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FOLHA 01

1. Como planejar a coleta de uma amostra para ensaio de


laboratório?
Será necessário o conhecimento das características da área tais como a
hidrografia, os solos (qual tipo de solo e qual textura está no local escolhido), a
geologia, a topografia, grau de declividade, os parâmetros climáticos como a
pluviosidade, o regime das chuvas, a temperatura, os ventos, sinais de erosão
e manejo atual e passado da área.
O fragmento do terreno que foi apresentada através da amostra e o
processo de realização do ensaio são condições fundamentais para a obtenção
dos parâmetros necessários à sua caracterização. Tanto para a retirada de
uma amostra quanto para a realização dos ensaios existe normas que os
regem e devem ser seguidas, a fim validar os resultados.
Há dois tipos de amostras, descritas como deformadas e indeformadas,
que são usadas nos ensaios de mecânica dos solos. A amostra deformada é
uma porção de solo desagregado a ser investigado, quanto à sua composição
granulométrica e constituição mineral. Ela será usada na identificação visual e
tátil, nos ensaios de granulometria, limites de consistência, massa específica
dos sólidos, compactação e na compactação de corpos de prova para ensaios
de permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisalhamento.
Entretanto vemos que a amostra indeformada, geralmente representada
de forma cúbica ou cilíndrica, deve ser representada pela sua estrutura e pelo
teor de umidade do solo, na data de sua retirada, além da composição
granulométrica e mineral; ela é usada para a determinação das características
físicas do solo na condição atual, na data em que foi retirada, como os índices
físicos, o coeficiente de permeabilidade, os parâmetros de compressibilidade e
a resistência ao cisalhamento.
Em caso de manejo de áreas agrícolas deverão ser levantadas
informações relativas ao uso do solo, como a localização das áreas de mata e
de cultura, os tipos de cultura praticados, os produtos utilizados nas lavouras,
como os agrotóxicos, fertilizantes e corretivos. É importante que a localização
dos pontos de coleta sejam georreferenciados por GPS. Desta forma, a
localização das áreas com solos contaminados poderá permitir formular
inferências sobre a possibilidade de contaminação dos corpos de água
superficiais por carreamento do solo. No caso de solos e solução do solo, a
escolha dos pontos e da profundidade da amostragem mais eficientes está
sujeita ao que está se procurando. Mas se o solo tiver sido arado após a
aplicação de um herbicida, a coleta deverá ser feita entre 25-30 cm de
profundidade, já que este intervalo corresponde à profundidade média de
aração.

2. Como se controla a qualidade da coleta de uma amostra?


O controle de qualidade das amostras pode ser obtido através da
preparação das amostras. Os materiais e ferramentas para retirada de solo
devem estar devidamente limpos e higienizados para que não ocorra
contaminação das amostras em questão. O processo de preparação das
amostras consiste em secar, destorroar, quartear, pesar e peneirar a amostra
para no final das operações, ter uma quantidade suficiente, homogênea e
representativa do solo a ser analisado. Constata-se que os ensaios de
caracterização são também necessários em materiais oriundos de amostras
indeformadas. Normalmente, essas amostras não apresentam material de
granulação graúda e, portanto, algumas etapas iniciais da preparação são
desnecessárias e as quantidades de material manuseado são reduzidas. 
A preparação das amostras é feita em cinco etapas: secagem parcial
das amostras, destorroamento, quarteamento, pesagem e peneiramento.
Aplicando o conceito à mecânica dos solos uma amostra deformada deve
definir as características naturais, enquanto, a amostra indeformada deve
definir as condições do solo do maciço no momento da amostragem. Da
amostra representativa são retirados corpos de prova com uma geometria
definida, quase sempre cilíndrica; de uma amostra representativa deformada,
através de um processo de desdobramento que não altera as características do
solo, são obtidas as amostras reduzidas.
No caso das amostras de solo indeformadas, o transporte pode garantir
a sua integridade, densidade e teor de umidade. Portanto, elas devem ser
cuidadosamente embaladas e transportadas em caixas apropriadas para este
tipo de coleta. É preciso ter cuidado na especificação dos locais de coleta, dos
cuidados na sua retirada e no número de amostras representativas para a obra.
A união de todos esses fatores causa uma qualidade maior de amostragem de
solo.

