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São Paulo
2017
Ayumi Sato Fideles
Guilherme Vieira Tavelin
Leonardo Paschoal Camargo
Lucas Leandro Lima
Solange Gomes de Amorim Ferreira
São Paulo
2017
ÍNDICE DE FIGURAS
Ajud - Ajudante
ABESC - Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Concretagem
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
BIM - Building Information Modeling
CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção
cm - Centímetros
CAA - Concreto Auto Adensável
d - Diâmetro
H - Horas
ICC - Indústria da Construção Civil
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LER - Lesão por Esforço Repetitivo
m - Metros
m³ - Metros Cúbicos
mm - Milímetros
m² - Metros Quadrados
NBR - Norma Brasileira Regulamentadora
NR - Norma Regulamentadora
OCDE - Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico
PDCA - Plan Do Check Act
PIB - Produto Interno Bruto
PMCM - Programa Minha Casa Minha Vida
Qntd - Quantidade
RS - Rio Grande Do Sul
SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil
TCPO - Tabelas de Composições e Preços para Orçamentos
TI - Tecnologia da Informação
Unid - Unidade
UFG - Universidade Federal de Goiás
DEDICATÓRIA
ALBERT EINSTEIN
RESUMO
The construction industry sector has a great influence on the society and economy of
the country, and it is now possible to observe the growing use of machinery in
various processes of this productive sphere. As an example, one has the production
of materials, manufacturing of pre-molded, and, even within the construction site,
technologies such as mortar projectors. Therefore, the objective of this work is to
demonstrate employability in this sector, introduction of automation, planning at the
construction site with resources such as the PDCA Cycle, the impacts caused by the
introduction of these mechanisms and, finally, to compare the use of industry
innovations with conventional executions. Therefore, the conclusion that can be
reached, within the execution of small works, such as the one presented in this
research, is that an analysis of the costs of the workforce and the obtaining of
innovative materials and mechanisms before the adoption and / or replacement of
labor by such equipment, since, depending on innovation, the cost may be higher
than the conventional system.
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................13
1.1 Objetivos......................................................................................................13
1.1.1 Objetivo Geral..............................................................................................13
1.1.2 Objetivos Específicos.................................................................................14
1.2 Justificativa..................................................................................................14
2 METODOLOGIA.......................................................................................16
3 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................17
3.1 Construção Civil no Brasil e Inovação Tecnológica................................17
3.1.1 Ciclo de inovação........................................................................................18
3.1.2 Inovação e gestão de inovação..................................................................19
3.1.3 Incentivos à inovação tecnológica.............................................................20
3.1.3.1 Lei 13.243/2016.............................................................................................21
3.1.3.2 Lei 11.196/2005.............................................................................................21
3.1.4 Organização no canteiro de obras.............................................................22
3.2 Economia Brasileira e a Construção Civil.................................................23
3.3 Empregabilidade no Setor da Construção Civil........................................25
3.3.1 Relação entre PIB nacional e da construção civil e empregabilidade do
setor..............................................................................................................25
3.4 Custo das obras civis no Brasil..................................................................26
3.4.1 Custo da implantação das inovações tecnológicas nas obras
civis...............................................................................................................28
3.5 Desperdícios e Perdas na Construção Civil..............................................37
3.5.1 Inovações tecnológicas que reduzem desperdício e perdas...................39
3.5.2 Ciclo do PDCA..............................................................................................40
3.6 Inovações tecnológicas e etapas da construção......................................42
3.6.1 Fundação.......................................................................................................42
3.6.1.1 Estacas Hélice Contínua..............................................................................42
3.6.2 Pilares e Vigas..............................................................................................44
3.6.2.1 Máquina de amarrar vergalhões.................................................................44
