Você está na página 1de 96

MOEDA – CONCEITO

 É o conjunto de activos de uma economia que as pessoas usam regulamente


para comprar bens e serviços de outras pessoas.

 É um ativo financeiro utilizado para realizar as transações, por ser de


liquidez imediata ou absoluta.

 Objecto aceite pela colectividade para intermediar as transações


econômicas para o pagamento de bens e serviços.
MOEDA – CONCEITO

Liquidez: é a facilidade de um ativo converter-se rapidamente em poder de


compra, para efetuar transações, aplicações financeiras, e liquidar
obrigações.
MOEDA – FUNÇÕES

1. MEIO/UNIDADE DE TROCA: intermediário entre mercadorias, por ter aceitação


generalizad e garantida por lei.

2. UNIDADE DE CONTA OU DENOMINADOR COMUM DE VALOR: deve servir para


comparar o valor de diferentes mercadorias. Trata-se de um referencial das
trocas, instrumento pelo qual as mercadorias são cotadas, dado que possibilita
que todos os bens e serviços sejam expresso num mesmo denominador.

3. RESERVA DE VALOR: poder de compra que se mantém no tempo, ou seja, forma


de se medir a riqueza.
MOEDA – PROPRIEDADES DESEJÁVEIS

• indestrutibilidade e inalterabilidade;

• homogeneidade;
• divisibilidade;
• transferibilidade;
• facilidade de manuseio e transporte.
MOEDA – EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• As moedas mercadorias: mercadorias raras - valor de troca e atendiam a uma
necessidade comum e geral - valor de uso. Tinham dificuldade em cumprir várias
características desejadas da moeda. Ex. O boi não é durável; não é homogêneo;
não é divisível.

• As moedas metálicas: utilização do cobre, bronze, ferro, ouro e prata; tinham alto
valor de troca e baixo valor de uso (transporte). Na medida em que as moedas
eram socialmente aceitas pelo valor que diziam portar, não fazia muita diferença
qual era a quantidade de ouro que elas de facto carregavam.
MOEDA – EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• A moeda-papel: devido às dificuldades e riscos no transporte de moedas metálicas,
surgiram as Casa de Custódia, onde se depositava o ouro e a prata e em troca se recebia
um Certificado de Depósito. Esse certificado passou a ser transferível, dando origem à
moeda-papel, com as seguintes características: era totalmente lastreada em ouro e prata e
possuía garantia de plena conversibilidade a qualquer momento.

• A moeda fiduciária (papel moeda –> confiança): as Casas de Custódia passaram a


emitir certificados que não tinham lastro em ouro e prata; estes consistiam nas moedas
fiduciárias (papel-moeda). Assim tinha-se: lastro em ouro e prata inferior ao total de papel-
moeda e, portanto, a impossibilidade de todos os depositantes trocarem-no por metais
preciosos. Moeda manual ou moeda corrente.
MOEDA – EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• A moeda bancária ou moeda escritural: são os depósitos à vista nos
bancos, movimentados por cheques. Escritural porque são lançados a crédito
e débito; ou ainda, moeda invisível.
MEDIÇÃO DA QUANTIDADE MONETÁRIA
A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA
Dada a quantidade de bens existentes na economia, a quantidade de moeda influenciaria
tão somente na determinação de preços destes bens.

Ou seja:
MV = PY
Sendo:
M = quantidade de moeda
V = Velocidade de circulação
P = nível absoluto de preços
Y = quantidade de produtos (produto real)
MEDIÇÃO DA QUANTIDADE MONETÁRIA
Velocidade de circulação: número de transações que são liquidadas com a
mesma unidade monetária em dado período de tempo.

Sendo a velocidade de circulação e o produto constantes a curto prazo,


qualquer elevação da moeda significaria assim elevação nos preços, isto é,
quanto maior a quantidade de moeda na economia, maior será o nível de
preços.
MEDIÇÃO DA QUANTIDADE MONETÁRIA
MEIOS DE PAGAMENTO (M e M1)

É a moeda à disposição do sector privado não bancário, de liquidez


imediata, e que não rende juros. É o conceito de moeda em economia. Ou
seja, é a moeda que o sector privado (pessoas físicas e instituições não
financeiras) tem disponível, de imediato, seja “no bolso”, nos cofres das
empresas, ou em depósitos à vista (depósitos em conta corrente) nos bancos
comerciais.
M1 = papel moeda em poder do Depósitos à vista (conta correntes) nos
público (empresas não financeiras e + bancos comerciais
pessoas físicas)

(PMPP) (DV)

Moeda manual Moeda escritural


M1 = PMPP + DV

• Não rende juros

• Liquidez (aplicação) imediata

• Moeda possuída pelo sector privado não bancário (empresas não financeiras e pessoas físicas).
Não inclue a moeda que pertence aos bancos ( ou seja, as reservas dos bancos comerciais).
MEIOS DE PAGAMENTO
O acto de depósitar dinheiro no Banco, assim como sacar, através de cartões
ou cheques, é uma transação que, do ponto de vista contábilístico, não altera
o saldo dos meios de pagamentos. São transferências entre moeda em poder
do público e depósitos à vista (em conta-corrente). Como veremos mais
adiante, alterará os meios de pagamento posteriormente, já que altera a
disponibilidade dos bancos comerciais de emprestarem ao público (ou seja,
afeta a oferta de moeda pelos bancos comerciais).
MEDIÇÃO DA QUANTIDADE MONETÁRIA
AGREGADOS MONETÁRIOS

Para começar este tema, vale fazer a seguinte questão: qual é o stock de
meios de pagamento (moeda) na economia ?

