cálcio, utilizado no processo de contração muscular.

Célula muscular esquelética + fibras nervosas originadas de células nervosas (motoneurônios) = UNIDADE MOTORA
(unidade funcional da contração muscular).

 O local onde o motoneurônio e a célula muscular se encontram é denominado de JUNÇÃO NEUROMUSCULAR. Nessa
junção o sarcolema forma uma bolsa chamada de ‘placa motora’.
 O espaço entre a fibra muscular e o motoneurônio é chamado de ‘fenda neuromuscular’.

CONTRAÇÃO MUSCULAR: deslizamento da actina sobre a miosina, o músculo se encurta criando assim uma tensão.
 A energia utilizada para a realização dessa contração é obtida através da degradação de ATP pela enzima miosina ATPase.
 A troponina e tropomiosina regulam a contração muscular controlando a interação entre a actina e a miosina.
 O ritmo de fracionamento do ATP é relativamente lento quando a miosina e a actina permanecem separadas; quando se
unem, porém, os ritmos de reação de miosina ATPase aumentam. A energia liberada ativa as pontes cruzadas,
acarretando sua oscilação.
 Quando o músculo se contrai, é realizado trabalho com necessidade de energia. Grande quantidade de ATP são
degradadas, formando assim o ADP, durante o processo de contração; quanto maior a quantidade de trabalho realizado
pelo músculo, mais a quantidade de ATP degradada, o que é referido como ‘efeito Fenn’.
 Fontes de energia: substância fosfocreatina, utilizada para restituir o ATP; glicólise do glicogênio, importante por ocorrer
sem O2 e ser rápido; metabolismo oxidativo.
Quando o músculo está relaxado, a tropomiosina bloqueia os ‘sítios ativos’ da actina onde as pontes cruzadas da miosina
devem se fixar, e a concentração de cálcio é baixa. Quando um impulso nervoso (córtex motor) chega na extremidade do
nervo motor, este libera na fenda neuromuscular o neurotransmissor ‘acetilcolina’, que se liga nos receptores da placa
motora (numerosas invaginações afim de aumentar a área de contato à acetilcolina), aumentando assim a permeabilidade do
sarcolema ao sódio (difusão de grande quantidade de sódio para o lado interno), causando uma despolarização chamada de
potencial da placa motora (PPM). Essa despolarização reverbera sobre os túbulos transversos até o retículo endoplasmático,
tendo assim a liberação de cálcio livre dentro da fibra, que se liga à troponina causando uma mudança de posição da
tropomiosina e ‘descobrindo assim’ os ‘sítios ativos’ da actina para a miosina se ligar e possibilitar a contração muscular. Para
viabilizar esse fenômeno, é fundamental a hidrólise do ATP, para que seja liberada energia, sendo esta convertida em energia
mecânica. Esse ciclo perdura até haver cálcio e a produção e hidrólise de ATP (ciclo de contração).

Quando o impulso é cessado, a ‘bomba de cálcio’ (viabilizado pela energia do ATP) retira o cálcio ligado a actina fazendo com
que a tropomiosina volte a sua posição cobrindo os ‘sítios ativos’ da actina impossibilitando a ligação da miosina acabando
assim com a contração.

 Acetilcolinesterase: após a acetilcolina ser usada como neurotransmissor, ela é quebrada por essa enzima em colina e
acetato. Muito usado para anestesias em cirurgias.

A fadiga muscular pode ocorrer por duas causas: ou em exercícios de alta intensidade, havendo o acumulo de fosfato
inorgânico e íons hidrogênio, interagindo com as proteínas contrateis; ou em exercícios prolongados, podendo haver falha no
acoplamento ‘excitação-contração’, se deve a redução na liberação de cálcio do reticulo sarcoplasmático, havendo menos
quantidade de ligações entre a miosina e actina e por consequência a redução da força.

 Uma maior resistência a fadiga deve-se ao: maior número de mitocôndrias nas células (capacidade ampliada de produção
aeróbia de ATP), grande quantidade de capilares que circundam a fibra muscular (recebendo O2 adequadamente) e
também uma grande quantidade de mioglobinas (se ligam ao O2 e ‘lançam’ para as mitocôndrias).

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