3.6.2.2 Concreto auto-adensável............................................................................45
3.6.3 Alvenaria.......................................................................................................47
3.6.3.1 Painéis cerâmicos........................................................................................47
3.6.3.2 Lixadeira de parede.....................................................................................48
3.6.3.3 Cortadores de Cerâmicas e Porcelanatos com Bancada........................48
3.6.3.4 Misturadores Elétricos de Argamassa......................................................49
3.6.3.5 Aditivo para liga e plasticidade..................................................................49
3.6.3.6 Projetor de chapisco e reboco...................................................................50
3.6.3.7 Projetor de argamassa................................................................................50
3.6.4 Telhados e Coberturas................................................................................50
3.7 Automação na construção civil..................................................................52
3.8 Impactos Sociais com a Introdução da Automação na Construção
Civil...............................................................................................................53
4 ESTUDO DE CASO..................................................................................55
4.1 Quantitativo de materiais............................................................................55
4.1.1 Estudo de fundação.....................................................................................55
4.1.2 Estudo de alvenaria......................................................................................60
4.1.3 Estudo de revestimento...............................................................................62
4.1.4 Estudo de piso..............................................................................................64
5 ANÁLISES E RESULTADOS................................................................67
6 CONCLUSÃO............................................................................................70
REFERÊNCIAS.....................................................................................................72
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
14
Este trabalho tem como objetivo apresentar e avaliar os processos de
inovação tecnológica no canteiro de obras da construção civil.
1.
1.1.1.
1.1.2 Objetivos Específicos
1.2 Justificativa
15
Com a introdução de ferramentas mecânicas, os riscos de acidentes
tendem a diminuir, assim como o aproveitamento dos materiais, trazendo um
retorno de investimentos em longo prazo, uma vez que o custo inicial do sistema
construtivo autônomo é alto e requer planejamento completo e detalhado.
Devido a isso, o Brasil sofre um atraso na construção, sendo o eixo tecnológico
mais conservador.
É válido citar também, que não são realizados estudos para a criação de
novos mecanismos automatizados, e para o seu uso, faz-se necessária à
importação de tecnologia, elevando mais ainda os custos.
16
2 METODOLOGIA
17
3 REFERENCIAL TEÓRICO
18
Em relação aos cenários apresentados, as inovações tecnológicas em
geral podem se apresentar como meio de solução de diversos problemas, porém
segundo a revista Construção Mercado (2015 apud CBIC, 2016), muitos desses
meios não estão tão claros para grande parte das construtoras.
19
realização dos procedimentos. Tal pensamento se evidencia na atual fase de
industrialização em que muitos setores se encontram. Com construção Civil não
será diferente - apesar da grande defasagem existente na tecnologia brasileira -,
dado que muitos países já adotam sistemas inteligentes de construção.
Para que se atinja tal nível, convém que haja inovações tecnológicas, de
modo a permitir a reinvenção dos métodos, e assim, avançar etapas
tecnológicas. Alguns exemplos serão dados ao longo da presente pesquisa, de
modo que seja evidenciado o processo no qual se encontra o mercado da
construção no país.
20
mostrar como as empresas inovam e quais os tipos de inovação são utilizados
(OCDE, 2005).
21
3.1.3.1 Lei 13.243/2016
Essa lei, mais conhecida como Lei do Bem, garante isenção fiscal para
empresas que contribuam para o ramo de inovações e desenvolvimento
tecnológico. Seu objetivo é fortalecer o investimento privado no setor, fazendo
com que este fique menos dependentes do investimento estatal e assim poder
acelerar seu crescimento.
Para que uma empresa possa usufruir do benefício ela deve se encaixar
em alguns pré-requisitos estipulados pela lei, garantindo assim que a isenção
proporcione um real estimulo à tecnologia e inovação. A lei também cria uma
definição de Desenvolvimento de Inovação Tecnológica com a intenção de
22
solidificar uma base para definir se a empresa que solicitar a isenção contribui
ou não com o mesmo.
23
3.1.4 Organização no canteiro de Obras
24
propicia o cenário para a integração de recursos da Tecnologia da Informação
para ampliar as possibilidades e dar aos projetistas e executores da obra maior
facilidade para a tomada de decisões e garantia da precisão e características
físicas previstas inicialmente.