Papel-moeda não a única forma de pagamento na economia. As inovações no


mercado financeiro levaram a conceitos mais amplos dos meios de
pagamento, que são definidos “quase-moeda”. Incluem activos (haveres)
financeiros de alta liquidez (mas não imediata), e que rendem juros: M2,
M3, M4.
MEDIÇÃO DA QUANTIDADE MONETÁRIA

AGREGADOS MONETÁRIOS DESCRIÇÃO

M1 Moeda em poder do público + Depósitos à vista

M2 M1 + depósitos de poupança + depósitos remunerados

M3 M2 + fundos de renda fixa

M4 M3 + títulos públicos de alta liquidez


BASE MONETÁRIA

Base monetária é a soma do papel moeda em poder do público (PMPP) com


o total de reservas dos bancos comerciais (RB).

A Base monetária é igual ao total de reservas dos bancos comerciais e


moeda colocada em circulação pelo Banco Central.

B = PMPP + RB = PMC
BASE MONETÁRIA

 O Banco central cria base monetária toda a vez que ele aumentar o seu
volume de activos e reduzir o seu passivo não-monetário.

 Para entender este ponto devemos analisar a estrutura do balancete do


Banco central.
BALANCETE DO BANCO CENTRAL

ACTIVO PASSIVO

Reservas internacionais Base Monetária


Títulos públicos PMPP

Redesconto e empréstimos Reservas bancárias

Outras aplicações Empréstimos do exterior

Outras fontes
“Criação” e “destruição” de base monetária (moeda)

O banco central aumenta e diminue (enxuga) moeda do mercado da


seguinte forma:

1. Criação de Moeda

 Suponhamos que o Banco Central resolva comprar títulos públicos que


estejam na carteira dos bancos comerciais. Ele pode financiar essa
compra através da emissão de base monetária ou através de
empréstimos no exterior.
BALANCETE DO BANCO CENTRAL

ACTIVO PASSIVO

Reservas internacionais Base Monetária


Títulos públicos PMPP

Redesconto e empréstimos Reservas bancárias

Outras aplicações Empréstimos do exterior

Outras fontes
Essa forma de cálculo da bas monetária é importante pois evita um erro
bastante comum de achar que um aumento das reservas bancárias produz
uma expansão da base monetária.

Como B = PMPP + Res. Bancárias, então, se RB aumentam haveria um


aumento de B.

O erro desse raciocínio é que devido a igualdade necessária entre o activo e


passivo do Banco Central qualquer aumento da base monetária tem que se
traduzir ou num aumento do activo do Banco Central ou numa redução do seu
passivo não monetário (títulos do Governo).
2. Destruição de moeda

 Se o Banco Central resolver vender títulos públicos ou reservas em moeda


estrangeira – mantendo tudo o resto constante – ele irá contrair a base
monetária.
BALANCETE DO BANCO CENTRAL

ACTIVO PASSIVO

Reservas internacionais Base Monetária


Títulos públicos PMPP

Redesconto e empréstimos Reservas bancárias

Outras aplicações Empréstimos do exterior

Outras fontes
“Criação” e “destruição” moeda

O volume de meios de pagamento é um múltiplo da base monetária. Isso


porquê não é apenas o Banco central que cria meios de pagamento, os
bancos comerciais também criam moeda.

Os bancos comerciais criam meios de pagamento porque o público está


disposto a aceitar depósitos à visa como pagamento pela venda de bens e
serviços. Isso faz com que os bancos não precisem manter um volume de
reservas equivalente ao volume de depósitos a vista; ou seja, eles podem
criar “moeda escritural” em uma quantidade superior as reservas que
possuem.
Exercício

Calcule e identifique as seguintes situações se, tratam de destruição de moeda


ou criação de moeda:

1. O Banco central aumenta o montante de créditos ao Governo.

2. O Banco central reduz o montante de créditos ao sector privado.


“Monetização” e “desmonetização” da economia

Em processos inflacionários, a relacção entre M1 e outros meios de


pagamento costuma diminuir, pois as pessoas procurarão ficar com pouca
moeda qua não rende juros (M1) e utiliza-la em aplicações financeiras –
desmonetização. Quando a inflação diminui, essa relacção aumenta –
monetização.
Grau de “Monetização” da economia

É a percentagem de activos (haveres) financeiros na forma de moeda (M1)


sobre os activos totais (M4).
𝑴𝟏
𝑴𝟒

𝑴𝟏
Também pode ser definida em relacção ao PIB :
𝑷𝑰𝑩
O grau de monetização tem uma correlacção inversa com a taxa de
inflacção: maior a taxa de inflacção, menor o grau de monetização (as
pessoas ficam com menos moeda M1, e aplicarão em activos que rendem
juros (M2, M3, M4).