3. Como planejar um ensaio de laboratório?


Existem vários tipos de ensaios possíveis a serem realizados em um
laboratório de geotecnia. Cada ensaio segue rigorosamente padrões e
sequencias especificas para que haja precisão e sustentabilidade de dados
apresentados após a realização dos ensaios.
Primeiramente é necessário focar em qual ensaio será realizado, após
planejar o ensaio especifico, observa-se quais os fatores a serem analisados. É
importante que a amostra de solo seja coletada da forma correta como manda
cada ensaio, pois, uma amostra contaminada ou retirada de forma inadequada
pode apresentar dados fora dos padrões aceitáveis.
Os materiais de análise e equipamentos devem estar limpos e em
condições perfeitas de funcionamento, para que não ocorra contaminação ou
adulteração nos dados da amostra.
Deve ser observado pelos pesquisadores todas as informações das
amostras, para que haja regulagem e calibração correta dos equipamentos de
testes de ensaio.

4. O que é qualidade em ensaios de laboratório?


A qualidade de ensaios de laboratório é conjunto de ações que devem
ser seguidas para que haja o resultado preciso e concreto das análises
executadas.
Por conta da demora de alguns ensaios, muitas vezes não compatível
com o ritmo de avanço das obras, algumas vezes acabam por não utilizarem os
ensaios de laboratório, mas destaca-se que os estudos mais detalhados para
caracterizar o comportamento tensão-deformação dos solos podem contribuir
para um dimensionamento mais racional das obras geotécnicas.
Assim, torna-se indispensável um programa avançado de ensaios
laboratoriais de precisão que garantem a qualidade dos ensaios de laboratório.
Pode-se dizer que a caracterização do comportamento tensão-deformação-
tempo do solo deverá contemplar ensaios de campo, ensaios laboratoriais e
observação do comportamento em escala real. Os ensaios a realizar deverão
visar a caracterização física e mecânica dos materiais analisados.
Outro aspecto que é importante destacar para garantir a qualidade dos
ensaios de laboratório, é o correto recebimento dos materiais que determina a
precisão dos ensaios e, por isso, deve fazer parte do planejamento logístico da
obra, com a finalidade de proporcionar o tempo adequado para execução dos
ensaios. As amostras devem chegar ao laboratório com as mesmas
características de campo para não comprometer o resultado.
Padrões e normas como a  NBR 9895 (MB2545) de 10/2016 - Solo -
Índice de suporte Califórnia (ISC) - Método de ensaio e a NBR 7182 (MB33) de
09/2016 - Solo - Ensaio de compactação devem ser seguidas integralmente,
garantindo a qualidade e veracidade dos testes de laboratório.
Protocolos de limpeza e organização também são muito importantes no
controle de qualidade do mesmo.
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5. O que é um alinha de tendência?


Em uma relação visual entre variáveis, uma linha de tendência consiste
em uma melhor aproximação reta entre os pontos dispersos em um diagrama.
É um auxílio de apresentação dos dados de um gráfico de dispersão.
Gráfico de dispersão é a relação entre duas variáveis, por exemplo, X e
Y, expostas em um meio visual.

6. O que o coeficiente de correlação?


O coeficiente de correlação é uma estatística que mede o grau de
associação linear entre duas variáveis. O sinal dele corresponde à inclinação
da linha de tendência ajustada à nuvem de pontos de um diagrama de
dispersão. Se o coeficiente de correlação for positivo, as variáveis tendem a
andar juntas e na mesma direção (a linha de tendência é ascendente). Se ele
for negativo, então as variáveis tendem a andar juntas, mas em direções
opostas (a linha de tendência é descendente).
O coeficiente de correlação é um número entre -1 e 1. Quanto mais
próximo de 1, mais forte é a associação positiva entre as variáveis. Em outras
palavras, a linha de tendência é ascendente, e se ajusta muito bem aos dados.
Se o coeficiente é exatamente igual a 1, então a reta se ajusta perfeitamente
aos dados – todos os pontos do diagrama ficam em cima dessa reta.

7. O que é uma equação teórico experimental?


A equação teórico experimental consiste no desenvolvimento de um
modelo matemático através de um processo empírico.

8. Basta o coeficiente de correlação para indicar uma boa


representatividade entre dados experimentais e modelo matemático?
Isso irá depender do número de dados existentes. Em um média de
distribuição normal de dados, pode haver uma boa representatividade.

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9. Porquê publicar dados experimentais?
Cada pesquisa desenvolvida e dados coletados traz uma vertente
distinta da análise teórica, sendo relevante para o enriquecimento das
publicações científicas, além de que os dados experimentais publicados podem
servir de parâmetro para novas pesquisas e comprovação de pesquisas já
realizadas.

10. O que é um texto científico?


Um texto científico é uma produção textual que traz consigo análises
teóricas e/ou experimentais de uma determinada base conceitual, redigido com
linguagem científica e seguindo as normas da ABNT (NBR 6022).

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