Vale ainda citar a NBR 12.284 (1991), que determina áreas de vivência
para os trabalhadores, e também, áreas operacionais, voltando ao conceito de
Dantas (2004 apud FREITAS, 2015), dos Centros operacionais (como, por
exemplo, a Central de Concretagem, de Armação, de Alvenaria etc.).
25
na construção pensando em um futuro desenvolvimento social, o empresário
investe pensando somente no lucro, fazendo com que o Estado tenha muito
mais áreas de investimentos do que a iniciativa privada. Muitas vezes,
percebendo que não consegue dar conta de todas as demandas da sociedade, o
Estado acaba por investir também na própria indústria privada, fazendo com que
esse passe a trabalhar em áreas onde a margem de lucro é menor ou que antes
não apresentava margem de lucro. Nesses casos, é garantido tanto o lucro do
empresário quanto o desenvolvimento social para a população (KNACKFUSS,
2010).
Todavia, a construção civil, por ser uma indústria muito complexa, acaba
por se mostrar muito sensível em relação à situação do mercado, provocando
picos de queda e crescimento muito mais instáveis do que os apresentados pela
economia em geral. Normalmente, quando um país passa por uma crise, a
construção civil é uma das primeiras indústrias a sofrer com ela, e uma das
últimas a retomar o crescimento. E, uma vez que possui grande participação na
questão de empregabilidade, geralmente sua queda é acompanhada por um
grande aumento do desemprego. Pode-se perceber isso analisando a realidade:
em 2015, enquanto o PIB nacional teve queda de 3,8%, a construção civil teve
queda de 6,5% (CBIC, 2015).
26
fortemente sensível à situação econômica nacional. Ou seja, quando a
economia de um país está próspera e se encontra em situação de pleno
emprego, existe o risco do preço de um imóvel crescer em porcentagens
exorbitantes (KNACKFUSS, 2010).
3.3 Empregabilidade no setor da construção civil
Porém, segundo Bruno et al (2015), não se pode afirmar que com uma
dita recessão na indústria da construção civil, ocorrerá uma catástrofe na
economia do país, apenas que ambas geralmente andam juntas, pois quando a
economia do país vai bem, os investimentos na área da construção civil são
maiores.
27
Tal fato pode apresentar um problema de escala nacional, uma vez que a
construção civil é uma grande produtora de empregos, tanto diretamente quanto
indiretamente. Sendo que além de necessitar de uma grande quantidade de
mão-de-obra para suprir as demandas de construções, também acaba
incentivando o crescimento de outros setores da economia por gerar uma
crescente demanda de diversos materiais necessários para o funcionamento de
suas obras (ALMEIDA, Bruno et al., 2015).
28
obra teve inflação de 0,53%, passando de R$ 481,79 para R$ 484,33 por metro
quadrado, tendo como motivos para essas elevações o anual aumento nos
salários dos trabalhadores, carência de profissionais qualificados para as suas
respectivas funções e, principalmente, longos prazos para executar cada etapa
da construção.
29
f) Cotação de preço de todos os insumos que compõe cada serviço;
g) Levantamento dos impostos e encargos sociais;
h) Elaboração da rede de suprimentos e o tipo de mecanização dentro do canteiro;
i) Elaboração de cronogramas como: mão-de-obra, equipamentos e o físico-
financeiro para todos os serviços.
30
As inovações tecnológicas se tornaram algo necessário para a
competição no mercado das empresas de construção civil, na qual quando
implantados melhoram a qualidade do produto, a produtividade dos
trabalhadores e a confiabilidade dos clientes na produção e qualidade da obra
(GOMES et al, 2014).