O mesmo acontece com a taxa de juros de mercado: maior a taxa de juros,


menor o grau de monetização.

Estaremos perante desmonetização quando M1 aumenta em relacção a M4


OFERTA E DEMANDA DE MOEDA
Assim com as mercadorias e serviços em geral, existe uma oferta e uma
demanda por moeda.

OFERTA DE MOEDA

São os próprios de meios de pagamento, ou seja, é a criação de moeda, e


ela é feita pelo banco central e os bancos comerciais.
OFERTA E DEMANDA DE MOEDA
DEMANDA DE MOEDA

Representa a retenção de moeda pelo público e empresas. Ou seja, é a


opção do público e empresas não finaceiras de reter, “guardar” moeda ao
inves de aplicá-la em alguma transação.
OFERTA DE MOEDA
Em Moçambique, o orgão de comando normativo da política
monetária é o Banco Central. Este, tem o objectivo de regular a
moeda e o crédito, em níveis compactíveis com a meta
inflacionária, a taxa de juro de longo prazo, o percentual de
reserva compulsórias (veremos mais tarde), etc.
FUNÇÕES DO BANCO CENTRAL

 Banco dos Bancos - tem a função de controlar e administrar as


reservas bancárias, através do controlo da oferta de moeda e do crédito.

 Banco do Governo – é o canal que o Governo tem para implementar a


política monetária.

 Banco emissor - tem o monopólio das emissões de moeda.

 Banco de depósito das reservas internacionais – é o responsável pela


defesa da moeda nacional, e da administração do câmbio e das reservas
de divisas internacionais do país.
OBJECTIVOS DO BANCO CENTRAL

 Estabilidade de preços

 Estabilidade do nível de emprego

 Crescimento económico
OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL

Controle Monetário

Apesar dos poderes e competência próprios para controlar a quantidade de


moeda na economia, o seu controle sobre a oferta não é perfeito, devido a
influência dos bancos comerciais. Porém, o BC regula a moeda e o crédito
através das seguintes políticas monetárias:
o Emissões de moeda

o Depósitos compulsórios

o Operações de Mercado aberto

o Política de Redesconto

o Regulamentação e controle de crédito


Emissões de moeda

Sendo uma instituição monopólio das emissões de moeda, deve colocar em


circulação o volume de notas e moedas metálicas necessárias ao bom
desempenho da economia.
Depósito compulsório (reservas obrigatórias)

Os bancos guardam certa parcela de seus depósitos no Banco Central


para atender o seu movimento de caixa e compensação de cheque. Essas
são as contas de caixa e de reservas ou depósitos voluntários. O BC
obriga os bancos comerciais a reter uma parcela dos depósitos como
depósitos obrigatórios, que não poderão ser utilizados pelos bancos para
empréstimos ou outras aplicações.
Operações de mercado aberto

Basicamente em essência, através de compra e venda de títulos governamentais


no mercado de capitais. Esse procedimento aumenta ou enxuga a “oferta” de
moeda. É o principal mecanismo de control de moeda.
Política de redesconto
É uma taxa de empréstimo inter-bancário que o banco Central usa, para
permitir que os bancos façam frente a problemas de liquidez momentâneo.
Se o banco emprestou demais, e a quantidade de dinheiro em caixa não
esta satisfazendo os requisitos de reserva que o Banco Central exige,
então os bancos vão ao Banco Central e, pedem dinheiro emprestado a
uma taxa de redesconto. Quando o Banco Central muda isso, ele está se
tornando mais ou menos atrativo a busca de empréstimos junto ao banco
central e portanto o volume de recursos que os bancos comercais vão ter
para emprestar.
É necessário ter em mente que o controle do Banco Central não é perfeito. Não
tem controle fino da oferta de moeda. Porque?

Porque, parte da criação de moeda é detida do poder de criação de moeda


detida pelos bancos. O Banco Central não tem a certeza quanto desses
empréstimos tomados vão ser depositados, quanto vai ser entesourado em casa
ou utilizado na compra de bens ou serviços, pois não decide os depósitos das
famílias, ou seja no que diz respeito ao comprtamento das famílias.
Por outro lado, o BC não sabe sobre os empréstimos do banco
comercial. Pode ser que os bancos reduzem a taxa de redesconto,
torne mais atrativo fazer empréstimo ao banco central, reduzam o
parâmetro de reserva colocando mais moeda disponível, o banco
pode achar que a economia está em recessão e, os clientes não tem
perfil adequando e achar muito arriscado fazer empréstimos, e o
dinheiro fica em caixa, isso afecta o control do Banco central - Não
decide sobre o comportamento dos empréstimos do banco.
Regulamentação e controle de crédito

Trata-se de cumprimento de normas. Por exemplo, política de juros, controle de


prazos, regras para o funcionamento aos consumidores (ex. a exigência de que
os bancos financiem no máximo de 70% da compra de automóveis ou
habitação), etc.
OFERTA DE MOEDA PELOS BANCO COMERCIAIS
Os Bancos comerciais tem autorização para utilizar os depósitos do público, e
emprestá-los ao sector privado. Os bancos comerciais possuem conta corrente, com que
criam moeda (aumentam meios de pagamento “PMPP”), através de empréstimos ao
sector privado.

