Você está na página 1de 58

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

AULA 11
Malhas de Aterramento e SPDA
em Subestações Elétricas
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

A - Malhas de Aterramento em
Subestações Elétricas
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

OBJETIVOS DO ATERRAMENTO ELÉTRICO


• Proteger pessoas e equipamentos contra potenciais perigosos que
possam se desenvolver na área da subestação;
• Fornecer um caminho de baixa impedância para a terra das
correntes de neutro dos circuitos e equipamentos (sistemas
conectados com o neutro fortemente aterrado);
• Possibilitar um caminho de baixa impedância para a terra das
correntes de falta, das quais depende a operação dos relés de
proteção respectivos;
• Descarregar para o potencial de terra as partes que possam ser
portadoras de corrente, devido a induções ou falta para terra possíveis
de serem tocadas por pessoas;
• Possibilitar o escoamento para a terra das correntes de descargas
através dos equipamentos pára-raios e centelhadores;
• Possibilitar o escoamento para a terra das correntes devidas às
descargas atmosféricas captadas por pontas e cabos pára-raios.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

PARÂMETROS A SEREM DIMENSIONADOS NO


CÁLCULO DA MALHA DE ATERRAMENTO
• Como será visto em outra parte do curso, a malha de aterramento da
subestação deverá ser dimensionada a partir da medição da resistividade
do solo no local da implantação, além de outros dados do sistema elétrico
(p. ex.: tempo de eliminação da falta para terra, etc.) e calculados os
seguintes parâmetros:

• Resistência de aterramento da malha;


• Tensão de passo;
• Tensão de toque;
• Tensão de mesh
• Tensão transferida
• Corrente de choque de curta duração;
• Corrente de choque por tempo indeterminado.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

PARÂMETROS A SEREM DIMENSIONADOS NO


CÁLCULO DA MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DA TENSÃO DE PASSO


NA MALHA CONFORME NORMA IEEE 80
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DA TENSÃO DE TOQUE


NA MALHA CONFORME NORMA IEEE 80
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DOS POTENCIAIS


DESENVOLVIDOS NO SOLO CONFORME NORMA IEEE 80
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA


MALHA DE ATERRAMENTO

Hastes de Aterramento

Tratam-se de eletrodos cravados no solo, constituídos de


hastes cilindricas com alma de aço revestidas de uma camada
de cobre (copperweld), cantoneiras de aço galvanizadas, etc.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DE HASTES DE ATERRAMENTO


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DE HASTES DE ATERRAMENTO


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)

Conectores de Aterramento

Tratam-se de condutores metálicos, destinados a executar


conexões entre os diversos componentes da malha (p. ex.:
cabo-haste, cabo-cabo, cabo-estrutura, etc.). Podem ser de
cobre eletrolítico ou bronze.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DE CONECTORES DE
ATERRAMENTO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)

Cordoalhas de Aterramento

Tratam-se de conexões flexíveis constituídas de fios finos de cobre


trançados e estanhados. Aplicam-se ao aterramento de cercas,
portões, alavancas de mecanismos de manobra, etc.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DE CORDOALHAS DE
ATERRAMENTO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)

Conexões Exotérmicas

Tratam-se de conexões efetuadas a partir de uma reação química


exotérmica, onde uma mistura de pó de cobre e pólvora é detonada
no interior de um cadinho (molde) de grafite.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DE CONEXÕES EXOTÉRMICAS


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

COMO É EXECUTADA NA PRÁTICA UMA


CONEXÃO EXOTÉRMICA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO
• Todos os componentes metálicos da subestação (estruturas,
equipamentos, cercas e portões, etc.), inclusive aqueles localizados na
sala de controle, devem ser solidamente conectados à malha de
aterramento;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)
• Toda estrutura que possa fazer parte integrante do caminho da corrente
de falta deverá possuir, no mínimo, 2 pontos de conexão à malha;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)
• As tubulações metálicas instaladas na área da subestação devem ser
conectadas à malha em um único ponto para se evitar que através das
mesmas circulem correntes de falta;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)

• Se algum tubo metálico (p. ex.:


tubo de água, eletroduto, tubo
de gás, etc.) se estender para
fora da área da subestação, o
Trecho de
mesmo deverá ser interrompido
Tubulação
com um trecho de peça isolante,
Isolada
de modo a se evitar que
potenciais perigosos sejam
transferidos para fora da área da
malha e, consequentemente,
Trecho de
vitimando pessoas por choque
Tubulação
elétrico;
Metálica
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)
• Toda malha deve ser coberta
com uma camada de 100 mm de
espessura de brita. A área da
malha deve ser circundada por um
meio fio, de modo a delimitar a
superfície britada. Em geral, o
meio fio é instalado a 1 m de
distância externamente ao último
condutor da malha;
Obs.: a camada de brita, além de
funcionar como dreno das águas
pluviais, atua como um isolante,
haja visto que sua resistividade,
quando encharcada é da ordem
de 3000 Ω.m;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)
• Cravar eletrodos (hastes) de
aterramento, preferencialmente do
tipo “copperweld” de dimensões ∅
¾” x 3000 mm de comprimento.
Os locais prioritários são:
 cantos da malha;
 aterramento de cada
para-raios;
 neutros transformadores;
 neutros dos reguladores de
tensão.
Obs.: quando a haste se destinar
a ponto de medição, protegê-la
com uma manilha.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)
• Cercas e portões devem ser aterrados utilizando-se cordoalhas flexíveis de cobre
estanhado. Instalar eletrodos de aterramento ao longo da cerca, distanciando-os de
50 m entre si. A malha deve ser executada em torno de 1 m para fora da área
varrida pelo portão quando de sua abertura. Da mesma forma, o aterramento de
dispositivos de manobra das chaves seccionadoras deverá ser efetuado através de
cordoalhas flexíveis;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)
• Nos locais onde LT’s e RD’s cruzarem a cerca, lançar um cabo de cobre
enterrado no piso e ligado a eletrodos (hastes), de modo a facilitar o
eventual escoamento de uma corrente de falta para a terra, caso um
condutor venha a cair sobre a cerca;

Aterramento da cerca

Cabo da malha enterrado no piso

Haste de aterramento
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA
REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA
MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)

• Se a cerca for de fios de arame


farpado, cada fileira deverá ser
aterrada utilizando-se fios de
cobre nu, os quais deverão ser
levados através de um cabo de
cobre nu até a haste de
aterramento;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

REGRAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DA


MALHA DE ATERRAMENTO (cont.)

• Junto aos mecanismos de manobra


das chaves seccionadoras, deverá
ser instalada uma chapa xadrez no
piso, a qual deverá ser devidamente
conectada à malha para equalizar o
potencial nos pés do operador;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLO DE PARTE DE UM PROJETO DE UMA


MALHA DE ATERRAMENTO DE SUBESTAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO
• Uma vez concluído o dimensionamento e o projeto da malha de
aterramento, a etapa seguinte concentra-se na sua construção.
Nessa etapa, é importante a observação dos seguintes elementos:
 arranjo físico da subestação;
 locação civil das bases;
 bitola do condutor da malha principal;
 possíveis interferências no lançamento dos condutores com outras
instalações da subestação (p. ex.: sistemas de iluminação, drenagem
pluvial, lançamento de eletrodutos, bases, canaletas, etc.)
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO (cont.)
Cavar as valas, com o cuidado de não romper outras instalações
(tubulações de iluminação, drenagem, etc.), se existentes.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO
A malha de aterramento é instalada a uma profundidade média de 600 mm
em relação ao nível do solo terraplenado.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO (cont.)
Lançar os condutores principais da malha em forma de “meshes”,
deixando os rabichos para a conexão das partes necessárias (estruturas,
cercas, equipamentos, etc.).
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO (cont.)

Cravar as hastes
de aterramento.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO (cont.)
Recompactar o solo e lançar a camada de brita.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO (cont.)
Aterrar os equipamentos principais (transformadores, para-raios,
disjuntores, TP’s, TC’s, chaves, etc.) e estruturas, utilizando-se os
rabichos previamente expostos.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO (cont.)
Aterrar as cercas e portões.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA MALHA DE


UMA SUBESTAÇÃO (cont.)
Aterrar os painéis e demais componentes instalados na sala de controle.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

B - Sistemas de Proteção Contra Descargas


Atmosféricas em Subestações Elétricas
- SPDA -
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

NECESSIDADE DO SPDA

A proteção contra descargas atmosféricas em geral e, particularmente, nas


subestações elétricas, assume uma grande importância na continuidade
da operação do sistema elétrico.
Isto quer dizer que, qualquer interrupção no fornecimento da energia
elétrica em decorrência de sobretensões, irá causar sérios inconvenientes
de naturezas técnica, social e econômica.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

FORMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS NAS SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS
• Basicamente, dispomos das seguintes tecnologias para proteção contra
descargas atmosféricas nas subestações elétricas:

 pontas Franklin (hastes e cabos) → ângulos fixos


 modelo eletrogeométrico → esfera rolante
 gaiola de Faraday → blindagem eletromagnética
 equipamento “para-raios” → proteção contra descargas diretas

• As recomendações para se projetar os SPDA’s encontram-se nas


normas: ABNT NBR-5419;
IEEE Std. 998 – 1996;
NFPA 780 – 1995.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