31
Figura 1 - Nivelador de revestimento cerâmico
Fonte: www.lhdistribuidora.com.br
Como Gomes et al. (2014) diz, “cada kit com uma alicate, 50 cunhas e
100 clips com rendimento médio de 13m² em peças de 60x60cm custa R$
130,00. Uma caixa de cunhas com 250 unidades custa R$199,00 e uma caixa
de espaçadores com 400 unidades custa R$119,00. Sendo adquiridos 4 kits
completos, 8 caixas cunhas e 10 caixas de espaçadores totalizando um
investimento de R$3.302,00”.
32
Figura 2 - Argamassa pronta
Fonte: www.mfrural.com.br
Fonte: www.donossojeitinho.blogspot.com.br
33
c) Nível Alemão:
Dito por Gomes et al. (2014), o Nível Alemão (Figura 4) é manuseado por
somente um profissional e racionaliza as operações de nivelamento em
situações como: blocos e cintas de fundações, fiadas de alvenaria, formas de
vigas e lajes, acabamentos de pisos, nivelamento de portas e janelas, azulejos,
etc.
Fonte: www.mplan.com.br
d) Pernas mecânicas:
34
Figura 5 - Perna mecânica Drywall
Fonte: www.sulmodulos.com.br
e) Escoras metálicas:
35
Figura 6 - Escora metálica MECAN
Fonte: www.gettiloc.com.br
Como explicado por Gomes et al. (2014), cada escora custa em média
R$70,00, sendo adquiridas inicialmente para a empresa 70 escoras, suficientes
para o escoramento de vigas e lajes de um pavimento em uma das obras,
totalizando um investimento de R$4.900.
f) Suporte de fixação:
g) Rádio comunicador:
36
comunicação entre os operários em todos os pavimentos, incluindo os
superiores e facilitando, até mesmo, a comunicação com o guincheiro.
Fonte: www.submarino.com.br
h) Alto falantes:
Como dito por Gomes et al. (2014), os alto-falantes serão usados para
avisos gerais, bem como um sistema de rádio FM, visando melhorar a
comunicação no canteiro de obras e tornar mais ameno o trabalho da mão-de-
obra.
37
As telhas ecológicas (Figura 8) são fabricadas a partir de fibras naturais
ou materiais reciclados. Esses itens se tornam uma opção sustentável para
utilização em canteiro de obras, trazendo vantagens por serem recicláveis. Em
uma situação de canteiro de obras, as telhas e as portas podem ser utilizadas no
cobrimento de almoxarifados, banheiros, refeitórios, entre outros (GOMES et al.,
2014).
Fonte: www.decoracaodeexteriordecasas.com
Cada telha ecológica de 2m² custa R$30,00, sendo que as pontas têm um
custo de R$69,90, sendo adquiridas 50 telhas e 20 pontas, haverá um
investimento de R$2.898,00 (GOMES et al., 2014).
Explicado por Gomes et al. (2014), a água da chuva captada pelo telhado
é reutilizada para chuveiros e, posteriormente, utilizada no vaso sanitário,
buscando utilizar materiais baratos. Seu emprego, além de trazer economia,
contribui para a solução de diversos problemas relacionados à escassez de
recursos hídricos e enchentes nos grandes centros urbanos.
38
A bomba manual será confeccionada pelos próprios colaboradores
referentes à empresa a partir de projeto. As peças para confecção de cada
bomba custam aproximadamente R$80,00, o reservatório de 100 litros custa
R$85,00 e o sistema de filtros custa R$200,00. O restante do sistema será o
convencional, exemplificando assim que o investimento para adquirir o sistema
para quatro obras custará aproximadamente R$1.500,00 (GOMES et al., 2014).
39
Agopyan et al (1998), relaciona a perda e o consumo excessivo de
materiais a três fases de uma obra: concepção, execução e utilização. Na
concepção, a perda se dá pela previsão do uso em um projeto otimizado e o
quanto será gasto no projeto idealizado; na execução é a diferença entre o
projeto idealizado e o que realmente foi gasto na obra, já na utilização a perda
acontece pela distância de números entre o previsto para a manutenção e o que
foi utilizado em certo período.