As instituições financeiras e bancos de investimento não possuem conta corrente,


portanto não oferecem (criam) meios de pagamento, não criam nova moeda. Não
podem emitir moeda, nem efectura empréstimos acima das suas disponibilidades (só os
bancos comerciais podem). As transações desses agentes financeiros representam
apenas transferências entre aplicadores e tomadores de empréstimos, não alterando o
volume dos meios de pagamento.
Multiplicador Monetário (Multiplicador de base monetária)

Mostra o grau de expansão da base monetária (B),


através dos empréstimos dos bancos comerciais, criando
meios de pagamento (M). Ou seja:
O banco recebe um depósito; logo tem um empréstimo para uma
pessoa; ao fazer esse empréstimo o banco estará a criar um meio de
pagamento novo e a pessoa pode levar aquele dinheiro e depositar
em outro banco. Esse banco tem recursos para fazer empréstimos
para outras pessoas. E esse processo pode contiuar até o infinito, quer
dizer que aquele depósito inicial tem habilidade de criar uma
quantidade maior de moeda, ele passa por um processo que
chamamos de Multiplicador de moeda.
O banco central, no seu papel de control de moeda, retém uma
percentagem do valor de depósito, isto é, determina que uma
parte do valor depositado não seja emprestado pelo banco
comercial, através da chamada taxa de depósito compulsório
(reservas bancárias).
Exemplo: Suponha que o Sr. João constitui depósito de 100.000,00MT. A
taxa de depósito (reservas bancárias) fixada pelo Banco central é de
20% . O que significa que dos 100.000,00 MT, destina-se 20.000,00MT
para reservas bancárias e 80.000,00MT ficam disponíveis para serem
emprestados. Por conseguinte, os 80.000,00MT retornam ao banco na
forma de novo depósito (o tomador depósita o montante). Destes,
16.000,00MT viram reservas e 64.000,00MT são reemprestados. Estes
voltam como depósito e reinicia-se o ciclo.
Percebe-se que os 100.000,00MT iniciais de depósito
multiplicaram-se, gerando uma sequência de depósitos nos valores
de 80.000,00MT; 64.000,00MT; 51.200,00Mt; 40.960,00MT; …..
Essa sequência constitui uma progressão geométrica (PG)
decrescente de razão 0,8 que corresponde a fracção livre dos
depósitos bancários, isto é, o depósito adicional menos as reservas
que devem ser compostas (um menos a percentagem de reservas:
1 – 0,2 = 0,8).
O total de depósitos do banco com base no depósito inicial é
dado por:

𝟏
∑PG = a
𝟏−𝒒
Onde:

∑PG = soma dos termos da progressão geométrica

a = primeiro termo da progressão geométrica (depósito inicial)

q = razão da progressão geométrica


No exemplo, o total de depósitos fica:

𝟏
∑PG = a
𝟏−𝒒

𝟏
∑PG = 100.000 = 500.000
𝟏 −𝟎,𝟖
Também pode ser calculado da seguinte forma:

Onde: 𝟏
D=a
𝒓
D = total de depósitos

a = depósito inicial

r = taxa de reserva bancária


Ou seja:

𝟏
D = 100.000 = 500.000,00
𝟎,𝟐
Depósito original : 100.000,00 MT r = 20%
Emprétimo no Banco 1 [100.000 * (1-𝑟) ] = 80.000,00

Emprétimo no Banco 2 [100.000 * (1-𝑟)2 ] = 64.000,00

Emprétimo no Banco 3 [100.000 * (1-𝑟)3 ] = 51.200,00

Emprétimo no Banco 4 [100.000 * (1-𝑟)4 ] = 40.960,00

Emprétimo no Banco 5 [100.000 * (1-𝑟)5 ] = 32.768,00

Emprétimo no Banco 6 [100.000 * (1-𝑟)6 ] = 26.214,40

Emprétimo no Banco 7 [100.000 * (1-𝑟)7 ] = 20.971,52


(….) (…..) (….)

Total 100.000,00 * 1/0,2 = 500.000,00


Encaixe (20%
dos depósitos)
Depósito

Retenção pelo público


inicial

Empréstimos

Encaixe

Depósito Retenção pelo público


Empréstimo
Depósito
Factores que afectam o multiplicador monetário
Como tivemos a oportunidade de observar, o multiplicador monetário mostra
o grau de expansão da base monetária (B), através dos empréstimos dos bancos
comerciais, criando meios de pagamento (M).