PONTAS FRANKLIN (HASTES E CABOS) → ÂNGULOS FIXOS


• Esta tecnologia é atendida através da aplicação do chamado “efeito das
pontas”. Na prática, são utilizados os mastros com pontas nos planos mais
elevados da subestação, os quais, associados a cabos de aço (também
conhecidos como “cabos para-raios ou cabos guarda”) formam uma rede
compondo uma “blindagem” sob o volume de um cone onde se encontram
os equipamentos e instalações que se deseja proteger;

• Como mastros, pode-se utilizar as estruturas de chegada e saída de LT’s


e RD’s da subestação; caso necessário, a rede de proteção poderá ser
complementada pela instalação de mastros adicionais especificamente
para esta finalidade;

• Esta proteção é a mais adequada onde existirem instalações de grande


altura a serem protegidas, como é o caso das subestações e LT’s.

• Técnica recomendável apenas para subestações até o nível de 69 kV


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA
EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DAS PONTAS FRANKLIN
1 - MASTROS
Obs.: as cotas, tais como
x, y, s, d e h são definidas
por norma;
Ângulos: α = 45°
β = 30°ou 45°
ELEVAÇÃO

PLANTA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DAS PONTAS FRANKLIN


2 – CABOS PARA-RAIOS
Obs.: as cotas, tais como
x, y, s, d e h são definidas
por norma;
Ângulos: α = 45°
β = 30°ou 45°

ELEVAÇÃO

PLANTA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DAS PONTAS FRANKLIN


3 – APLICAÇÃO DOS MASTROS
NAS SUBESTAÇÕES

CORTE A - A

CABO
PARA-RAIOS
PLANTA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DAS PONTAS E CABOS PARA-RAIOS


PONTA
CABO
FRANKLIN
PARA-RAIOS
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

MODELO ELETROGEOMÉTRICO → ESFERAS ROLANTES

• O modelo eletrogeométrico parte da expectativa de que as descargas

atmosféricas penetram na subestação em queda vertical;

• Em tal modelo, considera-se a proteção para diferentes alturas de

mastros protegendo o volume desejado;

• A teoria baseia-se em uma esfera com raio “d” chamada “distância de

escorvamento” que gira até tocar no(s) mastro(s). A partir daí, o volume

gerado será considerado como a região protegida contra as descargas

atmosféricas.

• O raio “d” da esfera é função da corrente de descarga Is (KA);

• Essa proteção é recomendada para subestação em níveis > 69 kV


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO MODELO ELETROGEOMÉTRICO

ELEVAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA
EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO MODELO ELETROGEOMÉTRICO

PLANTA

ELEVAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA
EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO MODELO ELETROGEOMÉTRICO
(COMPOSIÇÃO DE MAIS DE UM MASTRO)

PLANTA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO MODELO ELETROGEOMÉTRICO


(COMPOSIÇÃO DE MAIS DE UM MASTRO)

ELEVAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO MODELO ELETROGEOMÉTRICO


(SOLUÇÃO PARA PROTEÇÃO EM UMA SUBESTAÇÃO)

PLANTA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO MODELO ELETROGEOMÉTRICO


(SOLUÇÃO PARA PROTEÇÃO EM UMA SUBESTAÇÃO)

ELEVAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

GAIOLA DE FARADAY → BLINDAGEM ELETROMAGNÉTICA

• Esta tecnologia é atendida através da aplicação da chamada “blindagem


eletromagnética” pesquisada e desenvolvida por Michael Faraday. Na
prática, são utilizados pequenos condutores com pontas, associados a
uma malha de cabos condutores no topo da edificação. Esses cabos são
conduzidos ao sistema de aterramento;

• Esta proteção é a mais adequada onde existirem edificações de baixa


altura a serem protegidas, como é o caso das salas de controle nas
subestações elétricas;

• As distâncias da rede de proteção, bem como as descidas e o sistema de


aterramento são encontrados na Norma ABNT NBR-5419;
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLO DA APLICAÇÃO DA GAIOLA DE FARADAY


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EQUIPAMENTO “PARA-RAIOS” → PROTEÇÃO CONTRA


DESCARGAS DIRETAS

• Tratam-se de componentes do sistema que elétrico que possuem a


característica de captar e escoar para o potencial de terra as sobretensões
(impulsos gerados por descargas atmosféricas) e surtos de tensão
(sobretensões impostas ao sistema elétrico por ele próprio), p. ex.:
operação de disjuntores, etc.;

• A tecnologia atual dos para-raios utiliza blocos de óxido de zinco (ZnO)


encapsulados em suportes isolantes;

• A instalação dos para-raios pode ser sobre suporte no piso ou presos


aos condutores das linhas de transmissão.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA

EXEMPLOS DA APLICAÇÃO DO EQUIPAMENTO PARA-RAIOS

CONTADOR DE
DESCARGAS

PARA-RAIOS

Você também pode gostar