40
A redução dos resíduos gerados na construção acontecerá ao passo que
a gestão e a logística das empreiteiras forem aplicadas em prol da diminuição
das perdas, juntamente com a automação do canteiro de obras, que deve
ganhar espaço no cenário nacional, e será impulsionada se as pesquisas na
área forem crescendo e possibilitando o desenvolvimento dos setores de
diminuição dos resíduos na construção civil (RODRIGUES, 2001).
41
Figura 9 - Impressora Countour Crafting
Fonte: www.reprodução/contourcrafting.org
42
3.5.2 Ciclo do PDCA
43
observações sobre o mesmo, devem ser coletados também os dados para a
verificação do processo na próxima etapa do ciclo (BEZERRA, 2014).
Etapa de ação (Act), que é a realização das ações corretivas, que visam a
correção das falhas encontradas durante o processo. Após a correção ser
realizada, deve-se repetir o ciclo, sendo nessa etapa que o ciclo reinicia dando
continuidade ao processo de melhoria contínua. Resumindo, é através da
análise crítica do Ciclo PDCA que se estabelece um plano de ação definitivo
para a implementação das atividades a serem após o estudo do ciclo
(BEZERRA, 2014).
44
3.6 Inovações tecnológicas e etapas da construção
3.6.1 Fundação
45
Figura 10 - Possibilidade de emendas das estacas metálicas permite o alcance de até 100
metros de profundidade
46
Para a execução correta de vigas e pilares, faz-se necessário o
cumprimento das armações requeridas pelas forças atuantes nesses elementos
construtivos. Atualmente, existem equipamentos para amarrar vergalhões mais
rapidamente, como a RDV-400 (Figura 13), uma máquina a bateria, utilizada
especialmente para essa finalidade. Possui quatro peças incluindo corpo da
máquina, carretéis de arame especiais, caixa de bateria e carregador, pesa 2,1
kg, sendo que o diâmetro máximo de amarração é de 20 mm a 21 mm. Por ser
mais rápido e prático, este maquinário reduz o esforço de trabalho e o tempo
gasto na amarração de aços.
Fonte: RR Máquinas
47
desse componente aliviam os prazos e o gasto com mão-de-obra, uma vez que
não se faz necessário o serviço de adensamento. Em contrapartida, há maiores
gastos com a compra do material, já que o CAA é mais caro que o comum e há
a necessidade de cuidados em transporte e controle tecnológico, ainda assim,
as vantagens superam esses custos (SILVA; BARBOSA, 2016).
Fonte: http://www.abesc.org.br/tecnologias/concreto-auto-adensavel.html
48
Figura 13 - Execução da concretagem com o CAA
Fonte: http://www.abesc.org.br/tecnologias/concreto-auto-adensavel.html
3.6.3 Alvenaria
Sua obtenção pode ser feita através da compra de painéis instalados por
meio de construtoras para projetos específicos em parceria com a kit casa, com
a compra direta de painéis cerâmicos para projetos específicos, e, nos casos de
construtoras, também é possível a obtenção de painéis cerâmicos através da
locação de equipamentos para a fabricação do material. Leva-se em
consideração que o custo de um painel cerâmico varia em relação ao projeto e
ao tamanho da obra (CASA EXPRESS, 2017).
49
Figura 14 - Painéis cerâmicos
Fonte: http://www.agencia.ac.gov.br
Fonte: http://www.vonder.com.br
50
3.6.3.3 Cortadores de Cerâmicas e Porcelanatos com Bancada
51
O Aditivo (Figura 16) diminui o tempo de execução desta etapa e o custo
da obra, podendo ser preparado com qualquer tipo de areia fina ou média, não
havendo risco de aparecimento de fissuras.
53
Fonte: http://www.madeiratratada.com/br/madeira-tratada/telhados-pre-fabricados/
Fonte: http://www.lemiferestruturasmetalicas.com.br/estrutura-metalica-cobertura
54
Fora que, diante dos profissionais que atuam nesse setor, não há um incentivo
para a adoção de novas ferramentas ligadas ao setor de TI, com raras
exceções, (SANTOS, 2002).