O valor do multiplicador monetário, designado m depende dos coefecientes de


comportamento monetário c e r, designados taxa de retenção do público e taxa
e reservas bancárias respectivamente.

Quedas em c e em r, bem como aumentos em B aumentam m e M.


Como tivemos oportunidade de ver, a base Monetária (B) é igual ao Papel moeda
em poder do público (PMPP) adicionado às Reservas dos bancos comerciais (RB),
ou seja:

B = PMPP + RB
As reservas bancárias dos bancos comerciais constituem a soma do caixa dos
bancos comerciais, dos depósitos voluntários e depósitos obrigatórios dos bancos
comerciais junto ao banco central.
O mecanismo de multiplicação via empréstimos bancários traduz-se no total de meios de
pagamento. Existe uma relacção bastante estável e previsível entre base monetária e meios
de pagamento, da seguinte forma:

𝑴
=m ou M = mB
𝑩

Sendo:

M = o saldo dos meios de pagamento;

B = a base monetária e;

m = o multiplicador de base monetária


Constata-se, então, que a diferença entre M e B é dada pela
diferença entre o total de depósitos DV e o total de reservas R, o que
corresponde ao montante de emprésrimos bancários :

𝑬 = 𝑫𝑽 − 𝑹𝑩
Para descriminar os paramentros que afectam a expansão ou
contracção monetária da economia e chegar a uma fórmula mais geral
para o multiplicador iremos basear-nos nestes parâmetros:

M = PMPP + DV (1)
B = PMPP + RB (2)

Dividinndo 1 por 2 e depois dividindo tanto o numerador como o


denominador por DV, teremos:
𝑃𝑀𝑃𝑃 𝐷𝑉
𝑀 𝑃𝑀𝑃𝑃 + 𝐷𝑉 + 𝐷𝑉
= = 𝐷𝑉 (3)
𝐵 𝑃𝑀𝑃𝑃 + 𝑅𝐵 𝑃𝑀𝑃𝑃 + 𝑅𝐵
𝐷𝑉 𝐷𝑉

Considerando:

c = 𝑃𝑀𝑃𝑃
𝐷𝑉
= Taxa de retenção do público, que é a relacção entre moeda com o público e os depósitos a
vista;

r = 𝐷𝑉
𝑅𝐵
= Taxa de reservas bancárias, que é o total de encaixes e reservas em relacção aos
depósitos a vista.

A expressão (3) pode ser escrita da seguinte maneira:

𝑀 𝑐+1 𝑐+1
= 𝑜𝑢 𝑀 = *B
𝐵 𝑐+𝑟 𝑐+𝑟
Dessa forma, as expansões e contracções dos meios de pagamento
dependem de três parâmetros básicos:

a) de variações na base monetária B, (maior B, maior M);

b) de variações na taxa de retenção do público c (maior c, menor


m e consequentemente, menor M);

c) de variações na taxa de reservas bancárias r (maior r, menor m


e, consequentemente, menor M).
Salienta-se que, as políticas monetárias não têm efeito directo
sobre a taxa de retenção do público, pelo menos a curto prazo,
dado que é um parâmentro que depende de hábitos da
colectividade, como, por exemplo, o uso de cartões de crédito. A
actuação maior das autoridades dá-se sobre a taxa de reservas
bancárias e sobre a base monetária, podendo afectar a taxa de
retenção de moeda pelo público a partir das variações da taxa
de juros induzidos pela política monetária.
EXERCICIO 1

Dados em milhões de meticais:


 Saldo ad moeda em poder do público(PMPP) = 30.000
 Saldo dos depósitos à vista dos banco comerciais(DV) = 40.000
 Saldo de caixa dos bancos comerciais (R1) = 12.000
 Saldo de reservas voluntárias e compulsórias dos bancos comerciais (R2) = 8.000
Estime:
a) Calcule o multiplicador de base monetária.
EXERCICIO 2
Suponha que em 2018 o Banco central apresentara o seguintes dados:
 Saldo dos meios de pagamento (M) = 350.000 Milhões
 Saldo de base monetária (B) = 330.000 Milhões
 Saldo do papel-moeda em poder do público (PMPP) = 320.000 Milhões
 Saldo dos depósitos à vista (DV) = 325.000 Milhões
 Saldo das reservas dos bancos comerciais (RB) = 315.000 Milhões
Estime:
a) O multiplicador de base monetária;
b) A taxa de retenção do público;
c) A taxa de reservas bancárias.
1. Relacção entre moeda, renda e inflacção
A teoria quantitativa da moeda
(Equação de trocas)
Até agora, analisamos separadamente o equilíbrio do lado real e o do lado
monetário da economia. Vamos agora correlacionar esses dois mercados.

A Teoria Quantitativa da Moeda, ou Equação de Trocas estabelece uma relação


entre o lado monetário e o lado real da economia. Mostra como a política
monetária (M1) actua sobre o nível de produto real (y) e a inflação(P).
MEIOS DE VELOCIDADE NIVEL GERAL DE RENDA NACIONAL
PAGAMENTO
+ RENDA DA MOEDA
+ + REAL (PIB)
PREÇOS

M x V = P x y

Stock de Moeda Número de vezes que PIB nominal (corrente)


a moeda passa de (Y = P.y)
mão em mão
gerando renda
2. Relacção entre moeda, renda e inflacção:
A velocidade renda da moeda
(ou velocidade de circulação da moeda)
É o número de “giros” que a moeda dá, passando de mão em mão, criando
renda nacional (PIB).

𝑃𝐼𝐵 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑷.𝒚


𝑽= =
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑴𝟏
Relacção entre moeda, renda e inflacção:
1. Via regra, supoe-se que a velocidade de renda (circulação) da moeda seja
constante à curto prazo pois, depende de factores que alteram muito pouco a
curto prazo, nomeadamente:

 Hábitos da colectividade. Por exemplo, a intensidade do uso de cartões de


crédito, que diminui a necessidade de utilizar moeda e, portanto a sua circulação
(giro).

 Grau de verticalização entre empresas (o contrário de terceirização), onde


ponderam transações contábeis, não envolvendo transações monetárias. Por
exemplo, se uma firma adquire uma firma ornecedora de um insumo que ela
utiliza (Toyota adquirindo a Pirelli).
Relacção entre moeda, renda e inflacção:
Modelos mais completos mostram que a velocidade renda também pode ser
afetada pela taxa de juros e pela expectativa de inflação, que afetam os meios
de pagamento (denominador de V).
Relacção entre moeda, renda e inflacção:

2. Supondo a velocidade de circulação constante a curto prazo, elevações na


quantidade de moeda (M1), podem levar a aumentos do nível do produto real
(y), ou de preços(P) , ou de ambos, dependendo de que a economia esteja no seu
produto potencial de pleno emprego, ou em desemprego, ou em situação
intermediária (com inflação e desemprego ao mesmo tempo).

Observando a fórmula, fica claro que:


Seja, saldo dos meios de pagamento : 100 bilhões de meticais e PIB nominal 800
Bilhões de meticais.

𝑷𝑰𝑩 𝒏𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍 800


𝑉= = =8
𝑺𝒂𝒍𝒅𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒎𝒆𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒑𝒂𝒈𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 100

Isto significa que, cada unidade monetária circulou (girou) 8 vezes, no período
gerando aumento da renda nacional.
Relacção entre moeda, renda e inflacção:

 Economia a pleno-emprego: aumento em M eleva P (provoca inflação);

 Economia em desemprego: aumento em M eleva y (gera crescimento);

 Alguns sectores a pleno-emprego, outros em desemprego: aumento em M


eleva P e y.
Relacção entre moeda, renda e inflacção:

3. Portanto, políticas monetárias expansionistas (por exemplo: aumento de crédito,


redução da taxa de juros, redução da taxa de depósito compulsório, recompra
de títulos públicos pelo governo) sempre aumentam a Demanda Agregada e a
renda corrente (nominal) Y=Py, mas não necessariamente a renda (produto) real
y.
Relacção entre moeda, renda e inflacção:

4. A relacção entre moeda, renda e inflacção depende também da taxa de juros.


A taxa de juros afecta tanto o lado real (demanda de investimentos, como já
vimos), como o lado monetário (a demanda de moeda, que veremos mais
adiante).
DEMANDA DE MOEDA
Para esta parte, importa saber os motivos que fazem com que as pessoas
guardem moeda, em vez de aplicá-la, em títulos ou imóveis, que proporcionam
rendimentos. Quais são as razões identificadas?

Existem três motivos para as quais sas pessoas retêm moeda, nomeadamente:

1. Motivo de transação;

2. Motivo de precaução;

3. Motivo de especulação.
1. Motivo de transação

As pessoas retêm moeda para efectuar pagamentos que vencem antes da


data de recebimento de sua renda, ou seja, para fazer face à diferença de
datas entre os recebimentos e os gastos diários com alimentação, transporte,
etc.

Ela depende do nível de renda: quanto maior a renda maior são os gastos e
os saldos de moeda mantidos para harmonizar esses fluxos também devem
aumentar.
𝑀𝑑 𝑇 = quantidade média de moeda retida (demanda)
𝑌 = renda monetária anual

A relacção entre 𝑀𝑑 𝑇 é dada por :


𝑴𝒅𝑻
𝒌𝑻 =
𝒀

𝑘 𝑇 é chamado de coefeciente de marshalliano ou coefeciente de Cambridge


e é definida como a retenção de moeda pela colectividade, em proporção à
renda nacional, em determinado período de tempo.
𝐸𝑥𝑒𝑚𝑝𝑙𝑜: = seja 𝑀𝑑 𝑇 = 60,000 e Y = 1.440.000 o´grau de retenção de
moeda pelo público será como se segue:

60.000 𝟏
𝑘𝑇 = =
1.440.000 𝟐𝟒

Isto significa que, a colectividade costuma demandar, reter em moeda cerca


de 1/24 de renda nacional, com o objectivo de atender transações diárias.
Logo, a função demanda por transações é expressa da seguinte forma:

𝑴𝒅𝑻 = 𝑘 𝑇 𝑌

Como Y é a renda monetária, igual a Y = P.y, sendo P o nível geral de


preços e y a renda ou produto real, podemos escrever essa equação da
seguinte forma:
𝑀𝑑𝑇
𝑴𝒅𝑻 = 𝑘 𝑇 . 𝑃.y ou = kT. y
𝑃
2. Motivo de Precaução

Resulta da incerteza quanto às datas de recebimento e pagamentos.