Apesar do grande avanço que a construção civil tem passado nos últimos
anos, ainda passa por um grande déficit em relação a outros setores da
economia e, se bem investida, a construção civil tem potencial para passar por
uma modernização, uma vez que é uma indústria muito complexa e possui
inúmeros serviços cujas técnicas em prática são antigas e ultrapassadas.
Todavia, antes dessa modernização, precisa solucionar os diversos problemas
que a impedem, uma vez que isso acaba provocando certo congelamento de
seu desenvolvimento, (SANTOS, 2002).
55
listar a diminuição do tempo de obra, redução dos custos com mão-de-obra e
aumento na produtividade. Porém, para que isso ocorra, é necessário um
investimento inicial elevado, com a probabilidade de não haver futuro retorno,
sendo que, além da preocupação com manutenções recorrentes, há-se a
necessidade de treinamento da mão-de-obra que manuseará este equipamento,
como também a substituição dos empregados que antes exerciam a função da
máquina.
56
4 ESTUDO DE CASO
57
Quanto à fundação convencional, cujo quantitativo está explícito na
Tabela 1, as vigas baldrames seriam executadas com a utilização de concreto
auto adensável (CAA) e máquina de amarrar vergalhões.
58
Resumindo as informações ligadas às horas de armação das vigas
baldrames, pode-se chegar a um total de 108,02 horas. Considerando 8 horas
de trabalho por dia, o prazo de término das armações das vigas seria de,
aproximadamente, sete dias úteis. Já a armação de todos os blocos de fundação
seria finalizada em, aproximadamente, dois dias úteis, sendo assim, seriam
totalizados nove dias úteis de trabalho para finalização da armação da fundação,
considerando apenas um armador e um ajudante. O custo da mão-de-obra
necessária no cumprimento desta fase está resumido na Tabela 4, gerada a
partir de dados obtidos nas tabelas desoneradas do Sistema Nacional de
Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI).
Com isso, pode-se concluir que seria mais viável, em termos econômicos
e sociais considerando o atual índice de desemprego nacional, a contratação de
funcionários para este ofício, sendo o tempo total de serviço praticamente
equivalente, porém com um custo, aproximadamente, 24,29% menor.
Com relação ao CAA e tendo em vista que este possui maior custo inicial,
há-se a necessidade de estudar as possíveis consequências de seu uso nesta
obra. A princípio, os custos com a mão-de-obra seriam reduzidos, no exemplo
de concretagem de uma laje, o número de funcionários na execução com
concreto convencional pode chegar a 13, sendo que com o uso do CAA, esse
número pode ser reduzido para 4. A produtividade chega a ser 3 vezes maior
quando comparada com ado concreto convencional, sendo que, com o uso do
CAA, o tempo de execução da concretagem passa a ser menor na obra,
podendo ser diminuído de 4 horas para 1 hora e meia (UFG, 2005), com
60
margens que variam de acordo com as dimensões da estrutura construtiva a ser
concretada.
61
Tabela 5 - Quantitativo de Concretagem da Fundação (Concreto Auto Adensável)
Descrição Tipo Unid Qntd Custo/Unid Custo Total
Vigas Baldrame Concreto m³ 2,44 R$ 250 R$ 610,00
Blocos de R$ 335,00
Concreto m³ 1,34 R$ 250
Fundação
Pedreiro / H 0,92 R$ 14,67 R$ 13,50
Servente / H 0,92 R$ 12,02 R$ 11,06
Total R$ 969,56
Fonte: SINAPI, Mar, 2017; TCPO, 2010; Engemix, 2017. Adaptado.
Com estes dados, é possível observar que com o uso do CAA há uma
redução no tempo total de concretagem, revelando uma diminuição de 37,55%,
porém os custos se elevam em 18,04%. Com isso, o emprego do CAA se dará
pelas necessidades encontradas na obra, ou seja, se o intuito for uma
concretagem mais rápida, que dispense o uso de vibradores, o CAA é o ideal.