Pagamentos inesperados e recebimentos atrasados fazem com que as
pessoas retenham uma parcela de moeda por precaução. Ela, também
depende da renda do indivíduo ou da empresa. Quanto maior a
empresa, ou mais rica a pessoa, maior a necessidade de moeda para
precaução. Ela é dada por:
𝑴𝒅𝒑 = 𝑘𝑃 . 𝑌 = 𝑘𝑃 .P.y

Como 𝑀𝑑 𝑇 e 𝑀𝑑𝑃 dependem de Y, podemos juntá-las:

𝑴𝒅 𝑇+𝑃 = 𝑘. 𝑌 = kPy
3. Motivo de Especulação

Keynes deu uma nova dimensão à moeda ao colocá-la também como uma forma de
poupança de acumular património. Segundo Keynes, as pessoas demandam moeda
não apenas para satisfazer transações correntes, mas também para especular com
títulos, imóveis, etc.

Dai que, existe uma relacção entre demanda de moeda por especulação e taxa de
juros de mercado. Resulta então que, quanto maior a taxa de juros, os agentes
reterão menos moeda (que não rende juros) em seu poder e vice-versa.
Ela é dada por:
Δ𝑀𝑑𝐸
𝑀𝑑𝐸 = f(i), sendo <0
Δ𝑖

Graficamente representada:

𝑀𝑑𝐸 = f(i)

0
𝑀𝑑𝐸
FUNÇÃO DA DEMANDA TOTAL
Ela resulta juntando as três razões para se manter encaixes monetários, como se
segue:
𝑀𝑑 = 𝑀𝑑 𝑇+𝑃 + 𝑀𝑑𝐸
𝑀𝑑 = 𝑘𝑌 + 𝑓(𝑖)
𝑀𝑑 = 𝑓 𝑌, 𝑖 , sendo
Δ𝑀𝑑 Δ𝑀𝑑
>0 e <0
Δ𝑌 Δ𝑖

Ou seja, a função demanda da moeda é afectada pelas variáveis


renda nominal e taxa de juros.
EQUILÍBRIO DO LADO MONETÁRIO
De entre várias teorias sobre o equilíbrio monetário, iremos destacar as duas mais
tradicionais: a visão clássica e a visão Keynesiana (que introduz o motivo
especulação).

Em ambos os casos, supõe-se normalmente que oferta da moeda (M) é constante


(ou inelástica) em relacção a taxa de juros (𝑖). Ou seja, a oferta da moeda é
fixada institucionalmente, o que significa que ela depende da política do baco
central e do Governo (por exemplo, se adopta políticas recessívas ou de
crescimento).
Oferta da moeda:


𝑖
𝑀𝑠

𝑀𝑠
EQUILÍBRIO DO LADO MONETÁRIO NA VISÃO CLÁSSICA

A VISÃO CLÁSSICA (TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA).

 Oferta da Moeda:
𝑀𝑠 = M°
 Demanda da moeda:
𝑀𝑑 = kPy
 Equilíbrio:
M° = 𝑀𝑠 = Md e M° = kPy

𝟏
A equação M° = kPy também pode ser escrita como M° + ∗ 𝑷𝒚 𝒐𝒖 𝑴𝑽 = 𝑷𝒚
𝑽
𝟏
A equação M° = kPy também pode ser escrita como M° + ∗ 𝑷𝒚 𝒐𝒖 𝑴𝑽 = 𝑷𝒚
𝑽

Como tivestes oportunidade de ver, essa é a equação quantitativa da


moeda, ou teoria quantitativa da moeda, sendo V a velocidade renda
da moeda, que é o números de “giros” que uma unidade monetária dá,
criando renda durante certo período de tempo. È o inverso do
coefeciente de Cambridge k (que é a retenção da moeda, enquanto V é
a utilização da moeda, em relacção à renda nacional).
EQUILÍBRIO DO LADO MONETÁRIO NA VISÃO
KEYNESIANA
Ela resulta juntando as três razões para se manter encaixes monetários, como se
segue:
𝑀𝑑 = 𝑀𝑑 𝑇+𝑃 + 𝑀𝑑𝐸
𝑀𝑑 = 𝑘𝑌 + 𝑓(𝑖)
𝑀𝑑 = 𝑓 𝑌, 𝑖 , sendo
Δ𝑀𝑑 Δ𝑀𝑑
>0 e <0
Δ𝑌 Δ𝑖

Ou seja, a função demanda da moeda é afectada pelas variáveis


renda nominal e taxa de juros.
Graficamente é representado como se segue:

Tal como monstra o gráfico, a


𝑖 𝑀°𝑠 teoria keynesiana da moeda
depende da elasticidade ou
sensibilidade de moeda em
relacção a taxa de juros.

𝑀𝑑 (𝑎 𝑢𝑚 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑌0 )


𝑖0
Na teoria clássica,
a demanda da
moeda seria 0 Por esse motivo, na concepção
completamente 𝑀° 𝑀
keynesiana, a taxa de juros é
inelástica em o resultado dp equilíbrio entre
relacção a taxa de a oferta e demanda da
juros. moeda.
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIO SOBRE O NÍVEL DE
RENDA E DE PREÇOS

Tendo observado o lado monetário da economia, cabe relacioná-lo com o lado


real. Torna-se relevante, perceber como é que as políticas monetárias podem ser
utilizadas para aumentar o nível de emprego e controlar a inflacção.
Comecemos, pois por analisar a (1) teoria quantitiva da moeda Clássica:
a) Política monetária expansionista (ou seja aumento na oferta da moeda 𝑀𝑠 )

Renda Nominal Y = Py
Se a economia estiver com
recursos desempregados, então
𝑀°𝑠 𝑀1 𝑠
é possível que a expansão
𝑀𝑑 = 𝑘𝑃𝑦
monetária estimule a produção
Supondo desemprego > 𝑌1 = 𝑃0 𝑌1 ou agregada y, sem
Supondo pleno emprego > 𝑌1 = 𝑃1 𝑌0 necessariamente aumentar os
𝑌0= 𝑃0 𝑌0 preços, posto que existem
recursos ociosos

𝑉 = 1/𝑘
(desaproveitados). A renda
0 nominal Y passa de: 𝒀𝟎 = 𝑷𝟎 𝒀𝟎
𝑀
para 𝒀𝟏 = 𝑷𝟎 𝒀𝟏
a) Política monetária expansionista (ou seja aumento na oferta da moeda 𝑀𝑠 )

Se a economia estiver com


Renda Nominal Y = Py
recursos plenamente
𝑀°𝑠 𝑀1 𝑠 empregados, o aumento de M
𝑀𝑑 = 𝑘𝑃𝑦 provocará apenas um aumento
no nível geral de preços, pois,
Supondo desemprego > 𝑌1 = 𝑃0 𝑌1 ou
dado MV = Py. Sendo V
Supondo pleno emprego > 𝑌1 = 𝑃1 𝑌0
constante e y constante em nível
𝑌0= 𝑃0 𝑌0
de pleno emprego, o aumento
em M provocará um aumento
𝑉 = 1/𝑘 proporcional em P. A renda
0
𝑀 nominal Y passa de: 𝒀𝟎 = 𝑷𝟎 𝒀𝟎
para 𝒀𝟏 = 𝑷𝟏 𝒀𝟎
A teoria quantitiva da moeda constuma ser frequentemente utilizada para
previsões de meios de pagamentos. Por exemplo, se o Governo prevê que a
renda real y deve aumentar 6% e que os preços aumentam 20%, e supondo
adicionalmente que a velocidade-renda da moeda permaneça constante, pode
ser feita uma estimativa para os meios de pagamento da seginte forma:

𝑴𝟎 𝑽𝟎 = 𝑷𝟎 𝒀𝟎 (1)

𝑴𝟏 𝑽𝟏 = 𝑷𝟏 𝒀𝟏 (2)
Dividindo 1 por 2:

𝑀1 𝑉1 𝑃1 𝑌1
=
𝑀0 𝑉0 𝑃0 𝑌0

𝑉1 𝑃1 𝑦1
Como: 𝑉0
=1 ; 𝑃0
= 1,2 e 𝑦0
= 1,06

𝑀1
Logo teremos : 𝑀0
= 1,2 ∗ 1,06 = 1,272

isto significa que prevê-se um crescimento dos meios de pagamento de 27,2%, supondo que a velocidade-renda
da moeda mantenha-se constante no período considerado.
Exercício 1

O Governo de Moçambique prevê a curto prazo (doze meses), um aumento da


renda real y na ordem de 4,5% e um aumento consequente de preços na ordem
de 15%.

a) Calcule o tipo de alterações que este cenário prevê acarretar. Justifique a sua
resposta.
Resposta:

𝑀1 𝑉1 𝑃1 𝑌1 𝑉1
Seja, = ; = 1 (a velocidade de moeda se mantém constante devido ao
𝑀0 𝑉0 𝑃0 𝑌0 𝑉0

𝑃1 𝑦1
comportamento da na colectividade qua não altera); = 1,15 e = 1,045
𝑃0 𝑦0

𝑀1
= 1,15 ∗ 1,045 = 1,202
𝑀0

Você também pode gostar