Enquanto que, se o objetivo for uma concretagem mais barata, não levando em
conta suas maiores demoras, o concreto convencional se encaixaria melhor.
62
Tabela 6 - Quantitativo de Alvenaria
Descrição Unid Qntd
Bloco interno 14x09x19 Unid 4180
Bloco externo 14x19x29 Unid 1986
Bloco canaleta interno
Unid 18
09x19x39
Bloco canaleta externo
Unid 77
14x19x29
Argamassa polimérica de
m³ 0,22
assentamento
Concreto das vergas m³ 1,96
Aço m 119
Fonte: Autores, 2017.
63
mostra-se de difícil acesso para orçamentos, ressaltando isto como empecilho
na utilização de tal inovação em residências de pequeno porte.
64
Pedreiro H 2,12 R$ 14,67 R$ 31,10
Servente H 2,12 R$ 12,02 R$ 25,48
Projetor Unid 2 R$ 288,00 R$ 576,00
Total R$ 3.058,18
Fonte: Dados fabricante, 2014; TCPO, 2010; SINAPI, Mar, 2017. Adaptado.
65
tempo de cura do chapisco, sendo que a economia seria de, aproximadamente,
47,45%.
68
5 ANÁLISES E RESULTADOS
69
Tabela 17 - Custo final das tapas com inovações tecnológicas
Descrição Tipo Custo Total
Fundação Aços R$ 9.878,31
Fundação Concreto R$ 969,56
Alvenaria Blocos Cerâmicos *
Revestimento Chapisco e Reboco R$ 3.058,18
Argamassa
R$ 110,39
Autocolante
Argamassa
Autocolante e R$ 296,16
Piso
Nivelador
Argamassa
Convencional e R$ 528,57
Nivelador
Total R$ 14.841,17
Fonte: TCPO, 2010; SINAPI, 2017. Adaptado.
70
segundo o site Casa Express (agosto, 2017), apenas uma maior produtividade,
de cerca de 3 à 4 dias de otimização.
A confecção dos pisos desta residência pode ser realizada com o uso de
kits niveladores, argamassa autocolante ou argamassa convencional. Após o
estudo, que analisou o emprego somente de argamassa autocolante, argamassa
convencional, argamassa autocolante juntamente com os niveladores de piso e
argamassa convencional juntamente com os niveladores de piso, os dados
obtidos foram os seguintes:
71
6 CONCLUSÃO
72
custo e produtividade, não dispensando a contratação de mão-de-obra
assalariada.
Assim, a conclusão a que se pode chegar dentro da realização de obras
de pequeno porte, é que, deve-se fazer uma análise dos custos da mão-de-obra
e da obtenção de materiais e mecanismos inovadores antes da adoção e/ou
substituição de mão-de-obra por tais equipamentos, como também a situação da
qualificação geral da mão-de-obra no cenário da construção civil, uma vez que,
os das inovações podem ser superiores à do sistema convencional.
73
REFERÊNCIAS
ALMEIDA SOUZA, Bruno et al. Análise dos indicadores PIB nacional e PIB da
indústria da construção civil. Revista de Desenvolvimento Econômico, Salvador,
v. 17, n. 31, p. 140-150, jan./jun. 2015.
74
CBIC (CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO). Catálogo de
inovação na construção civil. Brasília: CBIC, 2016. 137p.
75
COELHO, S. S.; NOVAES, C. C. Modelagem de informações para construção
(BIM) e ambientes colaborativos para gestão de projetos na construção civil.
VIII Workshop Brasileiro de Gestão do Processo de Projetos na Construção de
Edifícios, São Paulo, 2008. Disponível em:
<http://www2.pelotas.ifsul.edu.br/gpacc/BIM/referencias/COELHO_2008.pdf>.
Acesso em 06 de junho de 2017.
COZZA, Eric et al. Inovação em Construção Civil. São Paulo: PINI, 2006.153 p.
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